Polícia

Homem mata esposa e se suicida em Ceará Mirim

Um crime brutal chocou a cidade de Ceará Mirim na manhã desta quinta-feira. Um homem de 26 anos, identificado como Francisco das Chagas de Araújo, matou sua esposa a pauladas e em seguida cometeu suicídio. A mulher se chamava Maria do Livramento da Silva e tinha 21 anos.

De acordo com testemunhas, o casal estava junto há oito anos, mas recentemente a esposa decidiu terminar a relação. O principal motivo para o crime pode ter sido esse: Francisco não aceitar o fim do casamento.

Quando a polícia chegou ao local do crime, a residência do casal que fica no distrito de Rio dos Índios, encontrou os dois corpos. O da esposa fora da casa com sinais de violência a pauladas e o do marido pendurado em uma árvore e uma corda amarrada no pescoço.

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Geral

Lei Magnitsky: Empresa dona de imóveis da família de Alexandre de Moraes entra na mira dos EUA

Foto: Fotos de Saul Loeb/AFP e Brenno Carvalho/O Globo

Uma empresa da mulher e dos filhos do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, o Lex Instituto de Estudos Jurídicos, está no centro das discussões no governo Donald Trump sobre estender ou não aos familiares as sanções da Lei Magnitsky adotadas contra ele no fim de julho.

O instituto é dono de 11 imóveis cujos valores declarados somam R$ 12,4 milhões, incluindo a residência de Moraes em São Paulo, a sede do escritório de sua mulher, a advogada Viviane Barci de Moraes, e apartamentos em Campos do Jordão (SP).

A ampliação das sanções é uma reivindicação do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e do ex-apresentador da Jovem Pan Paulo Figueiredo, que estão em campanha nos Estados Unidos contra o Supremo e o julgamento de Jair Bolsonaro, e nos últimos dias tiveram conversas com secretários e diplomatas da gestão Trump na Casa Branca e no Departamento de Estado.

Como publicado no blog da jornalista Malu Gaspar, no jornal O Globo, aliados de Bolsonaro familiarizados com as discussões sobre a Magnitsky têm tratado o avanço das sanções sobre a mulher de Moraes, Viviane, como algo iminente.

De acordo com fontes que acompanham as negociações, o Lex tem sido tratado nos bastidores pelos bolsonaristas como o grande trunfo para destravar as sanções ainda antes do final do julgamento do chamado “núcleo crucial” da trama golpista, previsto para terminar no próximo dia 12. O argumento deles é que as sanções já aplicadas contra Moraes não terão efeito caso não incluam os familiares e o Lex.

Segundo a listagem, à qual a equipe da coluna teve acesso, além do apartamento no bairro nobre do Jardim Europa, em São Paulo, e da sede do escritório Barci de Moraes, que tem Viviane à frente como sócia-administradora, o Lex é dono de dois apartamentos em Campos do Jordão e várias outras propriedades no estado.

Até o ano passado, o instituto também era dono de um apartamento de 387 m² em um condomínio de alto padrão no Guarujá (SP), o Tortugas, com vaga para barcos, mas o imóvel foi vendido por R$ 1,26 milhão segundo o registro do cartório e a vaga, por R$ 140 mil.

Os americanos também tentam levantar possíveis propriedades em nome do ministro, da mulher, dos filhos e do instituto Lex em outros estados do Brasil.

A equipe do blog da jornalista Malu Gaspar, no jornal O Globo, conferiu as certidões dos imóveis e constatou que 11 deles foram transferidos para o Lex ao longo de 2014. Outros dois foram adquiridos pelo próprio instituto no mesmo ano e em 2025 diretamente de uma construtora. São apartamentos de cobertura contíguos em um condomínio de um bairro nobre de Campos do Jordão, que segundo o registro oficial foram comprados por R$ 4 milhões cada um.

O Lex não tem registro público do exercício de cursos ou outras atividades jurídicas. Já a Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE) do instituto é de “treinamento em desenvolvimento profissional e gerencial”.

Há apenas uma página do Lex no Instagram. Criada em setembro de 2017, quando Moraes já estava no Supremo, ela não é atualizada desde dezembro do mesmo ano. No curto período de atividade, foram publicados apenas memes e um único conteúdo relacionado à doutrina do Direito.

