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CRISE ECONÔMICA E HUMANITÁRIA: Vida piorou no último ano para 83% dos venezuelanos, diz pesquisa

Crise afeta distribuição de alimentos e remédios. Foto: Marco Bello/Reuters – 7.11.2018

Uma pesquisa feita pela organização Atlantic Council revelou que 83% dos venezuelanos acreditam que sua vida piorou no último ano.

O índice de insatisfação é alto inclusive entre aqueles que se identificaram como apoiadores do governo de Nicolás Maduro. Mais da metade deste entrevistados concordaram com a piora nas condições de vida.

Hector Carrasque, 37, não se considera um apoiador do presidente, tampouco um opositor. Mas ele afirma que sua vida também piorou.

“Por conta da economia. Dá para notar que piorou para toda a população”, diz Carrasque, que trabalha no Ministério do Desenvolvimento.

Para os entrevistados, os maiores problemas do país são a hiperinflação, falta de alimentos e medicamentos. As pessoas também demonstraram preocupação com segurança, serviços de saúde, apagões elétricos e mais recentemente, a falta de água potável.

A ONU calcula que pelo menos 3 milhões de pessoas deixaram a Venezuela, fugindo do cenário caótico, isso equivale a cerca de 9% da população do país.

Crise humanitária

De acordo com a pesquisa, a crise humanitária é percebida por oito em cada dez venezuelanos.

Cerca de 90% dos entrevistados diz que a distribuição de remédios é ruim ou muito ruim. Entre os que se identificaram como apoiadores do governo, oito em cada dez pessoas disseram que a situação dos remédios é ruim ou muito ruim.

Já a distribuição de alimentos é um pouco menos criticada. Para 80% dos venezuelanos ela é ruim ou muito ruim.

Para resolver o problema, a Igreja é apontada como a melhor instituição para ajudar os necessitados — 43% da população acredita que o clero é mais preparado para esta tarefa. Outros 28% confiam mais na comunidade internacional e nas ONGs para pedir ajuda.

Em contrapartida, a confiabilidade do governo e dos órgão que o apoiam — Assembleia Constituinte e Forças Armadas — para prestar ajuda humanitária é muito pequena entre a população. Metade dos entrevistados acredita que o governo não é capacitado para ajudar.

Carrasquel concorda que o país está em uma crise humanitária. No Ministério do Desenvolvimento, ele trabalha com projetos de habitação pública, mas também está entre aqueles que não acreditam que o governo pode resolvê-la.

Crise econômica

A falta de remédios e comida é motivada por uma crise econômica que se arrasta através dos anos. A inflação projetada pelo FMI é de 1.000.000% e impede o consumo de produtos básicos.

Maduro é indicado como o grande responsável pelos problemas financeiros do país por 60% da população, incluindo 10% de seus apoiadores.

O presidente também é considerado incapaz de resolver a crise com as medidas que anuncia.

Além disso, 56% dos venezuelanos acreditam que é necessária uma mudança no governo para que o país consiga se reerguer.

A pesquisa foi realizada em setembro e entrevistou 1.000 pessoas. A amostragem tem 95% de confiança e uma margem de erro de 3,4%.

R7

 

Opinião dos leitores

  1. BG, mostra pra gente como é a vida nas capitalistas Zimbabue, Burkina Faso e Congo.
    Os minions q se preocupam tanto com a " socialista" Venezuela poderiam falar um pouco das capitalistas aí q citei.

  2. BG acabei de chegar da Argentina, lá milhares procuram emprego na Bolívia. A situação está precária no neoliberalismo de Macri. Uma boa dica para uma matéria. Fica a dica!!!

    1. É isso mesmo Cumpanhêro! Lindo é o comunismo que deu certo onde foi imposto.

  3. Vejam que LINDO MODELO DE DEMOCRACIA, como afirmam Ciro Gomes e a esquerda brasileira. Todos IGUAIS, todos NIVELADOS NA TEORIA SOCIALISTA DA IGUALDADE, bravo, bravo, bravo… Que esse modelo fique na Venezuela, o Brasil precisa de homens sérios, pessoas responsáveis, gente produtiva, políticos honestos, oportunidade, desenvolvimento, crescimento, ordem e justiça.

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Anac: mais de 100 milhões de pessoas viajaram de avião no último ano

Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

O número de passageiros pagantes transportados por companhias aéreas brasileiras em voos domésticos e internacionais entre julho de 2017 e junho de 2018 ultrapassou a marca de 100 milhões. Os dados, divulgados nesta segunda-feira (30) pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) mostram que nesse período foram transportados 100,87 milhões de pessoas.

Desse total, 91.947.666 passageiros foram transportados em voos domésticos, e 8.924.824 viajantes nos voos internacionais. O número de passageiros no período considera todos os embarques realizados, ainda que pelo mesmo passageiro dentro de uma mesma viagem, antes de chegar ao destino final (conexões).

“Somente em junho de 2018, os 7.163.396 passageiros embarcados representaram uma variação positiva de 3,4% em relação ao mesmo mês do ano passado (6.922.225)”, informou a Anac.

A agência reguladora informou ainda que no caso de rotas chegando ao ou saindo do Brasil, o número de passageiros registrado foi de 656.358 representando um crescimento de 9,9% em relação a igual período de 2017.

De acordo com a Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), a última vez em que o acumulado de 12 meses havia superado a marca de 100 milhões de viajantes transportados foi em março de 2016.

Agência Brasil

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Pesquisa: 42% dos brasileiros leram a Bíblia no último ano

bibliPor interino

Bastante já foi dito sobre os resultados da 4ª edição da pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, promovida pelo Instituto Pró-livro e realizada pelo Ibope. Já mostrei aqui no blog mesmo que o país anda lendo mais do que há quatro anos – exceto nossa elite econômica – e que os leitores são pessoas mais ativas do que os não leitores. No entanto, ainda é preciso jogar luz sobre um dos dados que o estudo revela: quando lê, o brasileiro lê principalmente a Bíblia.

Ao perguntar quais tipos de livros os leitores tinham lido no último ano, a pesquisa constatou que 42% deles leram a Bíblia, seguida por livros religiosos, de contos e romances – cada um citado por 22% dos entrevistados, que podiam indicar mais de uma opção. Curioso aqui notar que a Bíblia sequer entrou no gênero de religiosos. Claro que o livro pode ser lido de maneiras diversas – com viés histórico, sociológico, filosófico.. -, mas é evidente que a esmagadora maioria dos leitores que leem a Bíblia o fazem por questões ligadas à religião.

A Bíblia também encabeça os gêneros preferidos de pessoas de todas as faixas etárias (5 a 10, 11 a 13, 14 a 17, 18 a 24, 25 a 29, 30 a 39, 40 a 49, 50 a 69 e 70 e mais) e níveis de escolaridade (Fundamentai I, Fundamental II, Ensino Médio e Superior) abarcados pelo estudo. Foi ainda o título mais citado como última leitura dos entrevistados – 225 menções, seguido por “Diário de um Banana” e “Casamento Blindado”, ambos lembrados 11 vezes – e é a obra mais marcante da vida de 482 pessoas ouvidas – a segunda posição aqui ficou com “A Culpa é Das Estrelas”, mencionado em 56 oportunidades. Não bastasse, é diretamente responsável por uma das curiosidades da pesquisa: ao indicarem o autor do último livro que estavam lendo, alguns entrevistados (1%) citaram entidades religiosas normalmente ligas à Bíblia, como Jesus e Moisés.

Até professores preferem a Bíblia

A Retratos da Leitura no Brasil também apresenta alguns recortes específicos sobre o hábito de leitura dos professores e profissionais da educação. Nessa categoria, a Bíblia também se destaca: ela que lidera, por exemplo, a lista dos 11 títulos mais citados pelos educadores, com 22 menções – “Esperança” está na segunda posição, com 5 citações.

Sobre esses profissionais, há ainda uma contradição nos números: 84% deles garantem que são leitores, no entanto, metade dos entrevistados não citou nenhum título ao ser indagado a respeito de qual era o último livro que havia lido. Estranho tantos professores não recordarem o que leram recentemente, não?

Tendo em vista esse panorama, parece que a frase escolhida pelos organizadores da pesquisa para servir de epílogo à apresentação dos números está um tanto deslocada. Diz ela, que é de autoria do peruano Mario Vargas Llosa: “Um público comprometido com a leitura é crítico, rebelde, inquieto, pouco manipulável e não crê em lemas que, alguns, fazem passar por ideias”. Será mesmo que tantas pessoas adquirem essas características ao lerem a Bíblia. Ou será que, encarando a obra de maneira dogmática, tal leitura não acaba gerando um resultado exatamente oposto àquele desejado pelo Nobel de Literatura de 2010?

Blog Página Cinco, UOL

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