Política

Aliados preparam ofensiva para levar PMDB ao comando do país

Por O Globo

A saída do ministro Eliseu Padilha do governo na última sexta-feira foi vista pela ala pró-impeachment do PMDB como a senha para que se iniciem abertamente os trabalhos para garantir o vice-presidente Michel Temer no comando do país. Nas horas que se sucederam à notícia do pedido de demissão, a frase mais proferida pelos peemedebistas resume o espírito da saída: “Padilha é o Temer”. Mas o abismo criado entre os palácios da Alvorada — residência oficial da presidente Dilma Rousseff — e do Jaburu — a de Temer — vem sendo cavado há meses. Padilha é apenas o último dos aliados mais íntimos do vice-presidente a se distanciar do governo. Os outros há muito já se movimentavam pela abertura do processo de impeachment. Em Recife, onde esteve ontem, Dilma disse contar com a “confiança” de Temer para enfrentar o processo de impeachment no Congresso:

— Eu espero integral confiança do Michel Temer e tenho certeza que ele a dará. Ao longo desse tempo, eu desenvolvi a minha relação com ele e conheço o Temer como pessoa, como político e como grande constitucionalista.

Enquanto a presidente discursava no Recife, Temer se encontrava com o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), em almoço organizado pelo empresário Jorge Chammas, do Moinho São Jorge. Amanhã, os dois estarão juntos novamente, em evento público no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista. Segundo aliados, Temer e o tucano conversaram brevemente. Na última quarta-feira, horas antes do anúncio da decisão de Eduardo Cunha de acatar o pedido de impeachment, Temer recebeu senadores do PSDB e do DEM. Os tucanos já discutem com setores do PMDB um eventual governo de transição.

Em Belo Horizonte, durante um congresso do PDT, o ex-ministro da Integração Nacional no primeiro governo Lula, Ciro Gomes, acusou Temer de estar à frente do movimento pelo impeachment de Dilma.

— Eu acuso o senhor Michel Temer de ser o capitão do golpe — disse Ciro, acrescentando que o impeachment é um “remédio grave”.

A estratégia do grupo peemedebista pró-impeachment é manter Temer na retaguarda, enquanto eles ocupam a linha de frente.

— Temer não precisa se mover agora. Tem que deixar as ondas baterem nas pedras para ver a espuma que fará, como as ruas vão se manifestar, como as forças no Congresso vão se aglutinar. Ele foi menosprezado pelo PT o tempo inteiro, e agora vem o senhor Jaques Wagner querendo ganhar no grito para cima dele. Ele não vai aceitar constrangimento de ninguém — disse o ex-deputado Geddel Vieira Lima (PMDB-BA), um dos integrantes do núcleo político de Temer.

Perguntado se Temer vai segurar o grupo para não trabalhar pelo impeachment, Geddel respondeu:

— Ele não tem condições de segurar o grupo. Tem só que ficar na dele.

PADILHA CUIDARÁ DO MAPEAMENTO DE VOTOS

A ala pró-Temer diz que Padilha, expert em planilha e controle de votos desde a Constituinte, começa a trabalhar a partir de amanhã no gabinete da presidência do PMDB, que fica na Câmara dos Deputados.

Outro membro atuante do grupo do vice-presidente é o ex-governador e ex-ministro Moreira Franco, autor do “Plano Temer”, apelido que ele mesmo deu ao programa de governo elaborado pelo PMDB no mês passado, contendo medidas opostas às adotadas por Dilma. O documento, escrito após consultas a vários economistas próximos ao partido, foi interpretado como um programa de transição a ser adotado após a saída da presidente e, ao mesmo tempo, como um sinal para o mercado financeiro e o setor produtivo.

Ao ser apresentado aos peemedebistas, em um congresso da Fundação Ulysses Guimarães, presidido por Moreira, o vice-presidente da República foi recebido com um coro de “Temer, veste a faixa já”. Na base do partido, o sentimento há muito tempo é pela ruptura.

— O impeachment está posto e certamente será uma grande contribuição para que possamos recuperar 2015, um ano que se perdeu na queda de braço entre a presidente Dilma e Eduardo Cunha, e de retomarmos o esforço de criar condições para que possamos sair da maior crise econômica da História — afirmou Moreira.

