Finanças

CGU investiga BNDES por se recusar a fornecer documento

O ministro da Controladoria-Geral da Unição (CGU), Valdir Simão, sustenta que, passados três anos da entrada em vigor, a Lei de Acesso à Informação (LAI) está sendo cumprida pelo Poder Executivo federal. Ele admite, no entanto, que ainda são necessários aperfeiçoamentos e reconhece que algumas empresas estatais têm resistências. Já há até caso descumprimento à lei que foi parar na corregedoria da CGU. Trata-se do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que deixou de prestar informações a uma ONG sobre relatório ambiental da usina hidrelétrica de Belo Monte, no Pará, mesmo após determinação da própria CGU.

Apesar dos percalços, Simão não vê necessidade de mudanças no texto da lei para torná-la mais efetiva. O caminho, diz o ministro, é fazer a lei ser cumprida em todas as instâncias e em todos os municípios brasileiros, o que ainda não ocorre. Ele chama a atenção, por exemplo, para a dificuldade, presente principalmente nos pequenos municípios, de constituir mecanismos de divulgação de informações públicas.

Algumas prefeituras, destaca, já estão sendo punidas com a suspensão de transferências voluntárias de recursos federais. Essas cidades, em geral de pequeno porte e localizadas em Pernambuco, deixaram de cumprir a Lei Complementar 131, mais conhecida como Lei Capiberibe. Sancionada em 2009 e anterior à LAI, a lei deu um prazo de quatro anos para que os municípios menores disponibilizassem em tempo real informações pormenorizadas sobre sua execução orçamentária e financeira. O prazo para a União, estados, DF e municípios maiores terminou antes.

Com a palavra, Valdir Simão

2015-814941479-2015050871105.jpg_20150508Foto: André Coelho / Agência O Globo

O GLOBO: A Lei de Acesso completa três anos, mas nem todo mundo no governo cumpre. A lei está funcionando?

VALDIR SIMÃO: No Poder Executivo federal, certamente, a lei está funcionando. O Brasil é um dos 100 países do mundo que têm lei de acesso à informação. A primeira medida de impacto após a sanção da lei foi a divulgação dos salários dos servidores do Executivo.

Mas não há focos de resistência ao cumprimento da íntegra da lei?

No Executivo federal certamente nós podemos melhorar, mas evoluímos muito. Temos aperfeiçoado mecanismos de atendimento. O Brasil tem um sistema integrado que é gerenciado pela Controladoria e tem capacidade de obter todos os números. Mas o trabalho de conscientização é permanente. Certamente a aplicação da lei é muito mais eficaz hoje no Executivo federal do que em outras instâncias onde ela também deveria ser aplicada.

O senhor sabe dizer que Legislativo e Judiciário aplicam ?

Isso está fora na nossa alçada de análise, mas certamente no Executivo federal estamos cumprindo à risca o atendimento da lei de acesso à informação. É uma lei recente e não podemos esquecer que junto com ela também vieram medidas de transparência ativa. Muitos órgãos já colocaram à disposição da sociedade informações e talvez isso não seja mensurável. Portanto, o ganho da LAI não foi só ganho de acesso à informação por intermédio de solicitação do cidadão, mas também por oferta maior de informação por transparência ativa. É um processo que garante um contraditório. Temos três instâncias recursais. O cidadão que não fica satisfeito com a resposta pode recorrer, e esse recurso chega até uma comissão de ministros. Antes passa pela Controladoria que tem um papel de supervisão. E ainda a lei responsabiliza o gestor que descumpre seus preceitos. Portanto, é uma lei forte, importante para o país que vem sendo atendida num nível muito satisfatório no poder Executivo.

Algum gestor já foi responsabilizado?

Ainda não. No Poder Executivo federal ainda não.

No caso dos documentos desclassificados, o Exército tem sido refratário aos pedidos de acesso. Isso não é estranho?

Temos discutido com o GSI (Gabinete de Segurança Institucional) o aperfeiçoamento da publicação dos documentos desclassificados. É um processo que precisamos melhorar.

A lei de transparência funciona em cidades e estados? A Lei Capiberibe demorou muito para ser aplicada efetivamente. Muitos nem a aplicam efetivamente.

