Política

“Governo Dilma se constituiu em cima de farsa de marketing”, diz Ciro Gomes

8dz8nke64g_4uzm64p53k_fileEx-ministro de Lula e possível candidato nas eleições de 2018 pelo PDT, Ciro Gomes se diz cada dia mais crítico ao governo Dilma. Apesar de contrário ao impeachment, afirma que a atual gestão se constituiu em cima de uma “farsa de marketing”, com propostas de campanha nunca postas em prática.

Para Ciro, a política econômica é desastrosa, herança da “frouxidão moral” dos anos Lula. Ele diz não entender por que a presidente não propõe, por decreto, uma mudança nos rumos da economia – sugestão dada por ele em reunião com Dilma. “Quando sai da catatonia, não ela, mas o governo, sai para fazer bobagem.”

Prova de seu desgosto é seu apoio “entusiasmado” à sugestão de Carlos Lupi, presidente do PDT, de deixar a base aliada após a derrota do impeachment. No entanto, o partido não deve ir para a oposição.

— Nós não queremos participar de mais nada, está muito claro para nós. O ideal para nós é: ganhar a batalha pela democracia, preservar o mandato e comunicar à presidente que queremos sair. É uma ideia do Lupi com meu entusiástico apoio. E agora vamos validá-lo com os companheiros.

O ex-ministro também falou dos casos de hostilidade que sofreu recentemente e chamou os manifestantes antigoverno de “fascistinhas”. No começo de abril, o Movimento Endireita Brasil, crítico ao governo Dilma Rousseff e ao PT, publicou em sua página do Facebook uma oferta de R$ 1 mil a quem hostilizasse Ciro no restaurante em que jantava em São Paulo.

— Eles se autodenominam manifestantes e acham que podem ir na porta de um ministro do STF 1h30 da manhã gritar impropérios. Não pode não, isto é crime. Eu, como presidente da República, teria pedido para a Polícia Federal abrir um inquérito e estava todo mundo presinho da silva.

Leia abaixo os principais trechos da entrevista.

BBC Brasil – Você costuma fazer críticas duras à política econômica de Dilma, mas se coloca contra o impeachment. Como se posiciona hoje?

Ciro Gomes – Minha percepção crítica do governo se agrava diariamente. Agora, no presidencialismo, você não pode desconstituir um governo apenas porque ele é um mau governo. O impeachment é a única forma de desconstituir um governo e só pode se dar, como está escrito na Constituição, pelo cometimento de responsabilidade consciente da presidente. O pedido formal que está dando azo ao impeachment não se baseia numa denúncia de crime de responsabilidade. É um golpe parlamentar. Só três presidentes da República neste país concluíram seu mandato normalmente. Todos os outros tiveram seu mandato interrompido por suicídio, renúncia, golpe. É nessa linha da história que me coloco. Hoje você faz uma ruptura que coesiona pela negação do governo três grandes grupos sociais.

BBC Brasil – Quais são eles?

Ciro Gomes – O primeiro é o do eleitor do Aécio, que nunca aceitou o resultado da eleição. Desde o primeiro dia, esse grupo tem sido excitado a negar (o governo), com o agravante, correto, de que o governo Dilma se constitui em cima de uma grande farsa de marketing. A prática do governo é completamente mentirosa em relação ao marketing da coisa.

Um segundo movimento vai dentro dos eleitores dela. É o eleitor decepcionado com a crise. Nós temos uma depressão no Brasil, a pior (que já vi). Isso é uma coisa violenta na cabeça do nosso povo. Eu, concretamente, estou muito nessa razão aqui.

Por fim, tem o (grupo) da denúncia moral, que agravada pela crise econômica, acaba passionalizando o ambiente. Esse conjunto de valores se reúne apenas para negar (o governo).

BBC Brasil – O que acontece com esses grupos se houver impeachment?

Ciro Gomes – No dia que esse impeachment for – espero que não aconteça – consumado, esse conjunto se dissolve. Porque quem assume é uma coalização de bandidos. Por desgraçada coincidência, a única pessoa que não está citada em nenhum desses gravíssimos escândalos é a Dilma. O vice-presidente está citado. O escândalo será inerente a essa turma que está entrando. E o eleitor da oposição vai se frustrar rapidamente. Então, você vai ter a mesma grave situação no Brasil só que com importantes bandas do país não reconhecendo a institucionalidade do governo e provavelmente descabando para a violência.