Geddel sempre resistiu à manutenção da aliança com o PT no governo Dilma. Aliado de Aécio Neves em 2014, ele circula em Brasília entre o Palácio do Jaburu e o gabinete do irmão, o deputado Lúcio Vieira Lima. Não por coincidência, Lúcio é um dos 22 deputados peemedebistas que trabalham abertamente pelo afastamento da presidente. Nesse grupo está também o deputado Osmar Terra (RS) — que, tão logo o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), deu andamento à ação contra Dilma, foi ao Jaburu conversar com a cúpula partidária.

— Geddel é o nosso Estado Islâmico, o homem-bomba do partido — resumiu um peemedebista da cúpula ao GLOBO sobre a atuação do baiano quando o assunto é impeachment.

Fora do núcleo mais próximo de Temer, o senador Romero Jucá (PMDB-RR) defende abertamente o impeachment desde o início do ano. Com presença menos frequente nas reuniões quase diárias que ocorreram nas últimas semanas à noite no Palácio do Jaburu, o peemedebista se reaproximou. Nos bastidores, Jucá atua entre políticos, empresários e representantes do mercado financeiro na defesa de que só com uma mudança de ares seria possível recuperar a economia do país.

Em meio à crise política, interlocutores da presidente sondaram uma possível volta de Jucá à liderança, ao que o peemedebista ironizou a aliados:

— O Titanic está afundando, e querem me dar um camarote? Tô fora.

Apesar de afastado do núcleo do vice, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, teve o papel decisivo de abrir o processo do impeachment. No partido, é considerado um “outsider” por peemedebistas históricos. Provocou atritos com diversas raposas do PMDB, como o presidente do Senado, Renan Calheiros (AL), com quem mantém relação protocolar.

Dizem ainda que ele “forçou” proximidade com Temer, mas que o vice sempre manteve uma “distância de segurança”. Na quarta-feira, minutos antes de dar entrevista coletiva anunciando que acolheria o pedido de impeachment, Cunha telefonou a Temer. Segundo relatos, o vice-presidente nada fez para impedi-lo.

Na oposição ao grupo pró-impeachment, o líder do PMDB na Câmara, Leonardo Picciani (RJ), trabalha para manter o apoio do partido a Dilma. Picciani articula a ocupação pela bancada do PMDB na Câmara das pastas que venham a ser deixadas pelo grupo de Temer, o que reforçaria a base de sustentação de Dilma na Casa.

— Se as ruas se engajarem, o senhor Picciani não vai segurar o impeachment. Já vimos esse filme antes — atacou Geddel.

Já Moreira evitou a referência direta:

— O voto para decidir o impeachment será aberto e evidentemente fruto de uma avaliação pessoal de cada parlamentar. E a população vai avaliar o voto de cada um.

A presidente Dilma disse que como não conversou com Padilha, não considera a saída do peemedebista definitiva:

— Eu me esforcei bastante para manter na reforma ministerial o ministro Padilha no governo. Por quê? Porque achava, e acho ainda, que o ministro Padilha está fazendo um trabalho muito importante. Eu não recebi nenhuma comunicação do ministro Padilha e eu ainda conto com a permanência do ministro no governo.

QUEM SÃO:

Moreira Franco – Manteve uma postura governista até ser demitido pela presidente Dilma na virada do primeiro para o segundo mandato. Foi o coordenador do programa de governo divulgado pelo PMDB no mês passado, contendo medidas opostas às adotadas por Dilma. O documento foi interpretado como um programa de transição a ser utilizado após a saída da presidente por um possível impeachment.

Eliseu Padilha – Um dos mais fiéis aliados de Temer, deixou o governo na sexta-feira. Ele mantém planilhas sobre a fidelidade dos partidos da base aliada nas votações e, quando atuou na articulação política, mapeou e ajudou a nomear os ocupantes dos cargos que cada partido tem em Brasília e nos estados. Segundo peemedebistas, a partir de amanhã ele começa a trabalhar com esses dados na sede do partido.

Geddel Vieira Lima – Ministro da Integração Nacional durante o governo do ex-presidente Lula, afastou-se do PT em 2010. Apesar de ter assumido uma vice-presidência da Caixa no primeiro mandato de Dilma, a pedido de Temer, ele sempre resistiu à manutenção da aliança com o PT. Ano passado, aliou-se a Aécio Neves (PSDB-MG) e tornou-se um dos mais duros críticos da presidente.