Exatamente. A Lei Capiberibe é uma avanço significativo, mas traz algumas dificuldades operacionais quando fala em divulgação de informações em tempo real (por governo estaduais locais). Nós temos apoiado os estados e municípios com o programa Brasil Transparente. Mas ainda uma parcela significativa dos municípios brasileiros não atendem a legislação.

E como é o acompanhamento da CGU em relação ao comportamento das estatais?

Nós temos também um acompanhamento de todas as estatais. Praticamente todas estão no e-SIC (sistema de informação ao cidadão). Somente a Petrobras tem sistema próprio, com volume considerável de informação. Nas estatais, o que se coloca é se aquela informação tem algum tipo de reserva considerando tratar-se de atividade econômica e relacionamento com empresa privada, ou seja, sigilo comercial. Esse é um ponto de discussão, que em alguns casos geram tensionamentos com órgãos de controle, com a própria CGU. Temos discutido com as estatais para avançar nesse processo. O órgão de controle, quando tem acesso a informação, na sua missão institucional de supervisionar, de fiscalizar, também tem de guardar o sigilo. Nós não podemos divulgar informações que têm sigilo bancário, comercial. Mas ainda há uma resistência de algumas estatais para fornecer essas informações.

No caso do BNDES, como é?

O BNDES é a mesma coisa. Há algumas manifestações do banco em relação a operações de crédito, que entende que deve ser preservado sigilo. Esse tema foi inclusive judicializado recentemente.

O BNDES seria o único órgão público que até agora se rebelou contra cumprimento de decisão dentro do processo da LAI? Eles não querem cumprir uma decisão da CGU ou da Comissão de Ministros?

Da CGU.

É como estivessem se rebelando ao cumprimento de uma decisão que está prevista na lei?

Esse tema foi judicializado ou não? (um servidor esclarece que foi para a Corregedoria). Foi para a Corregedoria aqui da Controladoria.

Que fim pode ter isso?

Apuração de responsabilidade da autoridade que está negando.

Passados três anos, já identificaram algum problema, ou lacuna, ou dubiedade no texto, tanto da lei como dos decretos que vieram, que precisam ser corrigidos?

Pessoalmente acho que a lei é suficiente. Temos o desafio de fazer a lei ser cumprida em todas as instâncias e em todos os municípios brasileiros. Isso ainda não ocorre. Lembrando que o município que descumpre, principalmente após Lei Complementar 131 (Lei Capiberibe), fica proibido inclusive de receber transferências voluntárias. Eu acredito que temos um esforço enorme ainda para fazer com que a lei seja cumprida.

Mas alguém já deixou de receber?

Já está acontecendo. Nós temos vários municípios proibidos. O Ministério Público tem feito um trabalho de supervisão no estado de Pernambuco. Há 40 municípios nessa situação.

Só é punido quem já tem a lei?

Na verdade, a Lei Complementar 131 (Lei Capiberibe) é muito mais rígida. Ela fala de informações em tempo real sobre execução orçamentária e financeira. Não precisa ser necessariamente online, mas informações do dia anterior, enfim, já seria suficiente. A maioria dos municípios não têm isso. A maioria dos municípios não tem talvez condições técnicas e operacionais para fazer isso. Se não tiver um sistema de execução orçamentária e financeira, isso não será possível. Mas tanto o próprio Ministério Público, a Ordem dos Advogados do Brasil, recentemente falamos com o Conselho Federal de Contabilidade para que atuem apoiando os municípios e alertando sobre essa fragilidade que vai fazer com que alguns deles fiquem impedidos de receber recursos públicos federais.

Qual o entendimento do senhor sobre os e-mails oficiais “gov.br”? Eles podem ser consultados ou não?

Pessoalmente acho que sim. A não ser que a matéria tratada no e-mail seja sobre algo que deva ser preservado sigilo.

O ministro Nelson Barbosa falou numa maior transparência no FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador), em colocar os programas do FAT no Portal da Transparência. Já teve alguma conversa sobre isso?

