Mundo

Alec Baldwin diz estar “de coração partido” após morte de diretora em set

O ator Alec Baldwin se pronunciou na tarde desta sexta-feira (22) após um tiro de uma arma cenográfica, empunhada por ele, matar a diretora de fotografia Halyna Hutchins e ferir o diretor Joel Souza na quinta-feira (21).

“Não há palavras para expressar meu choque e tristeza em relação ao trágico acidente que tirou a vida de Halyna Hutchins, esposa, mãe e nossa colega profundamente admirada”, diz a mensagem de Baldwin, publicada em suas redes sociais.

“Estou cooperando totalmente com a investigação policial para abordar como essa tragédia ocorreu e estou em contato com o marido dela, oferecendo meu apoio a ele e sua família. Meu coração está partido por seu marido, seu filho e por todos que conheciam e amavam Halyna”, conclui.

Halyna chegou a ser socorrida por um helicóptero, mas morreu no Hospital da Universidade do Novo México.

A outra vítima, o diretor Joel Souza, de 48 anos, foi transportado de ambulância ao Hospital Christus São Vicente para atendimento. Segundo informações divulgadas pela atriz Frances Fisher em seu perfil no Twitter, Joel já recebeu alta do centro médico.

“Única bala” em arma cenográfica

Segundo informou o sindicato de Hollywood em um memorando aos membros, segundo publicações da indústria cinematográfica, a arma presente no set possuía uma única bala.

“Um único tiro ao vivo foi disparado acidentalmente no set pelo ator principal, atingindo tanto o diretor de fotografia Halyna Hutchins, membro do Local 600, quanto o diretor Joel Souza”, disse uma filial local do sindicato aos membros no memorando, de acordo com as revistas Variety e IndieWire.

“Rust” é um filme de faroeste ambientado na década de 1880 e será estrelado por Baldwin, Travis Fimmel e Jensen Ackles.

O filme conta a história de Harland Rust, um famoso criminoso do faroeste americano (interpretado por Baldwin) na década de 1880, que ajuda seu neto (Brady Noon) a fugir da prisão após o jovem ser condenado à forca por ter matado acidentalmente um fazendeiro local.

As gravações do longa foram suspensas “por tempo indeterminado” após o acidente no set.

CNN Brasil

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Mundo

Alec Baldwin repete tragédia com filho de Bruce Lee 28 anos atrás

Foto: REPRODUÇÃO / TWITTER @BRANDONBLEE

A morte da diretora de fotografia do filme Rust, Halyna Hutchins, de 42 anos, depois que o astro de Hollywoord Alec Baldwin disparou uma arma cenográfica em um set de filmagem, na última quinta-feira (21), repete uma tragédia com os mesmos detalhes ocorrida há 28 anos.

Em março de 1993, durante as gravações do filme O Corvo, o ator Brandon Lee, filho de Bruce Lee, morreu nas mesmas circunstâncias. O colega de trabalho Michael Masse disparou o que deveria ser um tiro de festim contra o peito de Brandon Lee, que morreu aos 28 anos.

A irmã de Brandon Lee, que abastece o perfil do Twitter do irmão em homenagem a ele, se pronunciou nesta sexta-feira depois da tragédia que envolveu Alec Baldwin: “Nossos corações estão com a família de Halyna Hutchins e Joel Souza e todos os envolvidos no incidente em “Rust”. Ninguém deveria ser morto por uma arma em um set de filmagem. Ponto.”

Na última quinta-feira, o ator Alec Baldwin disparou a arma cenográfica que deixou um morto e um ferido no estado americano do Novo México, informou o gabinete do xerife do condado de Santa Fé.

“O gabinete confirma que os dois indivíduos baleados no set de Rust foram a diretora de fotografia Halyna Hutchins, 42, e o diretor do filme, Joel Souza, 48, atingidos quando uma arma cenográfica foi disparada pelo ator e produtor Alec Baldwin”, informa o comunicado.

Hutchins “foi transportada de helicóptero para o Hospital da Universidade do Novo México, onde foi declarada morta pela equipe médica”, acrescenta o texto.

R7

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Acidente

Tripulante que sobreviveu à tragédia da Chapecoense escapa de acidente de ônibus que caiu em um barranco de 150 metros

Foto: Reprodução/CNN

Erwin Tumiri, um dos seis sobreviventes do voo da LaMia que caiu na Colômbia, em novembro de 2016, e no qual 71 pessoas morreram, incluindo grande parte do elenco da Chapecoense, teve outro encontro com a morte na terça-feira (2) quando o ônibus em que viajava se acidentou na rodovia Cochabamba-Santa Cruz, na Bolívia.

Segundo a emissora de TV Red Uno, afiliada da CNN, Tumiri era um dos 45 passageiros do ônibus que caiu em um barranco de 150 metros no quilômetro 72 da estrada interdepartamental, na área conhecida como El Cañadón.

“Eu agarrei o assento e inclinei-me para trás”, disse Tumiri a Red Uno ao descrever o acidente na clínica onde está se recuperando. “Mais uma vez, não posso acreditar”, foi a frase que Tumiri disse ter pensado ao emergir do acidente de terça-feira. “Sinto-me muito abençoado”, acrescentou.

Ele foi questionado sobre como se sentiu desta vez sobre o acidente de LaMia. “O que eu sempre faço, digamos, mesmo nessa hora, é que me entrego a Deus e nada vai acontecer comigo, nada vai acontecer comigo”, disse.

Tumiri está se recuperando na clínica Arébalo em Cochabamba, de acordo com a Red Uno. A CNN ligou para o hospital e confirmou que ele é, de fato, um de seus pacientes. Ele passou por uma cirurgia na terça-feira à tarde e está estável.

De acordo com as autoridades locais, o acidente de ônibus ainda está sendo investigado, mas, no momento, o balanço é de 20 mortos e 9 feridos.

CNN Brasil

Opinião dos leitores

  1. Garrote Jr. Não deseje mal ao próximo pra que não sobre caia na sua vida.
    Talvez vc sofra um acidente e nas horas das dores vc se lembre dessa imbecilidade que vc postou Aki.

  2. Erwin Tumiri, grande pessoa, poderia fazer parte da equipe que viaja com nosso querido presidente.
    Quem sabe…
    Ficamos aqui na torcida.

    1. Esse ódio todo volta só pra você, infelizmente. Boa sorte.

    2. Você é um doente, cara!
      Vai se tratar. Procure ajuda.

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Diversos

Vale assina acordo de R$ 37,68 bilhões para reparar tragédia de Brumadinho

Representantes do governo, da Vale, do TJ e do MPMG e MPF assinam acordo para reparar tragédia de Brumadinho. — Fotos: Danilo Girundi / TV Globo

O governo de Minas Gerais e a Vale assinaram, na manhã desta quinta-feira (4), o acordo bilionário para reparação dos danos provocados pela tragédia de Brumadinho, que aconteceu há dois anos. Após quatro meses de negociações e 200 horas de reuniões, o termo foi assinado com o valor de mais de R$ 37 bilhões (exatos R$ 37.689.767.329,00), como antecipado pelo G1.

As negociações envolveram representantes do governo de Minas, Ministério Público de Minas Gerais, Ministério Público Federal e Defensoria Pública, e o Tribunal de Justiça de Minas, além da mineradora Vale, responsável pela barragem que se rompeu na mina Córrego do Feijão, em Brumadinho, no dia 25 de janeiro de 2019, matando 270 pessoas.

