Educação

Corte de verbas e problemas com o Fies prejudicam alunos em todo o país

B_xVY0nVEAALWEKFoto: Márcia Foletto / Agência O Globo

O corte de verbas federais e estaduais para a educação e problemas com o Fies (Financiamento Estudantil) estão afetando a vida de alunos de universidades públicas e privadas no país. Ontem, a UFRJ e a Uerj adiaram novamente o início das aulas por causa de problemas orçamentários. No setor particular, a maior instituição do estado, a Universidade Estácio de Sá, também já havia adiado o início das aulas do primeiro ano por causa da dificuldade que calouros estão tendo para garantir financiamento pelo Fies. O site do programa está com problemas desde o mês passado, e vários alunos não conseguiram realizar sua inscrição.

Alguns estudantes da Veiga de Almeida que fizeram a matrícula neste ano contando com a possibilidade de conseguir financiamento estatal receberam ontem um ultimato da instituição: ou pagam os boletos referentes a meses já cursados, ou terão a matrícula cancelada.

— Estou tentando fazer a inscrição (no Fies), mas sempre dá erro. Na central da faculdade disseram que voltaria ao normal na quarta passada. Então começou a aparecer a mensagem de que não tinha vagas. Na faculdade também passaram a falar a mesma coisa. Entrei em contato com o MEC, que afirmou que havia vaga, tanto na universidade, quanto no curso que eu iria fazer, que era só vir na instituição que eles conseguiriam me liberar. Quando vim para cá, vi esse transtorno — conta Fabíola Fonseca, que teme ficar sem poder estudar este ano.

Em nota, a Veiga de Almeida deu ao GLOBO uma resposta diferente. A universidade afirmou que “não há limite de vagas para o Fies em nenhum curso. Também não há nenhuma limitação de vagas, antes ou depois das mudanças feitas pelo governo”. O problema seria, somente, um bloqueio no site do Fies.

A assessoria do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (Fnde), responsável pelo programa, reconhece que o site acessado pelos estudantes para se inscrever está sobrecarregado, e que o MEC e o Fnde estão trabalhando para resolver o problema. O órgão informou ainda que “as requisições de novos contratos junto ao Fies, atualmente, são liberadas por instituição de ensino e por curso, em ordem cronológica, ressalvados os critérios de qualidade, distribuição regional e disponibilidade de recursos”.

Para o diretor executivo da Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (ABMES), Sólon Caldas, a grande dificuldade é a falta de informações oficiais:

— O MEC está colocando parâmetros para que alguns tenham acesso ou não ao programa que não estão claros nem para os estudantes, nem para as instituições. A confusão maior é causada por essa falta de transparência.

O presidente da Estácio, Rogério Melzi, também critica a falta de comunicação com o governo:

— Nesses anos todos de Fies, nunca houve nenhum tipo de restrição. Atualmente, estamos tateando no escuro. Não sabemos como são distribuídas as vagas e quais são os critérios.

No Pará, a Defensoria Pública do estado acusou as as instituições de ensino superior privadas de aproveitaram a crise do Fies para penalizar alunos com cobranças abusivas e até propaganda enganosa. O órgão tem recebido denúncias de alunos que dizem terem sido atraídos para o curso pela possibilidade de ter 100% da mensalidade financiada. Sem o benefício, muitos não estão conseguindo pagar, e estão sendo ameaçados pelas instituições de perder a matrícula.

No Rio Grande do Sul, o problema com o financiamento se repete:

— Aquilo que o governo não está assumindo o compromisso de pagar, o aluno terá que arcar — diz o presidente do Sindicato do Ensino Privado do Rio Grande do Sul, Bruno Eizerik.

UERJ PEDE MAIS INVESTIMENTOS

No caso das universidades públicas, o principal problema foi o corte no orçamento. A UFRJ, que recomeçaria as aulas ontem, adiou o início do ano letivo para o dia 16. A resolução veio após um balanço que demonstrou que a maioria das 63 unidades acadêmicas não teria condições para retomar as atividades acadêmicas.

— A UFRJ atrasou alguns pagamentos com a empresa que mais presta serviço na universidade. O atraso era previsto no contrato, mas criou um círculo vicioso: a empresa não pagou os funcionários e eles, sem renda, deixaram de trabalhar. A situação já está regularizada e vamos retomar as aulas — afirma o reitor Carlos Levi.

Os cortes promovidos pelo MEC pioraram a situação, mas Levi acredita que o momento é de adaptação:

— A realidade foi agravada com estas restrições e, por isso, teremos cortes nos serviços de terceirizados. A prioridade é para que as bolsas e atividades acadêmicas não sejam impactadas. O MEC tem se empenhado em dar apoio.

O serviço de limpeza, de segurança, de portaria e secretaria serão reduzidos para que a conta possa fechar. A crise chegou até o Colégio de Aplicação da UFRJ, onde os pais realizam, hoje, um “aulaço” como forma de protesto.

As restrições orçamentárias afetam também a maior universidade estadual do Rio. A Uerj remarcou sua volta às aulas para o dia 23. Em comunicado, o reitor Ricardo Vieralves diz que a maioria dos serviços de terceirizadas estão funcionando com menos de 50% de frequência. Ao final da nota, a instituição critica a falta de investimentos:

“É cada vez mais imperativo que o Brasil tenha, União e Estados, uma política consequente de financiamento das Universidades Públicas, que não proporcione mais crises desta intensidade nas instituições federais e estaduais; porque esta é uma questão de soberania de nosso país, de desenvolvimento e de cidadania”.

O Globo

Opinião dos leitores

  1. Tudo isso fruto da incompetência do PT que só se preocupa em desviar verbas e tentar acabar com a Petrobras. As coisas estão caminhando bem e logo logo essa quadrilha vai estar no lugar que merecem: a cadeia. Gostaria de saber onde estão sendo vendidas as camisas para o protesto que será o inicio da queda de Dilma e a consequente prisão de Lula. ÃO, ÃO, ÃO PT É CORRUPÇÃO. ÃO ÃO ÃO PT É CORRUPÇÃO. KÁ KÁ KÁ DILMA A SUA HORA VAI CHEGAR.

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RN está entre os oito Estados com mais funcionários em cargos de confiança do que servidores no Ministério Público

Foto: Divulgação/MPRN

O Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) está entre os oito Estados do país onde há mais funcionários em cargos de confiança do que servidores efetivos, segundo levantamento da Federação Nacional dos Trabalhadores dos Ministérios Públicos Estaduais (Fenamp). No RN, 50,81% dos postos do órgão são ocupados por comissionados.

O estudo aponta que a prática, comum em várias unidades do Ministério Público, fere o princípio constitucional do concurso público, já que os cargos de confiança deveriam ser restritos a funções de chefia e assessoramento. A Fenamp enviou o levantamento ao Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), pedindo medidas para limitar o número de comissionados.

Além do Rio Grande do Norte, os Ministérios Públicos com maior proporção de servidores sem concurso são os de Mato Grosso (65,28%), Santa Catarina (65,07%), Paraná (64,82%), Piauí (64,47%), Rio de Janeiro (53,81%), Goiás (51,61%) e Paraíba (50,07%).

Em contraste, os Estados com menor número de cargos de confiança são São Paulo (2,64%), Amazonas (22,02%), Minas Gerais (22,26%), Rondônia (24,02%) e Espírito Santo (28,22%).

O levantamento também revelou salários acima do teto constitucional em alguns MPs. No Mato Grosso do Sul, por exemplo, há cargos comissionados que chegam a R$ 47,5 mil, ultrapassando o limite de R$ 46,4 mil, equivalente à remuneração de ministros do STF. Outros Estados com altos salários são Rio Grande do Sul (R$ 41 mil), Mato Grosso (R$ 31 mil), Amazonas (R$ 29,5 mil) e Pará (R$ 27,5 mil).

A Fenamp, com apoio da Associação Nacional dos Servidores do Ministério Público (Ansemp), fez três pedidos principais ao CNMP:

  1. Limitar os cargos de confiança a no máximo 50% do total de efetivos em cada MP;

  2. Garantir que pelo menos metade desses cargos sejam ocupados por servidores de carreira;

  3. Proibir o uso de cargos comissionados em funções técnicas, operacionais ou burocráticas.

A entidade argumenta que a predominância de comissionados enfraquece a transparência e compromete a independência funcional do Ministério Público, que deve ter base técnica e concursada.

Com informações de Coluna do Estadão

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VÍDEO: Traficante mais procurado do mundo se alia ao PCC e diz que estão ‘prontos para guerra’ na fronteira do Brasil

Enquanto o Rio de Janeiro trava a mais letal operação policial de sua história contra o Comando Vermelho (CV), o Primeiro Comando da Capital (PCC) se fortalece do outro lado do país, com apoio internacional. Um vídeo exclusivo obtido pela coluna revela Sebastián Marset, um dos traficantes mais procurados do planeta, reunido com lideranças do PCC e fazendo ameaças diretas a rivais e forças policiais. Ele ameaça guerra na fronteira do Brasil.

A gravação teria sido feita no fim de semana, em Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia, onde Marset mantém sua base de operações. No vídeo, ele aparece portando um fuzil e cercado de aliados armados, diante de bandeiras e símbolos que remetem ao PCC e à atuação do grupo também no Paraguai.

Segundo a apuração da coluna da jornalista Mirelle Pinheiro, do Metrópoles, estavam presentes criminosos identificados como Patric Velinton Salomão, o Forjado, Pedro Luiz da Silva Soares, o Chacal e Sérgio Luiz de Freitas Filho, Mijão, apontados como integrantes da chamada liderança das ruas do PCC.

“Estamos prontos para a guerra”

Na gravação, Marset debocha das tentativas de localização e ameaça o Estado:

“Vocês ficam dizendo onde a gente está… Hoje posso estar aqui, amanhã no Paraguai, outro dia na Bolívia, outro na Colômbia. Onde for, estamos preparados para fazer guerra com quem for, com o Colla, com a polícia. Não ligo para ninguém.” E finaliza com um alerta: “Melhor sermos amigos que inimigos. Quem escolhe a guerra com a gente não se dá bem”.

A fala faz referência direta a Erlan “El Colla” García López, ex-aliado de Marset e considerado atualmente um dos seus principais rivais. Investigações indicam que Marset teria sequestrado Colla recentemente, detonando uma disputa violenta entre facções na Bolívia.

Quem é Sebastián Marset

Conhecido como El Jugador, o Jogador, o uruguaio de 34 anos é tratado por agências internacionais como um dos maiores chefes do narcotráfico na América do Sul.

Ele está no topo da lista vermelha da Interpol e é procurado pela DEA (EUA). Agora, tornou-se parceiro estratégico do PCC.

Marset é acusado de: • Enviar mais de 16 toneladas de cocaína pura da Bolívia para a Europa; • Comandar uma rede milionária de lavagem de dinheiro com empresas de fachada; • Corromper instituições nos três países em que atua;

• Financiar e ordenar homicídios ligados a disputas do tráfico.

A estrutura do cartel já foi parcialmente revelada em operações internacionais que apreenderam:

  • 13 aviões
  • 80 caminhões usados no transporte internacional
  • Sete embarcações
  • +5 mil cabeças de gado
  • 10 toneladas de cocaína puríssima
  • US$ 1 milhão em joias

Marset chegou a comprar um time de futebol na Bolívia, no qual atuava em campo como atleta profissional, sob identidade brasileira falsificada.

Aliança com o PCC

A parceria com o PCC foi consolidada após anos de convivência com integrantes da facção na prisão Libertad, no Uruguai. Após ser solto, o cartel uruguaio tornou-se um braço logístico do PCC na rota Bolívia–Brasil–Paraguai–Europa.

Autoridades brasileiras monitoram o avanço da facção nas fronteiras enquanto o Rio enfrenta o CV em seu maior reduto.

Guerra em três países

O poder de Marset se sustenta também na eliminação brutal de rivais. Em agosto, três europeus ligados à máfia dos Bálcãs foram sequestrados, torturados e executados em Santa Cruz, crime atribuído ao grupo do uruguaio.

Antes, no Paraguai, um tenente-coronel do Exército foi executado por pistoleiros após combater a corrupção dentro de presídios em que o PCC atua.

Mulher de Marset está presa

A esposa do traficante, Gianina García Troche, foi extraditada da Espanha e cumpre pena por tráfico internacional de drogas, lavagem de dinheiro e associação ao tráfico.

A prisão de Gianina, segundo investigadores, ampliou o cerco internacional contra o cartel.

Mirelle Pinheiro – Metrópoles

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Em menos de 1h após divulgação da data, STF antecipa julgamento de denúncia contra Eduardo Bolsonaro para 14 de novembro

Foto: Jessica Koscielniak/REUTERS

A Primeira Turma do STF (Supremo Tribunal Federal) antecipou em uma semana o julgamento da denúncia oferecida pela PGR (Procuradoria-Geral da República) contra o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP).

Inicialmente, a análise do caso ocorreria entre os dias 21 de novembro e 1º de dezembro, em plenário virtual.

Contudo, menos de uma hora depois da divulgação, a data foi atualizada para o período entre 14 e 25 de novembro.

O parlamentar é acusado do crime de coação, devido à sua atuação nos Estados Unidos. Os ministros do colegiado vão decidir se ele deve ou não virar formalmente réu em uma ação penal.

De acordo com a PGR, Eduardo e o blogueiro Paulo Figueiredo atuaram para constranger o Poder Judiciário brasileiro e colocar obstáculos ao avanço das investigações sobre a trama golpista.

Na sexta-feira, a DPU (Defensoria Pública da União) enviou ao Supremo a defesa de Eduardo, que optou por não constituir advogado próprio. O órgão pediu a rejeição da acusação.

De acordo com a DPU, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, “não comprova que o denunciado tenha efetivo poder de decisão sobre atos soberanos dos Estados Unidos”, como as sanções aplicadas ao Brasil.

CNN Brasil

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Após decisão do STF, tornozeleira eletrônica de Mauro Cid é retirada

Foto: Tom Molina/STF

O ex-ajudante de ordens da Presidência da República, Mauro Cid, teve a tornozeleira eletrônica retirada nesta segunda-feira (3). A remoção vem após a conclusão do julgamento da trama golpista especificamente em relação a Cid – outros réus ainda aguardam a análise de recursos apresentados ao Supremo Tribunal Federal (STF).

Na última quinta-feira (30), o ministro Alexandre de Moraes, relator do tema no STF, determinou o início do cumprimento por Cid da pena por tentativa de golpe de Estado.

Delator do esquema golpista, Cid recebeu a pena mais leve entre os condenados pela Primeira Turma do STF. O colegiado fixou a punição em 2 anos de reclusão em regime aberto, com o cumprimento de medidas cautelares.

Diferente dos demais condenados no caso, Cid não apresentou recursos – os chamados embargos de declaração – contra a sentença definida em setembro pela Primeira Turma do STF.

O início do julgamento destes recursos está marcado para esta semana.

Mauro Cid deve tirar 60 dias de férias do Exército a partir desta terça-feira (4). Ele aguarda que o Exército analise um pedido de aposentadoria.

Medidas cautelares

Entre as medidas determinadas por Moraes, Cid também terá que cumprir recolhimento domiciliar no período noturno (entre 20h e 6h) e integralmente nos finais de semana.

  • Proibição de portar armas;
  • Proibição de utilização de redes sociais;
  • Proibição de se comunicar com condenados e investigados pela trama golpista.

O militar tinha planos de se mudar para os Estados Unidos com a família, mas Moraes manteve a proibição de se ausentar do país.

O ministro também determinou que seja levantando por quanto tempo Mauro Cid ficou preso de forma provisória para que esse período seja abatido da pena. Ao longo da investigação, o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro foi preso duas vezes, mas por menos de seis meses.

A defesa do militar pediu que seja descontado o período em que ficou com medidas cautelares, o que poderia gerar a extinção das cautelares. Esse pedido ainda vai ser analisado pelo relator, Alexandre de Moraes.

g1

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Relatório entregue a governo Trump por Castro pede sanções antiterrorismo contra Comando Vermelho

Foto: Rafael Campos / Governo do Rio

O governador do Rio, Cláudio Castro, atua há pelo menos seis meses junto à gestão de Donald Trump para que os Estados Unidos classifiquem o Comando Vermelho como organização narcoterrorista, o que permitiria aplicar sanções semelhantes às impostas a grupos como o Tren de Aragua (Venezuela) e os Los Zetas (México). A informação é do blog da jornalista Malu Gasper, do O Globo.

O governo Lula é contra a medida, por temer impactos econômicos e diplomáticos — como sanções a empresas, bancos ou até à União, caso Washington entenda que o Brasil não combate o crime organizado com rigor suficiente. A preocupação é que a mudança sirva de pretexto para uma interferência americana no território brasileiro, a exemplo do que ocorre na Venezuela.

Castro e outros governadores de direita querem incluir essa classificação em uma emenda ao projeto de lei antifacção que o Planalto enviará ao Congresso. Em janeiro de 2025, o governo do Rio entregou à embaixada dos EUA um relatório confidencial intitulado “Análise Estratégica: Inclusão do Comando Vermelho nas listas de sanções e designações dos EUA”. O documento argumenta que o CV cumpre os critérios para sanções econômicas, bloqueio de ativos e designação terrorista, o que facilitaria extradições, cooperação internacional com órgãos como Interpol, DEA, FBI e ONU, e sanções a empresas e aliados econômicos ligados à facção.

Esse último ponto é visto com preocupação pelo Planalto, que teme que a medida afete bancos brasileiros e trave transações internacionais, caso os EUA apontem ligações com o CV sem provas sólidas. Um auxiliar de Lula classificou a proposta como “tremenda irresponsabilidade”.

O tema ganhou força após visita ao Brasil, em maio, do assessor do Departamento de Estado americano David Gamble, que discutiu sanções e combate a organizações criminosas. Nenhum representante da Polícia Federal aceitou se reunir com ele, já que a PF é a responsável pelos acordos internacionais sobre crime organizado.

Pouco depois, Castro esteve na sede da DEA, em Nova York, para buscar um acordo direto com o órgão. A megaoperação nos complexos do Alemão e da Penha e o envio do projeto de lei antifacção ao Congresso reacenderam o debate, e governadores alinhados à direita pretendem pressionar pela nova classificação nas próximas semanas.

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Em seis dias, governo Lula gasta cerca de R$ 1 milhão para impulsionar posts sobre segurança pública nas redes sociais

Imagem: reprodução

O governo Lula (PT) gastou cerca de R$ 1 milhão em impulsionamento de seis posts no Facebook e Instagram entre 29 de outubro e 3 de novembro, segundo dados da Meta Ad Library.

As publicações destacam ações do governo na área de segurança pública e foram lançadas logo após a megaoperação policial no Rio, que deixou 121 mortos.

Foco da campanha

As postagens exaltam o uso de inteligência no combate ao crime organizado, em contraste com operações violentas como as do Complexo da Penha e do Alemão. O governo também promoveu a PEC da Segurança Pública e o PL Antifacção, propostas que buscam integrar forças policiais e endurecer o combate às facções criminosas.

Valores dos impulsionamentos

  • O impulsionamento mais caro custou entre R$ 600 mil e R$ 700 mil.

  • Outros variaram de R$ 150 mil a R$ 175 mil, R$ 100 mil a R$ 125 mil, R$ 70 mil a R$ 80 mil e R$ 15 mil a R$ 20 mil.

  • Alguns posts foram impulsionados mais de uma vez para ampliar o alcance.

Conteúdo dos posts

  • O primeiro vídeo, publicado em 29 de outubro, critica operações violentas e defende “mais inteligência e menos sangue”.

  • O segundo post, de 30 de outubro , divulga a PEC da Segurança Pública, prometendo operações mais eficientes e com menos risco à população.

  • O terceiro, de 31 de outubro, apresenta o PL Antifacção, afirmando que “facções criminosas oprimem moradores e destroem famílias”.

Poder 360

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STF marca julgamento de denúncia contra Eduardo Bolsonaro para 21 de novembro

Foto: TV Câmara/Youtube

A Primeira Turma do STF vai julgar, entre 21 de novembro e 1º de dezembro, a denúncia da PGR contra o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), acusado de coação por sua atuação nos Estados Unidos. Os ministros decidirão se ele se tornará réu em ação penal.

Segundo a PGR, Eduardo e o blogueiro Paulo Figueiredo tentaram constranger o Judiciário brasileiro e atrapalhar as investigações sobre a trama golpista.

O julgamento ocorrerá em plenário virtual, já que a agenda de sessões presenciais está cheia até o fim do ano.

Na defesa apresentada pela Defensoria Pública da União (DPU), que representa o deputado, o órgão pediu a rejeição da denúncia, alegando que a acusação não comprova qualquer poder de decisão de Eduardo sobre atos soberanos dos Estados Unidos, como as sanções ao Brasil.

Com informações de CNN 

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PESQUISA GENIAL/QUAEST: 72% dos moradores do Rio apoiam enquadrar facções como grupos terroristas

Foto: reprodução

Pesquisa Quaest divulgada nesta segunda-feira (3) mostra que 85% dos moradores do estado do Rio de Janeiro apoiam aumentar a pena de prisão para condenados de homicídio a mando de organizações criminosas, e que 72% concordam em enquadrar o crime organizado como organização terrorista.

Enquadrar organizações do crime organizado como organizações terroristas:

  • A favor: 72%
  • Contra: 23%
  • Não sabe/não respondeu: 5%

O levantamento foi feito na quinta (30) e na sexta (31), após a megaoperação contra o Comando Vermelho nos complexos do Alemão e da Penha, na cidade do Rio, que terminou com 121 mortos – quatro deles, policiais.

Foram ouvidos 1,5 mil moradores do RJ com 16 anos ou mais. A margem de erro é três pontos percentuais, e o levantamento foi encomendado pela Genial Investimentos.

Com informações de g1

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Lula assina decreto de GLO para Forças Armadas atuarem na segurança no Pará durante a COP30

Foto: Ricardo Stuckert

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou, nesta segunda-feira (3), um decreto de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) para os municípios de Belém, Altamira e Tucuruí (PA). A medida, solicitada pelo governador Helder Barbalho (MDB), será válida de 2 a 23 de novembro.

Operação integrará quase 20 mil agentes de segurança

  • 7 mil militares das Forças Armadas,

  • 2.500 policiais Federal e Rodoviária Federal,

  • e 10 mil agentes das forças estaduais e municipais.

O monitoramento será feito em tempo real pelo Comitê Executivo de Segurança Integrada Regional (CESIR) e pela Central de Escolta, sediados na Secretaria de Segurança Pública do Pará.

Objetivo é proteger estruturas e eventos da COP30

Segundo o governo estadual, a medida não tem relação com a operação no Rio de Janeiro, mas com os preparativos para a COP30 e a Cúpula de Líderes, que acontecerão em Belém e devem reunir mais de 50 chefes de Estado e 140 delegações estrangeiras.

Altamira e Tucuruí foram incluídas por abrigarem infraestruturas críticas, como usinas hidrelétricas, portos, aeroportos e estações de tratamento de água.

Ação segue modelo de outras GLOs

O Planalto informou que a operação segue o mesmo padrão das GLOs realizadas durante o G20 e a reunião dos BRICS no Rio de Janeiro.

As Forças Armadas atuarão junto às polícias federais e estaduais para garantir a segurança das delegações internacionais e manter a ordem pública durante os eventos.

Opinião dos leitores

  1. 👺Lula diz que não haverá GLO enquanto for presidente.👺 Ele mora na favela, não. Ele vai estar no Pará, vai.

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Polícia

Alemão é preso em flagrante após PF encontrar 2,4 kg de cocaína em mala no Aeroporto de Natal

Foto: Divulgação

Um alemão foi preso ao ser flagrado com 2,4 kg de cocaína escondidos no fundo falso de uma mala, neste domingo (2), no Aeroporto Internacional de São Gonçalo do Amarante, na Grande Natal.

Segundo a Polícia Federal, o passageiro embarcaria em um voo com destino à Europa.

A droga foi localizada na bagarem durante ação de fiscalização de rotina com o apoio do cão detector de drogas Ice.

O cachorro indicou a presença de substância ilícita em uma das malas vistoriadas.

Após a droga ser encontrada, o suspeito foi preso em flagrante e encaminhado à sede da Polícia Federal, onde foi autuado por tráfico internacional de drogas.

G1RN

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