Ex-prefeito Celú Lisboa tenta manter o poder da família há 20 anos contra a professora Cibelly Fonseca
Com a decisão do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) em cassar o mandato do prefeito Léo Lisboa (PSD) e agendar uma eleição suplementar em Passa e Fica, no Agreste Potiguar, o clima anda quente literalmente. A disputa pela prefeitura local está acirrada, como aconteceu nos dois últimos pleitos.
O sistema liderado pelo ex-prefeito Pepeu Lisboa lançou o sobrinho Celú Lisboa, que já foi prefeito da cidade, mas saiu com salários atrasados. A oposição que em 2016, conseguiu 48,44% dos votos, lançou agora a professora Cibelly Fonseca. Todo o grupo de oposição que apoiou a governadora Fátima Bezerra nos dois turnos e conseguiu a vitória em Passa e Fica, caminha juntos.
A família Lisboa não conseguiu derrotar a governadora em Passa e Fica em nenhum turno. O candidato dos Lisboa, o ex-prefeito Carlos Eduardo e só conseguiu transferir 47,69% dos votos. Em 2016, o prefeito cassado Léo Lisboa só venceu com 233 votos de maioria, ou seja, 3%, sinalizando um desgaste de mais de duas décadas, já que desde 1996, o ex-prefeito Pepeu Lisboa comanda a cidade se alternando com seus sobrinhos.
Até o dia 3 de fevereiro, a campanha vai se intensificando nas ruas e comunidades rurais. Passa e Fica tem hoje mais de 8 mil eleitores aptos as urnas. A governadora Fátima Bezerra (PT) já sinalizou a participação no palanque da professora Cibelly Fonseca e vai aumentar a pressão do caldeirão. A família Lisboa foi adversária ferrenha de Fátima no 2º Turno, quando tentou mostrar sua hegemonia nas urnas locais.
Fizeram isso em Jucurutu, colocando os lisos, hoje está um caos.
Se está a tanto tempo no poder alguma coisa de boa eles fizeram, essa cidade cresceu bastante de uns anos pra cá. Vai acabar prejudicando o pessoal da cidade com essas prezepadas, sem falar do gasto que é para fazer outra eleição.