Política

Convenção PT: Dilma promete hoje o que já prometeu antes e não cumpriu

Por Josias de Souza

Ao discursar na convenção do PT, neste sábado (21), Dilma Rousseff pronunciou 47 vezes palavras ou expressões com o significado de recomeço ou de ajuste. Considerando-se que o pronunciamento ocupou 17 páginas, o conceito de correção de rumos foi evocado, em média, 2,7 vezes por folha.

Dilma pronunciou 17 vezes o vocábulo ‘transformação’, duas das quais no infinitivo, uma no plural e uma no gerúndio. Citou 12 vezes a palavra “reforma”. Repetiu sete vezes a expressão “novo ciclo”. Referiu-se uma vez a “novo salto”. Falou em “mudança” cinco vezes, duas no plural. Por fim, utilizou cinco vezes o verbo “melhorar”.

Tomado isoladamente, o discurso revelou o esforço notável de uma governante com a popularidade em queda para ajustar o vocabulário ao desejo de mudança manifestado por 74% do eleitorado, segundo o Datafolha. Comparado à peça que Dilma leu no Congresso no dia de sua posse, em 1º de janeiro de 2011, o texto se torna matéria prima para a oposição —uma espécie de autodenúncia de tudo o que não foi feito.

A três meses da eleição, a presidente repetiu na forma de promessas compromissos que assumira na posse e que não conseguiu executar. Fez isso sem pronunciar nenhuma frase que pudesse ser entendida como uma autocrítica. Ao contrário. Em algumas passagens de sua fala, Dilma culpou terceiros pelos malogros do seu governo.

No discurso da posse, Dilma afirmara que a reforma política era “tarefa indeclinável e urgente” de sua gestão. Acenara com “com mudanças na legislação para fazer avançar nossa jovem democracia, fortalecer o sentido programático dos partidos e aperfeiçoar as instituições, restaurando valores e dando mais transparência ao conjunto da atividade pública.”

Na bica de encerrar o mandato, Dilma salta o mea-culpa e admite que a “tarefa indeclinável e urgente” de três anos e meio atrás é uma obra por realizar. Ela já não avoca para si toda a responsabilidade. Prefere dividir o esforço com o povo: “Não vejo outro caminho para concretizar a reforma política do que a participação popular, mobilizando todos os setores da sociedade por meio de um Plebiscito.”

No dia da posse, Dilma arrancara aplausos de deputados e senadores ao declarar que, “no plano social, a inclusão só será plenamente alcançada com a universalização e a qualificação dos serviços essenciais. Este é um passo, decisivo e irrevogável, para consolidar e ampliar as grandes conquistas obtidas pela nossa população.”

A presidente do discurso inaugural, considerava “tarefa indispensável” do seu governo liderar “uma ação renovada, efetiva e integrada dos governos federal, estaduais e municipais, em particular nas áreas da saúde, da educação e da segurança, vontade expressa das famílias brasileiras.”

Nos lábios da Dilma deste sábado, o compromisso de melhorar os serviços públicos, antes “decisivo, irrevogável e indispensável”, virou um objetivo impalpável a ser obtido num futuro incerto, no bojo de um ambicioso ‘Plano de Transformação Nacional’. Desde que governadores e prefeitos deixem de ser um estorvo para as boas intenções do governo federal.

“Um Plano de Transformação Nacional desta envergadura, só pode se concretizar com uma ampla reforma, capaz de redefinir os papéis dos entes federados”, disse Dilma, antes de transferir para as instâncias inferiores as culpas pelo insucesso de Brasília: “Não é por acaso que alguns dos serviços públicos que apresentam mais deficiência são os que têm interface entre os governos federal, estaduais e municipais.”

Dilma enfatizou: “É preciso reestudar e redefinir novos papéis e novas funções para os entes federados, porque a complexidade crescente dos nossos problemas exige esta mudança.” Ela enganchou uma reforma na outra: “É importante que a redefinição do pacto federativo integre o âmbito da grande reforma política que o Brasil necessita. Esta reforma é fundamental para melhorar a qualidade da política e da gestão pública.”