Romero Jucá – Ex-líder do governo Lula e do primeiro mandato de Dilma Rousseff, externou seu rompimento com o governo no ano passado e apoiou Aécio Neves à Presidência da República. Nos últimos meses, no entanto, reaproximou-se de Temer e passou a frequentar o Palácio do Jaburu, residência oficial do vice. Defende que só com uma mudança de presidente seria possível a economia voltar a crescer.

Opinião dos leitores

  1. E O Ex Dep. Henrique Alves vai entregar o cargo ? será ? ele é muito amigo de Cunha e Temer, mais se ele tem algum respeito ao Estado do RN entregue o Cargo Ministro!!!

  2. QUE GOLPE? A DEMOCRACIA ESTÁ FLUINDO, NÃO AO USO DO GOVERNO PELAS INSTITUIÇÕES, SE RENDAM, POIS O BRASIL PRECISA SOBREVIVER

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PESQUISA O POTI / UNIMED: Médico Ricardo Queiroz tem 51,8% e Dr. Márcio Rêgo tem 26,8% da preferência dos cooperados

Foto: divulgação

Uma pesquisa realizada por telefone para a eleição da Unimed com entrevistados 282 médicos cooperados, entre os dias 19 e 23 de dezembro, foi divulgada pelo site O Poti News. O resultado mostra um amplo favoritismo para o candidato do atual presidente, Fernando Pinto, para o pleito que ocorrerá em março de 2025.

No cenário estimulado, o médico Ricardo Queiroz, apoiado por Fernando Pinto, aparece com 51,8% da preferência dos médicos cooperados. O médico ortopedista Marcio Rêgo, apoiado pela médica Carla Karini obteve 26,8% da preferência. 21,4% disse que não tem preferência, ou que vai aguardar mais ou está indeciso.

A gestão do atual presidente Fernando Pinto, foi aprovada por 64,2% dos médicos cooperados entrevistados enquanto, 20,1% desaprovam a gestão.

A Unimed Natal tem aproximadamente 1.300 médicos cooperados e tem uma carteira superior a 200 mil vidas entre seus usuários.

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Volume de água acumulado nos reservatórios públicos do RN chega ao final de 2024 com o melhor resultado desde 2011

Foto: ASSECOM RN

O volume de água acumulado nos reservatórios públicos do Rio Grande do Norte chega ao final de 2024 com o melhor resultado desde 2011, quando a barragem Armando Ribeiro transbordou pela última vez. A informação consta de relatório divulgado nesta sexta-feira (27) pelo Instituto de Gestão das Águas do RN (Igarn).

Segundo o instituto, as reservas hídricas superficiais totais do estado, nos últimos dias de 2024, somam 2,85 bilhões de metros cúbicos, o que representa 62,82% da capacidade total, que é de 4,54 bilhões. No mesmo período de 2023, as reservas hídricas acumulavam 2,25 bilhões ou 52,03% da capacidade total.

Maior reservatório do RN, a Barragem Armando Ribeiro Gonçalves, na bacia hidrográfica Piranhas/Açu, acumula 1,61 bilhão de metros cúbicos, correspondentes a 67,97% da capacidade. O percentual é 13,5% superior ao apresentado no final de 2023, quando o manancial acumulava 1,29 bilhão.

A segunda maior barragem do estado, Santa Cruz do Apodi, acumula 429,2 mil metros cúbicos (71,58%). O volume atual é 12,46% superior ao de 2023. Já a Barragem Umari, localizada em Upanema, está com 228,6 mil m³, ou 78,09% da capacidade.

Popularmente conhecida como Gargalheiras, a Barragem Marechal Dutra, que em 03 de abril atingiu o nível de sangria depois de 13 anos, acumula 33,19 milhões de metros cúbicos, volume que garante o abastecimento de Acari e de Currais Novos por mais dois anos, mesmo que não haja recarga em 2025.

Atualmente, oito reservatórios apresentam volumes inferiores a 10% da capacidade, entre eles a Barragem Sabugi, em São João do Sabugi; Esguicho, em Ouro Branco; Carnaúba, em São João do Sabugi; Jesus Maria José, em Tenente Ananias; Tourão, em Patu; Brejo, em Olho d’Água do Borges; e Mundo Novo, em Caicó.

