Polícia

Gurgel diz que recursos do Banco do Brasil alimentaram mensalão

O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, disse no início da noite  desta sexta-feira que recursos do Banco do Brasil alimentaram o esquema do  mensalão.

Ele disse que o então diretor de marketing do banco, Henrique Pizzolato,  ligado ao PT, desviou mais de R$ 73 milhões oriundos de um fundo de investimento  da Visanet, empresa privada que tem o Banco do Brasil como acionista.

“A gestão de Pizzolato como diretor de marketing foi marcada por dois  aspectos. Alterou a forma dos repasses e concentrou os repasses na empresa de  Marcos Valério de Souza”, disse.

Gurgel utilizou dados da CPI dos Correios para apontar que mais de 60% dos  recursos enviados pelo Banco do Brasil ao fundo foram destinados para a DNA  Propaganda, uma das agências do publicitário Marcos Valério de Souza. Foram R$  R$ 91,9 milhões de R$ 151, 9 milhões.

Disse ainda que uma auditoria do banco mostrou que não havia contrato formal  para disciplinar a utilização desses recursos. “Os pagamentos eram feitos sem  análise prévia nem a confirmação da prestação de serviços.” Pizzolato, segundo  ele, assinou três das quatro autorizações de repasses desses recursos.

Gurgel também afirmou que a DNA Propaganda emitiu notas fiscais frias para  comprovar serviços que não foram prestados. Isso, de acordo com ele, foi  comprovado pelo Instituto Nacional de Criminalística. Ele acusa ainda Pizzolatto  de ter recebido R$ 326,6 mil de Marcos Valério mediante um saque em uma agência  do Banco Rural no Rio de Janeiro.

Fonte: Valor Econômico

 

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Jornalismo

Procurador-geral da República atribui críticas da CPI a medo do julgamento do mensalão

O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, atribuiu as críticas à sua atuação nas investigações contra o contraventor Carlinhos Cachoeira a “medo do julgamento do mensalão”. Deputados que integram a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga as relações do bicheiro já anunciaram a intenção de convocar o procurador-geral a falar na comissão sobre o fato de, em 2009, ele não ter pedido a abertura de inquérito no Supremo Tribunal Federal para investigar políticos que teriam ligações com Cachoeira.

“Eu tenho dito que na verdade o que nós temos são críticas de pessoas que estão morrendo de medo do julgamento do mensalão. São pessoas que na verdade estão muito pouco preocupadas com as denúncias em si mesmo, com os fatos de desvio de recursos e corrupção, e ficam muito preocupados com a opção que o procurador-geral tomou em 2009, opção essa altamente bem-sucedida. Não fosse essa opção, nós não teríamos Monte Carlo, nós não teríamos todos estes fatos que acabaram vindo à tona”, afirmou Gurgel esta tarde no STF.

No julgamento, previsto para ocorrer ainda neste ano, Gurgel será o responsável pela acusação dos 38 réus suspeitos de envolvimento no suposto esquema de compra de apoio político no Congresso durante o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Para que a ação entre na pauta de julgamentos, falta somente a liberação do processo pelo ministro revisor, Ricardo Lewandowski.

As críticas de parlamentares à atuação do procurador-geral foram reforçadas nesta terça (8), após depoimento secreto à CPI do delegado da Polícia Federal, Raul Alexandre Marques Sousa, responsável pela Operação Vegas, que antecedeu a Monte Carlo, e iniciou a investigação de um esquema de exploração de jogos ilegais supostamente comandados por Cachoeira.

Segundo relato de parlamentares, o delegado disse durante a sessão que o inquérito da Operação Vegas foi entregue em 15 de setembro de 2009 sem que o procurador tivesse tomado providências. Na saída da sessão, integrantes da CPI questionaram o fato de Gurgel não ter iniciado investigações na época.

Um dos que criticaram publicamente Gurgel foi o deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP), ex-líder do governo na Câmara. “O que mais chamou a atenção foi o fato de a Operação Vegas ter sido entregue em setembro de 2009 e a subprocuradora alegar que não havia indícios. A operação ficou parada até hoje. A sociedade precisa de explicações. Ele [procurador] precisa explicar porque não fez nada”, disse o petista.

O relator da CPMI, deputado Odair Cunha (PMDB-MG), afirmou que é preciso haver uma “reflexão” sobre a necessidade de convocar Roberto Gurgel para falar na comissão. “Essa questão merece nossa reflexão. Sobre a necessidade ou não da convocação, isso será resolvido na sessão administrativa da CPMI, no dia 17 de maio”, afirmou.

Gurgel já rejeitou ir à CPI

No início de maio, a assessoria de comunicação da PGR divulgou nota sobre o assunto. De acordo com o texto, o procurador fez uma síntese das investigações relacionadas a Cachoeira, e alegou não ter encaminhado pedido de investigação ao STF em 2009 porque os “elementos não eram suficientes para qualquer iniciativa no âmbito do Supremo Tribunal Federal”.

