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Jesus que nasce para todos: como as religiões interpretam o Natal

Por interino

natal-na-igrejaPara quem não é cristão, a sensação de comemorar o Natal, o nascimento de Jesus Cristo, pode ser a mesma de participar de uma festa na casa de um desconhecido. Com antigas raízes pagãs e voltando-se recentemente a um simbolismo que perde sua conexão com Cristo, o Natal é comemorado pela grande maioria das pessoas do mundo – e de diferentes credos. E, cristãos ou não, todos compartilham, nesse período, do chamado “espírito natalino”.

Por isso, IHU On-Line conversou com alguns líderes religiosos locais para ver como cada um, a partir da sua fé, vivencia esse ambiente marcado por uma das maiores festas cristãs.

A reportagem é de Moisés Sbardelotto.

O Natal tem uma história longa e variada, marcada também por uma mistura religiosa de fundo. Em dezembro, no hemisfério norte, já havia uma celebração milenar por ocasião do solstício de inverno. Na Europa, os povos se reuniam para comemorar a luz e o nascimento após a pior fase do inverno, quando poderiam, enfim, olhar para frente esperando tempos melhores – e com mais sol. Na Roma antiga, os festejos iniciavam exatamente no dia 25 de dezembro, em homenagem ao nascimento do Deus Sol, conhecido como “Natalis Solis Invcti” (O Nascimento do Sol Invencível). Com a oficialização do cristianismo no Império Romano, várias datas festivas foram cristianizadas. Assim, da comemoração do nascimento da luz e do sol para o nascimento de Jesus foi apenas uma questão de ajuste. As primeiras manifestações do Natal propriamente cristão no dia 25 de dezembro remontam ao ano 354, como indica um manuscrito em Roma. Mais tarde, a data foi reconhecida oficialmente pelo Papa Julius I (337 -352).

Para o padre jesuíta José Ivo Follmann, o rito ou a simbologia central do Natal é a recordação do nascimento de Jesus em Belém, numa estrebaria, numa manjedoura, à margem da sociedade – ou seja, o presépio. “Deus entra na história da humanidade à margem daqueles lugares onde ele seria esperado”, afirma.

Nesse sentido, a pastora Cleide Schneider, da Igreja Evangélica de Confissão Luterana do Brasil, acrescenta que o Natal é a celebração da “presença do Deus que virou gente e habitou entre nós, como diz o texto bíblico”. “Jesus vem de uma forma muito simples e humilde para indicar que também nas coisas humildes ali Deus se manifesta”, afirma.

“Ele rompe fronteiras”, resume Pe. José Ivo. E, por isso, também tem um alcance nas demais crenças.

Um dos aspectos destacados também é a correlação que permeia todas as religiões. Mesmo que cada uma possua suas características próprias, algumas celebrações acabam ultrapassando as fronteiras teológicas. Esse é um dos pontos citados por Dejair Rauber, ou Pai Dejair de Ogum, do Africanismo. Ele afirma que, devido ao sincretismo, durante muitos anos a religião africana foi perseguida e marginalizada, e qualquer prática de outro culto, a não ser o católico, era contravenção. Então, com o tempo, a religião africana no Brasil passou a fazer algumas homenagens ao Oxalá, que é o orixá respectivo a Jesus Cristo no africanismo, especialmente no período do Natal, mesmo sem um cunho de festividade.

José Carlos Bandeira, trabalhador do Movimento Espírita, afirma que, apesar de não comemorar a data, o espiritismo aproveita essa época para buscar a integração com os “amigos espirituais elevados”, já que as pessoas melhoram sua condição para se aproximar mais de Deus. “O que interessa é que, nesse momento, em função da vibração mais elevada ao redor das pessoas, esses espíritos superiores conseguem se aproximar mais do planeta. Então, nós somos até melhor assistidos. É uma época mais privilegiada no ano, as pessoas são mais tocadas de fraternidade, de amor”, comenta.

Segundo Bandeira, mesmo que não seja uma religião cristã, o espiritismo concede a Jesus um lugar privilegiado. “Uma das melhores respostas que nós encontramos no Livro dos Espíritos, é quando os espíritos respondem a Kardec que o melhor modelo e guia da humanidade é ‘Jesus’. Uma palavra só”, comenta.

Mesmo no Africanismo, que sempre entendeu que as forças divinas estavam sempre misturadas ao humano, Cristo é aceito como uma divindade, explica Pai Dejair. “Apesar de a religião africana de raiz não cultuar Jesus Cristo, aqui no Brasil o povo de matriz africana passou a respeitá-lo, porque foi aqui que tivemos conhecimento do cristianismo”, explica. Para Dolores Dorneles, ou Mãe Dolores de Bará Lodê, da Nação Afro Cabinda, a celebração do Natal “é a da união entre os povos, entre toda a nação”. E com a presença de Jesus, sim. “Para nós, ele é Oxalá, o pai maior de todas as religiões, tanto da religião Afro, quanto da religião de Umbanda e a de Candomblé”.

Em Jesus, segundo Pe. Follmann, é que está a grande radicalidade do Natal: “Deus que se faz alguém, um de nós, que assume a nossa natureza humana, em todas as suas conseqüências. Tanto que sofreu a morte violenta, porque a humanidade não conseguiu suportar esse tipo de manifestação tão humana”, explica. Segundo ele, a figura de Jesus, seu jeito de ser, foi a revelação do ser humano ao próprio ser humano. E por isso foi rejeitado, porque a humanidade não estava preparada para receber uma mensagem tão forte. “No fundo, o que está revelado no Natal? Que existe o lado divino da humanidade. Deus se faz um de nós para mostrar que nós fazemos parte dele”, resume.

Em outras religiões não-cristãs, também existem festas que acompanham esse período. No Judaísmo, é o momento de celebrar a Chánuka (ou Hanukkah, “dedicação” ou “inauguração”). O líder religioso da Sociedade Israelita Brasileira de Cultura e Beneficência de Porto Alegre, Guershon Kwasniewski, que se prepara para o o rabinato, explica que a celebração da Chánuka geralmente coincide com o Natal, mas que, enquanto conteúdo, não tem relação. “Lembramos a vitória dos macabeus, pelo ano 168 a.C., contra o rei Antiocus, da Síria, que tinha profanado o Templo de Jerusalém”, explica. Ele conta que, quando os macabeus retomaram o templo profanado, encontraram só um recipiente com óleo sagrado, que poderia manter o fogo sagrado aceso por apenas um dia. E, por um milagre, esse óleo acabou durando oito dias. “Por isso, hoje em dia, um candelabro de nove braços é aceso ao lado das janelas nos lares judaicos para lembrar o milagre acontecido. O candelabro é colocado junto à janela para também compartilhar a luz com os nossos semelhantes”, comenta.

Segundo Kwasniewski, o Judaísmo reconhece o Deus todo-poderoso, criador do universo, e as criaturas de Deus, os humanos. “Portanto, nosso relacionamento com Deus é um relacionamento de parceiros para continuar a sua obra de Criação”, diz. Nesse sentido, ele sugere que “o espírito natalino deveria acompanhar as pessoas o ano todo e não ficar restrito a dezembro. Dezembro – continua – é um período em que podemos resgatar o paraíso: ninguém briga, todo mundo é cordial, as pessoas baixam menos nos hospitais, ninguém quer ficar doente, ninguém quer perder as festas, todo mundo se cumprimenta”. Para ele, é justamente isso que falta no resto do ano. “Poderíamos espalhar um pouco dessa energia que se concentra agora nesta última parte de dezembro”, aconselha.

E esse parece ser também o desejo dos demais religiosos. “Deveríamos respeitar a fraternidade, o amor ao semelhante, tirar um pouco essa coisa comercial”, comenta José Bandeira. “As pessoas se reúnem para comer e beber e se esquecem de parar por alguns minutos para agradecer. É o momento do aniversário. E qual é o presente que Jesus gostaria de receber? É amor, é fraternidade entre os homens, entre os seus irmãos”, diz. Para Bandeira, é preciso lembrar-se de dar as mãos e “erguer os pensamentos numa prece de agradecimento por essa oportunidade que Deus nos concedeu de ter uma pessoa entre nós com um quilate desses que foi Jesus”.

Para a pastora Cleide, o Natal é um momento em que podemos resgatar muito a partilha, a comunhão, o estar juntos, valorizando os sinais e momentos pequenos de gratidão a Deus. “Não é preciso grandes festas, grandes presentes. Mas a compreensão, o respeito, a solidariedade. Esse é o sentido próprio do Natal, que já está bastante esquecido”, indica.

A mensagem do Natal, segundo Pe. José Ivo, é não procurar Deus onde ele não se encontra e também não tentar colocar Deus onde ele não se encontra. “Devemos estar atentos ao lugar que Deus escolhe para entrar na humanidade, que é à margem, no meio daqueles que são mais desprezados, daqueles que são mais excluídos. É ali que nós encontramos o Deus que é vida, o Deus que é amor”, explica. “E não vamos encontrar no meio da prepotência, no meio da riqueza, no meio da discriminação, no meio da violência, no meio de tudo aquilo que estraga a vida. Deus está presente onde há simplicidade, onde há serviço, onde há atenção às pessoas, onde há amor, onde há respeito”.

E como uma verdadeira festa, o Natal não é comemorado sozinho. “A grande lição do Natal é esta: no nosso jeito de ser, nós também devemos procurar nos tornar presentes para os outros, nos colocar a serviço dos outros”, comenta Pe. José Ivo.

De certa forma, é o que todas as crenças ensinam. Talvez, olhando novamente para o presépio neste Natal, para aquela imagem de um Deus que se faz criança pobre e rejeitada pelo mundo, possamos reconhecer novamente o amor desse Deus que todas as religiões buscam seguir. E acolhê-lo, para que nasça entre nós.

http://www.ihu.unisinos.br/noticias/noticias-arquivadas/19114-jesus-que-nasce-para-todos-como-as-religioes-interpretam-o-natal

Opinião dos leitores

  1. Religião é todo conhecimento que liga criatura e criador. Neste sentido, a filosofia espírita é uma religião. E acima de tudo, cristã.

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Geral

Alvo da PF, lobista amiga de Lulinha esteve duas vezes no Planalto em 2024

Foto: reprodução/redes sociais

A empresária e lobista Roberta Luchsinger esteve ao menos duas vezes no Palácio do Planalto em abril de 2024, segundo registros oficiais. Ela foi alvo de busca e apreensão da Polícia Federal na quinta-feira (18), durante a operação Sem Desconto, que investiga um esquema de descontos ilegais em aposentadorias e pensões do INSS.

As idas ao Planalto

Registros obtidos pelo Poder 360 via Lei de Acesso à Informação mostram que Roberta esteve no Planalto nos dias 17 e 18 de abril de 2024. Já Fábio Luís compareceu ao local em 17 e 31 de janeiro e em 7 de março. A Presidência informou que não há registro sobre com quem se reuniram ou o motivo das visitas.

Relação entre Roberta e Lulinha

De acordo com a PF, Roberta mantém relação de proximidade com Fábio Luís Lula da Silva, o Lulinha, filho do presidente Lula (PT). A investigação aponta que ela teria atuado como elo entre Lulinha e Antônio Carlos Camilo Antunes, o “Careca do INSS”, preso desde setembro de 2025 e apontado como principal articulador do esquema.

A decisão do STF que autorizou a nova fase da operação menciona três vezes o nome de Fábio Luís, duas de forma indireta. O documento cita cinco pagamentos de R$ 300 mil feitos pelo Careca do INSS a Roberta, descritos como destinados ao “filho do rapaz”. Lulinha, no entanto, não é investigado pela Polícia Federal.

O outro lado

Em nota enviada ao Poder 360, Roberta afirmou que nunca teve relação com descontos do INSS e que atuou apenas em tratativas iniciais com empresa ligada ao Careca do INSS, no setor de canabidiol, que não prosperaram. A defesa também confirmou a relação pessoal antiga entre Roberta e a família de Fábio Luís.

O ex-advogado de Lulinha, Marco Aurélio de Carvalho, classificou as acusações como “pirotécnicas” e negou irregularidades.

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Fecomércio RN repudia e classifica invasão do MLB ao Queiroz Atacadão como “ação criminosa

A Fecomércio RN emitiu uma nota repudiando a invasão do Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB) ao Queiroz Atacadão, recém-inaugurado em Cidade Satélite, em Natal. Membros do MLB invadiram as instalações do estabelecimento no fim da manhã deste sábado (20) para protestar contra a fome.

A entidade que representa o comércio no RN classificou a invasão do MLB como uma “ação criminosa que coloca em risco a integridade física de colaboradores, clientes e da própria comunidade local”.

A Fecomércio também afirmou que aguarda apuração rigorosa e responsabilização dos envolvidos, e cobrou medidas firmes das autoridades competentes para coibir novas invasões.

Leia a íntegra da nota abaixo:

A Fecomércio Rio Grande do Norte repudia com veemência os atos de invasão e ataque a estabelecimentos comerciais, como o ocorrido na manhã deste sábado, 20 de dezembro, quando o Queiroz Atacadão, no bairro Cidade Satélite, em Natal, está sendo alvo de uma ação criminosa que coloca em risco a integridade física de colaboradores, clientes e da própria comunidade local.

O Queiroz Atacadão, unidade recém-inaugurada como a maior operação do Grupo Queiroz com vasta área de venda e forte impacto econômico para a região, representa um investimento significativo em geração de empregos e serviços.

Tais atos, absolutamente inaceitáveis, violam frontalmente o direito à propriedade privada, garantido pela Constituição, e afrontam os princípios básicos de segurança e ordem pública que sustentam o desenvolvimento econômico e social. A Fecomércio RN espera apuração rigorosa dos fatos, com a responsabilização dos envolvidos, além da atuação imediata das forças de segurança para que episódios desta natureza não se repitam.

Nossa entidade reafirma que o setor do comércio e serviços, pela sua natureza de abertura e livre circulação de pessoas, já se encontra em uma posição de vulnerabilidade, especialmente em períodos de intenso movimento comercial como os atuais, e não pode ser transformado em alvo de invasões criminosas.

Esperamos que as autoridades competentes adotem medidas firmes e eficazes para coibir este tipo de iniciativa, garantindo um ambiente de segurança, respeito ao direito de propriedade e livre circulação de pessoas e bens, condições fundamentais para que comerciantes, empreendedores e investidores mantenham suas atividades com tranquilidade e confiança no Rio Grande do Norte.

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PRF aponta três trechos do RN entre os mais perigosos das rodovias federais


Foto: PRF/Divulgação

O Rio Grande do Norte aparece no mapeamento da Polícia Rodoviária Federal (PRF) com três trechos classificados como críticos entre os 118 mais perigosos das rodovias federais do país, devido ao alto número de acidentes.

Trechos considerados críticos no RN:

  • BR-101 (km 100 ao km 110) – Parnamirim

  • BR-101 (km 80 ao km 90) – Extremoz

  • BR-304 (km 30 ao km 40) – Mossoró

Segundo a PRF, os dois pontos na BR-101 concentram grande fluxo de veículos, especialmente em feriados e fins de semana. Já o trecho da BR-304, em Mossoró, registra tráfego intenso de caminhões e veículos de carga.

O levantamento integra uma estratégia nacional de fiscalização e prevenção de acidentes. Em todo o Brasil, foram identificados 118 pontos críticos, sendo a BR-101 a rodovia com maior número de trechos perigosos (32), seguida pela BR-116 (17).

Somente em 2025, mais de 67 mil acidentes foram registrados nas rodovias federais, com mais de 5 mil mortes. Entre as principais causas estão excesso de velocidade, ultrapassagens indevidas, desrespeito à sinalização e imprudência.

A PRF informou que intensificou a fiscalização nos trechos mapeados e orienta motoristas a redobrar a atenção, respeitando os limites de velocidade e as normas de trânsito.

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[VÍDEO] PROTESTO: MLB invade supermercado recém-inaugurado em Natal

Integrantes do Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB) e outros movimentos sociais invadiram e ocuparam, na manhã deste sábado (2), uma unidade recém-inaugurada do Supermercado Queiroz Satélite, em Natal.

Segundo o movimento, a ação reuniu mais de 300 famílias e tem como objetivo reivindicar a doação de cestas básicas. Os manifestantes levaram dezenas de crianças para a ação de protesto.

Em nota e publicações nas redes sociais, o MLB afirmou que a mobilização busca chamar a atenção para a situação de vulnerabilidade social e insegurança alimentar enfrentada por famílias em situação de pobreza.

O movimento atribui o protesto ao aumento da miséria e da fome no país, alertando para a dificuldade de milhões de brasileiros em garantir alimentação básica.

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Rogério Marinho acusa governo Lula de blindar investigados em fraudes no INSS

Imagem: reprodução/YouTube Poder 360

O senador Rogério Marinho (PL-RN), líder da oposição no Congresso, afirmou que o governo Lula atua para blindar investigados no esquema de fraudes no INSS apurado pela CPMI. Em entrevista ao Poder360, ele disse que a base governista barrou convocações, quebras de sigilo e depoimentos que poderiam atingir pessoas próximas ao PT, incluindo Fábio Luís Lula da Silva, o Lulinha.

Segundo Marinho, mais de 60 requerimentos apresentados pela oposição foram rejeitados. Ele citou investigações da Polícia Federal que mencionam supostos repasses mensais de R$ 300 mil atribuídos a Lulinha, apontados em depoimentos e em nova fase da operação, que fala em pagamentos ao “filho do rapaz”.

“O governo criou um roteiro de blindagem para impedir o avanço das investigações”, afirmou o senador, citando a recusa em convocar investigados e em quebrar sigilos de empresas e pessoas ligadas ao caso.

Há praticamente um roteiro onde com o DNA da blindagem, da tentativa de impedir que avance a investigação. Ao longo desses meses, o Lulinha foi impedido de ser convocado. Uma empresa de turismo ligada à Contag, a principal central do campo ligada à CUT, foi impedida de ter o sigilo aberto. A senhora Roberta Luchsinger recebeu a tornozeleira […] Mas o Edson [Claro], que estava disposto a entregar a forma e o método como essa quadrilha se organizou, também foi impedido de ser convocado“, disse.

Apesar das resistências, Marinho avaliou que a CPMI foi fundamental para pressionar por prisões e revelar o funcionamento de um esquema que teria desviado bilhões de reais de aposentados e pensionistas.

Veja a entrevista completa ao Poder360:

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VÍDEO: ‘Intervenção armada na Venezuela seria uma catástrofe humanitária e um precedente perigoso para o mundo’, diz Lula na Cúpula do Mercosul

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou neste sábado (20), durante discurso na Cúpula do Mercosul, em Foz do Iguaçu, que a América do Sul voltou a ser “assombrada” pela presença militar de uma potência fora da região, em referência aos Estados Unidos, que sinalizam possível intervenção na Venezuela.

“Passadas mais de quatro décadas desde a Guerra das Malvinas, o continente sul-americano volta a ser assombrado pela presença militar de uma potência extrarregional. Os limites do direito internacional estão sendo testados. Uma intervenção armada na Venezuela seria uma catástrofe humanitária para o hemisfério e um precedente perigoso para o mundo”, disse Lula em seu discurso.

O presidente afirmou que pretende conversar novamente com o presidente norte-americano, Donald Trump, antes do Natal, para tentar evitar um conflito armado na América Latina. “Não queremos guerra no nosso continente”, declarou.

Lula disse que já tratou do tema tanto com Trump quanto com o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, e reforçou que “as coisas não se resolvem dando tiro”. Em reunião ministerial nesta semana, o petista afirmou que disse ao líder dos EUA que “conversar é mais barato do que fazer guerra”.

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LEI ROUANET: Ministério da Cultura libera captação de R$ 2,5 milhões para espetáculo sobre Chico Buarque em Portugal

Foto: Mauro Pimentel/AFP

O Ministério da Cultura autorizou um espetáculo teatral em homenagem aos 80 anos de Chico Buarque a captar cerca de R$ 2,5 milhões por meio da Lei Rouanet. Os recursos, obtidos via renúncia fiscal, serão destinados à realização do projeto em Portugal.

As apresentações estão previstas para Lisboa e Porto. Segundo o governo, o objetivo é difundir a obra do artista no cenário cultural português. Intitulado Trocando em Miúdos, o espetáculo é descrito como um teatro musical que conecta canções e poesias de Chico Buarque em uma narrativa sobre conflitos humanos e sociais.

De janeiro de 2023 a 4 de julho de 2025, os incentivos da Lei Rouanet somaram R$ 6,5 bilhões, já corrigidos pela inflação, segundo o Poder360.

O valor representa aumento de 43% em relação ao mesmo período do governo Bolsonaro, quando foram liberados R$ 4,5 bilhões.

Em 2024, a captação atingiu R$ 3,1 bilhões, o maior volume anual do atual mandato. No primeiro semestre de 2025, o total chegou a R$ 769 milhões, alta de 33,7% na comparação anual.

Opinião dos leitores

  1. Esse comunista anistiado, nem no Brasil mora, vem aqui só buscar nosso dinheiro para gastar nos exterior.

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Mercado da Redinha será reaberto para a alta estação a partir de segunda-feira (22)

Foto: Sérgio Henrique Santos/Inter TV Cabugi

O Mercado da Redinha reabre para a alta estação a partir da próxima segunda-feira (22), após a assinatura dos termos de autorização de uso dos boxes, realizada nesta sexta-feira (19) pela Prefeitura de Natal. A permissão vale exclusivamente para o período de alta temporada.

A retomada ocorre após o sorteio dos 33 boxes, feito na terça-feira (16), no CRAS África, com base em cadastro atualizado dos permissionários. Os espaços foram distribuídos conforme o tipo de produto comercializado, para garantir melhor organização do mercado.

A ação faz parte do processo de requalificação do equipamento público. Entre as parcerias anunciadas estão a Coca-Cola, que fornecerá mesas padronizadas e expositor, e o Oceanário do Sesc, que promoverá ações educativas às sextas e sábados. A área de artesanato será coordenada pela Semtas.

A Prefeitura também segue com a capacitação dos comerciantes por meio do curso “Sabores da Redinha”, realizado no Senac Barreira Roxa, com foco em qualificação gastronômica e melhoria do atendimento.

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MPF recorre de decisão que absolveu potiguar acusado de matar namorado francês

Foto: Cedida

O Ministério Público Federal no Rio Grande do Norte recorreu da decisão que absolveu o potiguar Alexsandro Nascimento da Silva, de 28 anos, acusado de matar o namorado francês Serge Albert Pierre Yves Claude, de 56, em Lisboa, em 2019. O júri popular ocorreu em Natal e terminou no dia 12 com a absolvição do réu de todas as acusações.

Alexsandro respondia por homicídio qualificado, ocultação de cadáver e furto qualificado, crimes que poderiam resultar em até 41 anos de prisão. Para o MPF, a decisão dos jurados foi “manifestamente contrária às provas dos autos”, e o órgão pede a anulação do julgamento e a realização de um novo júri no TRF-5.

A defesa afirmou que apresentará contrarrazões e sustentou que as provas indicam que o acusado não estava no local do crime no horário estimado da morte. Segundo os advogados, dados de localização do celular, além de falhas na investigação conduzida pela polícia portuguesa, geraram dúvidas que justificaram a absolvição.

Durante o julgamento, a defesa alegou que Alexsandro foi vítima de racismo e xenofobia em Portugal e que outras linhas de investigação foram ignoradas. O MPF rejeitou essa acusação da defesa, afirmando que atuou com base em provas colhidas pela polícia portuguesa e negou qualquer motivação discriminatória.

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Ministros do STF aceitam redução de penas do 8 de janeiro sob condição de análise caso a caso

Foto: Antonio Augusto/STF

Integrantes do STF aceitaram o projeto de redução de penas aprovado pelo Congresso, apesar de críticas públicas. Uma ala da Corte avalia que os efeitos não serão automáticos e dependerão de análise caso a caso pelo relator, ministro Alexandre de Moraes, inclusive para Jair Bolsonaro (PL).

Segundo ministros, assessores e pessoas próximas às negociações ouvidos pela reportagem da Folha de S. Paulo, magistrados do STF participaram das discussões do texto no Congresso e sugeriram ajustes na redação. Mesmo assim, integrantes da Primeira Turma criticaram a atenuação das punições, defendendo que as penas aplicadas após o devido processo legal não devem ser reduzidas.

O PL da Dosimetria foi aprovado no Senado em 17 de dezembro por 48 votos a 25 e segue para sanção. O presidente Lula (PT) afirmou que vetará a proposta e tem até 15 dias úteis para isso.

O projeto permite unificar os crimes de golpe de Estado e abolição violenta da democracia, substituindo a soma das penas pela maior, com acréscimo de 1/6 a metade. Bolsonaro foi condenado a 8 anos e 2 meses por golpe e 6 anos e 6 meses por abolição, dentro de uma pena total de 27 anos e 3 meses. Se a proposta entrar em vigor, o tempo no regime fechado pode cair de 6 a 8 anos para entre 2 anos e 4 meses e 4 anos e 2 meses, além da progressão após 1/6 da pena.

Opinião dos leitores

  1. Interessante: para condenar não individualizaram como manda a lei, mas para reduzir penas tem que ser caso a caso. Estamos sem rumo mesmo !

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