O Itans, que durante muito tempo foi o principal reservatório do Seridó e que assegurou o fornecimento de água para o sistema de abastecimento de Caicó de 1936 a 1999, está com menos de 1% da capacidade, que é de 81,7 milhões de metros cúbicos.

Para 2025, o Rio Grande do Norte ganhará dois importantes reforços no quesito segurança hídrica: as barragens Oiticica, em Jucurutu, e a Passagem das Traíras, em São José do Seridó. Com a entrega desses dois equipamentos, o estado superará a marca de 5 bilhões de metros cúbicos, o que representa um avanço significativo na capacidade de armazenamento e gestão dos recursos hídricos, assegurando água para alimentar o complexo de adutoras do Seridó pelos próximos 50 anos.

Portal da Tropical

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Geral

Moraes nega soltura de Daniel Silveira e diz que recurso da defesa é “mero inconformismo”

Fotos: Agência Brasil

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), rejeitou neste sábado (28) um recurso da defesa do ex-deputado Daniel Silveira e manteve sua prisão. Conforme o magistrado, os argumentos apresentados pelos advogados são “mero inconformismo” com a decisão.

Moraes determinou o retorno de Silveira à prisão depois que ele descumpriu medidas determinadas pelo ministro. O ex-deputado ficou por quatro dias em liberdade condicional.

Depois do retorno à prisão, a defesa de Silveira disse que a determinação do magistrado concedendo a liberdade havia sido redigida de forma “ambígua” e, assim, abriu margem para interpretações.

Os advogados pediram que o ministro reconsiderasse a prisão do ex-deputado.

Ao analisar o recurso, Moraes disse que a própria defesa “confessa o descumprimento das medidas judiciais”.

Conforme o magistrado, a ordem de proibição de sair de casa das 22h às 6h e nos sábados, domingos e feriados era “extremamente clara”.

“Somente absoluta má-fé ou lamentável desconhecimento da legislação processual penal podem justificar as alegações da defesa”, disse Moraes.

“Essa mesma restrição judicial (Proibição de ausentar-se da Comarca e obrigação de recolher-se à residência no período noturno, das 22h00 às 6h00, bem como nos sábados, domingos e feriados), recentemente, foi determinada em mais de 1100 (mil e cem) casos relacionados aos crimes de 8/1, tendo sido todas observadas integralmente e sem qualquer confusão de entendimento.”

Descumprimento

O ex-deputado teria ido a um shopping, sem autorização, no período de quatro dias que ficou livre.

Segundo a Secretaria de Administração Penitenciária do Rio de Janeiro informou ao gabinete de Moraes, Silveira violou as regras da condicional por mais de dez horas no domingo (22).

O ex-deputado voltou à prisão na terça-feira (24), por não respeitar as regras da liberdade condicional concedida por Moraes na última sexta-feira (20).

Ao argumentar que a decisão que liberou Silveira tinha ambiguidades, a defesa afirmou que a redação do documento deixava a entender que, fora da madrugada, o “requerente poderia ir a qualquer lugar em Petrópolis, inclusive ao shopping, que é um local público e acessível a qualquer ser vivo”.

“A expressão ‘bem como nos sábados, domingos e feriados’, segunda oração, está diretamente ligada ao horário das 22h às 6h, e não a qualquer proibição de se ausentar da residência em tais dias, de forma integral”, afirmaram os advogados.

CNN Brasil

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Meio Ambiente

Litoral da Grande Natal tem 5 pontos impróprios para banho na última semana do ano

Foto: Fernanda Zauli/g1

O litoral da Grande Natal está com cinco trechos impróprios para banho na última semana do ano, segundo o boletim semanal de balneabilidade do Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (Idema), divulgado na sexta-feira (27).

O boletim da balneabilidade analisa a quantidade de coliformes termotolerantes encontrados nas águas, e a classificação se dá com base em normas estabelecidas pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama).

Veja os trechos impróprios:

  • Nísia Floresta/Foz do Rio Pirangi
  • Parnamirim/Rio Pirangi (Ponte Nova)
  • Rio Pirangi-Pium (Balneário Pium)
  • Natal/Ponta Negra (Morro do Careca)
  • Areia Preta (Escadaria de Mãe Luiza)

 

A validade do boletim é de uma semana, momento em que os trechos serão reavaliados e um novo boletim será publicado.