BBC Brasil – Você já chamou Michel Temer de capitão do golpe. Como vê ele hoje no processo de impeachment?

Ciro Gomes – Ele é o capitão do golpe. É amigo íntimo do Eduardo Cunha. (Um governo Temer) será a consumação do desastre. A elite que está embalando a Fiesp acredita em (algo) que ele não tem a menor chance de entregar. Todo esse papo furado, redução de impostos, de custos trabalhistas, é tudo mentira. Zero chance de sequer propor. Ela vai ser contestado por MST, CUT, UNE. Tudo o que é sociedade civil organizada que teve participação na vida brasileira vai à luta. Eu mesmo vou lutar contra o governo ilegítimo. Quando saiu o PMDB (do governo), as pessoas perceberam que o poder vai para Temer e Cunha. Começa a circular a informação. E não há consenso. Ajudei a fazer o impeachment de Collor e havia consenso.

BBC Brasil – Na sua opinião, o impeachment será aprovado na Câmara?

Ciro Gomes – Na Câmara não passa.

Para ex-ministro, governo Dilma não cumpriu o prometido na campanha e é um “desastre completo”

BBC Brasil – Quando você fala em “farsa de marketing”, se refere às promessas das eleições?

Ciro Gomes – Foi tudo o oposto (do prometido). É um desastre completo. Mas volto a dizer: o presidencialismo permite que a presidenta mude de caminho. Ela pode mudar a gestão da economia.

BBC Brasil – Hoje, sem apoio no Congresso, ela consegue fazer isso?

Ciro Gomes – Só pode. O presidencialismo tem esse lado positivo. Está na mão dela a plenitude dos poderes da Presidência. O que lhe impede de administrar uma política econômica diferente?

BBC Brasil – Por meio de decretos?

Ciro Gomes – Boa parte. Deixei por escrito com ela um conjunto de sugestões que não dependem da interação com o Congresso. São da esfera do poder executivo.

BBC Brasil – Como vê a paralisia da Dilma neste momento?

Ciro Gomes – Não consigo entender. Quando sai da catatonia, não ela, mas o governo, sai para fazer bobagem. Cooptar deputado na base do suborno. Isso vai nos igualando no plano moral com essa escória. Já é um erro ancestral do governo. Não aceitei ser ministro do segundo governo do Lula, não aceitei ser ministro dela. E não é porque sou moralista. É porque não ia dar certo. Lembro que, brincando com ela no primeiro mandato, já amargo, dizia: “Oh, presidente, isso não pode dar certo. Mas, se der, quero trocar o meu anjo da guarda com o seu”. Era óbvio que não ia dar certo porque a responsabilidade ancestral é do seu Lula brincando de Deus e colocando essa quadrilha na linha de sucessão do país.

BBC Brasil – Como vê o parecer do Jovair Arantes?

Ciro Gomes – Ele foi redigido por um advogado do Eduardo Cunha. Os argumentos são razoáveis. Se você quiser sustentar uma crítica ao governo, você consegue. Agora a questão é: me diga onde está demonstrado o crime de responsabilidade? Essa é a questão. O governo fez pedalada fiscal? Não tenho a menor dúvida que fez. Isso é uma manipulação contábil, não é caracterizada como crime, nem sequer responsabilidade fiscal. É uma maquiagem contábil. Fernando Henrique fez oito anos (disso), Lula fez oito anos. O Michel Temer fez.

BBC Brasil – E a possibilidade de novas eleições?

Ciro Gomes – Isso é um contragolpe de república de banana, imposto pela militância do marinismo, que não está dando corda de que ela vai ser eleita presidente da República se a eleição for antecipada. É uma coisa que não existe. Isso só poderia acontecer por emenda à Constituição. E qualquer um do povo, qualquer prefeito, pela Constituição, pode arguir a inconstitucionalidade disso junto ao STF. Provavelmente não haverá outra alternativa senão declarar inconstitucional esta emenda.