“Advogado especialista em Direito Processual Civil pelo IPD [sic], vem falando sobre a dinamização do Ônus da prova!!! É excelência Jurídica! É Instituto Lex!!!”, diz a legenda do vídeo que vem a ser o último post feito pelo perfil.

A descrição do Lex no Instagram destaca como objetivos o preparatório para concursos públicos e para o exame da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) através de aulas presenciais e remotas.

O instituto foi fundado em 2000 pelo próprio ministro, mas desde 2013 pertence apenas a Viviane e aos filhos Alexandre, Giuliana e Gabriela. A sede do Lex fica no mesmo endereço do escritório Barci de Moraes, controlado por Viviane. Lá também funcionou o escritório de Moraes, que deixou a advocacia privada após ser nomeado secretário de Segurança Pública de São Paulo em 2015. Fotos disponíveis na internet demonstram que nem o visual da sala comercial foi alterado.

Há ainda várias outras residências e lotes no estado de São Paulo transferidas do casal Moraes para o instituto em questão desde 2014, além de carros registrados no CNPJ do Lex. Entre as propriedades estão quatro terrenos em São Roque (SP) comprados por Moraes nos anos 2000 que entraram no regime de comunhão parcial de bens do casal e acabaram no nome do Lex.

As transferências de patrimônio para o instituto se concentraram em 2014 – quando Moraes, que se filiaria ao PSDB no ano seguinte, cogitava disputar um cargo eletivo em São Paulo.

Ele já tinha então sido secretário de Justiça do então governador Geraldo Alckmin – cargo que ocupou de 2002 a 2005, quando assumiu um mandato de dois anos no Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

Em 2007, tornou-se uma espécie de supersecretário de Transportes do então prefeito Gilberto Kassab (DEM). Deixou o cargo em 2010 e se dedicou à advocacia privada até 2015, quando foi novamente chamado para ser secretário de Alckmin, eleito novamente governador. Passou a chefiar a Segurança Pública de São Paulo.

Foi neste período que sua mulher, Viviane, assumiu o CNPJ do escritório do marido e o rebatizou de “Barci de Moraes” no mesmo imóvel controlado pelo Lex.

Pouco mais de um ano depois, durante o impeachment da então presidente Dilma Rousseff (PT), Moraes foi convidado por Michel Temer (MDB) para assumir o Ministério da Justiça de seu governo. A nomeação para o Supremo viria menos de 12 meses depois, por indicação de Temer, após a morte do ministro do STF Teori Zavascki em um acidente aéreo.

Procurado por meio da assessoria de imprensa do STF, o ministro Alexandre de Moraes mandou informar que não se manifestaria sobre as propriedades repassadas ao Instituto Lex e nem sobre o mapeamento realizado pelo governo americano.

Malu Gaspar – O Globo

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Geral

TARIFAÇO: RN é o 5º estado com mais perdas nas exportação aos EUA

Foto: Adriano Abreu

Os estados do Nordeste foram os que mais tiveram perdas nas exportações para os EUA em agosto, primeiro mês em vigor do tarifaço do presidente Donald Trump. Entre eles, o Rio Grande do Norte, o 5º mais prejudicado. Em julho, o RN exportou US$ 5,8 milhões, em agosto o valor caiu para US$ 1,6 milhão, uma queda de 72,26%.

Dados da balança comercial divulgados na quinta-feira pelo MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços) mostram que 21 dos 27 estados (somado aí o Distrito Federal) brasileiros exportaram menos para os EUA em agosto ante julho, em termos percentuais.

Dos seis estados com maiores perdas proporcionais de vendas, cinco são do Nordeste e um é do Norte, o qual inclusive lidera as baixas: trata-se do Acre, o único do país que não exportou para o país norte-americano no mês passado. Em julho, havia vendido para os EUA apenas madeira, carvão vegetal e obras de madeira, produtos do mesmo setor.

Alagoas aparece logo em seguida ao Acre na lista de maiores perdas de exportação em agosto, e a explicação é que o açúcar é disparado o principal item vendido pelo estado aos EUA —o produto ficou fora da lista de isenções dos EUA. A exportação de açúcar brasileiro caiu 88,4% no último mês.

