Com a aprovação de uma bizarra lei, jovens do sul dos EUA deverão pensar duas vezes antes de decidir o que vestir. Uma medida aprovada no distrito de Terrebone Parish, Louisiana, na última semana, veta o uso das “sag pants”, jeans largos usados com as cuecas à mostra, popular entre adolescentes da região.
A regra é parte de uma campanha iniciada pelo senador de Nova York, Eric Adams. Em 2010, o político iniciou uma campanha no estado ao instalar outdoors pela cidade com um curioso pedido: “Elevem sua imagem, elevem suas calças!”.
Aprovada por oito votos a um no conselho de Terrebone Parish, a nova medida prevê uma multa de US$ 50 para a primeira ofensa, podendo dobrar caso o ato se repita. Se o “delinquente” insistir em sua escolha de vestimenta, a punição pode chegar a 16 horas de serviços comunitários, para cada reincidência.
“Aparecer em público exibindo a pele ou as roupas de baixo é contrário à segurança, saúde, paz e boa ordem de Parish e o bem estar geral”, afirma o texto da lei.
Em entrevista ao New York Daily News Jerome Boykin, presidente local da NAACP – organização americana em prol do progresso dos negros – se declarou favorável à medida. “Não há nada positivo em pessoas usando calças largas. Esse não é um problema específico de negros nem de brancos. É um problema de pessoas”, disse.
Há quem não concorde com o recém-aprovado código de vestimenta. A associação de direitos civis da Louisiana divulgou uma carta ao conselho, afirmando que a medida é inconstitucional. “Banir um estilo particular de roupa viola a liberdade prevista na 14ª emenda. Não compete ao governo decidir o que pessoas devem vestir. Nem lhe é de direito usar vestimentas como pretexto para iniciar abordagens ilegais de pessoas inocentes”, afirma o texto.
Até mesmo o presidente americano, Barack Obama, se envolveu na polêmica discussão das calças baixas. Apesar de não concordar com o estilo, o líder se mostrou, em 2008, contrário à medidas para banir o traje. “Qualquer funcionário púbico que esteja se preocupando com calças largas deve redirecionar seu foco para temas mais pertinentes”, afirmou Obama à época, em entrevista à MTV americana.
“Há alguns temas que enfrentamos que não precisam se submetidos ao veto da lei, mas isso não significa que as pessoas não podem ter o bom senso e respeito aos outros”, continuou o presidente. “Afinal, algumas pessoas podem não estar interessados em ver a sua cueca – e eu sou uma delas”. Pelo menos em Louisiana, Obama estará a salvo dos “infratores da calça caída”.
Parabéns Lucas Silva! Você falou tudo. Muita gente adota certos tipos de comportamento, por influência de alguém ou para se sentir mais inserido dentro de certos grupos, mas acabam deixando de ter uma identidade própria. Como um exemplo disso, temos o fato de que lésbicas usam alianças grossas no dedo polegar para identificar seu grupo, mas vejo muita adolescente de braços dados com namorados que usam só porque acham bonito, mas não sabem o seu verdadeiro significado. Não tenho nada contra pessoas homossexuais, pois o direito de livre escolha deve ser de cada um, desde que respeitem também o direito de escolha dos heterossexuais quando estes declarem seu orgulho em se relacionar com pessoas do sexo oposto sem serem taxadas de homofóbicas.
Tantas coisas para estes americanos se preocuparem, sinceramente muita ignorância!!!!!!
O surgimento desse comportamento nas ruas de todo o mundo teve início em presídios norte-americanos, onde os apenados (gays) indicavam a sua orientação sexual com esse "sinal", abaixando assim, suas as calças até que, as cuecas aparecessem. Isso demonstrava o interesse do preso (gay) em ter relações com outros presos. Se todos os jovens soubessem a origem de certos comportamentos, seriam mais cautelosos em adotar certas condutas, sem ao menos saber a procedência.