BBC Brasil – Mas isso já está sendo discutido como uma possibilidade viável pelo TSE.

Ciro Gomes – Isso é bobagem. A única chance de acontecer uma eleição é para a Presidência da República é se o Tribunal Superior Eleitoral cassar a chapa, declarar nulos os votos e ainda tudo acontecer neste ano. Sendo que, à decisão do TSE, cabe recurso ao Supremo Tribunal Federal. Qualquer ministro que queira tomar vista desse procedimento pode fazê-lo sem prazo para devolver ao colegiado. O que quer dizer que, se isso for consumado até o fim deste ano, as eleições acontecem de forma indireta pelo Congresso. Ou seja, teremos, sem intermediários, Eduardo Cunha presidente da República. Por isso, é importante a gente pressionar o governo para mudar de rumo. Persistir na regra, porque amanhã um desses da oposição vai para o governo. O Brasil repete filmes velhos porque a democracia não está madura. Olhe nos arquivos, o Fernando Henrique Cardoso se elegeu mentindo para a população (em 1998). Ele toma posse do segundo mandato e desvaloriza o câmbio, a inflação vai a 12%. E aí, merda geral, Lula faz o pedido de impeachment. Quem recebeu o pedido foi o Michel Temer! E eu aqui fora dizia: “isso é besteira”.

BBC Brasil – O pedido de impeachment naquela época poderia ser considerado um golpe?

Ciro Gomes – Claro que era golpe! E eu ainda disse para o Lula pessoalmente: “Não faça isso, rapaz. Deixe de ser irresponsável. Amanhã um de nós vamos para Presidência da República, e esse pessoal vai inventar qualquer coisa. Vão derrubar a gente com mais facilidade”.

BBC Brasil – Como ele respondeu ao seu apelo?

Ciro Gomes – O Lula é um oportunista, sem nível. Naquela data, ainda tinha a desculpa de que não tinha vivência nenhuma. Mas eu já estava lá denunciando que interromper o governo que a gente não gosta…e eu tinha sido candidato duro contra o Fernando Henrique.

BBC Brasil – Como a relação do PDT com o governo hoje, após saída do PMDB e mercadão de apoio e as negociações em busca de apoios?

Ciro Gomes – Nós não queremos participar de mais nada, está muito claro para nós. Estamos no governo. Já lá trás, antes dessa crise, o (Carlos) Lupi foi comunicar a presidente de que nós provavelmente já teríamos candidato próprio em 2018. E que, portanto, sentíamos a necessidade de sair do governo. Ela fez um apelo grande para gente ficar. Ainda ontem (quarta-feira), conversei com o Lupi e considero que temos que lutar pela questão da democracia.

Eu estou pelo valor superior da democracia, porque conheço a Dilma. Ela é uma senhora honrada, mas tem uma contradição original de ter herdado um governo mestiço feito pela frouxidão moral do Lula. Agora, nós do PDT, não participaremos dessa discussão, vamos votar disciplinadamente contra o impeachment, como posição do partido para preservar a democracia. Carregamos a memória do trabalhismo brasileiro, da tragédia do Getúlio Vargas, do João Goulart. Isto posto, estou defendendo que a gente saia do governo. O ideal para nós é: ganhar a batalha pela democracia, preservar o mandato e comunicar à presidente que queremos sair. É uma ideia do Lupi com meu entusiástico apoio. E agora vamos validá-lo com os companheiros.

BBC Brasil – Além do impeachment, há outros processos que ameaçam a estabilidade do governo…

Ciro Gomes – Não vamos para a oposição. Apenas não gostamos desse governo e chega. Já pagamos o nosso preço. Tudo que puder ajudar vou continuar ajudando, mas não quero ter responsabilidade de defender o indefensável. Qual é a explicação para a taxa de juros a 14% no Brasil hoje?

BBC Brasil – O que achou do convite de Dilma a Lula no ministério da Casa Civil?

