Jornalismo

AREIA E DUNAS: Alcaçuz foi projetado por 2 universitárias e vira deboche nacional

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A construção de Alcaçuz em cima de areia fina, de dunas, começa a virar deboche nacional. Hoje é destaque de capa do jornal Folha de São Paulo. A novidade é que o presidio foi um projeto de duas universitárias para conclusão do curso e que mesmo tendo projetado só acompanharam a construção uma única vez e afirmam que o governo quando construiu não seguiu itens de segurança essenciais.

Segue reportagem da Folha:

Cenário do massacre de 26 presos e sem controle do poder público há mais de uma semana devido à guerra entre facções criminosas, a prisão de Alcaçuz, na região metropolitana de Natal, tem a origem de seus problemas há quase três décadas, quando saiu do papel com base num trabalho de conclusão de curso de duas alunas de arquitetura na Universidade Federal do Rio Grande do Norte.

Prevista originalmente num terreno rochoso na cidade de Macaíba, a 14 km de Natal, a planta foi adaptada e erguida sobre dunas no município de Nízia Floresta, ao lado da capital potiguar –com características que facilitaram a presença de esconderijo de armas e fugas com túneis escavados na areia.

Entre domingo (22) e segunda (23), por exemplo, policiais da Força Nacional encontraram três túneis ao redor de Alcaçuz –um deles camuflado com galhos de árvores, e outro só descoberto após a chuva levar parte da areia.

Além disso, apesar da entrada da PM no complexo na sexta (20), houve uma nova tentativa de fuga na madrugada desta segunda, pelo telhado. Um agente penitenciário percebeu a movimentação e disparou –um detento foi atingido no braço.

As falhas da prisão construída são reconhecidas por uma das arquitetas do projeto, para quem elas não estão especificamente nas dunas. “O problema é que normas de seguranças, como fundações bem feitas e muros reforçados, não foram realizadas corretamente. O projeto não foi seguido”, diz Rosanne Azevedo de Albuquerque, 50, hoje professora universitária.

Rosanne era estudante na faculdade quando, junto com a colega Lavínia Negreiros, decidiu fazer um projeto de presídio. “Era um trabalho de conclusão de curso sem nenhuma ambição”, afirma.

As duas criaram um presídio que tinha quatro pavilhões e áreas voltadas à educação, tratamento médico e oficinas. Na apresentação, receberam nota máxima. O governo se interessou e comprou a ideia. “Nem me lembro quanto pagaram, mas não foi muita coisa”, diz Rosanne.

As duas arquitetas puderam visitar a construção apenas no início. Depois, acabaram nem sendo convidadas para a inauguração, em 1998, na gestão do então governador Garibaldi Alves Filho, hoje senador pelo PMDB.

A planta previa um piso com camadas espessas de concreto e de grades de ferro, o que não foi feito. Com o tempo, os presos quebraram o piso e chegaram até a areia. Para fugir, cavavam túneis com as mãos e com pás de ventilador. Os buracos passavam por baixo do muro e saíam do lado de fora, numa vila que cerca o presídio –apelidado de “queijo suíço”.

Moradores do entorno estão acostumados com fugas –só no ano passado 102 detentos fugiram dali. Uma dona de casa, que preferiu não se identificar, afirmou que em 2016 encontrou vários presos nas ruas de terra. “Eles não mexem com a gente. Só querem fazer a fuga”, conta.

“Não sei como Alcaçuz não desabou ainda. Há verdadeiras cavernas embaixo. O que tem ali é areia, areia de praia”, diz Henrique Baltazar, juiz de execução penal que atuou na detenção entre 2010 e 2015. Segundo policiais e agentes penitenciários ouvidos pela Folha, é bastante difícil encontrar armas com os presos de Alcaçuz, porque eles as enterram nas dunas e na areia que existe no complexo.

Jogar objetos para dentro da detenção também não é tarefa difícil, já que o prédio fica numa área mais baixa e é cercado por outras dunas. Normalmente há seis agentes penitenciários por turno, para mais de mil presos.