Ao todo, são analisados 51 trechos de banho que ficam nas cidades de Baía Formosa, Tibau do Sul, Natal, Parnamirim, Nísia Floresta, Extremoz, Ceará-Mirim, Maxaranguape, Touros, Areia Branca, Grossos e Tibau.

g1-RN

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Geral

Defesa de Braga Netto chama Mauro Cid de “mentiroso contumaz” e diz que pedirá acareação

Foto: Marcos Correa/PR e Ed Alves/CB/DA.Press

O advogado José Luís de Oliveira Lima, responsável pela defesa do general Walter Braga Netto, afirmou que solicitará à Polícia Federal (PF) uma acareação entre seu cliente e o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens da Presidência. O pedido visa confrontar diretamente as versões apresentadas por ambos no inquérito que investiga uma suposta tentativa de golpe de Estado para impedir a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

José Luís de Oliveira Lima defendeu, durante uma entrevista à GloboNews, a necessidade de uma acareação entre Braga Netto e Mauro Cid, classificando o procedimento como a maneira mais transparente de esclarecer as contradições entre os depoimentos. “Vou pedir uma acareação entre Braga Netto e o Cid. Quero os dois ali, um na frente do outro. Essa é a maneira adequada para confrontar as versões e dissipar qualquer dúvida sobre os fatos”, afirmou o advogado.

Ele também cobrou celeridade no processo e destacou que, assim que tiver acesso aos autos, sua equipe jurídica estará pronta para desmontar as acusações apresentadas pela delação de Mauro Cid. “Eu preciso ter acesso aos documentos completos para poder exercer plenamente a defesa do meu cliente. Não se pode construir uma acusação tão grave com base em falas isoladas e contraditórias”.

Opinião dos leitores

  1. Contumaz foi a palavra usada por Walter Delgatti Neto para reforçar a condição de criminoso de Moro.
    Foi patética a reação do senador que depois ouviria, em visita no STF, o decano Gilmar lhe dizer ” O senhor e o Dallagnol se juntaram.para roubar galinhas”
    Ao que parece foi algo mais……

    1. E o DESCONDENADO se juntou ao STF pra quê??? Hein cara pálida??

  2. Queria esta presente para assistir os aliados falando as verdades um na cara do outro. Já está na hora do principal membro dessa quadrilha ser preso.

    1. Que nem dizia o homem mais inteligente do Brasil….
      Meu nome é Enéas!

    2. Quem acreditou na chuva de picanha com cerveja, eleitor e defensor do maior ladrão da história do Brasil, é incapaz de enxergar os fatos.

    3. Burro Mafra, como você se diz intelectual e escreve QUERIA ESTA? SE VOCÊ NÃO FOSSE ANALFABETO, NÃO SERIA ESQUERDISTA.

    4. Caro Jorge. Não seu burro. Apenas meu celular tem corretor de texto. Acho que você é mais burro que não sabe sobre essas tecnologias. E só para lembrar Lula é o nosso presidente. Bolsonaro está INELEGÍVEL.

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VÍDEO: Situação crítica do viaduto de Santos Reis no acesso à Ponte Newton Navarro

Imagens feitas na noite de sexta-feira (26) e enviadas ao BLOGDOBG mostram a situação crítica na qual se encontra o viaduto de Santos Reis, no acesso à Ponte Newton Navarro, em Natal.

É possível notar na pista vários pedaços de concreto que caíram da parte inferior do viaduto, deixando à mostra a ferragem corroída.

Opinião dos leitores

  1. Pagamos as maiores taxas de impostos do mundo, e nada funciona 100%. Por que ???
    As nossas escolhas de políticos refletem a sociedade corrupta.
    Vendemos nossos votos e um povo que se vende não tem poder de exigir nada.

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Geral

Putin admite que sistema antiaéreo estava ativo no momento de queda de avião do Azerbaijão e pede desculpas por ‘trágico incidente’

Foto: AFP/Issa Tazhenbayev

O presidente russo, Vladimir Putin, admitiu neste sábado, segundo o Kremlin, que a defesa aérea russa estava ativa na quarta-feira, em meio a um alegado ataque de drones da Ucrânia, quando um avião do Azerbaijão tentou pousar — a aeronave caiu pouco depois no Cazaquistão.