No entanto, representantes dos atingidos e de familiares das vítimas reclamam desde o início que não foram ouvidos nem chamados para participar das negociações. Eles protestaram em frente ao Tribunal de Justiça durante a audiência.

De acordo com o Executivo estadual, este é o maior acordo já realizado na história do Brasil. Mas, inicialmente, o governo havia pedido cerca de R$ 55 bilhões.

“Este é o maior acordo, em valor, da história do Brasil e o segundo do mundo”, disse o secretário de governo Mateus Simões. Segundo ele, até então, o maior valor era de R$ 7 bilhões.

A audiência começou às 9h, no Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), no bairro Serra, Região Centro-Sul de Belo Horizonte. O acordo foi assinado às 10h.

Perguntando sobre quando esses recursos acordados nesta quinta serão recebidos pelo governo, o governador Romeu Zema (Novo) disse que “esses recursos já estão sendo aplicados desde o dia 25 de janeiro de 2019”. Mas que, com a assinatura do termo de reparação, “a partir da próxima semana”, serão abertos editais para diversas obras.

Além disso, o auxílio emergencial, agora chamado de “programa de transferência de renda” já foi renovado, segundo ele. O auxílio deixaria de ser pago a partir de 28 de fevereiro deste ano.

(mais…)

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Diversos

DESABAMENTO DE PARTE DE FALÉSIA: Imprensa nacional noticia tragédia que matou família em Pipa

Fotos: Reprodução/O Globo/CNN Brasil

Três pessoas morreram após o desabamento da parte de uma falésia, na tarde desta terça-feira, na Praia de Pipa, um dos principais destinos turísticos do Rio Grande do Norte.

Segundo o site ‘G1’, a Polícia Militar infirmou que as vítimas são um homem, uma mulher e uma criança de idade ainda não conhecida, todos da mesma família e moradores da região.

VEJA MAIS – FOTO E VÍDEO: Gerente paulista e psicóloga potiguar vítimas de desabamento de parte de falésia moravam em Pipa com filho; homem morto foi personagem de reportagem nacional

Não há outras pessoas soterradas.

Em setembro, outro acidente aconteceu em Pipa envolvendo turistas nas falésias. Um casal caiu do trecho conhecido como “Chapadão” após o homem, de 21 anos, perder o controle do quadriciclo que levava também sua namorada, de 21 anos, grávida de um mês. Os dois foram resgatados conscientes.

O Globo

Opinião dos leitores

    1. Como pode ser "omissão municipal" um pedaço de uma falésia cair. A menos que houvesse claros sinais, que a prefeitura tenha sido informado e ninguém tenha feito nada (o que teria de ser provado), é um caso típico de caso fortuito.

    2. Há vários estudos e avisos, e a prefeitura e defesa civil nada fizeram

      NAO ABRA A FOSSA PRA FALAR O QUE NÃO SABE, GUSTAVO

    3. Se cair um cometa vão dizer que prefeitura e estado foram omisso…NÃO TEM COMO PREVER ISSO!

    4. Estudos sobre AQUELE TRECHO? Ou você quer dizer que a prefeitura deveria ter vedado completamente o acesso a TODAS AS PRAIAS (bens públicos federais, recorde-se) com falésias no Município de Tibau do Sul? Quão factível é isso?…

      Não há estudo que previna uma queda de pequeno pedaço de uma falésia. Todas as falésias têm o formato que têm justamente porque "desabam" por milhões e milhões de anos. Culpar o poder público municipal é ridículo. Claro que a União ou o Município (ou ambos) vão arcar com indenizações, porque CULPA e prova de culpa não são essenciais nesse tipo de responsabilização civil, mas é indevido culpar o Município.

    5. O cara quer comparar um cometa que é um evebto completamente aleatório com uma queda de falésia que de acordo com um morador local, sempre que ele vê um turista na sombra das falesias alerta pelo risco se queda devido a forca do mar que com o tempo vai danificando a base de areia fazendo a falesia cair.
      No minimo era pra ter uma placa avisando do risco de queda.

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Esporte

(FOTOS) – Tragédia no Ninho: e-mails mostram que Flamengo sabia da situação de “grande risco” nove meses antes do incêndio

Foto: Thiago Ribeiro/AGIF

Documentos em poder da Justiça revelam que o Flamengo foi alertado para a situação de “grande risco” do alojamento nove meses antes do incêndio que matou 10 adolescentes da base. A informação foi primeiramente publicada pelo site “Uol”.

Em um e-mail datado de 11 de maio de 2018, por exemplo, os responsáveis pela administração do centro de treinamento receberam um relatório feito por um técnico contratado pelo Flamengo que apontava problemas em diversos itens do sistema elétrico. Esse relatório apontava a necessidade de um “atendimento emergencial”.

Trecho do relatório que apontava necessidade de reparos no sistema elétrico do Ninho, CT do Flamengo — Foto: Reprodução

No dia 8 de fevereiro de 2019, uma pane na eletricidade causou o incêndio que tirou a vida de Athila Souza Paixão, Arthur Vinícius de Barros, Bernardo Pisetta, Christian Esmério, Gedson Santos, Jorge Eduardo Santos, Pablo Henrique da Silva, Rykelmo de Souza, Samuel Thomas Rosa e Vitor Isaías.

Três dias depois do relatório, o Flamengo, de acordo com um contrato que também está nas mãos da Justiça, recebeu a proposta de uma empresa para realizar os reparos. A “CBI Instalações” foi chamada e recebeu no dia 25 de maio a primeira parcela do contrato cujo valor total era de R$ 8.500. O pagamento consta nessa nota fiscal.

Nota fiscal do pagamento do Flamengo da primeira parcela à “CBI” — Foto: Reprodução

Em outubro, o Flamengo pagou a segunda parcela, emitindo a nota fiscal da imagem abaixo.

Nota fiscal do pagamento do Flamengo da segunda parcela à “CBI” — Foto: Reprodução

O serviço, no entanto, não foi realizado. É o que acusa outra empresa contratada pelo Flamengo já após o acidente. A “Anexa Energia Serviços de Eletricidade” foi contratada para fazer uma espécie de vistoria particular para o clube, com o objetivo de identificar as causas do acidente e consertar o que ainda pudesse trazer riscos.

Neste parecer técnico entregue ao clube no dia 20 de março de 2019, a empresa afirma que, ao vistorias o disjuntor que atendia o módulo onde estava o ar condicionado que deu início ao fogo no alojamento, verificou que “as instalações continuavam as mesmas de quando a inspeção fora realizada”.

Trecho do relatório da empresa entregue ao Flamengo — Foto: Reprodução

Trecho do relatório da empresa entregue ao Flamengo — Foto: Reprodução

De acordo com o relatório da empresa, após o incêndio, o disjuntor permanecia com os mesmos problemas detectados em maio.

Trecho do relatório da “Anexa” entregue ao Flamengo — Foto: Reprodução

Por fim, para os técnicos que analisaram o aparelho, “a causa do incêndio está ligada às tensões da instalação elétrica, que podem ter sido provocadas pelas oscilações da rede elétrica e/ou pela má instalação elétrica do CT”.

Trecho do relatório da “Anexa” entregue o Flamengo — Foto: Reprodução

O ge procurou todos os envolvidos no caso. Esses são os posicionamentos:

CBI Instalações: não respondeu até a publicação dessa reportagem.

Marcelo Helman, diretor responsável pela administração do Ninho do Urubu que recebeu o e-mail alertando para as necessidades de reparo na época: não respondeu até a publicação dessa reportagem.

Eduardo Bandeira de Mello, presidente do Flamengo na época do incêndio: não respondeu até a publicação dessa reportagem.

Flamengo: informou que não vai se pronunciar.

Globo Esporte

 

Opinião dos leitores

  1. Por muito menos (muito menos mesmo, já que não tiveram vidas ceifadas), o Manchester City e um time da Escócia, foi punido com o rebaixamento pra última série daquele País! O City conseguiu reverter a sua situação pra não ficar de fora da Champions, mas o time escocês foi rebaixado. Aqui no Brasil, o Cruzeiro começou a série B com seis pontos a menos, por problemas financeiros. Repito, em nenhum desses casos acima, houveram vítimas fatais! Não basta só a indenização, até porque não trará a vida dos garotos de volta! Tem que haver no âmbito do futebol, uma punição severa e exemplar, para que fatos como esse, não voltem a manchar o futebol brasileiro. Cito isso, sem nenhum clubismo. Por muito menos nos anos 70 e também sem vítimas fatais, o ABC ficou dois anos sem poder atuar no campeonato nacional!

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Diversos

Sindipostos RN manifesta profundo pesar a toda a família Flor

O Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do RN (Sindipostos RN) está de luto e manifesta o seu mais profundo pesar a toda a família Flor, pela tragédia que se abateu sobre ela na manhã desta terça, 19, e que retirou do nosso convívio a figura de Túlio Flor, integrante de nossa diretoria, fato que sempre nos encheu de orgulho.

À família, que tem as raízes de sua trajetória de sucesso empresarial fincadas em nosso segmento, figurando até hoje como referência de empreendedorismo e pioneirismo no ramo, deixamos nosso abraço de conforto e os mais sinceros desejos de que encontrem no conforto Divino as forças necessárias para enfrentar o momento de dificuldade extrema.

A Diretoria

Opinião dos leitores

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Saúde

FOTOS: A visita que virou tragédia em família por causa do coronavírus: ‘perdi meu marido e meu pai em dois dias’

Uma visita dos pais de Márcia se tornou uma tragédia, após idoso e marido dela morrerem em decorrência da Covid–19 — Foto: Arquivo pessoal/BBC

Uma visita dos pais, em 12 de março, representou o início da fase mais difícil da vida da enfermeira Márcia Cristina dos Santos, de 50 anos.

Os aposentados Adalgiza Gonçalves, de 80 anos, e Benedito dos Santos, 84, deixaram o pequeno município de Uraí (PA), onde moravam, e seguiram a Brasília para visitar a filha e o genro. A viagem havia sido marcada meses atrás. O plano inicial era que eles passassem algumas semanas na casa da filha na capital federal.

Márcia acompanhava sem muita preocupação as notícias sobre o novo coronavírus. Na data em que os pais dela chegaram, em todo o Brasil havia 77 casos confirmados pelo Ministério da Saúde, sendo apenas dois deles no Distrito Federal. Não havia nenhum registro de morte no país. Na época, não havia orientações de autoridades sobre isolamento social ou para que as pessoas evitassem viagens com destinos nacionais.

“Até então, o vírus parecia uma situação distante. Pensava que fosse algo que logo passaria”, revela Márcia.

Após os primeiros registros, o Brasil enfrentou um crescimento exponencial de casos de Sars-Cov-2, nome oficial do novo coronavírus. Até a quarta-feira (22/04), havia mais de 45,7 mil registros e 2,9 mil mortes.

“Não acreditava que fosse chegar ao nível em que as coisas chegaram. Não estava acompanhando muito as notícias no começo, por isso não tinha a dimensão do problema”, diz Márcia, que há um ano deixou a profissão de enfermeira para abrir um ateliê de costura.

Márcia e o sargento José Romildo Pereira estavam juntos havia uma década e tinham muitos planos para o futuro — Foto: Arquivo pessoal/BBC

O marido dela, o sargento da Polícia Militar José Romildo Pereira, era mais preocupado com o novo coronavírus. Por trabalhar nas ruas, ele temia levar o vírus para casa. Desde os primeiros registros no país, ele passou a adotar medidas como a higienização constante das mãos e não tinha contato com a esposa antes de tomar banho, após retornar do serviço.

A família tinha diversos planos para os próximos meses. Márcia e José, que estavam juntos havia 10 anos, desfrutavam da casa que haviam construído recentemente. Em abril, o policial entraria de férias. Até junho, ele deveria se aposentar, após 30 anos de trabalho na PM.

Os planos, porém, foram tomados pelo novo coronavírus. No início de abril, Márcia perdeu o marido e o pai. Ela não conseguiu se despedir ou acompanhar o breve enterro deles, pois também foi diagnosticada com a Covid-19, a doença causada pelo novo coronavírus.

“Está sendo muito difícil. Ainda estou anestesiada, porque não parece verdade. A minha ficha ainda não caiu. Tudo isso aconteceu tão de repente”, diz à BBC News Brasil.

Os primeiros sintomas

Quatro dias após chegar a Brasília, Benedito apresentou dificuldades neurológicas — sintomas atribuídos ao novo coronavírus. “O meu pai começou a perder noção de dia e hora. Ele nunca tinha passado por isso. Eu e minha mãe estranhamos”, detalha. Com o passar dos dias, a situação se agravou. “Ele ficou muito diferente. Sempre foi uma pessoa ativa, mas estava muito cansado e esquecido. Depois, começou a ter febre”, relata Márcia.

No mesmo período, José também apresentou problemas de saúde. “Ele teve febre e ficou muito cansado”, diz a viúva. O policial era diabético e tinha problemas pulmonares, em decorrência de complicações de saúde de anos atrás.

Os parentes acreditaram que os dois pudessem estar com uma gripe forte. Os dias passaram e os sintomas pioraram. Em 22 de março, Márcia levou o marido ao hospital. “Ele foi diagnosticado com uma gripe alérgica”, relata. Desde os primeiros sintomas, o sargento se afastou do trabalho.

Adalgiza e Benedito moravam no interior do Paraná e foram a Brasília para visitar a filha — Foto: Arquivo pessoal/BBC

O casal retornou para casa. No período, o crescimento exponencial de casos de Covid-19 no Brasil começou a chamar a atenção de Márcia e eles passaram a usar máscaras. Ela já considerava o coronavírus como uma ameaça real.

O sargento continuou com febre alta, mesmo tomando os medicamentos recomendados após o atendimento médico.

“No dia 26 de março, ele começou a ter sintomas piores, como dificuldades para respirar, dores nos pulmões e uma tosse muito seca. Levei ele ao pronto-socorro e a saturação de oxigênio dele estava muito baixa”, relata.

José foi internado com urgência e encaminhado para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Os exames apontaram indícios de pneumonia, com características semelhantes às da Covid-19.

Após deixar o marido no hospital, Márcia voltou para casa e soube que os problemas de saúde do pai haviam piorado. “Chamamos uma ambulância e o acompanhei até o Hospital da Asa Norte (HRan), em Brasília. Estive com ele durante toda aquela madrugada”, comenta. Ele também foi considerado um paciente suspeito de Covid-19, em razão dos problemas respiratórios e da tomografia apontar comprometimento nos pulmões.

Márcia confessa que chorou copiosamente ao chegar em casa, após ver o marido e o pai no hospital.

No dia 27 de março, ela não saiu mais de casa. Após ter sintomas como cansaço, tosse e falta de ar, ela procurou atendimento e os médicos também a consideraram como um caso suspeito de Covid-19. Em razão disso, teve de ficar em isolamento.

Em sua própria casa, ela se trancou em sua suíte para evitar contato com a mãe. “Precisava proteger a minha mãe, porque ela é hipertensa e poderia até mesmo morrer se pegasse o vírus”, diz. A idosa foi a única entre os quatro que não apresentou sintomas de Covid-19. “A minha mãe nunca foi de dar muitos abraços ou beijos, então acho que isso evitou que ela pegasse o vírus”, diz.

Os resultados dos exames de Márcia, José e Benedito deram positivo para Covid-19. “Não sabemos quem pegou primeiro e passou para os outros. Pode ter sido o meu pai, durante a viagem; meu marido, durante o trabalho, ou até mesmo eu em algum momento que saí de casa. É difícil saber”, diz Márcia.

As mortes do pai e do marido

Dentro da suíte que dividia com o marido, Márcia viveu dias angustiantes à espera de respostas sobre a saúde dos entes queridos.

Em 2 de abril, ela se assustou ao receber mensagens de condolências nas redes sociais. “Estranhei, mas depois fiquei sabendo pela televisão: confirmaram o óbito do sargento que estava internado no hospital. Era o meu marido. Primeiro contaram para a imprensa”, lamenta. No período em que esteve internado, o sargento teve um Acidente Vascular Cerebral (AVC) hemorrágico, parada cardiorrespiratória e falência múltipla dos órgãos.

Ela confessa ter ficado anestesiada ao saber da morte do marido e permaneceu em silêncio. “Não podia chorar na frente da minha mãe. Eu não queria que ela soubesse sozinha, porque eu não poderia ampará-la naquele momento”, diz. Márcia foi ao banheiro, abriu o chuveiro e chorou copiosamente a perda do marido.

“Chorei baixinho. Foi muito difícil conter a dor”, diz.

Dois dias depois, outra notícia triste: o pai dela teve uma parada cardiorrespiratória e não resistiu. “De novo fui para o chuveiro e comecei a chorar. Naquele momento, eu tive certeza de que a próxima seria eu.”

Apesar de sentir dores pelo corpo, falta de ar e febre, ela não quis ser internada. “Não queria deixar a minha mãe sozinha”, diz. Os três irmãos de Márcia moram no Paraná.

José e Benedito foram enterrados nos dias seguintes às suas mortes. Os procedimentos fúnebres foram breves. Eles estavam em caixões lacrados, conforme determina a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Um dos filhos de Márcia — ela possui três, todos do primeiro casamento — e outros familiares ajudaram a organizar os enterros.

“Não consegui acompanhar nada. Estava em meu quarto, reclusa”, lamenta Márcia. Na suíte de casa, ela alternava entre momentos de incredulidade e outros de choro silencioso.

Após 15 dias em isolamento, Márcia foi considerada recuperada. Já sem sintomas, ela saiu da suíte em 13 de abril. “A primeira coisa que fiz foi contar para a minha mãe. Ela ficou tão incrédula quanto eu. Estamos muito tristes com tudo isso. Mas parece que a ficha ainda não caiu. Uma não gosta de chorar na frente da outra”, diz Márcia.

Quando a situação da pandemia acalmar, ela pretende levar a mãe de volta para o Paraná. “Farei isso daqui a alguns meses. Por enquanto, ela vai passar o isolamento comigo”, diz. “Uma está cuidando da outra. É como se estivéssemos adiando o luto, para sofrermos lá na frente, quando estivermos sozinhas. Foi a forma que encontramos para lidar com isso”, comenta.

Evangélica, ela afirma que se apegou à fé para enfrentar as perdas. “Independente da religião, acredito que a fé é muito importante em momentos assim”, pontua.

O mais difícil para Márcia, desde as mortes de José e Benedito, tem sido lidar com a saudade. “O meu marido foi um homem incrível. Éramos muito felizes. A gente planejava começar a viajar muito, após a aposentadoria dele. A nossa vida era muito boa”, lamenta. “O meu pai também foi um homem incrível. Ele fazia tudo pelos filhos e me ensinou muitas coisas”, diz.

Após as perdas, ela pede que as pessoas se conscientizem sobre os cuidados referentes ao novo coronavírus.

“É muito mais sério do que eu pensava. As pessoas precisam usar máscaras e higienizar as mãos. Você nunca sabe o que vai acontecer em seu organismo quando pega o vírus. É importante se cuidar, não só por você, mas também pelos outros”, diz Márcia.

G1, com BBC

Opinião dos leitores

  1. Muito triste. Revolta é certas pessoas zombarem dessa doença e menosprezar a vida em detrimento de dinheiro. Tdos nos pagaremos muito caro pelo fim do isolamento agora, antes de atingirmos o pico da doença.

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Polícia

Deputada federal do RN, Natália Bonavides (PT), considera “tragédia” ação que terminou com morte de sequestrador

Reprodução/Twitter

A deputada federal do RN, Natália Bonavides (PT), classificou como “tragédia” e “deprimente” as mais de três horas que reféns passaram como alvos de um sequestrador, na manhã dessa terça-feira (20), no Rio de Janeiro. No desfecho, o criminoso acabou sendo atingido por um tiro de sniper e morreu, e todos as vítimas foram salvas sem ferimentos.

Apesar da operação ser considerada um sucesso pela Polícia e pelo Governo carioca, a deputada federal Natália Bonavides (PT), preferiu destacar o episódio como “motivo de reflexão e não de comemoração”.

“O que aconteceu no RJ deve ser motivo de reflexão e não de comemoração. Devemos buscar entender como nossa sociedade tem caminhado rapidamente para a barbárie. Além de toda a situação do sequestro, do medo, das vidas em risco, precisamos notar como a comemoração por parte do governador (o mesmo que recentemente protagonizou cenas de disparos de um helicóptero) também simboliza isso. A serenidade para enfrentar esse tipo de situação é imperiosa e qualquer tipo de tentativa de capitalizar em cima da tragédia é deprimente”, disse a parlamentar.

Opinião dos leitores

  1. Deputada em vez de ficar dando opinião na casa dos outros olhe pra sua casa primeiro,apresente projetos pra melhorar a vida dos potiguares e deixe de conversar asneiras.

  2. Dá nojo até de ver essa deputada falar. Não entende de nada e só se elegeu devido a governadora que também está perdendo todo o prestígio até dos seus próprios babões e aliados

  3. Aproveite dona Natália e suba no morro de Mãe Luiza ou vá até o Passo da Pátria e procure por um animalzinho da espécie bandido traficante sequestrador e adote-o. Aproveite e declare-se responsável pelos atos do mesmo e depois de 1 mês divulgue sua experiência.

  4. Isso porque o governo do RJ não está com a esquerda, se tivesse, ela estaria festejando com foguetão o abate do bandido, simples assim.

  5. Parabéns aos policiais, especialmente para o atirador. A comemoração é pela vida dos 37 ameaçados. Tem que comemorar essas vidas e lamentar pela morte do BANDIDO.

  6. Ela acha que foi uma tragédia. Tragédia para a turma dela, que adora um cadáver para usar como palanque.

  7. O pt tava torcendo ao contrário, ou seja: que os passageiros fossem mortos. Por que? Aí diria, a esquerda, que houve irresponsabilidade do governo por não saber resolver a situação. Tá claro.

  8. As pessoas do bem foram libertadas sem ferimentos.
    A pessoa do mal foi morta por estar atentando contra a vida dos cidadãos do bem.
    Nada de tragédia!
    Tragédia seria ao contrário se o meliante tivesse assassinado cidadãos do bem e não morresse na operação policial .
    Coisa de petista de promover a inversão dos valores mais caros à sociedade: a vida dos cidadãos de bem!
    Os criminosos que assumam os riscos de suas atividades ilícitas, inclusive de sua morte.

  9. Esta senhora Natália Bonavides é indigna de representar nosso Estado. Dona Fátima Bezerra é responsável por essa mulher ter sido eleita.

  10. Oh povo pra falar besteira! Gostando ou não a deputada foi eleita, não está lá por livre arbítrio. Parem de colocar na conta do PT tudo que acontece de ruim nesse país. Olhem para frente, vejam que se começou nos governos passados continuam nesse atual e de uma forma tão cruel e perigosa quanto. Ilusão achar que está melhor, continua ruim e caminhando para o péssimo! Quem viver verá?

  11. Tragédia?? Tragédia foi o que o PT fez com o Brasil. Quantas pessoas morreram nas filas dos hospitais por conta da corrupção?? 13 milhões de desempregados e os trabalhadores todos endividados…..

  12. O quê ela tem haver com esse caso do RJ? Acho que ela sim, é que está tentando se capitalizar em cima deste caso. Perdeu uma grande oportunidade de ficar calada.
    Por conta deste tipo de gente que a violência está destruíndo o Brasil.

  13. Uma pena a forma maldosa como o Blog apresenta a opinião da deputada.
    Este sim tentando capitalizar em cima de uma tragédia, pois é tragédia o sequestro e é tragédia um governador disparar de um helicóptero.

    1. Queria q vc é a deputada estivesse dentro do ônibus, no instante vcs mudariam de opinião, hipócritas!!!

  14. Me causaria espanto se a opinião dela fosse ao contrário do que falou, lamentável mais isso é o PT fazendo só o que o gato enterra.

  15. Tragédia é porque não é ela que se levanta de madrugada para trabalhar, pegar ônibus lotado e além do mais, correndo o risco de assaltos ou o que aconteceu naquela manhã, ou ela acharia melhor que o criminoso tivesse sobrevivido e os cidadãos de bem tivessem morrido. Pela caridade essa deputada fala muita bosta, não sei como teve uma votação para ser eleita, o povo tem o político que merece.

    1. Mas ela é do PT; é coerente com o pensamento dos esquerdistas! Esperar um posicionamento diferente dela, é o mesmo que acreditar em mula sem cabeça. Graças a Deus, 35 vidas foram salvas! Que Deus nos livre, já pensou se esse fato tivesse ocorrido aqui no RN? Os policiais já estariam presos. Esse é o pensamento medíocre dos petistas.

  16. Vejam bem vocês o que elegemos para nos representar. Falam que fizemos uma mudança, concordo, só que a nossa representação hoje, é uma verdadeira lástima. Vamos ter que repensar. Não quero o velho, mais o novo com esse pensamento, é difícil de aceitar.

  17. O PT sendo PT. Sempre em defesa dos bandidos. O PCC que o diga. Ela deveria levar esse bichinhos pra casa dela e adotá-los.

  18. Barbárie é o cidadão de bem sair de casa as 5 horas da manhã pra trabalhar e se deparar com um vagabundo fazendo terrorismo dentro do ônibus. Se esta com peninha dele deputada leve ums desses pra sua casa.

  19. Realmente. O PT não aprende. Com esse tipo de opinião só vai arranjar novos eleitores no crime organizado. O eleitor dela que acorde. A não ser que tambem defenda um sequestrador.

  20. O pessoal de esquerda ainda não aprendeu: a população de bem já cansou desse discursinho de bandido-vítima-da-sociedade! Além disso, a operação policial foi um SUCESSO e seguiu protocolos internacionais de negociação e avaliação psicológica para liberar o disparo letal. Talvez o que essa esquerda quisesse era ver o ônibus e seus passageiros pegando fogo! Aí sim, teria sido a solução ideal para a esquerda: bandido vivo, vítimas mortas!

  21. Barbárie continua acontecendo por parte do PT e seus seguidores. É público que os três últimos presidentes tiveram a chance de melhorar a segurança do País e pouco fizeram. Quiçá na próxima vez essa deputada alienada seja uma das vítimas, pois sentirá na pele o sofrimento das pessoas atormentadas por um insano cidadão. Assim não será mais uma dessas demagogas que querem ganhar seus minutos de fama falando besteiras.

  22. Tragédia é uma sem futuro dessa ser deputada. Tragédia é o que o pt fez com o Brasil. Chora esquerdinha!!!!

  23. Realmente Excelência. Os Governos de esquerda desse país levaram o povo a barbárie,veja a idade do sequestrador e observe que toda sua formação política e educacional foi adquirida nos Governos sucessivos do PT. Realmente para a esquerda seria melhor que os reféns fossem mortos pois teriam mais tempo de mídia? É incrível a inversão de valores. Até quando essa retórica sofista dos representantes dessa esquerda CAVIAR vai conseguir enganar mais gente?? O povo do RN e do Brasil com a resposta.

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Acidente

FANATISMO E INSENSIBILIDADE: Ainda há quem tenha a capacidade de misturar uma tragédia que comoveu o país com política

Reprodução: Instagram/MBL

Asqueroso, doentio e perverso. Estas palavras ainda são poucas para destacar comentários de algumas pessoas que decidiram misturar política com uma comoção nacional, na morte do jovem cantor Gabriel Diniz, em acidente aéreo em Sergipe. O Movimento Brasil Livre, em seu perfil no Instagram, destacou algumas falas lamentáveis.  Confira abaixo.

 

Ver essa foto no Instagram

 

Uma publicação compartilhada por MBL – Movimento Brasil Livre (@mblivre) em

Opinião dos leitores

  1. A mídia fica reproduzindo o lixo da internet que é o MBL, se não divulgasse ninguém tava lendo essa matéria lixo. Tá faltando inspiração nessa redacao. Ninguém sabe se houve é o MAL FAKENEWS novamente em ação. Vão atras da fonte. Note que eles riscam a possibilidade de você verificar.

  2. Espírito de porco e pessoas maldosas estão em todo lugar. Por isso a violência reinando no mundo. Quando uma pessoa dessa espécie (não é ser humano) uma pessoa que faz um comentário desse deve está possuída pelo demônio. Não tem sensibilidade compostura e muito menos alma.

  3. Lamentável esse tipo de manifestação. isso demonstra que o lado que se diz "paz e amor" na história não é tão bonzinho assim.

  4. Esse Fla-Flu idiota que existe entre os fanáticos de ambos os lados que polarizam a política no Brasil já passou do limite. Coisa de imbecis doentes …..

    1. O pior que se tenta manter um discurso razoável e as pessoas catam palavras pra te chamar de mortadela ou coxinha. Parece que só se compra o pacote todo.

    2. Verdade, agora não foi esse mesmo povinho do MBL que começou a espalhar a fake News de que Mariele era envolvida com o crime organizado e tinha namorado Marcinho VP? oportunistas de plantão…????

  5. Atitude asquerosa, doentia e perversa, que existe também do lado Bozopata. Não faltou quem tivesse comemorado a morte de Marielle e se aproveitado da situação para proferir fakenews a difamando. Quando o neto de Lula morreu, uma criança de sete anos, muitos comemoraram sua morte nas redes sociais, até com termos chulos que não há como replicar aqui! Não raros são os comentários que desejam a morte de Lula, Maria do Rosário, Dilma, Jean Willis, alguns até aqui neste blog. Infelizmente a "doença do ódio" virou a epidemia nacional.

    1. Pois é! Quem comentou neste post, foram os simpatizantes da esquerda, hora visto pessoas citadas em seu post. Doentes tem de todos os lados, mas cada dia que passa, mostra-se a insensatez na personalidade e no discurso contraditório do PT e Cia.
      Esquerda caviar, perversa e desordeira nunca me enganou. Roubam e se apropriam do que podem, mas depois de citados nada viram ou sabem. Tá o pai (preso), seguem os filho.
      #táOK.

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Educação

Ministro classifica como ‘tragédia’ expansão do Ensino Superior nos governos passados, e diz que Educação infantil e básica não foram priorizadas

Foto: Pedro França / Agência Senado

Na avaliação de Weintraub, os governos passados expandiram o Ensino Superior sem antes priorizar as etapas da educação infantil e básica.

— A gente aqui no Brasil quis pular etapas e colocou muitos recursos no telhado antes de ter a base da casa — disse.

O ministro criticou várias vezes o modelo de funcionamento das universidades brasileiras. Disse que defende a autonomia universitária, para em seguida afirmar que autonomia não significa soberania.

— Não podemos permitir que tenha consumo de drogas nos campi. Por que a polícia não pode entrar no campus de uma escola? É um país autônomo? Tem violência acontecendo lá dentro, não pode entrar. Tem que bater palma e ficar olhando?

Weintraub afirmou que os governos passados colocaram dinheiro nas instituições privadas e inflaram os cursos de graduação, mas endividaram os alunos que hoje não conseguem emprego.

— É uma tragédia o financiamento estudantil. São 500 mil jovens começando a vida com o nome sujo — disse, em referência aos jovens inadimplentes no Fies .

O ministro ainda apresentou números para mostrar que a produção científica do país, na avaliação dele, “tem pouca relevância”. Os números do ministro não tratam da produção científica, mas das citações dos estudos brasileiros no exterior. Segundo o ministro, apenas 13% da produção da área de ciências humanas e sociais recebem algum tipo de citação.

Weintraub começou sua apresentação às 11h30 e terminou às 12h10. Depois foi sabatinado pelos senadores.

“Sem preconceito, de coração aberto”

Por duas vezes, o ministro pediu aos senadores que o escutassem sem preconceitos.

— Peço que livrem um pouco do preconceito . Às vezes a gente está viciado no olhar antigo para enxergar a educação. Quero discutir aqui, de peito aberto, mas baseado em números.

O ministro comparece à CE na condição de convidado. Em menos de um mês de gestão, ele já fez declarações e adotou medidas consideradas polêmicas . A mais recente é o corte de 30% do orçamento de todas as universidades federais. Inicialmente, Abraham Weintraub chegou a afirmar que o bloqueio atingiria apenas instituições que promovem “balbúrdia”.

Na plateia da Comissão de Educação, representantes da União Nacional dos Estudantes (UNE), protestam contra o ministro exibindo cartazes com frases como ‘Estudante na rua, governo é culpa sua’ e ‘balbúrdia é cortar 30% da educação’.

O Globo

Opinião dos leitores

  1. Quem se formou nos governos do PT são praticamente analfas, quanta interpretação equivocada: dizem que o certo é errado e o errado é certo, esses vermelhos deram um nó na cabecinha desses coitados. Mandar o Presidente por Decreto anular esse tempo e voltar prá sala de aula com esses
    estudantes formados por Lu e Dil, essa mistura não foi nada boa.olha no que deu.

    1. Vamos fazer o seguinte, pega o melhor aluno concluinte de qualquer curso de uma universidade privada de Natal e o mediano lá da UFRN do mesmo curso, aplique uma mesma prova aos dois e se surpreenda com o resultado. Não adianta espernear, para lucrar, as privadas procuram o professor ao melhor custo e não o melhor preparo. E nem vamos entrar no mérito das reprovações, não é mesmo? Se reprovar, para de pagar…

    2. Keyla,
      Fui aluno da UFRN quanto de uma particular. O que você disse é verdade. O aluno da UFRN, por ralar mais, tende a obter melhores resultados. O problema é que os alunos da UFRN, em sua grande maioria, são oriundos da rede de ensino privada. A conclusão que podemos tirar disto é que, ao melhorar o ensino superior, você não prioriza os alunos oriundos do sistema público ou seja, o pobre que precisa fazer um curso superior em uma faculdade federal, não vai passar por que não teve um ensino de qualidade na rede pública.

    1. No Brasil, os municípios são responsáveis por fornecer a educação de base, ou seja: creches (até 3 anos), pré-escolas (educação infantil; 4 e 5 anos) e o ensino fundamental (7 a 14 anos). Ensino médio por conta do Estado. Talvez por isso que o governo federal investiu mais nas universidades.

    1. Cala a boca vagabundo seu ladrao preferido está na cadeia

  2. E sob o argumento que é necessário melhorar a base, o que ele faz? Corta também o orçamento da educação de base! Mas os 40 milhões por deputado para a reforma da previdência certamente estão assegurados. #mito

    1. Ótimo foram os 13 anos de formação de analfabetos com diplomas …..o pobre te curso superior, Mac não consegue passar na OAB?

  3. Peraí, peraí peraí quanto exagero…
    Só porque o Brasil é o 95 pior país em ensino entre 100 nações já estão classificando nosso ensino como ruim?
    Isso é falácia dos fascista da direita, os sindicatos dos professores são 100% dominados pela esquerda e fazem um papel primoroso nesse sentido, vejam o resultado com essa maravilhosa classificação do no ensino.
    Estão reclamando do quê?
    Somos hoje o reflexo dos governos maravilhosos existentes entre 2003 a 2018.
    Não temos educação pública, não temos saúde pública, acabou a segurança pública, mas tivemos corrupção, populismo e financiamento de ditadores. Estão reclamando do quê?

    1. Parabens Henrique…
      Tenho duas graduações e confesso que foram suadas. Fiz vestibulares muito concorridos e seletivos. Nos últimos governos a situação foi invertida. As Universidades estão superlotadas de incompetentes. Terminam os cursos de graduação e não têm condição de enfrentar o mercado de trabalho dentro das suas especialidades. Costumamos vê-los ganhando salário mínimo como atendente de supermercado.
      Nada contra, porém, foi jogado dinheiro público no lixo (os impostos que pagamos).
      O atual governo quer inverter, ou seja, investir nas bases.

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Diversos

FOTOS: Sobreviventes de incêndio no Ninho do Urubu relatam como se salvaram da tragédia

O incêndio que atingiu o CT do Flamengo na manhã desta sexta-feira deixou 10 vítimas fatais – até o momento, nove nomes já foram confirmados pelo clube -, além de três feridos. Ainda não foi divulgado o número de jovens que estava no local na hora do acidente, mas alguns deles (ou parentes) relataram sobre o ocorrido e contaram como se salvaram da tragédia.

Entre os hospitalizados, Cauan Emanuel Gomes Nunes (14 anos) e Francisco Diogo Bento Alves (15) chegaram ao Hospital Vitória, localizado na Barra da Tijuca, e ficarão em observação no CTI (Centro de Tratamento e Terapia Intensiva) por 24 horas. A previsão é de alta após esse período, ou seja, pela tarde deste sábado. Eles passam bem.

Jonathan Cruz Ventura (15) é quem está em situação mais crítica. Ele teve cerca de 35% do corpo queimado e foi transferido para o Hospital Municipal Pedro II, em Santa Cruz, que é referência no assunto.

Gustavo Maia
14 anos

Por pouco, o amapaense Gustavo Maia não estava no alojamento que pegou fogo na manhã desta sexta-feira. O jogador não recebeu a autorização do pai, Cláudio Lima, para dormir no CT: “Era para ele estar lá, mas eu não deixei”. Guga, como é conhecido o meia, é visto como uma das principais promessas das categorias de base do Flamengo, onde está desde 2018, após ter defendido o Vasco por anos.

Guga Maia não dormiu no alojamento que pegou fogo porque o pai não deixou — Foto: Reprodução Facebook

Pablo Ruan
16 anos

Natural de Londrina (Paraná), Pablo Ruan contou com a ajuda de um amigo para escapar das chamas do incêndio que atingiu o alojamento provisório do Ninho do Urubu nesta sexta-feira. Após ser acordado por um colega de quarto, eles conseguiram se salvar pulando pela janela. O jogador chegou ao clube em setembro de 2018, após ser revelado pela Portuguesa Londrinense.

Edson Moretti ao lado de Pablo Ruan: garoto chegou ao Flamengo em setembro de 2018 — Foto: Arquivo Pessoal

Ryan Matheus
15 anos

Uma discussão entre Ryan Matheus e sua mãe, na última noite, salvou o atleta de presenciar o incêndio. Quando ficou sabendo que não haveria treino nesta sexta-feira, o meia decidiu dormir em casa, contrariando a vontade da mãe, Daniele, que pediu para que ele ficasse no alojamento, visto que já era tarde.

Ryan Matheus — Foto: Divulgação

Samuel Barbosa
16 anos

Foto: Reprodução

O piauiense Samuel Barbosa é outro sobrevivente da tragédia no Ninho do Urubu: o menino acordou com a fumaça e correu, conseguindo escapar do incêndio. Ele ainda acordou outro amigo, que está no hospital (ainda não se sabe qual das três vítimas), antes de fugir. Segundo seu pai, Washington Luiz, “ele não consegue falar, só chora”. Samuel está nas categorias de base do Flamengo há sete anos e há um dormia no alojamento provisório que pegou fogo.

Sobre a tragédia:

Segundo o vice-governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, os bombeiros foram acionados às 5h14, chegaram ao Ninho do Urubu às 5h38 e apagaram o incêndio em pouco menos de uma hora. A principal linha de investigação indica que a tragédia no CT do Flamengo teve origem em um aparelho de ar-condicionado de um dos quartos do alojamento.

Há 10 mortos e três feridos. Seis dos mortos já foram identificados, todos atletas da base rubro-negra: Christian Esmério, de 15 anos; Arthur Vinícius de Barros Silva Freitas, de 14 anos; Pablo Henrique da Silva Matos, de 14 anos; Bernardo Pisetta, de 15 anos; Vitor Isaias, de 15 anos; e Athila Paixão.

Entre os três feridos, a situação é a seguinte: Jhonatan Cruz Ventura, 15 anos, inspira mais cuidados, uma vez que está com 35% do corpo queimado e passa por cirurgia. Francisco Diogo Bento Alves, 15 anos, está no CTI, mas seu estado é estável. Cauan Emanuel Gomes Nunes, 14 anos, está lúcido e conversando.

Globo Esporte

 

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Jornalismo

Polícia Federal indicia Vale, Samarco e executivos por crimes ambientais em Mariana

Aerial view of the debris after a dam burst on Thursday, at the small town of Bento Rodrigues in Minas Gerais state, Brazil, Friday, Nov. 6, 2015. Brazilian rescuers searched feverishly Friday for possible survivors after two dams burst at an iron ore mine in a southeastern mountainous area. (AP Photo/Felipe Dana)
Foto: Felipe Dana / AP Photo

A Polícia Federal informou nesta quarta-feira que indiciou a Samarco, a Vale, a empresa VogBR e mais sete executivos e técnicos por crimes ambientais decorridos do rompimento da barragem de Fundão, em Mariana, Minas Gerais, em novembro de 2015. Entre os indiciados, está o diretor-presidente da Samarco, Ricardo Vescovi.

Segundo a PF, as empresas, os dirigentes e os técnicos foram indicados por provocar poluição em níveis que “resultem ou possam resultar em danos à saúde humana, ou que provoquem a mortandade de animais ou a destruição significativa da flora”, de acordo com o previsto pelo artigo 54 da Lei de Crimes Ambientais.

A PF informou que as investigações continuam e ainda podem ocorrer novos indiciamentos. O órgão esclareceu que sua atuação no caso se deve a sua atribuição para investigar crimes ambientais, tendo os dejetos atingido o leito do Rio Doce, que é bem da União. A atribuição de investigação das mortes fica com a Polícia Civil de Minas, que está na fase de verificação de laudos para poder concluir o inquérito. A tragédia deixou 17 mortos e dois desaparecidos.

Além do diretor-presidente da Samarco, foram indiciados o coordenador de monitoramento das barragens, a gerente de geotecnia, o gerente-geral de projetos e responsável técnico pela barragem Fundão, o gerente geral de operações, o diretor de operações e o engenheiro responsável pela Declaração de Estabilidade da barragem Fundão em 2015 da empresa que atestou a estabilidade das barragens.

Em nota, a Samarco protestou contra o indiciamento:

“A Samarco informa que não concorda com o indiciamento de seus profissionais porque até o presente momento não há uma conclusão pericial técnica das causas do acidente.”, diz o texto.

Já a Vale disse que “recebeu com surpresa a notícia de seu indiciamento”.

“O indiciamento reflete um entendimento pessoal do delegado e ocorre em um momento em que as reais causas do acidente ainda não foram tecnicamente atestadas e são, portanto, desconhecidas. Além disso, as suposições da Polícia Federal sobre uma teórica responsabilidade da Vale baseiam-se em premissas que não têm efetivo nexo de causalidade com o acidente, conforme será oportuna e tecnicamente demonstrado pela Vale”.

Na Vogbr, empresa de geotecnia que fez os estudos sobre as barragens de Germano, Fundão e Santarém, não havia ninguém da diretoria para comentar o indiciamento.

Fonte: O Globo

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Diversos

TRAGÉDIA: Novo balanço aponta para 717 mortos e 805 feridos durante tumulto em Meca

04946492Não para de aumentar número de mortos em tumulto durante peregrinação a MecaEPA/Defesa Civil da Arábia Saudita/Agência Lusa/Direitos Reservados

Pelo menos 717 pessoas morreram e 805 ficaram feridas hoje (24) num tumulto em Mina, perto de Meca, durante um dos rituais da peregrinação anual dos muçulmanos, mostra um novo balanço da Defesa Civil da Arábia Saudita.

“O número de mortos subiu para 717 e os feridos são 805”, disse a Defesa Civil, na mais recente mensagem no Twitter.

Esta é a última atualização de uma contagem de vítimas que não tem parado de subir desde um primeiro balanço de 100 mortos e 390 feridos. Até ao momento, não foram identificadas as razões para a correria desordenada em Mina.

O Irã atribui a tragédia, que matou 43 dos seus cidadãos, a erros de segurança.

Said Ohadi, chefe da organização iraniana do hajj (peregrinação), declarou à televisão estatal do Irã que o bloqueio de dois caminhos perto do local onde os peregrinos fazem o ritual do apedrejamento simbólico de satanás, deixando apenas três percursos livres, foi o que causou o “trágico incidente”.

“O incidente de hoje mostra má gestão e falta de atenção em relação à segurança dos peregrinos. Não há outra explicação. As autoridades sauditas devem ser responsabilizadas”, disse Ohadi.

O incidente é o segundo a atingir os fiéis muçulmanos este ano na Arábia Saudita, após a queda, há dez dias, de uma grua no interior da grande mesquita de Meca, que causou a morte de 109 pessoas e feriu mais de 400.

A peregrinação está entre os cinco pilares do islamismo e todos os muçulmanos deverão realizá-la pelo menos uma vez na vida.

Agência Brasil

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Diversos

Fifa lamenta morte de operários no Itaquerão e diz que segurança é prioridade

Pouco mais de três horas depois do acidente no Itaquerão que causou a morte de dois operários que trabalhavam na construção do estádio da abertura da Copa do Mundo de 2014, a Fifa divulgou uma nota oficial em que lamentou a morte dos trabalhadores. Segundo a entidade, a segurança dos operários que trabalham na construção das arenas do Mundial é uma prioridade. Leia a íntegra da nota:

“A FIFA e o Comitê Organizador Local lamentam, com grande tristeza, as mortes dos trabalhadores no local da Arena do Corinthians, em São Paulo. Queremos enviar nossas sinceras condolências às famílias dos trabalhadores que morreram tragicamente hoje.

“A segurança dos trabalhadores é de alta prioritária para a FIFA, para o COL e para o Governo Federal. Sabemos que a segurança de todos os trabalhadores tem sido sempre de suma importância para todas as construtoras encarregadas da construção dos 12 estádios da Copa do Mundo da FIFA 2014. As autoridades locais irão investigar os motivos que levaram a este trágico acidente.

“Por favor, entenda que não estamos na posição de fazer comentários adicionais, já que estamos esperando por mais detalhes. Assim que a FIFA e o COL receberem mais informações, enviaremos uma atualização”.

O Globo

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Diversos

Itália teme que naufrágio tenha matado mais de 300 imigrantes

As autoridades italianas temem que mais de 300 pessoas tenham morrido após o naufrágio de uma barcaça de imigrantes perto da costa da ilha de Lampedusa, no mar Mediterrâneo. Até o momento, a Guarda Costeira resgatou pelo menos 94 corpos no mar.

O navio partiu de Misrata, na Líbia, em direção a Lampedusa, território de domínio de um país europeu mais próximo do lado africano do mar Mediterrâneo. Segundo as autoridades de imigração italiana, a maioria dos passageiros vinha de Etiópia, Eritreia e Somália e pagaram a traficantes tunisianos para levá-los à Europa.

A Guarda Costeira afirma que o naufrágio aconteceu após o barco ficar à deriva a 550 m de uma praia da ilha italiana, na madrugada desta quinta-feira (noite de quarta em Brasília). Para pedir ajuda a outros barcos, o grupo usou sinalizadores, que caíram em um dos tanques de combustível, que pegou fogo.

O incêndio fez com que os imigrantes tentassem sair do barco superlotado, que desequilibrou durante a saída dos passageiros e virou em cima de alguns deles. A embarcação afundou e está a uma profundidade de 35 a 40 metros.]]

Os primeiros a encontrarem os imigrantes foram pescadores da região. Em entrevista à emissora SkyTG24, Rafaele Colapinto afirmou que tentou tirar os mortos, mas que a operação foi demorada. “Vimos um oceano de cabeças. Levamos meia hora para tirar cada um da água porque eles estavam envolvidos em óleo”.

No porto, corpos estavam alinhados dentro de sacos mortuários verdes. Sem um lugar para colocá-los, eles foram levados depois para um hangar do aeroporto da ilha. O secretário de saúde da ilha, Pietro Bartolo, disse que foi obrigado a pedir caixões de outras localidades para abrigar os corpos das vítimas.

“Não temos mais lugar, nem para os vivos nem para os mortos”, disse a prefeita de Lampedusa, Giusi Nicolini. “É um horror, um horror; eles não param de deixar corpos”.

CRÍTICA

Revoltada, a prefeita Nicolini enviou um telegrama ao primeiro-ministro Enrico Letta pedindo que fosse contar os mortos com ela e acusou a Europa de “ignorar (…) o enésimo massacre de inocentes que acontece perto da ilha”.

“Não posso deixar de expressar a miopia da Europa, que insiste em olhar só para o outro lado. Os imigrantes chegam à nossa ilha há anos e continuarão fazendo isso por muito tempo. Se as instituições não intervierem imediatamente, serão, inevitavelmente, cúmplices desse absurdo e vergonhoso massacre”.
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Ela lembrou que Lampedusa, mais próxima da costa norte-africana do que da Sicília, é “há anos” o destino dos imigrantes clandestinos. “Venha contar os mortos comigo”, disse, em um telegrama ao chefe de governo. Letta decretou luto oficial para sexta-feira (4), mas ainda não viajou à ilha.

O representante do governo que chegou ao local da tragédia foi o vice-premiê, Angelino Alfano. “É um drama europeu, não apenas italiano”, explicou Alfano, pedindo que a Itália, que recebeu 25.000 imigrantes este ano (três vezes mais do que em 2012), possa estender suas patrulhas “para além de suas águas territoriais”.

A ministra da Integração, Cécile Kyenge, originária da República Democrática do Congo e primeira negra em um governo italiano, pediu uma coordenação europeia para formar “corredores humanitários com o objetivo de tornar mais seguras essas travessias, que registram a atuação de grupos criminosos”.

O Papa, que visitou Lampedusa em sua primeira viagem para fora de Roma, no início de julho, falou de “vergonha”, tendo-se em vista as “várias vítimas de mais esse naufrágio”.

Segundo a rede de ONGs Migreurop em Paris, em vinte anos, 17.000 imigrantes morreram tentando chegar à Europa. A maior tragédia até hoje aconteceu em junho de 2011, quando de 200 a 270 imigrantes originários da África Subsaariana se afogaram tentando chegar a Lampedusa.

Folha

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