Ciro Gomes – É o maior erro político da minha já longa vida pública. O Lula tem direito a presunção de inocência e eu o considero inocente até que alguém prove o contrário. Mas ele tem explicações a dar. Que história é essa do tríplex? Eu, como professor de Direito, não vejo crime, vejo imoralidade. Mas tem que explicar. E aí quem está tomando a frente dessa investigação é um juiz visto como “severo”. Ainda que não seja, todo mundo vai dizer que (a nomeação) é para fugir de um juiz “severo” e se omezinhar na república, com a presunção de que isso garantiria a ele a impunidade. De passagem, acabou-se a autoridade da presidente da República. Chamar o ex para fazer o quê? O que ele vai fazer lá que ela não seria capaz de fazer? É uma confissão. E a sociedade não aceita a desconstituição da liderança que lhe deu.

Ciro Gomes diz que Dilma é “uma senhora honrada” que herdou um governo problemático de Lula

BBC Brasil – Você chegou a conversar com ela sobre isso?

Ciro Gomes – Claro! Quando ela me chama, falo com toda franqueza. Disse “por favor, me interrompa se lhe incomodar, mas foi a pior ideia que já vi na minha vida”. Ela fala qualquer coisa. Solidariedade não é possível no espaço público. Por exemplo, vamos montar uma força-tarefa para sequestrar o Lula se achar que ele vai ser preso arbitrariamente. Vamos sequestrá-lo e entregar para uma embaixada estrangeira. Qualquer coisa é possível, não pode é fazer o que foi feito.

BBC Brasil – Seu nome estaria sendo cotado por Lula, caso assumisse a Casa Civil, para o governo. Aceitaria o convite?

Ciro Gomes – Em nenhuma hipótese. Não só agora, já tinha dito com muito respeito à presidente: em nenhuma hipótese participo desse governo.

BBC Brasil – Qual a sua relação com Lula? Em março, você apareceu em um vídeo dizendo que ele era um merda.

Ciro Gomes – Na verdade, falei porque a menina disse que ele era um merda. Aí eu disse: é um merda, mas tem direito a se defender. Tiraram um pedacinho.. Tenho hoje muita decepção com o Lula.

BBC Brasil – Vocês têm contato?

Ciro Gomes – Não. Me afastei há algum tempo. Já falei muitas vezes, o Lula virou Deus e se autorizou a fazer o que quisesse. Como se fosse realmente o Deus, ao qual todos os súditos só teriam que agradecer pelo privilégio de ele pisar na cabeça das pessoas. E começou a fazer bobagem.. Se um presidente da República quisesse ser corrupto, não é um tríplex cafona numa praia cafona, que seria objeto da corrupção. Uma informação privilegiada que Fernando Henrique deu os bancos em 1999 custou US$ 16 bilhões ao país.

Ex-ministro Lula, Ciro diz que se afastou do petista por falta de afinidade: “ele acha que é Deus”

BBC Brasil – Esses equívocos do Lula vêm desde o primeiro mandato?

Ciro Gomes – No primeiro mandato ele resistiu. Zé Dirceu enchia o saco para fazer o acordo com o PDMB orgânico e eu nunca aceitei. Lula bancava, porque não queria. No segundo mandato já resolveu (aceitar) e eu não aceitei mais. Não tenho mais afinidade…acho que ele é grande responsável sobre essa tragédia que está se abatendo sobre o país.

BBC Brasil – Você foi alvo de um post do Facebook do Movimento Endireita Brasil, que ofereceu R$ 1 mil para que te hostilizassem em um restaurante de São Paulo. Como vê a polarização política no país?

Ciro Gomes – A polarização política é uma coisa boa para o país. Não é isso que está acontecendo. O que está acontecendo é que o fascismo saiu do armário. Ele estava na moita por conta da memória da ditadura. É irrelevante, mas saiu do armário. A parte que faz esse tipo de coisa é minúscula. Evidente que o conservadorismo é mais amplo, mas violência física é uma minoria. Eles se autodenominam manifestantes e acham que podem ir na porta de um ministro do STF 1h30 da manhã gritar impropérios. Não pode, isto é crime. Eu, presidente da República, tinha pedido para a Polícia Federal abrir um inquérito e estava todo mundo presinho da silva. Esses grupeiros expõem meu número pessoal. Mas é tudo frouxo. São todos fascistinhas, com problemas sérios de carinho em casa.

BBC Brasil – Você ainda está pensando em ser candidato em 2018?