Vendida pela propaganda de 2010 como supergerente, a Dilma do dia da posse falava em “consolidar o Sistema Único de Saúde”. Dizia isso num tom tão peremptório que a coisa parecia simples. “Será outra grande prioridade do meu governo”, ela declarava. “Vou acompanhar pessoalmente o desenvolvimento desse setor tão essencial para o povo brasileiro”, ela prometia. “Quero ser a presidenta que consolidou o SUS, tornando-o um dos maiores e melhores sistemas de saúde pública do mundo”, ela sonhava.

Sob essa Dilma em início de jornada, o SUS trataria sua clientela como nunca antes na história desse país. Os hospitais públicos proveriam “todos os instrumentos de diagnóstico e tratamento disponíveis, tornando os medicamentos acessíveis a todos, além de fortalecer as políticas de prevenção e promoção da saúde.”

A presidente de então empregaria “a força do governo federal para acompanhar a qualidade do serviço prestado e o respeito ao usuário.” Ela estabeleceria “parcerias com o setor privado na área da saúde, assegurando a reciprocidade quando da utilização dos serviços do SUS.”

No discurso da nova Dilma, o sonho da saúde perfeita virou um pesadelo do qual a candidata à reeleição tenta acordar. Transformou-se também numa nova promessa: “A reforma dos serviços públicos dará atenção especial à melhoria da qualidade da saúde”, informou a presidente aos convencionais petistas. Misturando programas iniciados sob Lula a iniciativas adotadas na sua gestão, Dilma ainda tentou remediar o fiasco:

“Fizemos o Samu, as Upas, os medicamentos gratuitos do ‘Aqui Tem Farmácia Popular’, a Rede Cegonha e o Mais Médicos, um programa estratégico que fortalece o SUS”, disse a recandidata. Na sequência, reconciliando-se com o óbvio, ela admitiu: “Temos nos esforçado muito, mas os serviços de saúde precisam sofrer, ainda, uma transformação mais profunda para ficar à altura das necessidades dos brasileiros.”

Dilma sofreu um choque de realidade também na área educacional. No dia da posse, ela dizia que, a despeito dos avanços obtidos nesse setor, “só existirá ensino de qualidade se o professor e a professora forem tratados como as verdadeiras autoridades da educação, com formação continuada, remuneração adequada e sólido compromisso com a educação das crianças e jovens.”

Nessa época, Dilma sustentatva que “somente com avanço na qualidade de ensino poderemos formar jovens preparados, de fato, para nos conduzir à sociedade da tecnologia e do conhecimento.” Pois bem. A recandidata agora fala em “novo ciclo”. Mas o objetivo é velho. “Este novo ciclo fará o ingresso decisivo do Brasil na sociedade do conhecimento, cujo pilar básico é uma transformação na qualidade da educação”, discursou Dilma na convenção deste sábado.

Considerando-se as palavras ex-gerentona, a sala de aula ideal, que parecia roçar-lhe o nariz em janeiro de 2011, perdeu-se nos desvãos da ineficiência da engrenagem governamental. “E não adianta ficar dando voltas”, declarou a neo-Dilma. “A transformação da Educação só se consolida com a valorização plena e real do professor —com melhores salários e melhor formação”, ela acrescentou, como se tratasse do tema pela primeira vez.

A três meses e meio das eleições, Dilma reposicionou-se em cena: “Já começamos a fazer isso e vamos acelerar muito mais quando ingressarem os 75% dos royalties do petróleo e os 50% do excedente em óleo do pré-sal. Todos destinados à Educação.”

A oradora só esqueceu de mencionar o seguinte detalhe: nas previsões mais otimistas, o óleo do pré-sal jorrará em escala comercial apenas num ponto longínquo do calendário, nos arredores de 2020. Quer dizer: a “valorização plena e real do professor” é coisa para o segundo ano do mandato do sucessor do próximo presidente da República.

Opinião dos leitores

  1. eu gostaria de saber se eu posso entrar na justiça contra o s politicos por me sentir enganados pelas promessas na epoca da eleiçao se uma loja coloca um preço de um produto e voce ve que nao e aquele preço voce obriga a loja a comprir o que for dito nao e assim e porque nao fazer tambem com esses politicos pois eles pro mete muito e nao cunpra nada

  2. Votar em Dilma é pensar na coletividade, na gente humilde que levanta cedo e bota esse Brasil para frente, gente que se orgulha de ser brasileiro, que leva fé no futuro , votar em Dilma é agradecer pelos IFRN ‘ s construídos praticamente nas zonas rurais das cidades dando oportunidade aos jovens de terem um estudo de qualidade. Votar em Dilma é ter a certeza de que o povo pobre tem vez. Aos que não compartilham com a idéia da coletividade eu só posso dizer uma coisa ,… O choro é livre. Estou com Dilma pois essa tem cheiro de povo humilde.

