Economia

Junta Comercial do RN registra aumento de 40% no número de empresas abertas no semestre

FOTO: ASSECOM/RN

Segundo dados da Junta Comercial do RN, as solicitações para abertura de empresas tiveram alta de 40% entre janeiro e junho no comparativo com o mesmo período do ano passado. Foram 4.372 novos negócios em 2021 frente a 3.136 em 2020. Os números também apontam melhora no paralelo com o cenário pré-pandemia, com acréscimo de 7% em relação ao 1º semestre de 2019.

A maioria desses empreendimentos tem um perfil parecido: 90% são micro ou pequenas empresas, 50% atuam no setor de serviços e 37% praticam atividade do comércio. Outra marca registrada é que este é o semestre com mais solicitações de abertura desde 2013.

Já o número de empresas que encerraram suas atividades, após se manter estável entre 2019 e 2020, oscilou com aumento de 7%. Foram cerca de 2.400 baixas. Ainda assim, o saldo final é positivo, com 60% mais negócios iniciando suas atividades do que encerrando.

“Os dados de abertura no primeiro semestre deste ano foram positivos em relação a 2020 e também em relação a 2019. O que pode ser considerado, sim, um sinal de recuperação. É importante frisar que a Jucern se modernizou nesse período e essas simplificações também impactam o ambiente de negócios, pois elas permitem condições propícias para o aproveitamento de oportunidades. Hoje a Jucern é um órgão 100% digital, o investimento em tecnologia vem de antes da pandemia e foi fundamental para garantir a continuidade dos serviços, mesmo com a necessidade de isolamento social”, destaca o presidente da Jucern, Carlos Augusto Maia.

Os serviços estão integrados no portal Redesim RN, que reúne os dados cadastrais da Receita Federal e demais órgãos estaduais e municipais que participam do processo de abertura, alteração e baixa de empresas, em um ambiente virtual interativo e de fácil acesso. Atualmente, desde o registro de empresas e demais alterações até a emissão de certidões de inteiro teor e a autenticação de livros contábeis são feitas de forma online.

Recentemente, foi disponibilizada no Redesim RN a assinatura avançada, ferramenta que garante a autenticidade de documentos em meio digital. O dispositivo utiliza o cadastro na plataforma nacional de acesso a serviços públicos Gov.br para fazer a identificação nos procedimentos. Com isso, sua utilização é gratuita e contribui para simplificar e modernizar o ambiente de negócios.

 

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Segurança

Roubos a ônibus: RN tem semestre com menores índices dos últimos quatro anos

O término do primeiro semestre deste ano teve como consequência uma ótima notícia para o sistema de transporte público da região metropolitana de Natal. O período de janeiro a junho de 2021 apresentou os menores índices de roubos a ônibus dos últimos quatro anos. De acordo com o Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros do Município do Natal (SETURN), foram registrados 271 roubos ao transporte coletivo em 2018. Este ano foram 70 ocorrências, uma redução de 74,18%.

Os dados, fornecidos pela SETURN e consolidados pela Coordenadoria de Informações Estatísticas e Análises Criminais (Coine) da Secretaria de Estado da Segurança Pública e da Defesa Social (SESED), apontam que o primeiro semestre de 2021 foi o de menor número de ocorrências dos últimos quatro anos, desde o primeiro semestre de 2018.

No comparativo entre os primeiros semestres, o período de 2021 se sobrepõe ao de 2020, quando foram registrados 125 crimes, uma redução de 44%. Ao de 2019, onde foram 239 ocorrências, diminuição de 70,71%, e também sobre 2018, quando a SETURN registrou 271 roubos, e uma redução de 74,18%.

Redução ano a ano

Assaltos a ônibus no primeiro semestre de 2018: 271

Assaltos a ônibus no primeiro semestre de 2021: 70

Redução: 74,18%.

Assaltos a ônibus no primeiro semestre de 2019: 239

Assaltos a ônibus no primeiro semestre de 2021: 70

Redução: 70,71%.

Assaltos a ônibus no primeiro semestre de 2020: 125

Assaltos a ônibus no primeiro semestre de 2021: 70

Redução: 44%.