Ciro Gomes – Quando começou essa crise, estava num momento pessoal em que pensava se não era a hora de me dar uma vida privada. Pela primeira vez, aceito um emprego na iniciativa privada. Pela primeira vez, alguém paga um salário que acho que mereço e nunca recebi. E aí, enfim, estou bem, tranquilo, feliz. Tenho 58 anos. Fiquei pensando nisso e tomei a decisão, de vir para São Paulo, aceitar um emprego aqui. Às vezes vou para o trabalho a pé, não tenho carro. Ninguém tem nada a ver com a minha vida. E aí vem a confusão e o Lupi me procura. Acho que não posso me omitir. A questão básica é a seguinte: é uma honra muito grande servir ao país e se eu for (candidato), vou para fazer história.

R7, com BBC Brasil

Opinião dos leitores

  1. Oportunista bst!!!!!!….Não faz tempo tomava café com a Dilma,o irmão outro sem noção fez parte do governo como Ministro da Educação…. Agora vem com essa!!!!

  2. Já ouvi essa história de fazer história.
    o que ele acha do irmão?
    Será q o irmão dele, num futuro governo Ciro Gomes, terá um cargo? será q continuará viajando com a família para o governo pagar as contas?

  3. Esse aí peita coxinha com gosto e os vira latas fogem todos!

    1. Ele só teve aquele "peito" pq estava cercado de seguranças (peões como diria Luiz Inácio)…diferente da Dr Zenaide q encarou a manifestação só com a cara e a coragem….

  4. Ciro Gomes é um doido que muitas vezes diz a verdade. O que disse sobre a catatonia do governo, o marketing mentiroso de Dilma e a frouxidão moral de Lula é plena verdade.

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Brasil

Número 2 da Previdência de Lula é preso em operação contra fraudes no INSS

Foto: Reprodução

O secretário executivo da Previdência do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Adroaldo Portal, foi preso nesta quinta-feira (18), alvo da nova fase da operação Sem Desconto, deflagrada pela PF (Polícia Federal), e que apura irregularidades no pagamento de descontos associativos a aposentados e pensionistas do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social).

Segundo apurou a CNN, Adroaldo Portal foi afastado do cargo e deve cumprir prisão domiciliar.

Ao todo, estão sendo cumpridos 52 mandados de busca e apreensão, 16 mandados de prisão preventiva e outras medidas cautelares, expedidos pelo STF (Supremo Tribunal Federal).

As ações ocorrem nos estados de São Paulo, Paraíba, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Minas Gerais e Maranhão, além do Distrito Federal.

A operação desta quinta tem como objetivo “esclarecer a prática dos crimes de inserção de dados falsos em sistemas oficiais, constituição de organização criminosa, estelionato previdenciário e atos de ocultação e dilapidação patrimonial”.

CNN

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Mundo

Maduro desafia Trump e promete seguir exportando petróleo, apesar de bloqueio

Foto: Jornal Nacional/ Reprodução

O ditador venezuelano Nicolás Maduro voltou a bater de frente com os Estados Unidos e afirmou que continuará exportando petróleo, mesmo após as novas ameaças do presidente americano Donald Trump. O clima ficou ainda mais tenso após imagens de satélite revelarem grande movimentação de navios na costa da Venezuela, enquanto a Marinha do país reforça a escolta de petroleiros para garantir a saída das cargas.

A ofensiva americana se intensificou: militares dos EUA apreenderam um petroleiro na semana passada e Trump avisou publicamente que não permitirá que embarcações furarem o bloqueio. A Venezuela, há anos isolada do mercado formal, passou a operar quase totalmente no paralelo — cerca de 80% da produção é vendida por rotas sancionadas. Washington acusa o governo Maduro de usar o petróleo para financiar o narcotráfico.

Trump também acusou a Venezuela de explorar campos de petróleo “roubados” dos Estados Unidos e classificou o governo de Maduro como organização terrorista — medida inédita, nem mesmo aplicada a países como Irã ou Coreia do Norte. O governo venezuelano rebateu, dizendo que Trump está “delirando”.