Numa conversa telefônica com o seu homólogo do Azerbaijão, Ilham Aliev, Putin classificou o caso como um “trágico incidente” e destacou que “o avião comercial tentou repetidamente aterrissar no aeroporto de Grozny. Ao mesmo tempo, Grozny, Mozdok e Vladikavkaz foram atacadas por drones de combate ucranianos, e a defesa aérea russa repeliu esses ataques”.

O presidente russo, porém, não indicou se o avião foi atingido por mísseis do país.

Nesta sexta, o responsável pela aviação civil da Rússia afirmou que o avião da Azerbaijan Airlines tentou pousar em Grozny, capital da Chechênia, durante um ataque de drones ucranianos. Até este sábado, oficialmente, o Kremlin disse que esperaria o fim da investigação para se pronunciar sobre o assunto, após os relatos de que a aeronave poderia ter sido atingida por mísseis de defesa russos.

Enquanto isso, a Azerbaijan Airlines falou em “interferência externa, física e técnica” e anunciou que suspenderá os voos para dez cidades russas após o acidente, com base nos “resultados preliminares da investigação”. O governo afirmou que a segunda caixa-preta foi encontrada.

Dmitry Yadrov, chefe da Agência Federal de Transporte Aéreo da Rússia, confirmou em um vídeo para a Tass que o aeroporto de Grozny estava enfrentando uma ofensiva de drones ucranianos no momento em que a aeronave da Azerbaijan Airlines planejava pousar. Yadrov disse que ao piloto foram oferecidas várias opções de aeroportos para o pouso, mas que ele escolheu voar para o Cazaquistão.

A aeronave, que transportava 67 pessoas e voava da capital do Azerbaijão, Baku, para a cidade russa de Grozny, na Chechênia, caiu no Cazaquistão após desviar centenas de quilômetros da rota planejada. Ao todo, 38 pessoas morreram. Dados do Flightradar24 mostraram que o avião enfrentou “fortes interferências de GPS” que “fizeram a aeronave transmitir dados ADS-B incorretos”, referindo-se às informações que permitem que sites de rastreamento sigam os voos. A Rússia já foi acusada no passado de interferir em transmissões de GPS na região.

Acidente no Cazaquistão:Conheça Embraer 190, avião que caiu e deixou mais de 30 mortos
Moscou emprega frequentemente tecnologia de interferência para se defender de ataques de drones. Na manhã de quarta-feira, Khamzat Kadyrov, um oficial de segurança local, sobrinho do líder checheno Ramzan Kadyrov, escreveu no Instagram que “todos os drones foram abatidos com sucesso”. Ainda de acordo com o Flightradar24, os dados recebidos do avião mostraram que a velocidade vertical dele oscilou mais de 100 vezes nos 74 minutos finais do voo.

— Há uma investigação em curso e, até que as conclusões sejam conhecidas, consideramos que não temos o direito de fazer qualquer comentário — declarou o porta-voz da Presidência russa, Dmitri Peskov.

O deputado azerbaijano Rasim Musabekov, por sua vez, disse à AFP que “uma investigação está em curso para determinar se foi um disparo da defesa antiaérea russa ou outra causa”. Ele afirmou, porém, que as fotos e os vídeos mostram a fuselagem do avião com buracos que “normalmente são provocados por mísseis de defesa antiaérea”. Alguns legisladores no Azerbaijão exigiram nesta sexta-feira que a Rússia pedisse desculpas pelo incidente e conduzisse uma investigação completa.

Nesta sexta-feira, o porta-voz de segurança nacional da Casa Branca, John Kirby, disse que os EUA “viram algumas indicações iniciais que certamente apontariam para a possibilidade de que este jato foi derrubado por sistemas de defesa aérea russos”, mas se recusou a dar mais detalhes, citando uma investigação em andamento.

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, também pediu nesta sexta-feira uma “investigação exaustiva” sobre as circunstâncias da queda do avião, dizendo que havia “clara evidência visual” do envolvimento russo.

“Toda perda de vida merece uma investigação completa para estabelecer a verdade. Podemos ver como as claras evidências visuais no local do acidente apontam para a responsabilidade da Rússia pela tragédia”, disse Zelensky em uma mensagem publicada na rede social X.

Na quinta-feira, o site de notícias Caliber, apoiado pelo governo do Azerbaijão, já havia publicado que o avião foi danificado por sistemas de defesa aérea russos próximos a Grozny antes da tentativa de pouso de emergência. O uso de sistemas de guerra eletrônica pelos russos teria paralisado completamente o sistema de comunicação da aeronave.