Opinião dos leitores

  1. Estão fazendo chacota do projeto das profissionais, no entanto, ninguém se lembra que o presídio foi construído SEM QUE FOSSEM seguidos os planos à risca. Ninguém se lembra que no projeto há uma sapata de concreto de quase 3m de espessura, par que os presos não cavassem por baixo.

    O local, em si, nunca foi empecilho para a construção do presídio, se assim o fosse, os egípcios não teriam construído seus templos, tumbas e outros monumentos na areia fofa do deserto, o que houve em Alcaçuz foi puro desrespeito com o trabalho e dinheiro alheio.

    O forte dos Reis Magos foi construído há mais de 400 anos, sobre água, à beira-mar, mas foi construído como deveria ser, seguindo o plano à risca.

    Foi transformado em prisão por algum tempo, e pergunta aí, quem cavou por baixo pra sair de lá. CAVARAM UM CARAI, que cavaram. Agora um bando de corruptos comem a verba para a construção da cadeia e fazem uma merda farrapeira, uma faúla de construção que o cara cava com tampa de quentinha e os retardados vêm botar a culpa nas projetistas do complexo penal?

    Faz pena, para não dizer que faz raiva e nojo.

    A maioria dos cidadãos brasileiros, em especial os potiguares, merecem tomar uma surra com chicote de arame farpado todo dia, três vezes ao dia: uma de manhã para despertar, outra ao meio-dia, para abrir o apetite e outra à noite, para dar sono, durante toda a sua existência, para deixarem de ser burros.

  2. O senhor responsável pela página poderia ao menos corrigir o título tendencioso que sugere uma mentira, que o problema do presídio foi ser projetado por estudantes.

  3. Acredito que não é muito difícil para qualquer leigo perceber que aquele local não era adequado para se construir um presídio.

  4. Matéria muito mal vinculada pelo blog – inclusive, induz a má interpretação – a de que as fragilidades da construção ocorreram por conta do amadorismo dos arquitetos. Conheço a história desse projeto e posso afirmar (sem dúvidas), que, se houve algo muito errado aí foram "interesses políticos" que descaracterizaram quase que por completo a proposta sugerida -> mas essa parte ninguém ressalta né? Afinal, a corda arrebenta sempre pelo lado mais fraco. Êw Brasil…

  5. O que faltou foi uma fiscalização, eficaz dos responsáveis pela, será que as medições forram corretas, de acordo com as faturas de pagamentos? Temos dúvidas. Então ? Só Deus é fiel.

  6. 1)Governador à epoca da construção do presídio = Garibaldi.
    2) Secretario de Justiça e Cidade (responsável por acompanhar a obra) = Carlos Eduardo.
    3) Governadora que devolveu à União 14 milhões por falta de projetos destinados à melhoria da estrutura carcerária = Rosalba Ciarlini

    Agora vejam os cargos que os 3 acima ocupam hoje. A culpa não é deles!! Eles foram colocados pela população. APRENDAM A VOTAR ou sofram as CONSEQUENCIAS!!!!

    1. Realmente, a culpa é sempre do povo que elege esse pessoal. Vejamos, como mais um exemplo, o caso do Lula e do seu PT (ele é o "dono" do partido): passaram mais de 13 anos do poder e nos deixaram um país do jeito que estamos vendo. O que fizeram com relação à segurança pública? O crime organizado só prosperou, o tráfico de drogas adquiriu proporções assustadoras em TODO o país, a entrada clandestina de armas no país não foi combatida, a legislação facilita e DEFENDE os criminosos, os cidadãos de bem foram desarmados, os "de menor" estão liberados para delinquir, com a proteção de gente como a Maria do Rosário, ONG's petistas e a turma dos "direitos dos manos"… E ainda tem um bocado de gente que defende essa ORCRIM. A culpa de nossas desgraças, definitivamente, é do próprio povo. Temos que aprender a escolher nossos governantes. Senão, continuaremos eternamente na m…