Maiores perdas em termos percentuais entre os estados:

1. Acre

  • Julho – US$ 74.996
  • Agosto – US$ 0 (-100%)

2. Alagoas

  • Julho – US$ 7.111.500
  • Agosto – US$ 42.373 (-99,40%)

3. Pernambuco

  • Julho – US$ 17.712.010
  • Agosto – US$ 3.402.441 (-80,79%)

4. Piauí

  • Julho – US$ 2.872.824
  • Agosto – US$ 679.136 (-76,36%)

5. Rio Grande do Norte

  • Julho – US$ 5.874.648
  • Agosto – US$ 1.629.909 (-72,26%)

6. Ceará

  • Julho – US$ 168.182
  • Agosto – US$ 51.745.700 (-69,23%)

7. Mato Grosso do Sul

  • Julho – US$ 42.931.653
  • Agosto – US$ 19.214.091 (-55,24%)

8. Rondônia

  • Julho – US$ 9.212.384
  • Agosto – US$ 4.123.629 (-55,24%)

9. Minas Gerais

  • Julho – US$ 437.274.951
  • Agosto – US$ 210.974.862 (-51,75%)

10. Maranhão

  • Julho – US$ 64.265.829
  • Agosto – US$ 31.517.020 (-50,96%)

Os dados nacionais apontaram que as exportações brasileiras para os EUA caíram 18,5% e ficaram em US$ 4 bilhões em agosto.

Com informações de UOL

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Mundo

Milei enfrenta pressão crescente em meio a eleições na Argentina

Foto: REUTERS/Mariana Nedelcu

Os argentinos vão às urnas neste domingo (7) para votar nas eleições legislativas na província de Buenos Aires, que abriga quase 40% dos eleitores do país. A disputa será um desafio para o governo do presidente Javier Milei, já que a região tem sido tradicionalmente um reduto da oposição peronista.

O líder argentino tem apresentado as eleições legislativas deste fim de semana como uma oportunidade para acabar com kirchnerismo, movimento da oposição liderado pela ex-presidente Cristina Kirchner.

Milei também está atento às eleições de meio de mandato que acontecerão no dia 26 de outubro, quando os argentinos voltam às urnas para preencher as cadeiras do Congresso, onde o governo conta com uma minoria atualmente.

Uma bancada maior no Congresso daria ao governo mais liberdade para bloquear as medidas da oposição que buscam derrubar as reformas de Milei. Diante das políticas de austeridade do presidente, parlamentares da oposição buscaram aumentar gastos com saúde e educação e, na quinta-feira (4), pela primeira vez, derrubaram seu veto a um projeto de lei de ampliação do orçamento para pessoas com deficiência.

Um resultado fraco nas eleições pode intensificar a incerteza sobre sua capacidade de aprovar as reformas que muitos investidores veem com simpatia.

Mas manchetes dos jornais argentinos têm sido tomadas por um escândalo de corrupção que pode levar a consequências políticas para a eleição deste domingo, e colocam pressão sobre o governo Milei.

No fim de agosto, a imprensa local publicou gravações de áudio nas quais uma autoridade de alto escalão do governo estaria discutindo suborno e sugerindo que a irmã e chefe de gabinete do presidente, Karina Milei, estaria recebendo propina. Javier Milei classificou as alegações como mentiras, e Karina Milei não comentou o caso.

A frustração da população com as rígidas medidas do presidente já puxava seus índices de aprovação para baixo, segundo cientistas políticos. Em agosto, eles caíram 39%, de acordo com uma pesquisa da Trespuntozero realizada após o surgimento das denúncias de corrupção — patamar mais baixo já registrado para Milei até o momento e uma queda em relação aos 48% de julho. Outra pesquisa recente da Management & Fit constatou que 73% das pessoas estavam preocupadas com o escândalo de suborno.

O índice de referência do mercado de ações local caiu mais de 14% no mês passado e nesta semana atingiu seu nível mais baixo desde o início de abril.

Ainda assim, não está claro o efeito real que a turbulência terá sobre a eleição. Muitos dos apoiadores de Milei ignoraram as denúncias, repetindo a afirmação do presidente de que ele é vítima de uma operação orquestrada pela oposição.

Facundo Cruz, consultor político em Buenos Aires, avalia que Milei não deve perder muito apoio em decorrência do escândalo por conta do clima político altamente dividido.

“Esta é uma eleição muito polarizada”, disse. “Há a ideia de que você precisa defender o governo apesar disso.”