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Saúde

Fiocruz prevê vacinar no país 65 milhões por semestre em 2021 contra o novo coronavírus

Foto: Reprodução/Globo News

O vice-presidente de produção e inovação em saúde da Fiocruz, Marco Krieger, disse nesta segunda (23), em entrevista à GloboNews, que a previsão da fundação é vacinar 65 milhões de pessoas no primeiro semestre de 2021 e outras 65 milhões no segundo, considerando 2 doses para cada pessoa.

A Fiocruz tem um acordo de transferência de tecnologia com a AstraZeneca (a farmacêutica desenvolve uma vacina em parceria com a Universidade de Oxford) para produção das vacinas em solo brasileiro.

A vacina da AstraZeneca/Oxford mostrou eficácia de até 90% conforme a dosagem, segundo resultados preliminares divulgados nesta segunda-feira. Os dados ainda não foram revisados por outros cientistas nem publicados em revista científica (leia mais abaixo).

Krieger também ressaltou a possibilidade de vacinar mais pessoas em menos tempo. “A grande vantagem é que esse protocolo que deu o melhor resultado traz um benefício adicional. A gente vai poder fornecer a vacina para mais 30% de pessoas do que havia previsto”, disse Krieger.

A vacina de Oxford é uma das quatro que estão em testes de fase 3 no Brasil. Em agosto, o governo federal disse que iria investir R$ 1,9 bilhão na produção de 100 milhões de doses. No começo de novembro, a Fiocruz anunciou um cronograma de produção e distribuição do imunizante no Brasil.

As outras três candidatas em testes no país são as da Pfizer/BioNTech, da Sinovac (CoronaVac) e da Johnson & Johnson.

Eficácia de até 90%

A vacina contra a Covid-19 desenvolvida pela Universidade de Oxford e a farmacêutica AstraZeneca mostrou eficácia de até 90% conforme a dosagem, segundo resultados preliminares divulgados nesta segunda-feira (23). Os dados ainda não foram revisados por outros cientistas nem publicados em revista científica.

Veja os principais pontos do anúncio:

A vacina teve 90% de eficácia quando administrada em meia dose seguida de uma dose completa com intervalo de pelo menos um mês, de acordo com dados de testes no Reino Unido e no Brasil. Esse foi o regime de menor dose – o que foi um ponto positivo para os pesquisadores, porque significa que mais pessoas poderão ser vacinadas.

Quando administrada em 2 doses completas, a eficácia foi de 62%.

A análise que considerou os dois tipos de dosagem indicou uma eficácia média de 70,4%.

O chefe da pesquisa da vacina, Andrew Pollard, disse estar otimista que a resposta imune gerada pela vacina dure pelo menos um ano.

Foram registrados 131 casos da doença entre os voluntários: 101 entre os que receberam o placebo (substância inativa) e 30 entre os que receberam a vacina. Não houve nenhum caso grave da doença entre os que tomaram a vacina.

Para chegar aos resultados, os pesquisadores analisaram os dados de 11.636 pessoas vacinadas. Dessas, 8.895 receberam as duas doses completas, e 2.741 receberam a meia dose seguida de uma dose completa.

A AstraZeneca pretende ter 200 milhões de doses prontas até o fim de 2020 e 700 milhões de doses até o fim do primeiro trimestre de 2021, em todo o mundo.

A vacina pode ser armazenada, transportada e manuseada em condições normais de refrigeração (entre 2°C e 8°C) por pelo menos 6 meses. (É uma vantagem em relação à candidata da Pfizer, que precisa ser armazenada a -70ºC durante o transporte, e da Moderna, que precisa ficar a -20ºC).

O CEO da AstraZeneca, Pascal Soriot, afirmou em coletiva de imprensa que uma dose menor na primeira aplicação da vacina significa que mais pessoas podem ser vacinadas em um intervalo menor.

“Poder vacinar mais pessoas mais rapidamente é realmente uma grande vantagem”, disse.

Vacinação até março de 2021

A Presidente da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Nísia Trindade disse no começo de novembro acreditar que a vacinação contra a Covid-19 no Brasil comece até março.

“Temos a expectativa de que todo o processo de imunização comece a ser feito no primeiro trimestre de 2021”, disse Nísia Trindade.

Nísia explicou que espera iniciar a produção já em janeiro ou em fevereiro. “A Agência de Vigilância Sanitária vai acompanhar todo o processo”, emendou.