  7. Apenas uma curiosidade: a quem pertencia o terreno onde foi construído o presídio?

  8. Verdade que este presídios construído aí foi um erro grave, más só neste GOVERNO INCOPETENTE se tornou está bagunça, de onde se viu mais de mil PRESOS soltos no pátio aberto do presídio, de fosse num Lajedo eles faziam túnel, imagine nas dunas, AGORA este governo sem futuro, é INCOPETENTE não só nos presídios, é um governo que fecha hospitais, fecha UTI, escola caí na cabeça das crianças, é o governo que gostou 10 milhões neste presídio e os PRESOS continuarão soltos no pátio do presídio..

  9. Deveria fazer uma verificação no Governo que construiu e nos que passaram após sua construção, como exemplo o Governo de uma certa Prefeita, de uma certa cidade, de um certo Estado, que devolveu dinheiro ao Governo Federal por não ter um plano para a área de segurança. Tudo deixa claro que houve coisas ilícitas na obra, sem discriminação, mesmo sendo de 2 universitárias, que relatam que o Governo não seguiu a planta como era. Que como diz a matéria, nem foram convidadas para inauguração, pois com certeza iriam fazer algum comentário que possivelmente estragaria a farra com o dinheiro público.

  10. O meu filho de quatros anos adora brincar da areia de praia …se perguntar pra ele ,tenho certeza que o mesmo tem a respostas na ponta da língua ,construir um presídio em cima de DUNAS ?????????????????

  11. A construção nas dunas, nada tem a ver com as fugas, se o piso em concreto fosse executado como no projeto e as paredes, grades e muros também, não haveria de se falar em fugas. Além de guaritas descentes e carcereiros suficientes. Tem que fazer outro, e remanejar os sobreviventes. Espero que sejam poucos.

  12. Quem critica não tem o mínimo de conhecimento da área de engenharia. Não é o terreno de dunas que causa a facilidade de escavar túneis. Foram o piso e paredes que não foram construídos em concreto com Mpa elevado, com a devida espessura a fim de ser evitado quebra e escavações. Água é muito mais mole e se constrói pontes que suportam pesos muito elevado com a grande quantidade de carros em cima e nem por isso desaba.

    1. Quase isso… Mas termina se gastanto muito em FUNDAÇÃO E ESCAVAÇÃO, para se ter a profundidade em locais onde não há como ter um contra-piso de concreto e aço.. Ou pretende gastar o infinito com piso de concreto de alta resistência e chapas de aço por toda a área da edificação? Fora o fato de se ter lugares adjacentes com altura de duna quase chegando na altura do muro.

  13. Eis a resposta para a total fragilidade da obra: executada fora dos padroes definidos no projeto. Resta saber quem foi o engenheiro responsável pela obra, a construtora que executou, qurm era o secretário de obras no governo Garibaldi e quem atestou as faturas da obra? Um bom trabalho para os pesquisadores que pode virar filme. Fugas em Alcaçuz, a exemplo do bestseller Fuga em Alcatraz. BG esses personagens daria um bom programa na 98: "Papo de Cantina", ou não seria melhor papo de prisão?

  14. As universitárias da época não tem culpa nenhuma, o Senador Garibaldi Alves, hoje, é que tem uma
    responsabilidade grande sobre a construção do presídio de Alcaçuz. Foi no seu mandato de governador
    que construiu o complexo presidiário. Deixou à vontade da secretaria de obras , fez o prédio e ai. Os erros cometidos não foram consertados ao longo do tempo, então hoje o povo paga a conta e ele não tá nem aí. O Brasil e seus políticos profissionais, não tem punição e fica assim mesmo. Ainda votam nele e no filho Walter Alves e nos Alves, oh! povo besta, não tem o que reclamar, somos gado marcado, povo feliz!