CNN

Opinião dos leitores

  1. Se o presente tá dando certo e a Argentina tá saindo da crise econômica herdada da gestão anterior, porque mudar? Espero e desejo que o Argentino reflita e saiba votar com a razão.

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Geral

Zambelli escreve carta na prisão e revela pedido a Temer sobre Moraes

Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

Presa na Itália, a deputada Carla Zambelli escreveu uma carta. Nela, afirmou que teria sido perseguida pelo ministro Alexandre de Moraes por ter atuado contra a indicação do magistrado ao STF.

Ela diz que, na ocasião, reuniu-se com o então presidente Michel Temer para tentar demovê-lo da ideia.

“Aos brasileiros todos, ontem o depoimento do Sr. Tagliaferro, vítima de perseguição política e assédio psicopático dentro de seu trabalho. Com seu depoimento, provou mais uma vez que Alexandre de Moraes queria a minha cabeça desde quando falei de sua ficha e me encontrei com [o então presidente] Temer e com colegas ativistas para não indicá-lo ao STF.

Com isso, só provamos cada vez mais a minha inocência! Espero e estou confiante de que conseguirei provar que isso não passou de perseguição política e que sou inocente. E se tiver que passar por tudo o que estou passando para ajudar o Brasil a ser um país livre e democrático, podem contar sempre comigo. Deus está me dando forças! Ele é meu pastor e nada me faltará. Amo o Brasil, amo os brasileiros”.

Obtida pela coluna do Paulo Cappelli, a carta de Zambelli foi redigida na última quarta-feira (3/9). A deputada foi condenada pelo STF a 10 anos de prisão e à perda do mandato invasão ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Ela também recebeu pena de 5 anos e 3 meses em regime semiaberto por porte ilegal de arma de fogo e constrangimento ilegal pelo episódio em São Paulo.

Zambelli está presa desde 29 de julho na Itália. O governo brasileiro contratou um escritório para tentar extraditar a parlamentar.

Metrópoles – Paulo Cappelli

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VÍDEO: Menina de 6 anos é resgatada de cárcere privado sem saber falar; pais são presos

Vídeo: Reprodução

Uma menina de seis anos foi resgatada pela Polícia Civil de São Paulo após viver em condições que indicam cárcere privado em Sorocaba, no interior do estado. A criança não sabia falar, não comia alimentos sólidos, nunca havia frequentado a escola e não tinha recebido vacinas ou qualquer atendimento médico. Os pais, uma mulher de 45 anos e um homem de 54, foram presos em flagrante na quinta-feira (4).

Segundo a Polícia Civil, a criança foi localizada depois de uma denúncia anônima. O resgate contou com apoio do Conselho Tutelar e da Guarda Municipal. No imóvel onde vivia, no bairro Jardim Santa Esmeralda, ela foi encontrada em um quarto com cama, travesseiro e brinquedos, mas em condições precárias.

De acordo com o Conselho Tutelar, a menina estava “muito apática” e ficou “deslumbrada” ao sair da casa. “O cabelo tinha um nó único, como se nunca tivesse sido lavado. Ela estava sem se alimentar e ficou deslumbrada com tudo, como se nunca tivesse saído da casa”, relatou a conselheira Lígia Guerra, em entrevista à TV TEM.

Ainda segundo Lígia, a criança não sabe se comunicar e apenas emite sons. “Todos os direitos dela foram violados. Ela nunca conviveu com outras crianças”, disse. A menina foi acolhida em um abrigo institucional e encaminhada ao Conjunto Hospitalar de Sorocaba, onde segue internada para exames e cuidados médicos.

Na Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Sorocaba, os pais não souberam justificar por que mantinham a filha nessas condições. “Eles parecem não entender a real gravidade do que aconteceu. Não esboçaram nenhuma reação, nenhum sentimento, nada. Para eles, estava tudo normal”, afirmou a delegada Renata Zanin.

Durante o interrogatório, os dois limitaram-se a responder “não sei” quando questionados sobre a ausência de escola, cuidados médicos ou convívio social para a criança. Eles também afirmaram, em alguns momentos, que pretendiam levá-la para fora de casa, mas não explicaram por que não o fizeram.

Três celulares foram apreendidos no imóvel e passarão por perícia. A delegada informou que vai pedir que os pais sejam submetidos a avaliação psiquiátrica. O processo corre em segredo de Justiça. Após audiência de custódia nesta sexta-feira (5), o casal permanece preso e responderá por cárcere privado.

Jovem Pan

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Geral

Oposição e governo disputam pauta do 7 de Setembro

Foto: Felipe Rau/Estadão Conteúdo e Rovena Rosa/Agência Brasil

No mesmo horário em que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ministros do governo, integrantes das Forças Armadas e outras autoridades estarão assistindo ao desfile cívico-militar na Esplanada dos Ministérios, representantes da direita e da esquerda vão promover atos em outros pontos da capital.

Pela esquerda, as frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, o Fórum das Centrais Sindicais e o Grito dos Excluídos realizam manifestação na Praça Zumbi dos Palmares, na região central de Brasília.

Estão previstos eventos em pelo menos 23 unidades da federação em defesa da soberania nacional, da taxação dos super-ricos e da redução da jornada de trabalho sem redução salarial.

Já o ponto de encontro da direita será o estacionamento da Torre de TV, também no centro da capital. O movimento deve ocorrer em ao menos outras 16 cidades, segundo os organizadores do Reaja, Brasil.

Neste caso, as pautas são voltadas para “liberdade e justiça”, sobretudo a anistia ampla, geral e irrestrita aos envolvidos nos atos contra as sedes dos Três Poderes, em 8 de Janeiro de 2023.

Governo quer resgatar o patriotismo

O governo Lula decidiu usar o Dia da Independência deste ano como oportunidade para retomar a bandeira do patriotismo e de defesa à nação, que nos últimos anos esteve atrelada ao grupo político de Jair Bolsonaro (PL).

Para tanto, palavras como “soberania” e a presença do verde e amarelo estão presentes no tema central do desfile cívico-militar que acontece na Esplanada dos Ministérios.

Uma campanha publicitária também está nas redes sociais estimulando a vestir a camisa amarela da Seleção Brasileira durante as celebrações do 7 de Setembro.

Além de defender a soberania do Brasil — sob o mote “Brasil dos Brasileiros” —, o desfile, que terá cerca de duas horas de duração, será amparado por dois outros eixos temáticos: a COP30 e Novo PAC.

Direita fará ato em SP

O movimento da direita desta vez contará com menos adesão de governadores. Em São Paulo está prevista a participação do governador do estado, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e do mandatário de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo).

Jorginho Mello (PL), que governa Santa Catarina, decidiu participar do ato em Florianópolis. Os governadores de Goiás, Ronaldo Caiado (União), e do Paraná, Ratinho Júnior (PSD), não participam dos atos.

A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro não confirmou presença. Mas, já está certo que ela gravará um áudio para ser divulgado nos atos Brasil afora.

O 7 de Setembro deste ano ocorre em meio ao julgamento de Bolsonaro e outros sete réus na ação penal sobre o que seria um suposto plano golpista, pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal.

CNN

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Papa Leão XIV canoniza Carlo Acutis, o primeiro santo ‘millennial’

Foto: Filippo Monteforte/AFP

O papa Leão XIV canonizou neste domingo, 7, o santo Carlo Acutis, também conhecido como “influencer de Deus” por ter dedicado grande parte de sua curta vida a divulgar a fé católica na internet. Acutis é o primeiro santo “millennial”, em referência aos nascidos no fim do século 20.

Durante a celebração deste domingo, na Praça São Pedro, o papa Leão XIV também canonizou outro jovem italiano, o estudante Pier Giorgio Frassati (1901-1925), um apaixonado pelo alpinismo, conhecido por seu compromisso social e espiritual.

A canonização de Acutis, que morreu aos 15 anos de leucemia em 2006, deveria ter acontecido em 27 de abril, mas precisou ser adiada devido à morte do papa Francisco. Neste domingo, a Praça São Pedro, no Vaticano, foi tomada pelos fiéis, sobretudo os mais jovens.

Foi o papa Francisco, inclusive, quem fervorosamente desejou que o caso da santidade de Acutis fosse adiante, convencido de que a Igreja precisava de alguém para atrair jovens católicos à fé.

A cerimônia teve início com a leitura da biografia de Frassati e de Acutis seguida pela Ladainha dos Santos. Após, o papa Leão XIV fez a leitura da oficialização da canonização dos jovens recebida com palmas pelo público.

A família de Acutis esteve na Praça de São Pedro durante a solenidade. Mãe, pai e irmãos gêmeos prestigiaram o momento, uma raridade durante canonizações.

Carlo Acutis, o “influencer de Deus”

Nos últimos anos, Acutis alcançou a fama entre muitos jovens católicos, aumentando o número de seguidores da Igreja Católica. Grande parte dessa popularidade se deve a uma campanha conjunta do Vaticano para dar à próxima geração de fiéis um modelo moderno e identificável: um garoto comum que usou seus talentos tecnológicos para difundir a fé.

Nos anos desde sua morte, milhões de jovens católicos têm se reunido em Assis, na Itália, onde, através de um túmulo com paredes de vidro, podem ver o jovem Acutis vestido com jeans, tênis Nike e um moletom, com as mãos entrelaçadas em torno de um rosário. Aqueles que não podem ir pessoalmente a Assis podem assistir ao vaivém através de uma webcam apontada para o seu túmulo — um nível de acessibilidade à internet que nem mesmo os papas enterrados na Basílica de São Pedro têm.

Acutis nasceu em Londres, em 1991, cresceu em Milão e demonstrou desde cedo seu fervor religioso. Ele foi beatificado em 2020 e o Vaticano atribui dois milagres a Acutis que o qualificaram para ser canonizado: a cura de uma criança brasileira com uma rara malformação do pâncreas e a cura de uma estudante costa-riquenha gravemente ferida em um acidente.

O milagre que abriu caminho para a canonização de Carlo aconteceu na Igreja Nossa Senhora Aparecida, em Campo Grande, capital sul-mato-grossense. Aos 6 anos de idade, o menino Matheus Lins Vianna, hoje com 15 anos, foi diagnosticado com pâncreas anular, uma anomalia congênita grave no pâncreas, que poderia levar à morte por obstrução intestinal. Segundo a Igreja Católica, após intensas orações da família, o menino tocou uma relíquia de Carlo Acutis e foi curado de forma inexplicável.

Exames médicos posteriores atestaram a cura e, em 2020, o milagre foi aprovado pelo Vaticano, levando à beatificação de Carlo.

Estadão

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Geral

Lula critica políticos que ‘estimulam ataques’ ao Brasil e diz que país ‘não aceitará ordens’

Foto: Ricardo Stuckert/Presidência da República

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou neste sábado (6) tentativas de interferência estrangeira no Brasil e disse que o país não aceitará “ordens de quem quer que seja”.

Lula também chamou de “traidores da pátria” os políticos que “estimulam ataques” ao país — uma referência indireta ao deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), apontado como um dos catalisadores das sanções dos Estados Unidos contra autoridades e produtos brasileiros.

No pronunciamento, transmitido em cadeia nacional de rádio e TV, o petista fez menções veladas à ofensiva americana ao defender o PIX, a regulamentação das redes sociais e a independência do Judiciário.

Ao anunciar o tarifaço e a abertura de investigação comercial contra o Brasil, o governo dos EUA fez críticas justamente a estes fatores.

Lula também voltou a defender a soberania nacional — conceito mencionado quase uma dezena de vezes na fala —, reforçando o novo mote da comunicação do Palácio do Planalto.

“Não somos e não seremos novamente colônia de ninguém. Somos capazes de governar e de cuidar da nossa terra e da nossa gente, sem interferência de nenhum governo estrangeiro”, declarou o petista.

Os ‘traidores da pátria’

Na fala que antecede as comemorações da Independência do Brasil, Lula repetiu críticas a políticos que, segundo ele, têm atuado no exterior para prejudicar o país.

O petista chamou o grupo de “traidores da pátria”, classificou o comportamento como “inadmissível” e disse que a “História não os perdoará”.

Apesar da ausência de nomes, o pronunciamento mira a família e aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Na última semana, Lula afirmou que a família Bolsonaro e o “comportamento” de Eduardo Bolsonaro eram uma das “maiores traições que uma pátria sofre de filhos seus”.

Segundo o petista, o Eduardo tem “insuflando, com mentiras e com hipocrisia, um outro Estado contra o Estado Nacional do Brasil”.

Filho do ex-presidente, Eduardo Bolsonaro tem se reunido com representantes do governo americano e é apontado como um dos incentivadores das sanções americanas contra o Brasil.

Em agosto, o deputado foi indiciado pela Polícia Federal por suposta tentativa de obstruir, por meio do incentivo às sanções dos EUA, inquéritos contra o pai.

G1

Opinião dos leitores

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Geral

Deputado do Psol convoca audiência na Câmara para discutir Ovnis

Foto: Kayo Magalhães / Câmara dos Deputados

O deputado federal Chico Alencar (Psol-RJ) convocou para 16 de setembro, às 10h, uma audiência pública na Câmara dos Deputados para falar sobre Objetos Voadores Não Identificados (Ovnis). Segundo o requerimento, o objetivo é discutir “a conexão entre a ufologia, o uso da Lei de Acesso à Informação e seus potenciais impactos para a informação da sociedade e manutenção da soberania nacional”.

Ele explica que a ufologia é um campo de estudo “dedicado à investigação de objetos voadores não identificados e a atividades associadas”.

Chico ressalta, no entanto, que o encontro não será realizado para discutir Extraterrestres (ETs). “Vale ressaltar que um OVNI não significa uma nave extraterrestre; o termo é utilizado para descrever algo que não pôde ser identificado por quem observou o fenômeno”, diz o requerimento.

O psolista cita ainda o período em que o Congresso dos Estados Unidos (EUA) abriu investigações sobre encobrimento de OVNIs pelo governo. “Na ocasião, militares prestaram depoimentos sobre suas experiências com avistamentos de OVNIs e trataram o tema com seriedade, destacando preocupações com a soberania nacional e o meio ambiente”, diz o deputado.

O requerimento traz uma citação do deputado democrata Robert Garcia. “Os UAPs [OVNIs], sejam eles quais forem, podem representar uma séria ameaça para nossas aeronaves militares e civis, e isso deve ser entendido. Devemos encorajar mais relatórios, não menos sobre UAPs. Quanto mais entendermos, mais seguros estaremos”.

A audiência convocada pelo deputado do Psol convida especialistas para debater o assunto. São eles:

  • Thiago Ticchetti, pesquisador ufólogo há mais de 30 anos;
  • Vitório Pacaccini, atuou por 18 anos junto ao Centro de Investigação Civil de Objetos Aéreos Não Identificado (CICOANI) possui mais de 30 anos dedicados à pesquisa ufológica;
  • Marco Antônio Petit de Castro, ufólogo, escritor e coeditor da Revista UFO e
    membro fundador e atual Presidente da Comissão Brasileira de Ufólogos (CBU);
  • Fernando de Aragão Ramalho, membro e vice-presidente da Comissão Brasileira de Ufólogos (CBU) Brasil; e
  • Wagner Vital, engenheiro, pesquisador de fenômenos anômalos não identificados e
    fundador do Grupo de Ufologia da Baixada Fluminense.

Metrópoles

Opinião dos leitores

  1. É muita falta de assunto. O BRASIL tem muito mais o se discutir. Esse é mais um DESOCUPADO , SEM FUTURO

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Geral

Reforma administrativa: Brasil deve gastar recorde de R$ 1,7 tri com servidores públicos em 2025

Foto: Wilton Junior/Estadão

O Brasil deve gastar R$ 1,7 trilhão com servidores públicos em 2025, somando as despesas da União, Estados e municípios com funcionários da ativa e aposentados, enquanto discute uma reforma administrativa.

Se o número se confirmar, o valor vai ser recorde. A reforma em discussão no Congresso Nacional não deve atingir a estabilidade dos servidores, mas impor medidas de avaliação de desempenho e corrigir algumas distorções, como os supersalários acima do teto constitucional.

O Estadão reuniu dados dos orçamentos da União, dos 26 Estados, do Distrito Federal e de 5.143 municípios (mais de 90% do total) com os valores das despesas de pessoal e encargos programados para este ano nas leis orçamentárias e relatórios entregues ao Tesouro Nacional.

O número final será conhecido em 2026, com os gastos efetivos e a consolidação que exclui as duplicidades, como as transações entre os entes, mas o valor previsto indica para o aumento de gastos com pessoal.

Na Câmara, a proposta está nas mãos do deputado Pedro Paulo (PSD-RJ), coordenador do grupo de trabalho escalado para formular a reforma administrativa. O texto não deve mexer na estabilidade dos servidores públicos, que garante a continuidade do vínculo independentemente do governo da ocasião, até a aposentadoria do funcionário.

O parlamentar, no entanto, quer instituir um programa de avaliação dos servidores por desempenho, uma revisão de gastos na administração pública e uma tabela remuneratória fixa que diga quanto cada profissional deve receber. Ele também defende mudanças que limitem o pagamento de salários acima do teto constitucional (hoje R$ 46,3 mil), honorários advocatícios e férias de 60 dias.

Dados de 2022 mostram que o Brasil emprega menos funcionários públicos em comparação a outros países (12,1% sobre total do emprego contra 20,8% da média da OCDE), mas gasta mais (13,5% do PIB, contra 9,3% da OCDE), considerando servidores da ativa e aposentados na União, Estados e municípios, segundo dados do Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) levantados pela Fecomércio-SP.

“O Brasil não emprega tanto, mas gasta muito com o funcionalismo público e, aqui, a diferença fundamental, e principalmente no governo federal, é a remuneração, que é 67% maior para os mesmos cargos do setor privado”, diz o economista Antonio Lanzana, presidente do Conselho Superior de Economia, Sociologia e Política da Fecomércio-SP e professor da Universidade de São Paulo (USP).

Para o especialista, a reforma administrativa atinge um nó que impede o Brasil de crescer mais nos últimos anos: a produtividade. “Quem espera que a reforma administrativa vai resolver o problema das contas públicas ou os déficits que o Brasil tem, que são enormes, está errado”, avalia.

“O foco tem de ser melhorar a qualidade dos serviços, principalmente aqueles dirigidos às classes de renda mais pobre, como saúde e educação, e aumentar a eficiência do gasto. Você tem hoje, por exemplo, cargo público de datilógrafo, ascensorista e açougueiro, coisas muitos estranhas.”

O Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos afirmou que está implementando várias ações desde janeiro de 2023 nas áreas de pessoal, organizações e ampliação da agenda digital com o objetivo de aumentar a eficiência do Estado e a entrega de políticas públicas para a população.

“O crescimento das despesas de pessoal no governo Lula 3 concilia a sustentabilidade das contas públicas com a valorização dos servidores e a recomposição da força de trabalho. A folha do Executivo federal representava 2,68% do PIB em 2022 e a projeção é que alcance 2,59% do PIB em 2026″, disse a pasta.

Brasil tem 11 milhões de servidores na ativa, com disparidade nos salários

O Brasil conta com um universo de aproximadamente 11 milhões de funcionários públicos na ativa, de acordo com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), dos quais quase sete milhões estão nos municípios. As prefeituras aumentaram o número de funcionários em quatro vezes entre 1985 e 2021.

Os dados levantados pelo instituto apontam que as despesas com o pessoal ativo não tiveram aumentos tão relevantes em proporção do PIB, apesar da alta em valores totais: eram de 8,90% do PIB em 2002 e totalizaram 9,17% do PIB em 2024, mas há disparidade nos salários. Os municípios, com um movimento maior de contratações, ultrapassaram os Estados em gastos nessa comparação a partir de 2021.

O pesquisador do Ipea e coordenador do Atlas do Estado Brasileiro, que reúne os dados, Felix Lopez, diz que não há amparo na ideia de que o setor público está inchado e cresce sem controle, mas é preciso olhar para a eficiência da administração. “Frequentemente, vamos precisar de mais gente, talvez não na educação básica, pois a natalidade caiu muito, mas certamente de mais médicos”, diz Lopez.

“No nível federal, por exemplo, não temos um sistema de planejamento da força de trabalho. Frequentemente, é a luta política e a capacidade de ser amigo do rei que fazem com que você consiga autorizações para contratar gente na área A, B ou C, e depois fica uma década sem contratação”, afirma o pesquisador.

Os 10% mais bem pagos no setor público possuem uma remuneração quinze vezes maior ao salário dos 10% mais pobres. Quando se olha para a diferença entre os Poderes, o Judiciário aparece com uma remuneração média de R$ 16 mil por mês, enquanto o Executivo tem um salário médio de R$ 4,5 mil por mês.

“O Judiciário tem autonomia orçamentária e foi simplesmente elevando as suas remunerações, combinado com uma imagem como se as ocupações da magistratura fossem algo diferente na República brasileira”, observa o especialista. “É preciso conter um pouco a desigualdade lá no topo, isso ajudaria muito a reduzir a desigualdade geral porque é o topo que faz com que a disparidade aumente.”

Estadão

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