Nós discutimos a mudança na legislação, a necessidade de publicar os beneficiários. A decisão de conceder o benefício deve ser uma decisão pública. Há uma discussão ainda sobre se isso fere a intimidade do cidadão que está recebendo o benefício, o seguro-desemprego. Mas eu pessoalmente acho que a gente deva divulgar.

Hoje não tem?

Ainda não. Nós temos o caso do seguro-defeso. Mas o interessante é que o seguro-defeso é um seguro-desemprego. Porque o pescador artesanal eu publico, e para os demais trabalhadores eu não publico a decisão de conceder o benefício? É questão de transparência. Há uma discussão, como disse, se isso fere a intimidade daquela pessoa que está recebendo.

Há alguma modificação que a CGU pretenda fazer agora no próximo mês no sistema que disponibiliza de informações ou no portal da transparência?

Nós estamos empenhados em aperfeiçoar principalmente o mapa da transparência no Brasil. Nós queremos ter um inventário adequado, uma situação bastante ampla de divulgação da condição de cada estado, de cada município em relação ao atendimento à legislação de transparência. Eu penso que é fundamental que essas informações estejam num único local para consulta do cidadão. Nada melhor que a própria Controladoria assumir essa responsabilidade.

O outro lado: BNDES

O BNDES informou que já prestou as informações solicitadas pelo Instituto Socioambiental (ISA). A denúncia de que esses dados não haviam sido prestados levou a CGU a abrir processo contra o banco na Corregedoria. A ONG queria acesso a documentos que embasaram a concessão de financiamentos à construção da usina de Belo Monte. “A fim de atender a parecer da CGU, o BNDES elaborou uma nota técnica fornecendo ao ISA todas as informações que considerou que não estariam protegidas por sigilo bancário. A CGU ainda não deu a decisão a respeito do atendimento por parte do BNDES”, informou o banco. A CGU esclareceu que mandou o caso para a Corregedoria porque nem todos o documentos foram entregues à ONG, como determinado. Um relatório de impacto ambiental não foi entregue, e segundo a CGU, o documento não está protegido por sigilo. O banco foi notificado disso.

Marinha queria dados sobre prisões com base na LSN

3-marinhaAos poucos, a Marinha começa a liberar o acesso a documentos que permaneceram lacrados por quase 70 anos. A Força já desclassificou uma pilha de quase 14 mil arquivos, mas a consulta é limitada a 20 documentos por vez, e em intervalos de 20 dias. Há dois anos, o GLOBO vem garimpando informações entre pareceres, exposições de motivo, informes e comunicados. A maior parte trata da burocracia: transferências e promoções de militares, contratações de empresas. Mas há também documentos históricos que incluem registros da ditadura.

Em 2 de maio de 1975, o então ministro da Marinha, Geraldo Henning, enviou aos comandantes da Força ofício “secreto e urgente”. A ordem era manter informada a rede de inteligência do governo sobre as prisões realizadas com base na Lei de Segurança Nacional editada em 1969.

O documento mostra a preocupação de manter o aparato comandado pelo então Serviço Nacional de Informação (SNI) atualizado sobre ações contra os chamados inimigos do regime.

“V. Exa. deverá adotar as medidas necessárias para que toda e qualquer prisão realizada, por autoridade da MB, (Marinha)… assim como transferências de presos e libertações, sejam informadas ao Centro de Informações da Marinha (Cenimar), de como que este possa fazer chegar ao SNI os dados solicitados até 24 horas após a ocorrência do fato”, diz o ofício.

O acervo da Marinha contém papéis do final da década de 70 e início de 80 com os esboços que deram origem ao projeto de desenvolvimento do submarino nuclear. Em setembro de 1975, no governo Ernesto Geisel, o então ministro da Marinha Geraldo Henning abortou os planos de iniciar o projeto. Aprovou a ideia, mas frisou que era preciso preparar a Força para tal projeto e ainda negociar participação da Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen).

4-marinhaTrês anos depois, o almirante Maximiano Fonseca, que viria a ser ministro da Marinha do governo seguinte, do general João Figueiredo, endossou o estudo e alertou que não havia tempo a perder: “É extremamente importante que a Marinha inicie imediatamente, devido ao tempo que será demandado, o desenvolvimento de propulsão nuclear, considerando: recursos financeiros e humanos envolvidos; adestramento de futuras guarnições; desenvolvimento do reator nuclear de propulsão no Brasil, com tecnologia diferente daquela do acordo nuclear com a Alemanha”, diz o documento secreto de janeiro de 1978.