No fim de abril, o senador Fernando Collor (PTB-AL) defendeu a convocação de Gurgel para falar sobre o assunto à CPI. Na semana passada, porém, o procurador-geral recusou convite do presidente da CPI, Vital do Rêgo (PMDB-PB), e do relator, Odair Cunha (PT-MG), para prestar esclarecimentos sobre a Operação Vegas.

Segundo a Procuradoria Geral da República, um eventual depoimento do procurador poderia futuramente torná-lo impedido para atuar nos inquéritos e ações penais relacionados ao bicheiro.

Fonte: G1

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Jornalismo

Procurador-geral da República desmente colunista da Veja

O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, emitiu uma nota negando a informação passada pelo colunista Lauro Jardim, de Veja, de que ministros  do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Superior Tribunal de Justiça (STJ) estariam no olho do furacão de novas investigações.

De acordo com Jardim, as informações teriam sido repassadas em um encontro realizado entre o senador Vital do Rêgo, presidente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga o envolvimento do bicheiro Carlinhos Cachoeira com políticos brasileiros.

Confira nota

O Procurador-Geral da República esclarece que jamais mencionou a qualquer interlocutor a existência de investigação ou inquérito relacionado a ministros do Supremo Tribunal Federal ou do Superior Tribunal de Justiça, pela singela razão de que nada existe neste sentido. Matérias que afirmam o contrário são mentirosas e irresponsáveis, servindo apenas para tumultuar investigações de fatos extremamente graves que a sociedade brasileira deseja ver cabalmente apurados.

Roberto Gurgel
Procurador-geral da República

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Judiciário

O Triste resumo da "sentença" da Procuradoria Geral da República sobre o caso Palocci

O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, produziu  27 páginas em juridiquês bonito e teatral para engavetar por falta de provas os pedidos de investigação do milagre da multiplicação do patrimônio do chefe da Casa Civil, Antonio Palocci.

As 27 páginas podem ser resumidas em seis tópicos:

1. O procurador-geral da República é o chefe do Ministério Público da União e do Ministério Público Federal. Também atua como procurador-geral eleitoral.

2. O ocupante do cargo é nomeado pelo presidente da República e a escolha deve ser ratificada pela maioria absoluta do Senado.

3. O mandato de Roberto Gurgel termina em 22 de julho.

4. Ele é candidato a mais um mandato de dois anos.

5. Se decidisse investigar Palocci, Gurgel estaria admitindo que há um caso de polícia no Planalto. O arquivamento das representações encaminhadas por partidos de oposição pavimenta a saída esperta: o governo agora pode alegar que afastou o chefe da Casa Civil não para livrar-se de um pecador, mas para evitar o agravamento de uma crise forjada por adversários políticos.

6. Para não ter de procurar outro emprego daqui a um mês e meio, o procurador-geral preferiu não procurar nada de errado num caso exemplar de tráfico de influência.

Antonio Fernando de Souza, o antecessor de Gurgel, denunciou o escândalo do mensalão e o estupro da conta bancária do caseiro Francenildo Costa, entre outras demonstrações de independência e altivez. Honrou o Ministério Público, esteve sempre a serviço da Justiça e nunca se curvou aos interesses do Executivo. Dele, Roberto Gurgel só herdou o cargo.

Opinião dos leitores

  1. O MP do RN e a maioria dos integrantes do MP brasileiro, de um modo geral, são dignos de aplausos e parabéns pelo combate à corrupção e por ser fiscal da lei em favor da população, da cidadania, do Brasil. Esse Roberto Gurgel envergonha os membros do parquet. Pensou na cadeira que senta e no salário que recebe. Entrou na história do Brasil pelas portas dos fundos. Anotem aí: a próxima vaga do STF pode ser dele. Esse é o Bra$il de favore$ dos PTralha$. Lamentável sob todos os aspectos.

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Política

Procuradoria Geral da República livra Palocci

Folha Online:

A presidente Dilma Rousseff acabou de ser informada que o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, decidiu arquivar a denúncia contra o ministro Antonio Palocci (Casa Civil).

Segundo a Folha apurou, a presidente foi avisada no início da noite.

A PGR ainda não se manifestou oficialmente.

Com a decisão, o ministro pode ganhar uma sobrevida e se manter no cargo. Tudo irá depender da vontade de Dilma em permanecer com Palocci na pasta, apesar do desgaste.

Gurgel enviou um pedido de explicações a Palocci em 20 de maio, cinco dias depois que a Folha revelou a multiplicação por 20 do patrimônio do ministro da Casa Civil entre 2006 e 2010.

O procurador não fez perguntas específicas a Palocci, apenas pediu que ele esclareça os fatos presentes nas duas representações encaminhadas à PGR por partidos da oposição na semana anterior.

O ministro entregou o relatório requisitado uma semana depois, no dia 27 e, na semana seguinte, encaminhou mais documentos à procuradoria.

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