O Globo com AFP, Bloomberg e New York Times

Opinião dos leitores

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Geral

Segurança do Ministério da Justiça vai usar spray de pimenta e arma de choque após decreto federal

Foto: Wilton Junior/Estadão

Para se adequar ao decreto publicado pelo governo federal na terça-feira, 24, que regulamenta o uso de força policial, a segurança do ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, incorporará sprays de pimenta e armas de choque ao arsenal disponível para o serviço. A equipe faz a proteção nas dependências do Ministério da Justiça e Segurança Pública. A segurança pessoal do ministro é reforçada pela Polícia Federal.

O decreto do governo prevê que a arma de fogo só pode ser usada como último recurso pelos policiais e proíbe o uso de armas contra pessoas desarmadas em fuga ou veículos que desrespeitem bloqueios policiais em via pública. A equipe de seguranças do ministro terá pelo menos 25 kits de sprays e duas armas de choque.

Segundo o texto, os órgãos e os profissionais de segurança pública serão responsabilizados pelo uso inadequado da força, “após a conclusão de processo de investigação, respeitado o devido processo legal, a ampla defesa e o contraditório”.

Sempre que intervenções dos profissionais de segurança pública deixarem mortos ou feridos, um relatório circunstanciado deverá ser elaborado, seguindo parâmetros que ainda vão ser definidos pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública.

Sprays de pimenta geralmente são usados como elemento dispersador para conter distúrbios e para fazer a defesa pessoal — a pessoa atingida sente ardor nos olhos, nariz e boca.

Pessoas atingidas por disparos de armas elétricas sentem desorientação, contrações musculares e a queda da pessoal, o que facilita a imobilização de um agressor. Ambos os dispositivos são considerados não letais.

Lewandowski descarta mudanças no texto do decreto e pretende antecipar a regulamentação das medias para janeiro de 2025.

Estados que não se adequarem as novas regras terão o acesso ao Fundo Nacional de Segurança Pública (FNSP) e do Fundo Penitenciário Nacional (Funpen) limitado. Em 2024, o governo repassou cerca de R$ 1 bilhão aos Estados por meio do FNSP e R$ 2,4 bilhões via Funpen.

Estadão Conteúdo

Opinião dos leitores

  1. A segurança do prédio com spray e a do ministro é por policiais federais. Será que esses policiais são desarmados? Pensam que o povo é idiota. Só pode.

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Geral

Itaipu amplia dívida milionária com gastos em eventos

Foto: Alexandre Marchetti/Itaipu Binacional

A Usina Hidrelétrica de Itaipu concluirá 2024 com uma dívida aproximada de R$ 333 milhões, conforme documento da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

Agentes do setor elétrico atribuíram parte do déficit a um “orçamento paralelo”. Verbas foram direcionadas para eventos sem relação com a geração de energia elétrica. Esses repasses não passaram pelo escrutínio de órgãos como o Tribunal de Contas da União (TCU) ou o Congresso Nacional, pois Itaipu é uma empresa binacional, administrada pelo Brasil e pelo Paraguai.

Os patrocínios da hidrelétrica aumentaram significativamente a partir de maio de 2023, conforme revelou o site Poder360. Esse crescimento ocorreu dois meses depois da nomeação de Ênio Verri (PT) como diretor-geral brasileiro da estatal, indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A primeira-dama Janja teria influenciado parte desses repasses paralelos.

Desde então, Itaipu financiou mais de 400 eventos. Esses incluem campeonatos esportivos e encontros de caráter político, como o “Balanço Crítico da Lava Jato”, realizado em outubro de 2023. A cartilha de patrocínios da empresa proíbe apoio a ações de natureza política, eleitoral ou partidária.

Sob a gestão de Ênio Verri, Itaipu destinou R$ 43,8 milhões para patrocínios entre março de 2023 e outubro de 2024. Em outubro deste ano, foram alocados R$ 15,9 milhões para eventos do G20, realizados em novembro.

Entre os acordos recentes, destacam-se R$ 1,3 bilhão para a infraestrutura de Belém do Pará e R$ 81 milhões para uma cooperativa do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), a pedido do presidente Lula.

A primeira-dama Janja exerceu influência significativa na atual administração de Itaipu. Janja trabalhou na empresa por cerca de 14 anos. Em 2019, logo depois de assumir relacionamento com Lula, aderiu ao Programa de Demissão Voluntária. Na época, recebia um salário de R$ 20 mil.

Durante o terceiro mandato de Lula, Janja impulsionou o patrocínio a diversos eventos, entre eles, o “Janjapalooza”, que precedeu a Cúpula do G20 em novembro. A estatal destinou verbas também para a seleção brasileira de canoagem e projetos sociais.

A usina comprometeu R$ 1,3 bilhão para a realização da COP30 em Belém, marcada para novembro de 2025.

Revista Oeste

Opinião dos leitores

  1. E ainda a junentada nis chamam de gado, mas aceita uma situação de desgoverno desses ladrões é de mais tem que ser jumento mesmo!!

  2. As pessoas de bem acreditam que com essa medida irão aumentar as mortes de policiais.
    Inventam inúmeras regras para a Polícia. Já o bandido atua livremente.
    Verdade ou mentira? Quem souber, responda

  3. Entregaram o ouro ao bandido,então deixa ele gastar com a amante,os amigos,os cúmplices e com quem o Pixuleco achar melhor,tomaaaa miiisééériiaass!

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Geral

Câmara responde a Dino e diz que líderes cumpriram lei sobre emendas

Foto: Lula Marques/ Agência Brasil

A Câmara dos Deputados enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF) as respostas solicitadas pelo ministro Flávio Dino sobre o pagamento de R$ 4,2 bilhões em emendas de comissão. Mais cedo, Dino deu prazo até as 20h de sexta-feira (27) para a Casa esclarecer o pagamento de emendas parlamentares, que estão suspensas por decisão do ministro.

No entendimento do ministro, a Câmara dos Deputados ainda não cumpriu as decisões da Corte que determinaram regras de transparência e rastreabilidade no repasse das emendas.

No documento enviado ao Supremo nesta sexta-feira (27), a Câmara dos Deputados alega que não havia previsão legal para que as indicações de emendas de comissão tivessem que ser votadas pelas comissões antes da Lei Complementar nº 210, de 2024, editada para cumprir as regras de liberação dos recursos.

De acordo com a Câmara, a liberação das emendas seguiu a tramitação correta conforme pareceres dos ministérios da Fazenda, do Planejamento e Orçamento, da Gestão, da Casa Civil e da Advocacia-Geral da União (AGU).

“Reitera-se a plena legalidade do procedimento adotado pelos senhores líderes do Congresso Nacional, tanto da Câmara dos Deputados quanto do Senado Federal, sob orientação jurídica dos ministérios”, afirmou a Câmara.

Após receber as informações, Dino vai decidir se mantém ou não a suspensão das emendas.

Atas

Em relação à falta das atas das sessões das comissões para aprovação das emendas, a Câmara argumentou que a obrigatoriedade só será aplicada a partir dos orçamentos para os anos seguintes.

“Não havia, até 25 de novembro de 2024, data da promulgação da Lei Complementar nº 210, norma que dispusesse a votação das indicações realizadas pelo Parlamento”, alegou a Casa.

Recurso

A Câmara informou ainda que não irá recorrer do bloqueio do pagamento das emendas, por entender que a medida deve ser feita pelo Congresso Nacional.

Entenda

Em dezembro de 2022, o STF entendeu que as emendas chamadas de RP8 e RP9 eram inconstitucionais. Após a decisão, o Congresso Nacional aprovou uma resolução que mudou as regras de distribuição de recursos por emendas de relator para cumprir a determinação da Corte.

No entanto, o PSOL, partido que entrou com a ação contra as emendas, apontou que a decisão continuava em descumprimento.

Após a aposentadoria da ministra Rosa Weber, relatora original do caso, Flávio Dino assumiu a condução do processo.

Em agosto deste ano, Dino determinou a suspensão das emendas e decidiu que os repasses devem seguir critérios de rastreabilidade. O ministro também determinou que a Controladoria-Geral da União (CGU) auditasse os repasses dos parlamentares por meio das emendas do orçamento secreto.

Agência Brasil

Opinião dos leitores

  1. Tô começando a gostar de Dino. Só queria ver a cara daqueles senadores que além de ter votado a favor na sabatina do ministro, ainda fez campanha; e.teve sua emenda cortada.

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