G1

 

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Economia

EFEITO PANDEMIA: Investidores retiram US$ 31,2 bi de aplicações financeiras no Brasil no semestre, maior saída em 26 anos

Os investidores retiraram US$ 31,252 bilhões de aplicações financeiras no Brasil nos seis primeiros meses deste ano, informou nesta terça-feira (28) o Banco Central. O valor inclui ações, fundos de investimentos e títulos da renda fixa.

Segundo ao BC, é a maior saída de recursos de aplicações financeiras da economia brasileira desde o início da sua série histórica, em 1995, ou seja, em 26 anos.

Essa retirada também representa reversão em relação ao registrado no mesmo período do ano passado – quando US$ 9,087 bilhões ingressaram na economia brasileira.

As retiradas aconteceram em meio à pandemia do novo coronavírus – que tem gerado saída de recursos de países emergentes para títulos de países desenvolvidos, como os Estados Unidos.

“Essa saída se concentra fundamentalmente em março, com US$ 22,2 bilhões [de retirada], 2/3 do total [do semestre] em um mês único. Essa saída de março, especificamente, está muito relacionada às incertezas daquele momento mais agudo da crise, ou à véspera daquele momento”, disse o chefe do Departamento de Estatísticas do BC, Fernando Rocha.

Em 12 meses, até junho deste ano, a retirada de recursos de aplicações financeiras no Brasil somou US$ 47,9 bilhões, segundo o BC.

Somente no mês de junho, porém, o BC registrou ingresso de US$ 2,38 bilhões em aplicações financeiras no Brasil.

“A gente viu esse retorno em junho, mas não dá pra afirmar ainda que é permanente. Em julho [parcial até o dia 23], está meio zero a zero. Daí por diante, se as condições normalizarem, não só da economia brasileira, mas a mundial, a gente pode ver um cenário de recuperação ao menos gradual desses impactos”, acrescentou Rocha, do BC.

G1

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  1. Sim, a pandemia tem muito a ver com isso, até porque ninguém confia nesse governo de ineptos para gerir nada.

  2. Vamos ver se esse "presidente" agora se toca e passa a respeitar o seu povo.
    Quantas vidas se foram! Muitas poderiam ter sido evitadas. A prevenção é tudo nessa pandemia.

    1. Se os prefeitos e governadores não tivessem roubado tanto, quem sabe, teriam evitado um monte.

    2. Cadê o dinheiro do consórcio nordeste? Vai ficar por isso mesmo?
      É só uma pergunta.

    3. Bolsonaro ja saiu ? Quero voltar a roubar o país por mais 33 anos!!!!!

    4. Mande a conta pro supremo e seus embriões: governadores e prefeito. Ok Rapir

    5. Nem ele e nem o gado. Olha a quantidade de comentários com eles mugindo. É melhor que zorra total, todo mundo defendendo o Justo Veríssimo. Kkkkkkkk

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Finanças

Auditores informam aumento de R$ 100 milhões em arrecadação no semestre e cobram resposta concreta do Governo do Estado sobre salários

O Governo do Estado aumentou em cerca de R$ 100 milhões sua arrecadação própria entre os meses de janeiro e juljo de 2019 em relação ao mesmo período do ano passado. As informações são dos auditores fiscais do Estado, em reportagem em destaque na Tribuna do Norte. De acordo com a publicação, mesmo com esse aumento, correspondente a 5,6% do orçamento, ainda não há uma solução para o pagamento de salários atrasados, referentes a novembro, dezembro e décimo terceiro de 2018.

Na reportagem, o diretor do Sindicato dos Auditores fiscais do RN(Sindifern), Fernando Carvalho de Freitas, após propor soluções que dependem de uma série de fatores para aprovação, o Governo precisa dar uma resposta concreta aos servidores sobre esses pagamentos, já que houve excesso de arredação no semestre.

Opinião dos leitores

  1. Se eu ganhasse 40 mil como esses reclamantes, não choramigava com salários atrasados, tomava meu vinho gran reserva com charuto cubano, e aguardava tranquilo, sem fazer nada, como sempre, que ninguém é de ferro, aguardando mais 16,80% de aumento.

  2. E desde quando o salário de um auditor está diretamente relacionado com a receita do estado? Trabalhem, trabalhem muito porque vocês ganham muito bem e ainda tem uns que enriquecem sabe-se lá como.

  3. Nesse mesmo período o déficit previdenciário foi de quase 1bi…Mas, nosso estado é rico, não precisa de reforma de previência, deixem isso pros lisos do sul e sudeste!!!!