Em 1979, já como ministro, ele destravou o projeto enviando ao presidente da República, também em caráter secreto, exposição de motivos para a criação do programa do submarino nuclear. Na época, a Marinha tinha a expectativa de concluir a primeira unidade em dez anos. Ao longo dos anos, os recursos não vieram e o programa ainda está em andamento.

Lei de acesso é desrespeitada por órgãos do governo.

O Globo

Opinião dos leitores

  1. Essa caixa de pandora que são os empréstimos do BNDES deve ser algo muito complexo e que envolve nomes grandes da política. Não tem quem faça o BNDES abrir os dados da instituição, o que está escondendo? Será que por aí se chega ao chefe do grande esquema de corrupção montando no Brasil?
    Falou em BNDES arrupia até o cabelo do dedo mínimo de muita gente poderosa.
    Porque não deixam abrir os contratos e valores emprestados a empresas e países da América do Sul?

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Saúde

Médico comemora transplante em Natal: ‘paciente já estava caminhando para o fim’

Foto: Divulgação/Hospital Rio Grande

Após um natalense de 67 anos receber o primeiro coração transplantado em 2025 no Rio Grande do Norte, o médico-cirurgião responsável pela operação, Marcelo Cascudo, contou que o procedimento foi bem-vindo para o paciente, que há muito tempo já estava debilitado pelo seu agravo cardíaco. O transplante foi concluído na tarde desta quinta-feira (9), no Hospital Rio Grande, em Natal.

“O paciente já vinha sofrendo muito, deu várias internações aqui no Hospital Rio Grande, colocou um desfibrilador, colocou um aparelho tipo marca-passo para poder melhorar o batimento cardíaco dele, para facilitar a função do músculo dele. E mesmo assim com o tempo ele foi piorando, não respondeu bem ao tratamento, e estava caminhando para o fim da vida dele”, disse o médico.

O cirurgião também explicou que a compatibilidade entre o doador e o receptor do órgão foi considerada excelente, tendo pesos, alturas e tipo sanguíneos compatíveis, o que favoreceu ainda mais a realização do transplante com sucesso. O órgão foi captado de uma doadora mulher em Mossoró, na manhã desta quarta-feira, e transplantado para o paciente no Hospital Rio Grande, em Natal, na tarde do mesmo dia.

Para que seja bem sucedido, o procedimento completo do transplante deve ser concluído em até 4h da parada do coração, na retirada do doador. “Do momento em que a aorta foi pinçada, no corpo da doadora, até o momento em que ele começou a bater, no corpo do homem transplantado, foram 3 horas e 16 minutos, ou seja, foi realizado no tempo certo e bom para este tipo de cirurgia”, conta o cirurgião.

O transplante realizado hoje zerou a fila de transplantes de coração no Rio Grande do Norte, mas o médico destaca que é algo que pode ser alterado a qualquer momento. “Os pacientes [para transplante] aparecem de um dia para a noite, e esse mês mesmo pode aparecer”, disse, enfatizando que a fila antes era composta apenas pelo paciente hoje transplantado.

Fonte: Tribuna do Norte

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Geral

Avião que caiu em Ubatuba partiu de Goiás e tentou pousar, mas ultrapassou a pista e atingiu alambrado

Fotos: Reprodução

A Rede VOA, responsável pelo aeroporto de Ubatuba, litoral norte de São Paulo, explicou que o acidente com uma aeronave de pequeno porte nesta quinta (9) ocorreu quando o avião tentava pousar.

Durante a tentativa de pouso, a aeronave ultrapassou a pista, bateu em um alambrado, atravessou uma pista que passa no entorno do aeroporto e chegou à praia, já em chamas.

voo havia saído do Aeroporto Municipal de Mineiros, em Goiás, a cerca de 1.300 km de Ubatuba. As condições meteorológicas do aeroporto na cidade paulista estavam “degradadas, com chuva e pista molhada”, segundo a concessionária informou em nota.

piloto ficou preso nas ferragens e morreu. Além dele, havia outras quatro pessoas na aeronave: um casal e seus dois filhos, que foram resgatados com vida e levados ao hospital.