A escalada internacional acendeu alerta global. ONU, Rússia, China e México pediram cautela e criticaram o clima de confrontação, apontando risco de desestabilização regional. Mesmo assim, Maduro mantém o discurso de que não recuará nas exportações, elevando ainda mais a tensão com Washington e deixando o cenário geopolítico imprevisível.

Com informações do G1

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Geral

PF cumpre mandados no RN em nova fase de operação que mira fraudes no INSS

Foto: Reprodução/CNN

A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira (18) mais uma etapa da Operação Sem Desconto, que investiga um esquema nacional de descontos indevidos em benefícios de aposentados e pensionistas do INSS. O Rio Grande do Norte está entre os estados onde a PF cumpre mandados judiciais.

Ao todo, são 52 mandados de busca e apreensão, 16 de prisão preventiva e outras medidas cautelares autorizadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF). As diligências acontecem também em São Paulo, Paraíba, Pernambuco, Minas Gerais, Maranhão e no Distrito Federal.

Segundo a PF, a fase desta quinta-feira busca aprofundar as investigações sobre crimes como inserção de dados falsos em sistemas oficiais, estelionato previdenciário, organização criminosa e ações de ocultação e dilapidação patrimonial.

O RN volta a aparecer no foco da operação devido ao grande volume de denúncias envolvendo descontos associativos não autorizados, que têm afetado milhares de beneficiários no estado. A PF segue em campo para identificar responsáveis e ampliar o esclarecimento das fraudes.

Com informações da CNN

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Geral

PF mira senador aliado de Lula em investigação sobre “farra do INSS”

Foto: Vinícius Schmidt/Metrópoles

A nova fase da Operação Sem Desconto, deflagrada pela Polícia Federal na manhã desta quinta-feira (18), atingiu em cheio o senador Weverton Rocha (PDT-MA), vice-líder do governo Lula no Senado. O parlamentar é alvo de mandado de busca e apreensão em investigação que apura descontos indevidos em benefícios do INSS, prática revelada por reportagens do portal Metrópoles.

A informação é do colunista Igor Gadelha, do Metrópoles. Ao todo, a PF cumpre 52 mandados de busca e apreensão, além de 16 ordens de prisão preventiva e outras medidas cautelares, autorizadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF). As ações ocorrem em São Paulo, Paraíba, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Minas Gerais, Maranhão e Distrito Federal.

O caso envolve o lobista Antonio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”, apontado como figura central no esquema. O senador teria relações próximas com o lobista, incluindo o uso compartilhado de um jatinho, segundo revelado na coluna de Tácio Lorran, do Metrópoles.

Weverton ocupa posição estratégica no Senado e é relator de pautas fundamentais para o Palácio do Planalto, incluindo a indicação do atual ministro da AGU, Jorge Messias, ao STF. O senador ainda não se pronunciou sobre a operação.

Com informações do Metrópoles

Opinião dos leitores

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Geral

Federação dos Correios reage a determinação do TST e critica falta de reajuste salarial

Foto: Divulgação/Correios

O diretor jurídico da Findect, Marcos Sant’aguida, criticou nesta quarta-feira (17) a determinação do vice-presidente do TST, ministro Guilherme Augusto Caputo Bastos, que obriga as federações que representam os trabalhadores dos Correios a realizarem assembleias para votar a proposta de acordo mediada pelo tribunal. O dirigente afirmou que o ministro “omite o direito do trabalhador ter seu salário atualizado” ao deixar de tratar do reajuste salarial na proposta apresentada.

A decisão estabelece que Findect e Fentect divulguem em até 24 horas a íntegra das condições negociadas em audiência de conciliação. Entre os pontos apresentados estão: renovação de 79 cláusulas do acordo coletivo, recomposição salarial de 5,13% a partir de janeiro de 2026 — com pagamento a partir de abril do mesmo ano — e vigência de dois anos para o novo acordo coletivo. Caso o texto seja aprovado em assembleia, está prevista assinatura oficial no próximo dia 26 de dezembro.

O posicionamento ocorre em meio ao avanço das mobilizações nacionais de trabalhadores da estatal. Na terça-feira (16), categorias de ao menos sete estados aprovaram greve geral por tempo indeterminado após impasse nas negociações coletivas. Bases em Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Ceará, Paraíba e São Paulo aderiram ao movimento, além de regiões como Vale do Paraíba, Campinas, Santos e Londrina.

O cenário se soma às dificuldades financeiras enfrentadas pelos Correios, que registraram prejuízo de R$ 6,1 bilhões entre janeiro e setembro deste ano. Com a estatal em processo de reestruturação, o ministro Fernando Haddad afirmou que o governo avalia um empréstimo de até R$ 12 bilhões com consórcio bancário, embora tenha descartado aporte direto imediato do Tesouro.

O presidente Lula editou, neste mês, decreto que permite a estatais em dificuldade apresentarem plano de reequilíbrio econômico-financeiro com eventual apoio da União — medida que deverá ser utilizada pelos Correios enquanto seguem as negociações trabalhistas e o planejamento de recuperação.

Com informações do Poder360

Opinião dos leitores

  1. Uma empresa que tá batendo na porta da falência, não pode nem deve conceder ajuste salarial, isso deve ser feito após a empresa ser recuperada, concedendo reajuste agora, só faz acelerar o processo de fechamento da massa falida.

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Política

Esquerda reage ao PL da Dosimetria, aciona STF e cobra veto de Lula

Foto: Brenno Carvalho / Agência O Globo

O Senado aprovou, na noite desta quarta-feira (17), o polêmico PL da Dosimetria — projeto que muda o cálculo de penas em casos de múltiplos crimes e reduz, na prática, condenações relacionadas aos atos golpistas de 8 de janeiro. O texto agora segue para análise do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), responsável pela sanção ou veto.

A reação da base governista foi imediata. Líderes do PT, PSB, PCdoB e PSOL ingressaram no Supremo Tribunal Federal (STF) com um mandado de segurança pedindo a suspensão da aprovação. No documento, enviado ao ministro Alexandre de Moraes, os partidos alegam “vícios formais graves” na tramitação — incluindo violação ao processo legislativo e burla ao princípio do bicameralismo.

Nas redes, a ministra Gleisi Hoffmann (PT), presidente nacional do partido, afirmou que Lula irá vetar o texto assim que ele chegar ao Planalto. “Condenados por atentar contra a democracia têm de pagar por seus crimes”, declarou.

O projeto é apontado como benéfico a condenados pelos ataques golpistas, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que cumpre pena de 27 anos e 3 meses em regime fechado. A proposta proíbe que penas sejam somadas quando os crimes forem cometidos no mesmo contexto, aplicando apenas a punição mais alta — o que reduziria significativamente condenações relacionadas ao 8 de Janeiro.

O texto ainda prevê menor tempo de prisão para progressão de regime em crimes contra o Estado Democrático de Direito e inclui redução de pena quando o delito ocorrer em meio a multidão. A oposição comemorou a aprovação, enquanto governistas tratam o projeto como uma tentativa de isentar responsáveis pela tentativa de golpe. O desfecho agora depende do STF — e da decisão final de Lula.

Com informações da CNN

Opinião dos leitores

  1. A turma de 1964 não pagou pelos graves crimes cometidos e, pasmem, foram todos anistiados e ainda hoje são agraciados com uma belíssima remuneração mensal.

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Geral

VÍDEO: Funcionários de empresa de internet são torturados e mortos pelo Comando Vermelho

 

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Um post compartilhado por Metrópoles (@metropoles)

Vídeo: Reprodução/Instagram

Três funcionários da empresa de internet Planet foram mortos em Salvador (BA) após serem torturados por integrantes do Comando Vermelho, na noite dessa terça-feira (16). Eles estavam na capital baiana para realizar um serviço quando foram surpreendidos pelos criminosos.

Segundo informações divulgadas pelo portal Bnews, o chefe dos trabalhadores teria recebido vídeos do momento da tortura e recusado o pagamento de R$ 8 mil exigidos pelos criminosos para liberar o trio. Um áudio obtido pelo veículo relata que o gestor assistiu à chamada de vídeo e afirmou que não cederia à facção. Após a recusa, os funcionários foram executados a tiros.

As vítimas foram identificadas como Ricardo Antônio da Silva Souza, de 44 anos, Jackson Santos Macedo, de 41, e Patrick Vinícius dos Santos Horta, de 28. O caso é investigado pela Polícia Civil da Bahia.