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Política

PESQUISA ATLAS: Governo Lula é ruim ou péssimo para 47,2%

Foto: Reuters

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é avaliado como ótimo ou bom para 48% dos brasileiros, já 47,2% acham ruim/péssimo, segundo mostrou a pesquisa AtlasIntel/Bloomberg divulgada nesta sexta-feira (24).

Para 4,8% a administração é regular.

Foram ouvidas 14.063 pessoas, entre os dias 15 e 19 de outubro. A margem de erro é de um ponto percentual, para mais ou para menos.

CNN

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Geral

Alunos da Maple Bear Natal leem até 2 mil livros e celebram o hábito da leitura na Semana da Biblioteca

Foto: Divulgação 

Você consegue imaginar uma criança ou adolescente lendo cerca de 2 mil livros antes dos 15 anos? Na Maple Bear Natal, isso é realidade. A escola, que adota a metodologia canadense de ensino, desenvolve um programa bilíngue que faz da leitura uma das principais ferramentas de aprendizado, criatividade e desenvolvimento crítico dos alunos.

Ao longo da trajetória escolar, do ensino infantil ao fundamental anos finais, os estudantes chegam a ler ou ouvir cerca de 2 mil obras literárias, em português e inglês. Esse resultado é fruto de um trabalho contínuo de incentivo à leitura, que integra atividades em sala de aula, projetos especiais e ações desenvolvidas ao longo de todo o ano letivo.

Entre essas iniciativas está a Semana da Biblioteca Escolar, que será realizada de 27 a 30 de outubro. A programação inclui uma “caça ao livro” repleta de enigmas e desafios relacionados aos temas trabalhados nas unidades curriculares, como ciências, sentimentos, corpo humano e literatura. A proposta é transformar a leitura em uma experiência divertida, colaborativa e inspiradora.

De acordo com a diretora pedagógica Mona Lisa Dantas, o incentivo à leitura é um dos pilares da metodologia da escola. “Nosso programa de leitura é constantemente atualizado e conectado ao que é desenvolvido em sala. Queremos que as crianças leiam por prazer, por curiosidade, e não apenas por obrigação escolar”, destaca.

O programa contempla diferentes tipos de leitura: interativa, em casa, investigativa e em clubes e estimula o contato com títulos em português e inglês, fortalecendo a biliteracia e ampliando o repertório cultural dos alunos.

“Quando vemos nossos estudantes empolgados para descobrir novas histórias e autores, sabemos que estamos no caminho certo. Esse envolvimento mostra que estamos formando leitores que levarão esse hábito para toda a vida”, conclui Mona Lisa.

*Sobre a Maple Bear Natal*

Com 16 anos de atuação em Natal, a Maple Bear é referência em educação bilíngue de padrão canadense, reconhecida pela qualidade do ensino e pela formação integral de seus alunos. O modelo canadense, que valoriza a autonomia, o pensamento crítico e a resolução de problemas, figura entre os dez melhores do mundo segundo o Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa).

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Geral

Lula lista temas que serão discutidos em reunião com Trump: “não haverá veto”

Foto: Yasuyoshi CHIBA/AFP

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) garantiu nesta sexta-feira (24/10) que não haverá restrição a nenhum tema durante a reunião com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, marcada para domingo (26). Em entrevista ao final de sua visita à Indonésia, o petista destacou que pretende tratar de tarifas aplicadas ao Brasil, sanções a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e outros assuntos de interesse bilateral.

Lula afirmou que quer apresentar dados que comprovem “equívocos” nas tarifas de 50% impostas pelos EUA e discutir as sanções a integrantes da Corte brasileira, consideradas sem justificativa pelo governo. “Tenho toda disposição em defender os interesses do Brasil e mostrar que houve um equívoco nas taxações”, disse.

O presidente também indicou que a conversa poderá abordar questões internacionais, como as tensões na Venezuela, os conflitos em Gaza, a guerra na Ucrânia e a relação com a Rússia, além de temas econômicos estratégicos, como minerais críticos e terras raras. “Não existe veto a nenhum assunto. Portanto, vai ser uma reunião livre”, afirmou.

Lula desembarcou em Kuala Lumpur na madrugada desta sexta-feira, onde participará da cúpula da Associação de Nações do Sudeste Asiático (ASEAN). A expectativa gira em torno do encontro com Trump, após os dois conversarem por telefone no início deste mês.

Com informações do Metrópoles

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Economia

Com exceção da Defesa, gastos fora da meta fiscal podem passar de R$ 150 bilhões em três anos

Foto: Diogo Zacarias/MF

Com a aprovação de projetos que retiram despesas da meta fiscal, o governo de Luiz Inácio Lula da Silva pode somar mais de R$ 150 bilhões em exceções até o fim do mandato, considerando iniciativas já em vigor e propostas em tramitação, como a que exclui R$ 5 bilhões de gastos com as Forças Armadas. Especialistas alertam que essas deduções enfraquecem a credibilidade da meta fiscal, mesmo que não sejam contabilizadas para o cumprimento do resultado primário.

O arcabouço fiscal vigente permite variações de até 0,25% do PIB no resultado das contas públicas, mas autoriza exceções por lei ou decisão judicial. Desde 2023, foram excluídos da meta pagamentos de precatórios, investimentos em estatais e despesas com reconstruções e socorros a regiões afetadas por tragédias naturais, além de ressarcimentos a aposentados do INSS prejudicados por fraudes. Só este ano, os gastos fora da meta já somam R$ 47,1 bilhões.

Segundo a Instituição Fiscal Independente (IFI), considerando todas as deduções previstas, o total entre 2024 e 2026 pode alcançar R$ 157,3 bilhões — praticamente o equivalente a um ano de Bolsa Família. Economistas alertam que a repetida banalização do instrumento compromete o papel da meta como sinalização da trajetória fiscal e influencia negativamente a percepção de investidores sobre a sustentabilidade da dívida pública.

Mesmo com as deduções, o governo precisará de R$ 27,1 bilhões adicionais no último trimestre de 2025 para fechar o ano dentro do resultado estabelecido. Entre os desafios apontados estão o déficit das estatais e a perda de arrecadação com medidas tributárias, que pressionam a execução orçamentária apesar do uso das exceções.

Com informações do O Globo

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Geral

Lewandowski explica por que é contra classificar PCC e CV como organizações terroristas

Foto: Roque de Sá/Agência Senado

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, afirmou que não concorda com o projeto em tramitação na Câmara dos Deputados que equipara facções criminosas, como PCC e CV, a grupos terroristas. Segundo ele, a legislação brasileira já diferencia claramente organizações criminosas de organizações de caráter terrorista. A informação é da coluna do Paulo Cappelli, do Metrópoles.

“Grupos terroristas causam perturbação social e política grave e têm uma inclinação ideológica. Isso não acontece com organizações criminosas, que praticam delitos previstos no Código Penal e em legislações específicas”, explicou Lewandowski. O ministro reforçou que o governo não pretende confundir os dois conceitos.

Lewandowski destacou que facções como PCC e CV são relativamente fáceis de identificar, ao contrário de grupos terroristas, que têm natureza distinta e objetivos políticos ou ideológicos. Ele frisou que o combate a essas organizações continuará sendo feito dentro do ordenamento jurídico vigente.

Nesta quarta-feira (22), o ministro apresentou o Projeto Antifacção, que propõe endurecer penas contra organizações criminosas. A iniciativa foi encaminhada ao governo por meio da Casa Civil e reforça a estratégia do Executivo de combater o crime organizado sem misturá-lo ao terrorismo.

Com informações do Metrópoles

Opinião dos leitores

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Geral

VÍDEO: Lula critica ações letais dos EUA no Caribe e diz que traficantes mortos são vítimas do consumo

Vídeo: Reprodução/Instagram

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta sexta-feira (24) que os narcotraficantes mortos em ações militares dos Estados Unidos no Caribe são, na verdade, “vítimas” da dependência global por drogas. A declaração foi dada durante coletiva de imprensa na Indonésia, em meio à escalada de tensão entre Washington e Caracas.

Sem citar o presidente Donald Trump, Lula criticou a política americana de combate violento ao tráfico e defendeu que as operações ocorram dentro da lei e com respeito à soberania dos países. “Você não está aí para matar as pessoas, está para prender. Antes de punir alguém, é preciso julgar e ter provas”, afirmou. O petista também condenou a possibilidade de invasões militares em território estrangeiro sob o pretexto de combater o narcotráfico.

A fala surge após Trump voltar a defender o uso de força letal contra grupos que ele classifica como “narcoterroristas”, comparando-os ao Estado Islâmico. Em resposta, a Venezuela mobilizou mísseis antiaéreos, vendo as ações dos EUA como uma ameaça militar. Lula, por sua vez, defendeu o diálogo e a cooperação internacional: “Se o mundo virar uma terra sem lei, vai ser difícil viver”.

O posicionamento do brasileiro ecoa declarações recentes do presidente da Colômbia, Gustavo Petro, aliado de Lula e de Nicolás Maduro, que chamou traficantes que atuam no Caribe de “trabalhadores do tráfico”. Ambos os líderes latino-americanos têm defendido mudanças na política de guerra às drogas e maior responsabilidade das nações consumidoras na crise do narcotráfico.

Com informações da CNN Brasil

Opinião dos leitores

  1. Quer dizer que maconheiros sao vitimas da sociedade, bem como ladrões e traficantes. Então está explicado que eleitor do PT é vítima da sociedade pois só tem merda na cabeça.

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Geral

Lula defende exploração na Margem Equatorial e diz que petróleo vai financiar transição energética

Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta sexta-feira (24) que a exploração de petróleo na Margem Equatorial não contraria os compromissos ambientais do Brasil e que os recursos obtidos poderão ser usados para acelerar a transição energética. A declaração foi feita durante entrevista na Indonésia, após questionamentos sobre a medida às vésperas da COP30, que será realizada em Belém (PA).

Segundo Lula, a autorização concedida à Petrobras é apenas para pesquisa e não garante produção imediata. Ele destacou que qualquer nova etapa exigirá licenças adicionais e defendeu a estatal, dizendo que a empresa tem “expertise em águas profundas e não tem histórico de vazamento”. O presidente argumentou ainda que o mundo “ainda precisa de combustível fóssil” e que o país não abrirá mão dessa riqueza.

Lula afirmou que o petróleo poderá financiar investimentos em energia limpa e que a Petrobras deixará de ser apenas uma companhia de petróleo para se tornar uma empresa de energia. O petista ressaltou também que 87% da matriz elétrica brasileira já é composta por fontes renováveis e que o governo seguirá ampliando essa participação.

A Margem Equatorial, localizada a cerca de 170 km da costa do Amapá, é vista como uma das novas fronteiras de exploração do país, com potencial estimado em até 10 bilhões de barris. O projeto enfrenta resistência de ambientalistas e cientistas, que apontam riscos à biodiversidade marinha. O Ibama condicionou a licença à adoção de protocolos rigorosos de segurança e monitoramento contínuo.

Com informações da CNN Brasil

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Política

Troca de turma de Fux fortalece Kassio Nunes Marques no STF

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

A ida do ministro Luiz Fux para a Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) deve alterar o equilíbrio interno do colegiado e ampliar a influência de Kassio Nunes Marques, indicado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Conhecida por decisões de perfil mais garantista, a turma passa a ser composta por Gilmar Mendes (presidente), Dias Toffoli, André Mendonça, Fux e Kassio.