    1. Humilde meu amigo ? ata você deve saber que essa humilde, passou bens em nome da filha que em 2010 não tinha nenhum patrimônio e que agora em 2014 ja acumula mais de 12 milhões entre bens…seu iludido …..e porque você acha que com outro governo, algum beneficio desse será extinto ? acha que vai acabar o bolsa família se Dilma perder? acha que o pro uni não vai mais valer se o pt sair ? vocês são doentes…doentes ….pqp ACORDO BRASIL !!! TUDO QUE A DILMA PROMETEU NO SEU MANDATO ELA NÃO CUMPRIU!!! TO ESPERANDO A OBRA DO PAC DO METRO DE MINAS S QUE ELA PROMETEU!!!!! TO ESPERANDO O TREM BALA!!!, TO ESPERANDO O AUMENTO E VALORIZAÇÃO DOS PROFESSORES!! TO QUERENDO A SAÚDE DO BRASIL COMO REFERENCIA (PROGRAMA DO SUS) E NÃO MÉDICOS COMUNISTAS!! ACORDA CARALHOOO!!! OBRAS DE ELEFANTE BRANCO NA COPA DO MUNDO QUE NÃO SERVIRÃO PRA NADAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA E VOCÊS QUERENDO REELEGER ESSA MEGERA??? PQPPPPPPP TEM CERTEZA QUE VOCÊS SÃO RACIONAIS ???????

  3. …vaia é aplauso dos recalcados…bjs Dilma ..linda 2014..adoro.bj no ombro para os recalcadosd kk

  4. Ainda que os pastéis de vento, opostos aos "coxinhas", digam que não fica claro que o PT mira o futuro se agarrando no passado. Ora, sob esta lógica Dilma deveria pedir desculpas porque promete fazer exatamente aquilo que se comprometeu e não fez.
    Se rendeu aos corruptos logo após a faxina. Viu que o PT não sobrevive sem eles. Não concluiu nenhuma obra que produza mais que viciados em programas sociais de distribuição de votos.
    Um desastre, só falta assumir isso. Mas aí seria pedir muito ao PT que nada sabe, nada ver.

  5. Até então nada diferente de qualquer candidato:"Prometer/se eleger(as custas dos otários crédulos)/não cumprir".A diferença dos PTralhas é que roubam mal,até aí são incompetentes,são flagrados a todo o momento.E por acreditar que somos imbecis(infelizmente estão corretos)culpam os que os flagram na rapinagem descarada.
    E viva o Brasil!
    AH!Dilma não esquente!Quem toma no c. somos nós,né?Sempre nós…

  6. Me engana que eu gosto. Gestao INCOMPETENTE e com varios escandakos de corrupcao e pessina administracao. As vaias na Arena Corinthians na avertura da copa mostra o Ibooe de Dilma.

  7. Aprendi na vida que cada um colhe exatamente o que plantou. Vivemos num país onde a Justiça é falha, onde a corrupção reina, alimentando a impunidade, onde Delegado de Polícia é filmado saindo para motel com adolescente, onde desembargador rouba dinheiro de precatório e tudo sempre termina em muita HIPOCRISIA e CONVERSA FIADA, para enganar um "bando de trouxas" que trabalham para sustentar esse país, e com ele, todos os PARASITAS que formam a classe política.

    O verdadeiro regime se consolida a cada dia através das OLIGARQUIAS que se juntam em benefício próprio para continuarem a mamar, famigeradamente, nas tetas da "viúva", enquanto o povo é massacrado com os serviços públicos.

    Pros quintos dona Dilma, pros quintos Lula e toda a corja PTista, pros quintos todos os políticos deste país, pros quintos esse povo burro que vive se lascando e sempre votando, se fod.m todos!!!