O avião de pequeno porte envolvido no acidente é do modelo Cessna Citation 525 CJ1, e tem o prefixo PR GFS.

Fonte: Portal 98Fm

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Mundo

VENEZUELA: González se diz presidente eleito e exige soltura de Corina

 

Foto: Alfredo Lasry R/Getty Images

O adversário de Nicolás Maduro nas eleições presidenciais deste ano, na Venezuela, reagiu pelas redes sociais à notícia da prisão de María Corina Machado, atual líder da oposição no país. “Como presidente eleito, exijo a libertação imediata de María Corina Machado”, escreveu Edmundo González em seu perfil no X.

A prisão de Machado é um elemento a mais na crise política que toma conta da Venezuela, desde o impasse referente ao real resultado das eleições. Apesar da reivindicação da oposição de vitória nas urnas, inclusive com apresentação de parte das atas eleitorais, a posse de Maduro segue agendada para esta sexta-feira (10/1).

Segundo o Comando ConVzla, grupo que esteve à frente da campanha da oposição, María Corina foi detida após sair de uma manifestação no bairro Chacao, no estado de Miranda. “María Corina foi interceptada violentamente ao sair da concentração em Chacao”, publicou o grupo no X.

González estava em asilo político na Espanha, desde setembro do ano passado, e vem dizendo, nas últimas semanas, que estará pessoalmente na Venezuela nesta sexta para tomar posse. Ele já está na América Central, onde visita autoridades de outros países, em busca de apoio e reconhecimento da vitória nas urnas.

“Às forças de segurança que a sequestraram eu digo: não brinquem com fogo”, complementou González no X, onde se apresenta como o “presidente eleito da Venezuela”.

Fonte: Metrópoles

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Geral

[VÍDEO] Em meio a prisão de opositora, dirigente do PT parabeniza Maduro

Em Caracas, Mônica Valente participou de reunião do Foro de São Paulo e chamou posse de Maduro de “momento histórico de soberania”.

Valente também foi cobrada por um representante de Cuba para que o Brasil aceite a Venezuela como membro dos Brics.

A fala da petista, que é membro do Diretório Nacional do Partido dos Trabalhadores, foi transmitida pela tv estatal venezuelana minutos após os primeiros relatos da prisão da líder oposicionista María Corina Machado.

Fonte: Metrópoles

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Geral

Imagens mostram María Corina em 1ª aparição pública no período de três meses, pouco antes de ser presa por Maduro

A líder da oposição na Venezuela, María Corina Machado, foi presa ao deixar uma manifestação convocada por ela em Caracas, segundo a emissora local “VPI TV”. Esta tinha sido a primeira aparição em três meses da política venezuelana, que está sendo investigada criminalmente desde o início de agosto por suposta instigação à insurreição e traição à pátria.

A líder da oposição participou de protestos nacionais contra a posse do presidente Nicolás Maduro, que ocorre amanhã. Há ainda a expectativa de que o candidato presidencial da oposição, o ex-diplomata Edmundo González Urrutia, volte a Venezuela nas próximas horas mesmo depois do governo ter definido uma recompensa para quem conseguisse detê-lo.

Segundo a emissora, a funcionária da oposição Magalli Meda confirmou que María Corina foi “violentamente interceptada” ao sair da manifestação.

“María Corina foi violentamente interceptada ao sair da concentração em Chacao. Agentes do regime dispararam contra as motos que a transportavam”, segundo o perfil no X (Twitter) da campanha da oposição, o Comando ConVzla.

As manifestações da oposição foram convocadas em quatro regiões da capital venezuelana e nas principais cidades dos 23 Estados do país
e comprovam os números divulgados. Em um esforço paralelo, a oposição reuniu e divulgou na internet mais de 80% das atas cujos resultados indicam ampla vitória de González.

As manifestações da oposição foram convocadas em quatro regiões da capital venezuelana e nas principais cidades dos 23 Estados do país.

“Quiseram nos dividir, mas a Venezuela se uniu hoje e não temos medo… Ouçam bem: isso acabou!”, disse Corina, em cima do teto de um caminhão que estava no centro da manifestação da oposição, em Caracas.

“Não temos medo!”, gritou a multidão em resposta.

Corina está sendo investigada criminalmente desde o início de agosto por suposta instigação à insurreição e traição à pátria, e permaneceu na clandestinidade até o momento.

Agentes de segurança bloquearam os acessos a duas pontes que ligam a principal rodovia que atravessa Caracas de leste a oeste em direção à sede da Conferência Episcopal, no bairro de Montalbán, um dos quatro pontos onde os simpatizantes da oposição irão se concentrar.

As concentrações das manifestações foram cercadas por agentes de segurança armados com fuzis e apoiadores do governo em motocicletas. Apesar da tensão no local, houve apenas trocas de gritos entre os dois grupos, segundo a “Associated Press”.

Como resposta ao movimento da oposição, apoiadores de Maduro convocaram uma marcha ao longo de uma das principais avenidas do leste de Caracas. O trajeto da caminhada dos partidários do governo passará por dois dos quatro pontos de concentração indicados pela oposição.

González está atualmente na República Dominicana onde se encontrou com lideranças locais e se prepara para retornar a Venezuela.

Nos veremos todos muito em breve em Caracas, em liberdade”, disse González durante coletiva na porta do palácio presidencial dominicano.

O líder venezuelano agradeceu o apoio da Iniciativa Democrática da Espanha e das Américas (Grupo IDEA) e qualificou o evento como um ato “muito significativo para o povo venezuelano”.

“Em todas as ruas do nosso país está se lutando. Coube a nós aprendermos duras lições como povo”, disse González, que está exilado na Espanha desde setembro passado.

Fonte: Valor Econômico

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Mundo

Opositora de Maduro é sequestrada pelo ditador na Venezuela, denuncia oposição

Foto: Jesus Vargas/Getty Images

A oposição da Venezuela denunciou nesta quinta-feira (9) que agentes governamentais dispararam contra a líder María Corina Machado na saída de uma manifestação em Caracas.

À CNN, a equipe de Machado afirmou ainda que ela foi detida.

“María Corina foi violentamente interceptada à sua saída da concentração em Chacao”, diz uma postagem da campanha opositora, referindo-se ao município caraquenho no qual a líder opositora participou do protesto e cumprimentou seguidores.

A ex-deputada, que estava escondida há meses, saiu às ruas pela primeira vez. Consultada pela reportagem antes do protesto, sua equipe afirmou não haver informação sobre a existência de algum mandado de prisão contra ela.

“Esperamos confirmar em minutos a situação. Agentes do regime dispararam contra as motos que a transportavam”, completa a publicação.

Entenda a crise na Venezuela

A oposição venezuelana e a maioria da comunidade internacional não reconhecem os resultados oficiais das eleições presidenciais de 28 de julho, anunciados pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela, que dão vitória a Nicolás Maduro com mais de 50% dos votos.

Os resultados do CNE nunca foram corroborados com a divulgação das atas eleitorais que detalham a quantidade de votos por mesa de votação.

A oposição, por sua vez, publicou as atas que diz ter recebido dos seus fiscais partidários e que dariam a vitória por quase 70% dos votos para o ex-diplomata Edmundo González, aliado de María Corina Machado, líder opositora que foi impedida de se candidatar.

Fonte: CNN

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Geral

Lula gastou R$ 1,4 milhão em voos com aeronaves da FAB durante campanha eleitoral de 2024

Os voos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em aeronaves da Força Área Brasileira (FAB) durante a campanha eleitoral de 2024 custaram R$ 1,4 milhão. A informação foi obtida pela coluna via Lei de Acesso à Informação (LAI).

Principal cabo eleitoral da esquerda, Lula realizou 12 voos pela FAB durante as eleições municipais do ano passado.

A Secretaria de Controle Interno da Presidência da República ponderou, no entanto, que “não houve deslocamentos em viagens do presidente da República com agenda exclusivamente eleitoral, ou seja, envolveram compromissos oficiais e eventos de campanha”.

O valor de R$ 1,4 milhão foi cobrado pela FAB e quitado pelo Partido dos Trabalhadores (PT) no início do mês de dezembro, com recursos do fundo partidário da legenda.

O pagamento foi declarado à Justiça Eleitoral, segundo informou o PT, e está documentado na prestação de contas eleitorais do Diretório Nacional do partido.

Fonte: Metrópoles

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Brasil

Corretor de Imóveis no Mato Grosso do Sul declara que não atenderá petistas em 2025

Foto: Reprodução

A polarização política segue evidente em Mato Grosso do Sul, mesmo sem eleições previstas para 2025. Uma publicação feita pelo corretor de imóveis Aurismar Franco, de Maracaju, causou repercussão na cidade e nas redes sociais. Em sua postagem, ele afirmou: “A partir de 2025 não atendemos mais petistas. Favor, não insistir nem para compra ou para venda. Obrigado pela compreensão”.

Em entrevista ao site Campo Grande News nesta quarta-feira (08), Aurismar reafirmou sua posição e disse não se arrepender da declaração, apesar da polêmica gerada. “Acredito na força da direita em Mato Grosso do Sul”, justificou o corretor, acrescentando que nunca havia se exposto publicamente sobre sua ideologia política até então.

Sobre possíveis impactos negativos em seu negócio, Aurismar minimizou os riscos: “Não são meia-dúzia de gato-pingado que vão me prejudicar.” O corretor também afirmou que não deseja mal a ninguém, mas ressaltou que “não quer o mal perto”, se referindo às pessoas que apoiam partidos de esquerda.

Fonte: Jovem Pan News

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Geral

[VÍDEO] Idosa confunde esteira de bagagens com porta de embarque e vai parar no depósito de malas

Ela sofreu ferimentos leves. Um outro passageiro percebeu a cena e avisou as funcionárias, que resgataram a senhora.
Com informações O tempo e Ama News*

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Geral

[VÍDEO] Lula dá bronca em assessor e pede que galeria do Planalto mencione ‘mentiras’ de Bolsonaro e ‘golpe’ a Dilma

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva chamou a atenção de um auxiliar ao visitar a galeria de ex-presidentes do Palácio do Planalto, reinaugurada após ser destruída por manifestantes do 8 de janeiro de 2023. Acompanhado da primeira-dama Janja da Silva e do ministro da Casa Civil, Rui Costa, Lula demonstrou insatisfação com a falta de informações sobre os mandatos da República e exigiu a exibição de um contexto, mas de acordo com a visão do PT.

“O que eu quero é que conte a História, a Dilma (Rousseff) foi eleita, foi reeleita, depois sofreu impeachment, que foi um golpe, depois esse aqui (apontando para Michel Temer) não foi eleito. Esse aqui tomou posse em função do impeachment da Dilma, tá? Depois esse aqui (apontando para Jair Bolsonaro) foi eleito em função das mentiras. É isso que tem que contar”, disse.

Lula reclamou que as fotos tinham poucas informações para as pessoas que visitavam o palácio enquanto conversava com o Chefe de Gabinete Adjunto do Gabinete Pessoal da Presidência da República, Valdomiro Luis de Sousa:

“Isso aqui é a data que governou, não a data que nasceu. Se você não explica, ninguém entende. Você tem que explicar, a pessoa que vem aqui ver, tem que saber o que aconteceu. O Collor foi eleito e foi ‘impichado’ em tal data. Esse aqui (apontando para foto de Itamar Franco), assumiu no lugar do Collor, porque se não as pessoas passam aqui e não entendem a História”, afirmou.

Lula continuou:

“Foi presidente do Brasil e nasceu quando (Júlio Prestes)? Você explica quando ele nasceu, mas não explica quando ele governou. E esse aqui (Getulio Vargas)? Essa aqui tem que estar dito publicamente foi eleito em 1930, até 1945, foi cassado, voltou em 1950 eleito pelo povo e ficou até 1954 quando morreu, se matou. Porque aí a pessoa vem aqui e vê e vai saber da História”.

Fonte: O Globo

 

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *