Saúde

Quase 25% das garotas de 10 a 15 anos já usaram pílula do dia seguinte, diz pesquisa

Um levantamento da Casa da Adolescente, unidade da Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo, mostrou que 23% das garotas já usaram a pílula do dia seguinte para evitar uma gravidez indesejada. Foram ouvidas 600 pessoas, entre 10 e 15 anos de idade. De acordo com a pesquisa, 75% das meninas e 60% dos garotos já conheciam o medicamento para impedir a gestação.

A coordenadora do Programa Estadual de Saúde do Adolescente, Albertina Duarte, explicou que as adolescentes estão deixando de lado a prevenção contínua – o uso de pílulas anticoncepcionais e do preservativo – para usarem a contracepção de emergência. “Para eles, a pílula de emergência é como uma varinha mágica. Virou a pílula do fim de semana, está sendo usada como se fosse anticoncepcional, porque algumas meninas chegam a tomar seis, sete vezes em um mês”.

De acordo com Albertina, a pílula de emergência é indicada em casos de estupro, quando o preservativo estoura, sai do lugar ou fica preso no corpo da mulher, ou até mesmo quando a mulher esqueceu de tomar o anticoncepcional rotineiramente. “Há adolescentes que acham mais fácil, mas não têm conhecimento e não sabem que há 15% de chance de falha, além dos riscos de doenças sexualmente transmissíveis. De cada 20 que tomam, três engravidam”.

Entre os riscos de abusar desse método, além da possibilidade de gravidez, é o desequilíbrio hormonal, pois uma pílula do dia seguinte equivale a meia cartela do anticoncepcional comum. “É um bombardeio porque uma dose que tomaria em 15 dias, ela toma de uma vez. Pode ter hemorragia e não reconhecer mais seu organismo, podendo achar que está menstruada e que não tem risco de engravidar”.

A pílula do dia seguinte usa os mesmos hormônios utilizados no anticoncepcional convencional, porém com dosagem maior. O uso é recomendado até 72 horas após a relação sexual.

A médica destacou que há 40 anos indica o método para casos específicos, e com o máximo de cautela. Segundo ela, o uso excessivo está ditando mais uma vez a submissão das mulheres, porque a responsabilidade de evitar a gravidez está novamente ficando apenas com elas. “As meninas não têm coragem de pedir que o menino use o preservativo e nem para que ele compre a pílula. Antes, o menino pelo menos bancava isso, hoje não. Está com ela o peso dos anticoncepcionais”.

A médica ressaltou que desta forma a relação está desigual, pois as garotas têm medo de desagradar ou perder o parcerio e o menino, de falhar. “São duas pessoas imaturas e inseguras, mas quem paga o preço ainda é a mulher. Se engravida, fica com o bebê e ainda é culpada. Se não tomar a pílula, também é a culpada. Mudar essa relação é uma prova de carinho com ela mesma”.

Da Agência Brasil

Opinião dos leitores

  1. Se o pessoal da FUNDAC, da SESED e da SESAP fizessem algum trabalho sério por aqui pelo estado, teríamos uma realidade estatística mais chocante. Mas o SAME e a epidemiologia para a Saúde Sexual e Reprodutiva não está nem aí. E olha que. Temos excelentes profissionais na área. Modéstia à parte, trabalho com isto desde 1987, as especializações foram pagas pela SESAP, nunca fui chamado, e a turma quebrantava na área não faz nada de consistente.

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Cidades

Natal concentra mais de 75% dos empregos criados em abril no RN

Foto: Alex Regis 

Dos 2.927 empregos gerados no Rio Grande do Norte no mês de abril, Natal foi responsável por 75,8% dessas vagas. Os dados foram divulgados na quarta-feira (28), pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do mês de abril. O resultado é fruto de 22.089 admissões e 19.162 desligamentos no período no RN.

Na capital potiguar, foram 10.030 contratados e 7.810 demissões, gerando um saldo de 2.220 empregos. É o maior saldo mensal desde o período pré-pandemia. Procurado o prefeito de Natal, Paulinho Freire (União Brasil) comemorou os números de empregos gerados em Natal, no mês de abril.

“Nossa gestão é pautada em ações que estimulem o bom ambiente de negócios e a nossa economia. Assim, vamos impulsionar o setor produtivo e chegar mais próximo do nosso objetivo principal, que é criar cada vez mais meios de renda e de postos de trabalho para os natalenses. Nesse sentido, resultados como o novo Caged indicam que estamos no caminho certo, trabalhando forte para promover o desenvolvimento em nossa cidade e priorizando as pessoas nesse contexto”, afirma o prefeito Paulinho.

O salto dos empregos em Natal foi puxado pelo setor de serviços, que contou com 5.415 admissões e 3.723 desligamentos, produzindo 1.692 novos empregos, o que corresponde a 64,14% do total de trabalhos dessa categoria no Rio Grande do Norte.

Para se ter noção da importância dos números, no mês de março, em Natal, o mesmo setor de serviços fechou com saldo negativo de empregos, com -170. Foram 4.766 admissões e 4.936 desligamentos. Ou seja, houve mais demissões do que contratações.

O setor de serviços é conhecido como o setor terciário da economia brasileira, que vai do papel do comércio de bens à prestação de serviços. O que inclui o comércio, transportes, comunicação, setor de alimentos, administração pública e demais serviços.

O segundo grupo econômico que mais gerou empregos em Natal foi a indústria, no qual apresentou um saldo positivo de 487 postos de trabalho. Com 991 admissões e 504 desligamentos.

Tribuna do Norte 

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Economia

Suspensão de tarifas nos EUA impulsiona mercados

Foto: REUTERS/Amanda Perobelli

O bloqueio das tarifas de Donald Trump por parte de um tribunal dos Estados Unidos rapidamente se traduziu em otimismo nos mercados internacionais.

Pouco após o anúncio, os mercados asiáticos abriram em alta. Enquanto o índice Nikkei, do Japão, superava alta de 1,68%, o Kopsi, da Coreia do Sul, subia 1,73%.

O Índice Composto de Xangai da China cresceu 0,66%, enquanto o Índice Hang Seng de Hong Kong subiu 0,46% e o S&P/ASX 200 da Austrália subiu 0,34%.

No pós-mercado dos EUA não foi diferente, com os futuros de Nasdaq, S&P 500 e Dow Jones subindo mais de 1%.

As bolsas europeias também tiveram altas na manhã desta quinta-feira (29).

O índice de referência da região, Stoxx Europe 600, subia 0,2% às 4h37 (horário de Brasília), enquanto o índice DAX da Alemanha era negociado em alta de 0,2% no final da manhã, horário local, enquanto o índice CAC da França subia 0,5%.

O petróleo Brent, referência mundial do petróleo, também subia 1,2%, sendo negociado a quase US$ 66 o barril.

A UE passou as últimas semanas tentando negociar um acordo comercial com Washington para evitar as tarifas e ameaçou impor as suas próprias tarifas aos produtos americanos caso um acordo não seja alcançado.

“A notícia vai ser muito bem vinda pelos mercado internacionais e certamente, se essa decisão for respeitada, de imediato vai ter uma sensação de alívio muito grande principalmente para os parceiros comerciais dos Estados Unidos”, afirma Carolina Pavese, professora de relações internacionais do Instituto Mauá.

Analistas ouvidos pela CNN reforçaram que ainda é cedo e incerto se essa suspensão vai se concretizar e surtir efeitos maiores para a economia global.

Porém, nesse curtíssimo prazo, batem o martelo de que, “a princípio, o mercado vai reagir muito bem amanhã”, como pontua Gustavo Cruz, estrategista-chefe da RB investimentos.

Para além da alta do mercado, Beto Saadia, diretor de investimentos da Nomos, destaca o efeito que essa resposta positiva dos EUA pode ter para o desempenho do dólar.

“A alta da bolsa americana pode até de alguma forma fortalecer o dólar frente ao real. A gente pode ver algum movimento de fortalecimento do dólar, dado que a gente prevê um crescimento maior da economia americana”, diz Saadia.

“Então isso fala em favor amanhã talvez até de uma bolsa mais alta, porque obviamente o mercado fica animado. Mas uma bolsa mais alta combinado também com um dólar mais forte, esse é o primeiro efeito que eu imagino que possa acontecer amanhã”, pontua.

CNN

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Geral

Máquina pública ficaria em situação delicada sem alta do IOF, afirma Haddad

Foto: Lucio Tavora/Xinhua

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta quarta-feira ter explicado aos presidentes da Câmara e do Senado que o funcionamento da máquina pública ficaria em situação “delicada” sem o aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) definido pelo governo.

Haddad se reuniu com Hugo Motta (Republicanos-PB) e Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) para discutir a alta do tributo, anunciada pelo governo na semana passada como forma de elevar a arrecadação e equilibrar as contas públicas, em conjunto com um congelamento de gastos públicos.

“São R$ 30 bilhões de cortes de despesas, sendo R$ 10 bilhões de bloqueio e R$ 20 bilhões de contingenciamento, e R$ 20 bilhões de receitas adicionais para cumprir as metas fiscais”, afirmou o ministro.

“Expliquei as consequências em caso de não aceitação da medida [do IOF], o que acarretaria em termos de contingenciamento adicional. Nós ficaremos num patamar bastante delicado do ponto de vista do funcionamento da máquina pública do Estado brasileiro.”

Antes da reunião, Motta classificou o aumento do IOF como infeliz, enquanto Alcolumbre acusou o governo de usurpar poderes com a medida. Questionado sobre uma possível revogação da medida tributária por parte do governo respondeu: “Eu não vim discutir a revogação. O que está sendo discutido é a revogação pelo Congresso.”

A oposição apresentou nos últimos dias uma série de PDLs (Projetos de Decreto Legislativo) que visam cancela os efeitos da medida do governo. O presidente da Câmara planeja levar o assunto ao colégio de líderes nesta quinta-feira (28), mas disse antes da reunião que a simples derrubada da medida não seria boa para o país.

Haddad disse ter recebido os presidentes das casas do Congresso um pedido de apresentação de “medidas estruturantes, que mexessem com outros aspectos do Orçamento, como gasto primário, gasto tributário”, pensando no médio e no longo prazo.

Implementado na semana passada, o aumento do IOF vem sendo alvo de críticas de setores empresariais e de parlamentares. Na Câmara, até mesmo partidos que integram a base aliada do governo indicaram que poderiam votar favorável ao PDL —foram protocolados mais de 20 projetos desse tipo que miram sustar o decreto do Executivo.

A ideia do encontro entre as autoridades nesta quarta era discutir alternativas ao texto e, assim, evitar que os parlamentares aprovem um projeto que suste os efeitos da norma do Executivo.

Folha de S.Paulo

Opinião dos leitores

  1. A máquina ou os gastadores públicos? Sempre com a mesma balela para arrecadar cada vez mais dos pagadores de impostos. Arrocha Taxad.

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Geral

Lula vai relançar programa que foi motivo para demissão de ministra

Foto: Ricardo Stuckert / PR

O presidente Lula marcou para a manhã da sexta-feira (30), no Salão Nobre do Palácio do Planalto, um evento para relançar o programa “Mais Acesso a Especialistas”.

O programa, que era uma das apostas da gestão de Nísia Trindade à frente do Ministério da Saúde, será relançado agora pelo novo ministro da pasta, Alexandre Padilha.

O programa chegou a ser lançado por Lula há cerca de um ano, mas acabou não se consolidando. Esse fato é apontado, inclusive, como um dos motivos que levaram o presidente a demitir Nísia.

O programa Mais Acesso a Especialistas tem como objetivo permitir que pacientes do SUS tenham acesso a consultas e exames especializados de forma mais rápida e com menos burocracia.

A ideia do programa é facilitar que os usuários do Sistema Único de Saúde possam marcar consultas por meio do celular, reduzindo, assim, as filas.

Metrópoles – Igor Gadelha

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Geral

MC Poze do Rodo é preso por apologia ao crime e por envolvimento com o tráfico de drogas

Foto: Reprodução/ TV Globo

O cantor Marlon Brandon Coelho Couto, o MC Poze do Rodo, foi preso no fim da madrugada desta quinta-feira (29) por agentes da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE). Ele é investigado por apologia ao crime e por envolvimento com o tráfico de drogas.

Policiais cumpriram o mandado de prisão temporária na casa dele, em um condomínio de luxo no Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste do Rio de Janeiro.

Poze não quis dar declarações ao sair de casa e ao chegar à Cidade da Polícia. Ao g1, o advogado Fernando Henrique Cardoso Neves, que faz a defesa do funkeiro, afirmou que “vai ver o que é” a nova prisão do artista para depois comentar o caso.

De acordo com as investigações, Poze realiza shows exclusivamente em áreas dominadas pelo Comando Vermelho (CV), com a presença ostensiva de traficantes armados com fuzis, a fim de garantir a “segurança” do artista e do evento.

Ainda de acordo com a DRE, o repertório das músicas de Poze “faz clara apologia ao tráfico de drogas e ao uso ilegal de armas de fogo” e “incita confrontos armados entre facções rivais, o que frequentemente resulta em vítimas inocentes”.

A delegacia afirma que shows de Poze são estrategicamente utilizados pela facção “para aumentar seus lucros com a venda de entorpecentes, revertendo os recursos para a aquisição de mais drogas, armas de fogo e outros equipamentos necessários à prática de crimes”.

“A Polícia Civil reforça que as letras extrapolam os limites constitucionais da liberdade de expressão e artística, configurando crimes graves de apologia ao crime e associação para o tráfico de drogas. As investigações continuam para identificar outros envolvidos e os financiadores diretos dos eventos criminosos”, declarou a instituição.

G1

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Geral

BG chega ao Via Certa

Esse comunicador tem a satisfação de informar que, desde 01/05, se juntou à família guerreira que fundou e toca o VIA CERTA NATAL, sendo agora o novo sócio do perfil de jornalismo com maior audiência do Rio Grande do Norte no Instagram, com mais de 700 mil seguidores.

Com a nossa chegada, que vai tocar o comercial, os projetos especiais e o administrativo a partir de agora, o canal inicia uma nova fase: mais dinâmico, com nova roupagem e concepção.

O VIA CERTA vai bombar ainda mais.

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Mundo

Elon Musk anuncia saída do governo Trump

Foto: Divulgação/Casa Branca (via Flickr)

O empresário Elon Musk anunciou, por meio de sua conta oficial na rede social X, o encerramento de sua atuação como funcionário especial do governo dos Estados Unidos. A mensagem foi publicada na noite desta quarta-feira, 28, com um agradecimento direto ao presidente Donald Trump.

Na publicação, Musk declarou: “Conforme meu período programado como funcionário especial do governo chega ao fim, eu gostaria de agradecer ao presidente Trump pela oportunidade de reduzir gastos desnecessários”.

O cargo de funcionário especial do governo é uma função temporária prevista na legislação federal norte-americana. É destinada a profissionais externos convocados para prestar apoio técnico ou estratégico em áreas específicas, sem vínculo permanente com o Estado.

Musk também mencionou o Departamento de Eficiência Governamental (Doge), iniciativa do segundo mandato de Trump com o objetivo declarado de modernizar a tecnologia da informação, maximizar a produtividade e eficiência, e cortar gastos desnecessários. “A missão Doge apenas se fortalecerá com o tempo à medida que se torne um modo de vida em todo o governo.”

Saída de Musk já era especulada no governo

A saída de Musk do governo já era objeto de especulação dentro da administração norte-americana desde o começo de abril. Na primeira semana daquele mês, o site norte-americano Politico noticiou que Trump teria comunicado a auxiliares próximos e membros do gabinete que o empresário deixaria o governo e a política “nas semanas seguintes”.

Segundo a reportagem, Trump afirmou estar satisfeito com o trabalho de Musk à frente do Doge, mas ambos teriam concordado que o momento era apropriado para o empresário sul-africano retornar à condução de seus negócios privados.

A legislação federal dos EUA prevê um limite de até 130 dias para o exercício da função de “funcionário especial do governo” — o que, segundo a apuração, se encerraria no final de maio ou início de junho.

Apesar da saída formal, membros do alto escalão da Casa Branca afirmam que Musk poderá manter uma atuação informal no governo. Um representante ouvido sob condição de anonimato afirmou que “qualquer um que pense que Musk desaparecerá completamente da órbita governamental está enganando a si mesmo”.

Na ocasião, a notícia teve reflexos imediatos no mercado financeiro. Com a expectativa de que Musk voltasse a se dedicar integralmente aos seus negócios, a Tesla — uma das principais empresas sob sua direção — registrou valorização expressiva.

As ações da montadora de veículos elétricos subiram 4,50% na Bolsa de Valores de Nova York no mesmo dia da divulgação da reportagem, revertendo parte das perdas superiores a 6% acumuladas no início da sessão, causadas por uma queda nas vendas no primeiro trimestre.

Além da Tesla, Musk é dono da rede social X. Ele também é o principal executivo da empresa de transporte aeroespacial SpaceX e da Neuralink, do ramo de neurotecnologia.

Revista Oeste

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Geral

Governo Lula diz que sanção dos EUA não pode atingir Moraes no Brasil

Foto: Vinícius Schmidt/Metrópoles

Ministro das Relações Exteriores do governo Lula, Mauro Vieira sustentou que a aplicação da Lei Magnitsky pelos Estados Unidos contra Alexandre de Moraes não tem o condão de atingir o magistrado do STF em solo brasileiro.

A interpretação do chanceler diverge da adotada pelos Estados Unidos. Isso porque a Lei Magnitsky prevê que os sancionados não podem fazer negócios ou assinar contratos com cidadãos norte-americanos e empresas com sede no país.

Além disso, proíbe o sancionado de fazer operações financeiras em dólar e de ter cartões de crédito com bandeira nos Estados Unidos. Tais restrições, segundo o governo norte-americano, afetam o sancionado a nível global.

Já na visão do chanceler Mauro Vieira, cidadãos brasileiros não podem ser impactados, em solo brasileiro, por sanções aplicadas por outros países. Questionado sobre a situação de Alexandre de Moraes, o ministro foi enfático.

“Essa é uma lei norte-americana aplicada em território norte americano. Não pode ser aplicada em outro pais. Eles podem evidentemente tomar medidas, movimentação financeira nos Estados Unidos e não permissão de ingresso nos Estados Unidos, mas não pode ter vigência extraterritorial e atingir, dentro do território brasileiro, cidadãos brasileiros”, disse Mauro Vieira.

“Isso é a defesa da soberania brasileira e não da soberania americana. A lei americana deve ser aplicada com todo rigor dentro do território americano. No Brasil, não”, finalizou o ministro.

Na última quinta-feira (22/5), o secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, afirmou haver “grande possibilidade” de Alexandre de Moraes ser sancionado com a Lei Magnitsky.

Sanções a Moraes

Questionado pela coluna do Paulo Cappelli sobre a atuação da embaixadora do Brasil, Maria Luiza Viotti, para demover os Estados Unidos de aplicarem sanções a Moraes, Mauro Viera respondeu:

“Isso não é uma questão. A embaixadora está nos Estados Unidos para tratar das relações bilaterais”.

Metrópoles – Paulo Cappelli

Opinião dos leitores

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Geral

Governo Lula “está cagando” para produtores rurais, diz deputado

Foto: Kayo Magalhães/Câmara dos Deputados

O líder da Oposição na Câmara, deputado Zucco (PL-RS), disse nesta quarta-feira (28) que o governo está “cagando” e não tem compromisso com a renegociação das dívidas dos produtores rurais do Rio Grande do Sul. Ele disse que o atraso da securitização é reflexo da falta de respeito e de ataques aos produtores gaúchos que são “marcas” da administração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

“Os produtores gaúchos estão de joelhos. Não por fraqueza, mas por terem sido esmagados por enchentes, estiagem, tragédia climática, dívida impagável e por um Estado omisso, surdo à nossa dor”, disse em audiência na Câmara com o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, para falar sobre medidas governamentais para conter a alta dos preços dos alimentos.

O deputado declarou que os produtores rurais não têm mais tempo para esperar ação do Ministério da Agricultura e estão “desesperados”, porque as dívidas vencem no final de maio e os bancos aumentam a pressão contra eles.

Em resposta ao deputado, Fávaro afirmou que “em hipótese alguma pode-se dizer que o governo desrespeita e não atende o Rio Grande do Sul”.

“Talvez alguns se esqueçam de quanto recurso foi liberado em 2024 para reconstrução do Estado em todas as áreas. O governo foi extremamente atento. Reconheço que as medidas não surtiram 100% de efeitos. Mas há um processo para a volta à normalidade”, disse.

Zucco afirmou que o ministro deu a palavra aos produtores rurais de que os não deixariam “para trás” e que, além da renegociação de dívidas, criaria um grupo de trabalho para atender as demandas do setor, mas disse que, até agora, nada foi feito.

Fávaro afirmou que a securitização ainda não foi implementada porque o governo precisou criar o orçamento necessário para a execução, mas defendeu que o governo não está insensível. Declarou que as dívidas serão renegociadas e que irá enviar a regulamentação ao Banco Central.

COBRA DEMISSÃO

Zucco pediu que Carlos Fávaro demita o assessor especial do Ministério da Agricultura, Carlos Ernesto Augustin.

O congressista afirmou que o assessor debochou da situação dos produtores gaúchos durante uma das reuniões em que se debatiam alternativas de auxílio ao setor.

Segundo Zucco, Augustin disse que, se houver mais uma safra frustrada no Rio Grande do Sul, eles teriam que fechar o agro gaúcho.

O deputado afirmou que, caso o assessor não seja dispensado, significaria que o ministro concorda com o posicionamento.

Fávaro disse que estava presente no momento da fala e defendeu que o contexto da declaração não foi pejorativo e que, por isso, não demitirá o assessor.

“Eu sei o quanto ele está trabalhando pelo Estado. O que ele quis dizer é que o povo gaúcho não aguentaria outra quebra. Em hipótese alguma eu demitiria uma pessoa que está trabalhando. Não precisamos criar polêmica. Precisamos trabalhar por uma solução.”

Poder 360

Opinião dos leitores

  1. Essa atitude covarde do PT com o agro nunca foi novidade, todos nós sabemos que o PT, odeia produtores rurais.

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Mundo

Justiça americana suspende tarifaço de Trump

Foto: Emily Elconin/Getty Images

O Tribunal de Comércio Internacional dos Estados Unidos (EUA) suspendeu, nesta quarta-feira (28), as tarifas comerciais recíprocas propostas pelo presidente Donald Trump sobre os principais parceiros comerciais dos EUA, incluindo as tarifas do “Dia da Libertação”, impostas em 2 de abril. A Justiça entendeu que as medidas são ilegais por excesso de autoridade.

O tribunal decidiu a favor de uma liminar permanente, suspendendo as tarifas globais de Trump antes que os “acordos” com a maioria dos outros parceiros comerciais sejam firmados. Isso significa que a maior parte – mas não a totalidade – das tarifas de Trump será suspensa.

Entre as suspensões estão:

  • Suspensão das tarifas impostas no início deste ano contra a China, o México e o Canadá, destinadas a combater a entrada de fentanil nos EUA.
  • Suspensão das tarifas de 30% de Trump sobre a China
  • Suspensão das tarifas de 25% sobre produtos importados do México e do Canadá
  • Suspensão das tarifas universais de 10% sobre a maioria dos produtos que entram nos Estados Unidos, implementadas no “Dia da Libertação”, em 2 de bril.

Em contrapartida, a determinação não suspende as tarifas de 25% sobre automóveis, autopeças, aço ou alumínio, sujeitas à Seção 232 da Lei de Expansão Comercial – uma lei diferente daquela usada por Trump para a implementação de ações comerciais mais amplas.

A decisão pode, agora, ser contestada pelo governo de Trump em instância federal.

A medida foi tomada por três juízes do tribunal de Manhattan, em Nova York, que acataram o pedido de estados liderados por democratas e de um grupo de pequenas empresas que disseram que Trump utilizou indevidamente uma lei de emergência para justificar a imposição das tarifas.

Entendimento do tribunal

O tribunal de comércio decidiu que a Lei de Poderes Econômicos de Emergência Internacional (IEEPA), invocada por Trump para executar sua agenda tarifária, não concedia ao presidente autoridade suficiente para impor “tarifas ilimitadas sobre mercadorias de quase todos os países do mundo.”

“O tribunal não interpreta que a IEEPA confere tal autoridade ilimitada e anula as tarifas contestadas impostas sob esta lei”, afirma a decisão.

Em abril, quando as tarifas foram sancionadas, a ideia da gestão Trump era fortalecer a produção doméstica e combater o que o governo norte-americano considera práticas comerciais desleais.

O “tarifaço” foi uma das grandes políticas de governo de Trump no início deste seu segundo mandato e foi uma das responsáveis por desencadear uma Guerra Comercial com a China.

Metrópoles

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