  8. O quê?? a transposição das águas do Rio São Francisco de novo?? Faz 12 anos que está nesse lenga lenga. Acredito que o transporte que estão usando é tartaruga. kkkkkkkk

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Geral

Comércio do Brasil é o mais vulnerável a colapso da OMC, aponta estudo

Foto: AFP

Um estudo realizado pela consultoria Oxford Economics, a pedido da ICC (Câmara de Comércio Internacional), mostra que o Brasil pode ser um dos países mais prejudicados pelo colapso total da OMC (Organização Mundial do Comércio), que atua como um balizador do comércio internacional.

Segundo o relatório, que foi realizado antes da onda de tarifas impostas pelo presidente americano Donald Trump e que traçou cenários em um mundo sem a atuação da OMC, o Brasil seria o mais vulnerável entre dez países em desenvolvimento analisados, podendo sofrer impactos substanciais nas exportações de “produtos não energéticos”, como alimentos e matérias-primas, ou seja, tudo aquilo que não envolva petróleo e seus derivados.

O documento alerta que o Brasil teria muito a perder com essa situação, porque o país depende das regras multilaterais para conseguir competir no comércio internacional, especialmente no setor agrícola. Se essas regras passarem a ser substituídas por disputas diretas entre países, como está ocorrendo neste momento com as ameaças e imposições do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, a tendência é de que o Brasil saia perdendo, ao menos no curto prazo.

O estudo destaca que quase metade das exportações brasileiras vem de produtos agrícolas —como soja, carne bovina e açúcar— que são muito sensíveis a barreiras comerciais. Sem a OMC, esses produtos podem enfrentar taxas mais altas ou exigências sanitárias difíceis de cumprir, dificultando sua entrada em outros mercados.

“Tal projeção decorreria de três fragilidades interconectadas. Em primeiro lugar, a pauta exportadora nacional tem elevada dependência de commodities agrícolas (49% das exportações não energéticas). Ademais, produtos como soja, carne bovina e açúcar, que já são altamente protegidos, enfrentariam barreiras tarifárias e não tarifárias generalizadas”, afirma o relatório.

Outra dificuldade apontada diz respeito à limitada integração do Brasil com cadeias de valor internacionais, apesar das movimentações que envolvem o Mercosul, União Europeia e Brics.

A análise incluiu dez países em desenvolvimento: Brasil, Guatemala, Egito, Vietnã, Indonésia, Camarões, Turquia, África do Sul, China e Índia. Em um cenário sem OMC, estima-se que o comércio de bens desses países cairia em média 33%, com impactos ainda maiores nas nações de baixa renda, onde as exportações poderiam despencar até 43%.

As perdas no PIB (Produto Interno Bruto) de longo prazo variariam entre 3% e 6%, refletindo tanto a queda no comércio como no investimento estrangeiro direto, que também se reduziria entre 3% e 6%.

“Conforme a modelagem apresentada, o Brasil sofreria contração de aproximadamente 45% de suas exportações de bens não energéticos no longo prazo —o impacto mais acentuado dentre todas as economias estudadas”, aponta o relatório.

Na semana passada, em discurso durante reunião na OMC, o Brasil criticou indiretamente as tarifas impostas por Donald Trump e disse que está em curso um “ataque sem precedentes” ao sistema multilateral de comércio.

Hoje a OMC vive uma situação de impasse institucional e esvaziamento, principalmente por conta do bloqueio prolongado ao seu sistema de solução de controvérsias. Desde 2019, o órgão de apelação da OMC, que julga disputas comerciais entre países, está inoperante, porque os Estados Unidos seguem bloqueando a nomeação de novos juízes desse órgão. Isso criou um vácuo no sistema de resolução de disputas, travando o processo.

Folhapress

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Geral

57% dos brasileiros acreditam que preços vão subir no mercado nas próximas semanas, diz pesquisa PoderData

Foto: Marcelo Camargo/ABr

A maioria dos brasileiros (57%) afirma que os preços das compras no mercado vão aumentar nas próximas semanas. A taxa subiu 7 pontos percentuais desde março de 2025. Outros 27% não acreditam que haverá alguma alteração e que os valores devem “ficar iguais” num futuro breve. Os dados são de pesquisa PoderData realizada de 26 a 28 de julho de 2025.

Só 8% dos eleitores responderam que pode haver uma redução nos preços cobrados pelos produtos nas prateleiras nas próximas semanas. Ou seja, para a maioria dos brasileiros, a inflação deve seguir alta.

Esta é a 3ª vez que o PoderData pergunta sobre as perspectivas da população para os preços nos mercados. As curvas do gráfico indicam que os brasileiros agora estão mais pessimistas que no início do ano quanto à capacidade do governo de controlar a inflação no curto prazo.

O levantamento foi feito durante forte debate a respeito do tarifaço imposto pelo presidente dos EUA, Donald Trump (Republicano), sobre os produtos brasileiros vendidos aos norte-americanos, o que pode ter influenciado na análise feita pelos eleitores sobre o futuro econômico do país.

A pesquisa foi realizada pelo PoderData, empresa do grupo Poder360 Jornalismo, com recursos próprios. Os dados foram coletados de 26 a 28 de julho de 2025, por meio de ligações para celulares e telefones fixos. Foram 2.500 entrevistas em 182 municípios nas 27 unidades da Federação. A margem de erro é de 2 pontos percentuais. O intervalo de confiança é de 95%.

Para chegar a 2.500 entrevistas que preencham proporcionalmente (conforme aparecem na sociedade) os grupos por sexo, idade, renda, escolaridade e localização geográfica, o PoderData faz dezenas de milhares de telefonemas. Muitas vezes, são mais de 100 mil ligações até que sejam encontrados os entrevistados que representem de forma fiel o conjunto da população.

Poder 360

Opinião dos leitores

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Geral

Apenas 20% dos brasileiros usam tempo livre para ler, mostra pesquisa

Foto: Freepik

O brasileiro está mais interessado pela internet e pelas redes sociais do que pelos livros, de acordo com a 6ª edição da obra “Retratos da Leitura no Brasil”, produzida e distribuída pelo Instituto Pró-Livro. A pesquisa mostra que 81% da população do país usa o tempo livre na internet, enquanto somente 20% informam ler livros no tempo livre.

Esses números representam uma queda em comparação ao cenário em 2015: naquela época, apenas 50% afirmava passar o tempo livre na internet, enquanto 24% liam livros no período de ócio.

O obra “Retratos da Leitura no Brasil 6” reúne análises de 18 especialistas sobre a queda nos índices de leitura no país. Entre as alegações apresentadas por quem está mais conectado na internet, “não ter paciência para ler”, “não ter tempo” ou “não gostar de ler” são as principais.

Além disso, segundo a pesquisa, é nos segmentos de nível superior, melhor poder aquisitivo e no público acima de 14 anos que estão os maiores percentuais de quem usa o tempo livre na internet e nas redes sociais: 91% têm nível superior – entre estes, somente 35% declararam ler livros no tempo livre. O percentual também fica acima de 90% na faixa etária 14 a 39 anos, em que identificamos queda de cerca de 5 pontos percentuais em leitores.

Pela primeira vez, Brasil tem mais não leitores do que leitores

A pesquisa também confirma um cenário preocupante: pela primeira vez desde 2007, quando se deu início à série histórica, o Brasil tem mais não leitores (53%) do que leitores (47%). Segundo a obra, os não leitores são aqueles que não leram nem um trecho de livro — impresso ou digital –, de qualquer gênero, nos últimos três meses.

Segundo a pesquisa, entre os não leitores, 6% são analfabetos ou declaram não sabe ler, e 17% estão cursando ou cursaram até a 4ª série do Ensino Fundamental, faixa em que as práticas de leitura ainda não estão devidamente consolidadas.

Além disso, 36% dos entrevistados declararam ter alguma dificuldade para leitura, como não compreender o que leem ou dificuldade de concentração. Outros 26% afirmam não ter paciência para ler. Somente 38% afirmam não ter nenhuma dificuldade, um percentual menor em comparação aos 48% em 2007.

A taxa de não leitores que não gostam de ler subiu de 22% para 29%, e o número de pessoas que dizem gostam um pouco de ler caiu de 31% para 26%. Outro ponto identificado pela pesquisa foi a pouca valorização da leitura, com 46% afirmando não ter tempo para ler.

CNN Brasil

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Geral

FEMINICÍDIO: A cada 21 dias, uma mulher é assassinada no RN

Reprodução: Agência Brasil

A cada 21 dias, uma mulher é assassinada no Rio Grande do Norte apenas por ser mulher. É o que revelam os dados da Secretaria de Segurança Pública (SESED), que apontam 10 feminicídios entre janeiro e julho de 2025. No mesmo período do ano passado, foram 12 casos.