A nova formação pode tornar Nunes Marques um voto decisivo em julgamentos sensíveis, como processos ligados a fraudes no INSS, desvios de emendas parlamentares e revisões criminais relacionadas ao ex-presidente Bolsonaro e à trama golpista de 2022. Um possível alinhamento entre Kassio, Fux e Mendonça daria ao grupo uma maioria inédita, revertendo a predominância de Gilmar e Toffoli em decisões anteriores.

Fux deixou a Primeira Turma após se ver isolado, especialmente depois de votar pela absolvição de Bolsonaro e de envolvidos nos atos de 8 de Janeiro. A leitura do voto, que durou cerca de 13 horas e foi marcada por críticas ao ministro Alexandre de Moraes, gerou desconforto entre os colegas Flávio Dino, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin.

Agora, ao lado de Gilmar Mendes — com quem trocou farpas recentes em plenário —, Fux deve herdar parte dos processos da Lava Jato e encontrar um ambiente mais dividido. Nos bastidores, a mudança é vista como um movimento que reposiciona forças dentro do Supremo e pode influenciar julgamentos de forte impacto político e jurídico.

Com informações da Folha de S.Paulo

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Geral

FAB alega urgência em compra milionária sem licitação para a COP30

Foto: Reprodução/D-Fend Aeronautics

A Força Aérea Brasileira (FAB) vai desembolsar R$ 6,6 milhões, sem licitação, na compra de um sistema antidrone que será utilizado durante a COP30, em Belém (PA), marcada para novembro. Segundo o aviso de dispensa, a medida se justifica pela “urgência de atendimento” para evitar possíveis riscos à segurança de pessoas, equipamentos e autoridades que participarão da conferência.

A informação é da coluna do Paulo Cappelli, do Metrópoles. Apesar da alegação de urgência, Belém foi confirmada como sede do evento em maio de 2023. A FAB afirma que o equipamento será essencial para reforçar a proteção de áreas críticas e pátios de aeronaves, especialmente diante da presença de chefes de Estado e delegações internacionais.

O contrato foi firmado com a empresa britânica D-Fend Solutions AD LTD, especializada em sistemas de defesa contra drones. Inicialmente orçada em US$ 610 mil (cerca de R$ 3,3 milhões), a compra foi retificada para US$ 1,2 milhão, elevando o total para R$ 6,6 milhões.

De acordo com a Força Aérea, o sistema será usado para detectar e neutralizar drones invasores durante a COP30, reforçando o esquema de segurança aérea do evento.

Com informações do Metrópoles

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Geral

Lula diz que encontro com Trump na Malásia não deve gerar acordo imediato

Foto: Getty Images

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta sexta-feira (24) que não espera a conclusão imediata de um acordo com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, durante a reunião marcada para domingo (26) em Kuala Lumpur, capital da Malásia. Segundo Lula, o encontro servirá como ponto de partida para negociações técnicas e políticas entre ministros brasileiros e secretários norte-americanos.

Em entrevista antes de deixar Jacarta, na Indonésia, o petista disse que mantém expectativas positivas, mas que o resultado dependerá das conversas posteriores. “O acordo certamente não será feito amanhã, ou depois de amanhã quando eu me reencontro com ele. O acordo será feito pelos negociadores”, afirmou. Lula destacou que pretende tratar o diálogo de forma “sem frescura”, com objetividade e sinceridade, para defender os interesses brasileiros.

O presidente também indicou que pretende discutir tarifas impostas aos produtos brasileiros e sanções a ministros do Supremo Tribunal Federal, além de temas internacionais como China, Venezuela, Gaza, Ucrânia e Rússia. Segundo ele, o objetivo é “colocar a verdade na mesa” e restabelecer uma relação civilizada com os Estados Unidos.

Nos bastidores, o governo brasileiro acredita que setores como o de carnes e o de café podem ser beneficiados caso haja flexibilização nas taxações americanas. Lula disse ainda que o Brasil sempre esteve aberto ao diálogo e que a reunião com Trump deve ajudar a “voltar à normalidade” nas relações entre os dois países.

Com informações do Estadão

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