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Pesquisadores da UFRN descobrem novas espécies de fungos

A pesquisadora Julieth Sousa, doutoranda em Sistemática e Evolução do Centro de Biociências (CB) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), sob orientação do professor Dr. Iuri Baseia, descobriu novas espécies de fungos importantes para compreensão e elaboração de novos medicamentos. A pesquisa foi publicada na revista PLoS ONE, uma das mais importantes da área.

Com base em características morfológicas e evidência filogenética (análise das sequências de genes no DNA das plantas), o estudo revelou novas espécies de fungos. “O reconhecimento correto das espécies é um requisito essencial para a compreensão da sistemática, da evolução e da ecologia” destaca a pesquisadora.

A Taxonomia Biológica é a área da Biologia voltada para a ordenação e classificação dos seres vivos. Nesta ciência, são estudadas as relações de parentescos entre os organismos e suas histórias evolutivas. A Taxonomia opera depois que ocorre a geração da árvore filogenética (representação gráfica das relações evolutivas) de um ser vivo.

“Os dados atuais da iniciativa global da Lista Vermelha dos Cogumelos da IUCN indicam que as populações estão aumentando em alguns países da Europa e, provavelmente, são subestimadas em outros países, como o Brasil” destaca o professor Iuri Baseia sobre a importância de estudos taxonômicos usando diferentes fontes de evidências para determinar espécies.

Métodos e descobertas

A espécie denominada M. O coliforme é considerada rara em todo o continente e listada em 20 países europeus, no entanto, faltam evidências em larga escala. Nesse sentido, o estudo consistiu em aplicar uma análise molecular dessa espécie.

Possuindo como base a microscopia eletrônica, que observa os padrões dos fungos para assim extrair o DNA, foi mostrado que o nome Myriostoma coliforme tem sido erroneamente aplicado, pelo menos, em duas espécies que estavam ocultas encontradas na Costa Rica e África do Sul, respectivamente. Além disso, outro gênero foi estabelecido como uma nova espécie descrita para o Brasil e Argentina.

Fungos

A descoberta do antibiótico se deu por meio de fungos. Isso ocorreu acidentalmente, em 1928, por Alexander Fleming, um médico microbiologista londrino, que antes de sair de férias, esqueceu de colocar as suas placas de cultura no frigorífico.

Ao retornar, verificou que numa das placas havia algo como uma auréola transparente à volta de um pouco de fungo, o que ficou percebido que ele estava produzindo uma substância bactericida (matava as bactérias). Desde então, a investigação neste campo tem sido imensa.

Atualmente, os antibióticos são substâncias químicas, naturais ou sintéticas, que possuem a capacidade de impedir a multiplicação de bactérias ou de as destruir, sem causar efeitos tóxicos para o indivíduo.

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Diversos

Pesquisadores da UFRN descobrem três novas espécies de fungos

Uma equipe internacional de pesquisadores vem atuando em colaboração com o Laboratório de Biologia de Fungos, do Departamento de Botânica e Zoologia, do Centro de Biociências, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Recentemente, descreveram três novas espécies de fungos do gênero Scleroderma na Amazônia brasileira.

Duas destas novas espécies podem estar extintas devido a inundação de seu habitat após a construção de uma barragem. O estudo, publicado na revista PLoS ONE, sublinha a importância da pesquisa na descrição de novas espécies para que sejam estudadas e nomeadas antes que sejam extintas.

As três novas espécies descritas são: Scleroderma duckei, encontrada no barranco de uma trilha na Reserva Adolfo Ducke, próxima a Manaus; S. anomalospora e S. camassuense, ambas descobertas na ilha de Camassú, no rio Xingu em 2015, e agora possivelmente extintas após a inundação da ilha para a construção da usina hidrelétrica de Belo Monte (PA).

“Os fungos desempenham um papel fundamental em todos os biomas como decompositores de matéria orgânica, e há grande contribuição de fungos ectomicorrízicos, tais como espécies Scleroderma para a nutrição das plantas em solos inférteis. Muitas espécies de Scleroderma no Brasil formam associação ectomicorrízica com espécies introduzidas (pinus e eucalipto) e apenas uma outra espécie deste gênero havia sido anteriormente descrita ocorrendo em vegetação nativa do Brasil”, explica o professor Iuri Goulart.

Importância da classificação das espécies

Estima-se que existam aproximadamente cinco milhões de espécies de fungos no mundo, das quais apenas 120 mil foram descritas até os dias atuais. A maioria das espécies de fungos ainda desconhecidas, provavelmente habitam as florestas tropicais, particularmente a Floresta Amazônica.

Nestas regiões, a ação humana tem causado um grande impacto ambiental, através da destruição de habitats e a introdução de espécies exóticas invasoras, levando à extinção de espécies nativas. Os fungos também são de grande importância para o desenvolvimento de pesquisas de novas vacinas e medicamentos que possam contribuir com a saúde humana.

“Os fungos produzem moléculas que podem ter inúmeras aplicações para o nosso benefício, como a produção de diversos fármacos” destaca o professor. No entanto, antes de detectar e identificar novas substâncias é essencial identificar novas espécies. Nosso estudo demonstra a urgência desse tipo de pesquisa, uma vez que existe um risco de que diversas espécies sejam extintas antes mesmo de serem descritas e nomeadas” conclui o professor.

Este estudo foi realizado pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Universidade Federal da Bahia, o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia e Universidade Federal do Pará, em colaboração com pesquisadores da Universidade de Tottori no Japão.

Com informações da UFRN

 

Opinião dos leitores

  1. A grafia dos nomes científicos deve seguir as normas, independentemente do local no qual sejam publicados.

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