No cenário nacional, foram 1.463 feminicídios registrados em 2024, e mais de 60% dos feminicídios ocorrem dentro da própria casa, segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2025 (ABSP).

Um dos casos que quase engrossou essa estatística foi o de Juliana Soares, de 35 anos, espancada brutalmente pelo companheiro dentro de um elevador em Natal. Igor Eduardo Cabral, de 29 anos, irá responder por tentativa de feminicídio.

Entre as formas de agressão anteriores ao feminicídio está a lesão corporal dolosa, cujos números subiram no estado. No primeiro semestre de 2025, foram registradas 2.562 ocorrências contra mulheres, segundo a SESED. Isso representa um aumento de 7,4% em relação ao mesmo período de 2024. Houve crescimento de 12,7% nos casos gerais de lesão corporal (782) e um salto de 4443,8% nos registros tipificados conforme o novo artigo 121-A, §1º, da Lei nº 14.994/2024, que trata deste crime por razões da condição do sexo feminino, que foram no total 727 ocorrências.

Para se ter uma noção, em 2024, o RN registrou um aumento significativo nas denúncias de violência contra a mulher. A cada uma hora, o 190 registrava uma chamada de violência doméstica no Estado. De acordo com o ABSP, foram contabilizadas 7.772 chamadas para o número de emergência.

Reportagem completa na Tribuna do Norte

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Geral

Argentina deve crescer mais do que o dobro do Brasil em 2025, diz FMI

Foto: Reuters/Cristina Sille

O Fundo Monetário Internacional (FMI) estima que a economia da Argentina crescerá 5,5% em 2025, enquanto o Brasil deve registrar uma expansão de 2,3% no mesmo período. Os dados constam na atualização do relatório World Economic Outlook, divulgada na última segunda-feira, 28. Para 2026, o FMI projeta um crescimento de 4,5% para a Argentina e 2,1% para o Brasil.

Segundo o relatório, a previsão para a Argentina permanece inalterada em relação à edição anterior, de abril. Ainda assim, o país sul-americano aparece como um dos destaques de crescimento entre as economias emergentes e supera não apenas o Brasil, mas também países como México (0,2%) e Rússia (0,9%).

Na América Latina como um todo, o crescimento projetado é de 2,2% para 2025. Para o Brasil, o FMI revisou positivamente a previsão de abril em 0,3 ponto porcentual, o que sugere melhora nas condições macroeconômicas do país. Ainda assim, o relatório ressalta que o Brasil figura entre as nações com déficits fiscais elevados diante de uma dívida pública historicamente alta.

As previsões do FMI estão condicionadas a um cenário de manutenção das políticas comerciais e fiscais em vigor no momento da publicação. A instituição assume, por exemplo, que a suspensão temporária de tarifas comerciais pelos Estados Unidos será prorrogada, embora esteja programada para terminar em agosto. A incerteza nesse campo permanece alta.

A previsão global de crescimento para 2025 foi revista para cima: de 2,8% em abril para 3,0% em julho. A revisão reflete fatores como a antecipação de exportações pela ameaça de novas tarifas, a queda no valor do dólar e o afrouxamento das condições financeiras internacionais. Ainda assim, o FMI alerta que o crescimento segue abaixo da média anterior à pandemia, de 3,7%.

Revista Oeste

Opinião dos leitores

  1. Tem que dizer que o crescimento é para ALGUNS SETORES. A maior parte da população e empresários estão passando dificuldades. Outra coisa… aumentar 3% lá , é facil. Aumentar 3% aqui é outra coisa. Somos um gigante, eles é um anão.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Geral

Rogério Marinho diz que Lula “se esconde atrás de promessas” e que Brasil vive “retrocesso liderado pelo PT”

O senador Rogério Marinho (PL-RN) voltou a subir o tom contra o governo Lula (PT) e o Partido dos Trabalhadores, durante o seminário Rota 22 realizado neste sábado (2), em Santo Antônio, no interior do Rio Grande do Norte. Para uma plateia formada por prefeitos, vereadores e lideranças do Agreste, Trairi e Potengi, Marinho acusou o governo federal de não entregar o que promete e de “viver de propaganda”, enquanto o país enfrenta estagnação econômica e aumento da violência.