Nesta quarta (17), funcionários de empresas de internet realizaram um protesto em frente à Secretaria da Segurança Pública, em Salvador, cobrando reforço na proteção aos trabalhadores do setor. A Planet também divulgou nota lamentando as mortes e prestando solidariedade às famílias.

Com informações do Metrópoles

Opinião dos leitores

  1. Não vai dá nada pra essa facção Xandão vai passar mão pôr cima porque são os meninos de lula fosse Bolsonaro sta eram terrorista tome 14 anos de prisão mas nós moramos no Brasil

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Geral

VÍDEO: Prefeitura vai entregar complexo de skate na Praia do Meio

Vídeo: Reprodução/Instagram

A Prefeitura do Natal se prepara para abrir ao público o novo Skate Park da Praia do Meio, que será entregue nos próximos dias à população. A estrutura, que inclui arquibancada e área externa concluídas, está pronta para receber praticantes de skate, patins e BMX em um ambiente pensado para competições e lazer.

Com padrão olímpico e mais de 2 mil m² de área, o espaço passa a integrar o grupo dos maiores skate parks do Nordeste. O equipamento reforça o investimento municipal no esporte urbano e na ampliação de espaços públicos voltados ao convívio social.

Além de fomentar o esporte, o novo complexo promete movimentar a orla e se tornar ponto de encontro de atletas, moradores e turistas, ampliando opções de lazer e fortalecendo o vínculo da cidade com a prática esportiva ao ar livre.

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Geral

Senado aprova PL da Dosimetria: veja como votou cada senador do RN

Foto: Reprodução

O plenário do Senado Federal aprovou, nesta quinta-feira (17), o projeto de lei da Dosimetria, que reduz as penas e o tempo de prisão de condenados pela tentativa de golpe de Estado, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023.

A bancada potiguar se dividiu. Apenas a senadora Zenaide Maia (PSD) votou contra o texto. Já os senadores Rogério Marinho (PL) e Styvenson Valentim (PSDB) votaram a favor da proposta.

Com a aprovação, o projeto segue agora para análise na Câmara dos Deputados.

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Geral

VÍDEO: Casal de mulheres é expulso de bar, vira denúncia e polícia investiga o caso

 

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Vídeo: Reprodução/portalg1

Um casal de mulheres afirma ter sido expulso de um bar em Missão Velha, no Cariri cearense, após trocar um beijo dentro do estabelecimento. O caso aconteceu na última quarta-feira (10) e foi registrado em Boletim de Ocorrência. Em vídeo que circula nas redes sociais, o proprietário aparece exigindo que elas paguem a conta e deixem o local: “Aqui no meu estabelecimento eu não aceito”, diz o homem, ao ser questionado sobre o motivo.

Segundo uma das vítimas, que preferiu não ter o nome divulgado, o episódio começou após uma simples “troca de afeto”. Ela afirma que o ambiente estava praticamente vazio e que apenas o dono, dois funcionários e um casal heterossexual estavam no bar. A mulher relatou ainda que o companheiro ficou emocionalmente abalada, sofrendo pesadelos e choque após a abordagem. “Eu vou lutar pelo nosso direito, porque quando eu luto por mim, luto por todos”, declarou.

A Polícia Civil confirmou que investiga o caso como possível conduta homofóbica. Nas redes, o vídeo do momento ganhou repercussão e reacendeu o debate sobre violência e discriminação contra pessoas LGBTQIA+ em espaços públicos.

O estabelecimento nega ter cometido homofobia e afirma que o casal foi abordado devido a “comportamentos inadequados que infringiram normas de convivência”. A direção diz possuir vídeos e testemunhos que comprovariam excesso por parte das clientes e promete apresentar o material à Justiça. O proprietário também declarou que tomará medidas judiciais para defender a imagem do bar.

Com informações do G1

Opinião dos leitores

  1. Essa turma querem fazer sexo explícito em via pública e se alguém reclamar é taxado de homofóbico, se acham no direito de poderem fazer tudo sem serem chamados à atenção!

  2. Parabéns ao dono do bar. Essa pouca vergonha precisa acabar no mundo. Façam tudo, mas entre duas paredes.

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