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Política

230 deputados faltam a pelo menos 1/4 das votações nominais da Câmara no semestre

Ausências em votações nominais: média de deputados ausentes por dia nas 144 votações nominais da 56ª legislatura — Foto: Diana Yukari / G1

Em seis meses de atividades, 230 dos 527 deputados federais que assumiram o mandato em algum momento desta legislatura estiveram ausentes em pelo menos 1/4 das votações nominais da Câmara dos Deputados. É o que aponta um levantamento do G1 com dados de 1º de fevereiro a 12 de julho de 2019.

Isso significa que 44% dos deputados – quase a metade – faltaram, quando exerciam o mandato, a uma de cada quatro votações nominais no plenário da Câmara. As votações nominais são aquelas em que é identificado o posicionamento de cada parlamentar.

Foram 144 votações nominais no primeiro semestre de trabalhos na Casa, em que deputados se manifestaram quanto a projetos de lei, PECs, requerimentos, destaques, entre outros. O levantamento mostra que 85% das votações ocorreram na terça ou na quarta-feira, dias da semana considerados mais agitados na Câmara.

O dia com a maior média de ausentes foi 17 de junho deste ano. Naquele dia, foram votados dois requerimentos (um de retirada de pauta e outro de adiamento da votação por duas sessões). As duas votações nominais somaram 400 deputados ausentes. A média do dia foi de 200 faltantes.

Já as votações com a menores médias de ausentes foram registradas na semana que discutiu a reforma da Previdência no plenário da Câmara, em 10, 11 e 12 de julho deste ano. A votação do texto-base da reforma da Previdência, por exemplo, teve apenas 3 ausentes, em 10 de julho. Naquele dia, também houve outras 7 votações nominais.

‘Lógica corporativista’

O cientista político e pesquisador da FGV-SP Humberto Dantas diz que, mesmo considerando os casos de problemas de saúde e as missões oficiais dos deputados, os números de ausências são altos e indicam que alguns deputados adotam a estratégia de faltar as votações para “não se comprometer” ou para “não ficar de mal com nenhum lado”.

“Se o Parlamento é a casa da convicção e o parlamentar não sabe se ‘sim’ ou ‘não’, é estranho. O parlamentar tem que ser convicto. Faltar é uma estratégia calculada por muitos, mas não muito razoável do ponto de vista do que o eleitorado espera do seu representante. Por vezes é uma forma de fugir de alguma temática muito delicada para esse parlamentar”, diz.

Dantas afirma ainda que, como as justificativas de ausências são avaliadas pela Câmara, existe uma “lógica corporativista” para aceitar e abonar eventuais faltas dos deputados. “Se as sessões são terças, quartas e quintas, [o deputado] arruma alguma coisa para fazer nas segundas e nas sextas. Mas ele não pode sair fora na terças, quartas e quintas.”

O cientista político acrescenta ainda que os deputados podem se afastar temporariamente do cargo. Quando isso ocorre, é o suplente do partido ou da coligação que assume. Porém, caso o parlamentar apenas se ausente por determinado período, ele continua recebendo salário e ainda mantém a estrutura do gabinete e de funcionários.

Mais ausentes

Os cinco deputados que mais faltaram às votações nominais nesta legislatura foram Josias Gomes (PT-BA), Soraya Santos (PL-RJ), Luciano Bivar (PSL-PE), Bruna Furlan (PSDB-SP) e Vinicius Gurgel (PL-AP).

As votações nominais ocorrem, principalmente, quando é necessário quórum qualificado, como nas votações de PECs e de projetos de lei complementar, e também quando há um pedido de verificação de votação. Nesses casos, cada deputado registra o próprio posicionamento no sistema eletrônico de votos.

Nas demais situações, a votação costuma ser simbólica, sem identificar o posicionamento de cada deputado, e o líder partidário pode se manifestar pela bancada do partido. Normalmente, os processos legislativos são acordados pelos políticos nos bastidores.

Deputados mais ausentes em votações: mais faltosos estiveram ausentes em mais de 75% das votações nominais — Foto: Diana Yukari / G1

O deputado licenciado Josias Gomes (PT-BA) esteve ausente em todas as 21 votações nominais que ocorreram até ele se licenciar do mandato, em 13 de março deste ano. Gomes, que atualmente comanda a Secretaria de Desenvolvimento Rural do governo da Bahia, foi procurado pelo G1 e não se manifestou.

Já a deputada Soraya Santos (PL-RJ), integrante da Mesa Diretora como primeira-secretária, faltou a 116 das 144 votações nominais – 80,6% do total. Em nota, a assessoria de imprensa da deputada diz que Soraya Santos ocupa “o segundo cargo mais importante da Mesa Diretora” e que “tendo em vista o volume de demandas, a primeira-secretária fica dispensada” de registrar presença nas sessões da Câmara e também de participar das votações nominais.

O presidente do PSL, deputado Luciano Bivar (PE), é o terceiro deputado com mais ausências em votações nominais. Bivar deixou de se posicionar em 115 das 144 votações nominais – 79,9% do total.

Em nota, a assessoria de imprensa de Bivar afirma que as “eventuais ausências nas votações ocorrem devido ao acúmulo de atribuições como integrante da Mesa Diretora” e que “muitas vezes ele tem de se ausentar do plenário para receber embaixadores, autoridades e parlamentares no gabinete da 2ª Vice-Presidência”. A nota acrescenta ainda que Bivar esteve presente em 66% das sessões plenárias da Câmara.

Eleita por São Paulo, a deputada Bruna Furlan (PSDB) também está entre os deputados que acumulam mais ausências em votações nominais. A deputada faltou a 112 das 144 votações nominais – 77,8% do total.

A assessoria de imprensa da deputada afirma que “todas as ausências foram justificadas com requerimentos por atividade parlamentar e por motivo de saúde (rompimento dos ligamentos do pé)”. A deputada também diz que parte das votações nominais em que esteve ausente abordava “procedimentos regimentais”.

“Estar ‘ausente’ durante algumas votações não significa que esteja fora do Congresso Nacional, e sim participando de reunião de frente parlamentar, audiências públicas, audiências em ministérios, concedendo entrevista, o que também faz parte do meu trabalho”, diz a nota.

O 5º deputado com mais ausências foi Vinicius Gurgel (PL-AP), que faltou a 109 das 144 votações nominais – 75,7% do total. O deputado diz que a atuação parlamentar dele está voltada para a liberação de recursos para o Amapá.

“Eu me dedico à liberação de recursos para obras de grande impacto para o estado, como aeroportos, duplicação de rodovias e outras obras estruturantes. Algumas vezes eu não consigo chegar a tempo da votação no plenário. A votação é em 5 minutos e se encerra muito rápido.”

Sessões no plenário

Um levantamento enviado pela Câmara por meio da Lei de Acesso à Informação mostra ainda dados da frequência de deputados em sessões plenárias durante esta legislatura.

Das 196 sessões plenárias realizadas nos seis meses de atividades, 86 foram nominais e, portanto, registraram a presença ou a ausência de cada deputado. As sessões plenárias nominais foram extraordinárias (57) e ordinárias (29).

Os deputados registraram, no total, 4.461 ausências nessas sessões, sendo que 66,9% das ausências foram justificadas. Os deputados que mais estiveram ausentes foram Paulo Freire Costa (PL-SP), com 48 ausências; Vinicius Gurgel (PL-AP), com 45 ausências; Assis Carvalho (PT-PI), Giacobo (PL-PR) e José Priante (MDB-PA), com 36 ausências.

Eles, porém, justificaram boa parte das faltas. Os principais motivos para as justificativas são “decisão da Mesa Diretora”, “licença para tratamento de saúde” e “missão oficial autorizada”.

Entre os deputados que mais faltaram a sessões e não justificaram a ausência estão José Priante (MDB-AP), Guilherme Mussi (PP-SP), Luciano Ducci (PSB-PR), Marcelo Aro (PP-MG), Elcione Barbalho (MDB-PA) e Sebastião Oliveira (PL-PE).

Desconto de salário

A Câmara dos Deputados informa que a ausência em sessões deliberativas – aquelas em que há votações – pode ter como consequência desconto no salário do deputado. A remuneração mensal bruta de um deputado é de R$ 33.763,00.

Porém, a redução do salário pode ser evitada caso o deputado justifique a ausência em até 30 dias ou a qualquer momento em caso de licença médica. Questionada, a Câmara não informa se algum deputado sofreu desconto de salário por ausência nesta legislatura.

O artigo 55 da Constituição Federal diz ainda que o deputado pode perder o mandato caso se ausente de, no mínimo, 1/3 das sessões ordinárias em cada sessão legislativa (um ano de atividades). Para o cálculo, porém, são desconsideradas licenças ou missões oficiais autorizadas pela Mesa Diretora.

Apenas dois deputados federais foram cassados por faltas na Câmara: Felipe Cheidde (SP) e Mário Bouchardet (MG), ambos filiados ao então PMDB. Na época, em 1989, foi noticiado que Cheidde compareceu a apenas três sessões, enquanto Bouchardet nunca registrou presença no plenário.

G1

 

Opinião dos leitores

  1. Se fizer uma pesquisa mais apurada, listando os itens maiores ausências nas votações e defesa e votação nos direitos da sociedade e da classe trabalhadora, esse número de parlamentares tende a aumentar muito mais.

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Cidades

Brasil registra 28 mil homicídios no 1º semestre

O Brasil já ultrapassou a marca dos 28 mil assassinatos cometidos neste ano. De acordo com dados fornecidos pelas secretarias estaduais de segurança pública, no 1º semestre o País chegou a 28,2 mil homicídios dolosos, lesões corporais seguidas de morte e latrocínios (roubos seguidos de morte). São 155 assassinatos por dia, cerca de seis por hora nos Estados brasileiros, onde as características das mortes se repetem: ligada ao tráfico de drogas e tendo como vítimas jovens negros pobres da periferia executados com armas de fogo. O número é 6,79% maior do que no mesmo período do ano passado e indica que o País pode retornar à casa dos 60 mil casos anuais.

O aumento acontece em um ano marcado pelos massacres em presídios, pelo acirramento de uma briga de duas facções do crime organizado (Primeiro Comando da Capital e Comando Vermelho), dificuldades de investimento dos Estados na área e um plano federal de apoio que avança menos que o prometido.

Em âmbito local, o aumento é puxado pelas elevações registradas em Estados nordestinos, como Pernambuco. Se o País teve 1,7 mil homicídios a mais neste semestre, boa parte, 913, se deve à derrocada do Pacto Pela Vida, programa pernambucano que vinha conseguindo reduzir os assassinatos na última década, enquanto a região mantinha a tendência de alta.

A onda de violência tomou as cidades pernambucanas, assim como foi intensificada no Ceará e no Rio Grande do Norte. Quatro dos 11 Estados que tiveram aumento no ano estão no Nordeste.

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Jornalismo

Projetos de Lei: Confira como foi o desempenho dos nossos deputados estaduais no primeiro semestre

Um deputado estadual é um agente político, representante do povo, eleito através do voto popular, para desempenhar a atividade legiferante, ou seja, de criar leis no âmbito dos estados. Lógico, que a atividade deles vai bem mais além de apenas criar leis, mas esse é o papel principal.

Alguns dos nossos deputados demostram que estão trabalhando bastante, que estão preocupados com a criação de novas leis, que beneficiem o povo potiguar. Por outro lado, outros estão mais preocupados com outros temas da Casa. O que não é ilegal. Que fique bem claro.

O primeiro período da segunda sessão legislativa da atual legislatura ou simplesmente primeiro semestre de 2012 da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte (AL/RN)  terminou com 64 projetos de lei apresentados. Grande parte deles já aprovados em plenário e encaminhados para sanção governamental. Os dados foram obtidos pelo blog junto à Secretaria Legislativa da AL/RN.

O problema é que alguns deputados se destacam com bons números de projetos e outros sequer existem tais dados.

Entre os que se destacam está o presidente da Casa, deputado Ricardo Motta, que apresentou 10 projetos.Desses, seis são só de reconhecimentos de órgãos de utilidade pública; três são projetos de concessão de títulos; e um de nomeação de rodovia.

Logo atrás, na lista dos que mais apresentaram projetos, está Walter Alves e Larissa Rosado, ambos com nove proposituras e muitas delas com conteúdos realmente interessantes nas áreas da saúde, segurança, trabalho e meio ambiente.

Por outro lado, os parlamentares Fábio Dantas, Getúlio Rêgo, Gilson Moura, Gustavo Fernandes e Raimundo Fernandes não estão na lista que o blog teve acesso. Isso não quer dizer que eles deixaram de apresentar projetos, pois existe a possibilidade da lista estar desatualizada. Inclusive, essa possibilidade vale para todos da lista. O BG tentou confirmar durante a manhã de hoje a exatidão dos dados constantes no documento, mas devido ao recesso parlamentar não foi possível.

Esse ano é ano de eleições municipais, ou seja, elegeremos prefeitos e vereadores, mas daqui a dois anos, será a vez dos nossos deputados, juntamente com o governador e um senador. Então é bom acompanharmos o que os nossos políticos estão fazendo para que possamos saber realmente em quem votar em 2014. Que venha o segundo semestre.

Número de Projetos de Lei apresentados no primeiro semestre de 2012:

Ricardo Motta – 10

Walter Alves – 9

Larissa Rosado – 9

Leonardo Nogueira – 6

Dibson Nasser – 5

Hermano Morais – 4

Nélter Queiroz – 3

Márcia Maia – 3

Gesane Marinho – 3

George Soares – 2

Fernando Mineiro – 2

Poti Júnior – 2

Gustavo Carvalho – 1

Tomba Farias – 1

Antônio Jácome – 1

Vivaldo Costa – 1

Ezequiel Ferreira de Souza – 1

Agnelo Alves – 1

Fábio Dantas – (não há registro)

Getúlio Rêgo – (não há registro)

Gilson Moura – (não há registro)

Gustavo Fernandes – (não há registro)

Raimundo Fernandes – (não há registro)

 

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Educação

Semestre na UERN perto de ser cancelado por causa da greve dos professores

Rafael Barbosa para a Tribuna do Norte:

O semestre de 2012.1 da Universidade Estadual do Rio Grande do Norte (UERN) pode ser cancelado caso os professores da instituição não retomem as atividades até o dia 1º de julho. A afirmação é do reitor geral da Universidade, Milton Marques de Medeiros. Ele diz que será difícil finalizar os dois semestre previstos para este ano no prazo que duraria até março ou abril de 2013. Caso isso ocorra, o Conselho da UERN vai se reunir para tentar achar uma solução para o problema. “Não temos histórico de casos como esse, então a solução precisaria ser estudada”, explicou o reitor, afirmando ainda que talvez o Ministério da Educação precise ser consultado para a tomada de decisão.

Júnior SantosGreve dos professores da UERN já dura 40 dias, e não há perspectiva de acordo com o Governo do RN

Apesar da má notícia, Milton Marques acredita que até o fim desta semana a categoria e o Poder Público cheguem a uma conciliação. Ainda de acordo  com reitor, o Governo do Estado afirma que pretende negociar com os professores desde que eles retomem o trabalho. “Tudo indica que o Pleno tome uma decisão com relação à greve, e alguma coisa deve ser definida”, disse, Marques sobre o recurso impetrado pelo Executivo para solicitar a ilegalidade do movimento grevista. O Governo recorreu da decisão da juíza Sulamita Pacheco, proferida no último dia 30 de maio pela juíza Sulamita Pacheco, que reconheceu a legalidade da paralisação.

Segundo o Consultor-Geral do Estado, José Marcelo Ferreira Costa, a decisão divulgada liminarmente foi analisada pelo Governo, já que, apesar da greve ser considerada legal, ele acredita que há algumas implicações que devem ser avaliadas, como o fato de garantir um percentual mínimo das atividades para a população. Mas Milton Marques afirma que o percentual de 30% da categoria obrigado por lei para a realização da greve tem sido mantido com os funcionários da administração e das pós-graduações da instituição.

Flaubert Torquato, presidente Associação dos Docentes da UERN (Aduern), diz que não há negociação com o Governo do Estado. “Semana passada enviamos documento solicitando reabertura de negociação, e não obtivemos resposta do Governo”, afirma. Segundo Flaubert, os professores querem o cumprimento do acordo firmado para o fim da última greve da categoria. No fim do ano passado, após negociação, os docentes colocaram fim a uma greve que durou 106 dias. Flaubert Torquato diz que o acordo com o Executivo Estadual se deu após o acerto de reajuste salarial total de 27,7%. O valor foi dividido em três parcelas a serem pagas nos meses de abril de 2012, 2013 e 2014. O primeiro pagamento, 10,65%, não teria sido pago pelo Governo.

A secretário de Educação e Cultura, Batânia Ramalho, foi procurada pela reportagem para salar sobre as negociações, mas não pôde atender por estar em uma reunião da Governadoria, segundo a chefe de gabinete dela.

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