“Lula prometeu união, crescimento, empregos. Mas o que vemos é um governo parado, que persegue quem pensa diferente e que se esconde atrás de promessas que nunca se cumprem”, afirmou o senador potiguar. Segundo ele, o governo atual representa um “retrocesso liderado pelo PT”, que reedita práticas do passado e governa com revanchismo e aparelhamento do Estado.

Marinho também questionou o discurso petista de combate à fome e à desigualdade. “Estão distribuindo cargos e verbas para manter o apoio político, enquanto o povo continua sem segurança, sem saúde e sem educação de qualidade, eles colocam nos postos estratégicos e mais importantes não profissionais qualificados, não pessoas bem intencionadas. Colocou lá os seus apaniguados.”, disse.

Para o senador, é preciso construir um novo caminho para o Brasil. “O que está em jogo é o futuro do país. Ou a gente acorda, ou vamos mergulhar em mais uma década de estagnação e manipulação ideológica”, concluiu.

Opinião dos leitores

  1. Muito bem Senador o senhor conhece bem a vida do bandido Lula, que vive de mentiras de roubos e e coisas erradas, esse sujeito já era para ter sumido desse cargo que assume sem ter a menor condições. A inflação está galopante sem nada ter sido feito para brecá-la. Lembro-me que em 1986, na época que governava o Brasil José Sarney, havia fiscalização e controle da inflação, e que muitos donos de comércios foram presos, Conheci o seu avó, Dr. Djalma Aranha Marinho, um politico de vergonha, nascido em Nova Cruz em 1908, e no RN foi eleito várias vezes para diversos cargos, foi o autor da fusão do Rio de Janeiro e Guanabara, homem de grande cultura e sabedoria. Gostaria de pedir-lhe um favor, o Sr. Lute juntamente com outros politicos para derrubar esse bandido Lula. Ele não acerta em Nada, a inflação só este ano de 2025, está beirando uns 30%, isso se pode comprovar nos supermercados, toda semana tem reajustes de preço, em dezembro de 2024, uma resma de papel a4 custava 23 reais , hoje custa 29,50, uma alta de mais de 27%.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Geral

VÍDEO: Crime contra mulher espancada com mais de 60 socos em Natal será destaque no Fantástico com vídeos e áudios inéditos

A equipe do Fantástico, comandada pelo jornalista Maurício Ferraz, esteve em Natal durante esta semana para produzir uma reportagem sobre o caso do ex-jogador de basquete Igor Cabral, que espancou a então namorada com mais de 60 socos, em um elevador, na capital potiguar. O programa dominical da Globo promete trazer novos detalhes do caso, como depoimentos, áudios e vídeos exclusivos.

Opinião dos leitores

  1. DEPOIS DESSA REPERCUSSÃO NACIONAL,DE UMA BRUTALIDADE E COVARDIA,SE NÃO TIVER MUDANÇAS SEVERAS NA LEI MARIA DA PENHA, PODEMOS AGUARDAR O QUE MAIS AO FEMINICIDIO?

    ACORDA BRASIL,ACORDEM MULHERES E A POPULAÇÃO EM GERAL!!!

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Geral

Homem que espancou mulher com mais de 60 socos diz ter sofrido ‘maus-tratos, ameaças e agressões’ em cadeia e registra boletim de ocorrência

Imagem: reprodução

Igor Cabral, preso após ser flagrado agredindo uma mulher com 61 socos dentro de um elevador em Natal, registrou um boletim de ocorrência, alegando ter sofrido maus-tratos, ameaças e agressões enquanto custodiado no sistema prisional do Rio Grande do Norte. O documento foi publicado pelo Via Certa Natal neste sábado (2).

Segundo o relato feito por Igor no boletim, após a audiência de custódia no Fórum da Ribeira, ele foi transferido para o Centro de Recebimento e Triagem (CRT) de Paramirim. Inicialmente, ficou em cela comum sem intercorrências. Disse que dias depois, no entanto, que foi colocado em isolamento, onde teria sido ameaçado por um policial penal encapuzado. Igor afirma ainda que, ao ser transferido para a cadeia pública de Ceará-Mirim, foi mantido nu, algemado, sofreu agressões físicas, ameaças e foi filmado por alguns agentes.

O detento também relata que foi incentivado a tirar a própria vida. O laudo do Instituto Técnico-Científico de Perícia (ITEP) confirmou escoriações em várias partes do corpo, consideradas de natureza leve.

Diante das informações a cúpula da Secretaria de Administração Penitenciária (SEAP), junto à Corregedoria da Polícia Penal, já iniciou uma investigação para apurar os fatos relatados.

Com informações de Via Certa Natal

Opinião dos leitores

  1. Fingiu o contato . Caiu . Foi nada segue o jogo machão! Falta muito pra “terminar” essa partida

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Geral

LEI MAGNITSKY: Zanin será relator ação para impedir que bancos brasileiros bloqueiem contas de Moraes

Foto: Rosinei Coutinho/STF

O ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF), foi sorteado para relatar o pedido apresentado pelo líder do PT na Câmara, deputado Lindbergh Farias (RJ), que busca impedir que instituições financeiras que operam no Brasil executem sanções contra o ministro Alexandre de Moraes com base na Lei Magnitsky.

A medida cautelar foi protocolada na última quinta-feira, 31, após o governo dos Estados Unidos aplicar a Lei Magnitsky contra Moraes.

Zanin já encaminhou o caso para manifestação da Procuradoria-Geral da República (PGR).

Na petição, Lindbergh diz que a sanção pode provocar “pressão sobre instituições financeiras que mantêm operações ou vínculos no sistema bancário internacional” leve à execução automática das sanções no Brasil.

O parlamentar pede que o STF declare a ineficácia das sanções no território nacional e proíba qualquer banco de replicá-las, mesmo em caso de vínculos com o sistema financeiro dos EUA.

Lei Magnitsky

A inclusão de Moraes na lista da Lei Magnitsky prevê o bloqueio de todos os bens e transações sob jurisdição americana, o que inclui contas, ativos financeiros, cartões de crédito com bandeira dos EUA e qualquer operação em dólar — direta ou indiretamente.

Os bancos que operam no Brasil iniciaram análises internas para entender o alcance das sanções. O consenso preliminar é que as operações em reais não seriam afetadas.

Com informações de O Antagonista

Opinião dos leitores

  1. Dessa vez a vítima não vai julgar? Acho que deveria. A roleta do sorteio parece que tá girando agora!!!

  2. Rapaz!!
    Alô petezada, rezem aí para o Zanim.
    Soltaram uma bomba, um Pepino, chamem o que quiserem tá? no colo do Zanim.
    E agora o que fazer??
    Quebra os bancos ou solta a mão do Alê?
    hehehehe.
    Ajudem aí petezada, vcs não estão entendendo não!!
    Se informem.

  3. Kkkkkkkkk…
    Vão acabar de quebrar o banco do Brasil.
    Aposta!??
    Essa lei vale geral, o coco é seco.
    Vão pagar pra ver??

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Geral

VÍDEO: Alcione diz no programa ‘É de Casa’, da Globo, que fará ‘macumbinha’ para Trump deixar o Brasil em paz

Imagens: Rede Globo

A cantora Alcione afirmou durante o programa “É de Casa”, exibido neste sábado (2) pela TV Globo que vai fazer uma “macumbinha” para o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para que ele “deixe o Brasil em paz”. A fala foi motivo de gargalhadas entre os apresentadores e demais participantes do programa.

“Ele precisa deixar o Brasil em paz. Larga o Alexandre de Moraes, nosso ministro maravilhoso. Quando eu sair daqui, vou fazer uma macumbinha pro Trump. Aqui nessa terra tem uma coisa que ele não tem lá: é macumba”, declarou a Marrom.

Opinião dos leitores

  1. Pelo amor de DEUS! Por que ela não diz onde está os bilhões que roubaram dos aposentados, nem o executivo dala, nem judiciário, a pessoa dizer que tá tudo certo é demais

  2. Quando eu vejo os tipos de pessoas que são contra Bolsonaro, tenho a certeza de que estou no lado certo.

  3. hihihihihihihihihihihihihihihihihi.
    Essas são as qualidades dos artistas brasileiros.
    Coitada da Marrom, vai bater um tambor. hihihihihihihihihihihihihihihihihi.

  4. Coitada, uma anciã em decadência, muito mal se põe em pé, é melhor ela cuidar é da saúde dela e deixe de “mamar” na lei Rouanet…

  5. Essa é uma das que sugam as tetas da Rouanet. Esse é o padrão da esquerda, como bem falou Dilma Rousseff. “Faz aliança até com o diabo” pra se manter no poder.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *