Economia

Congresso derruba veto de Bolsonaro e aumenta limite de renda para acesso ao Benefício de Prestação Continuada

Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

O Congresso Nacional, em sessão conjunta de deputados e senadores, derrubou nesta quarta-feira (11) o veto do presidente Jair Bolsonaro a um projeto de lei que eleva o limite de renda para a concessão do Benefício de Prestação Continuada (BPC).

Com a mudança, terão direito ao benefício idosos com mais de 65 anos e pessoas com deficiência com renda familiar per capita inferior a meio salário mínimo – R$ 519,50, pelo salário vigente. Atualmente, o limite é um quarto de salário, ou R$ 259,75 por membro da família.

Como o veto foi derrubado, os trechos serão restaurados e promulgados pelo Congresso Nacional. O tema não volta à mesa do presidente Jair Bolsonaro e, para contestar a mudança, o governo terá que recorrer à Justiça.

A rejeição do veto terá impacto financeiro para o governo, uma vez que mais pessoas passarão a ter direito ao benefício. Segundo o Ministério da Economia, o efeito nas contas públicas será de cerca de R$ 20 bilhões por ano, e chegará a cerca de R$ 23,3 bilhões em 2029.

Entre os senadores, o veto foi derrubado por 45 votos a 14. Entre os deputados, foram 302 votos a 137 pela derrubada.

O BPC, no valor de um salário mínimo (atualmente em R$ 1.045), é pago mensalmente. Para ter direito, idosos ou pessoas com deficiência têm de comprovar que não têm meios próprios de se sustentar, e nem auxílio da família.

Ao receber o texto aprovado pelo Congresso, Bolsonaro decidiu vetar integralmente a proposta. Segundo ele, o texto não indicava de onde viria o dinheiro para custear as novas despesas.

Maia tentou acordo

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse ter conversado com líderes partidários para tentar manter o veto presidencial.

Na avaliação do parlamentar, a derrubada do veto “mais atrapalha do que ajuda”, e tem consequências orçamentárias para este e para os próximos anos.

“O impacto é grande. Em um momento difícil, em um momento em que a economia brasileira já começa a dar sinais de que não vai crescer o que estava projetado no início do ano, em um dia em que foi decretada pandemia [do coronavírus], com as bolsas caindo muito, com um nervosismo grande dos atores econômicos, acho que foi uma sinalização equivocada”, disse Maia.

“É claro que todos querem melhorar o valor do BPC, do Bolsa Família, melhorar os investimentos sociais no Brasil. Agora, o orçamento é um orçamento só. Então, na hora que você toma a decisão de criar despesa de um lado, você tem que entender que você pode, inclusive, correr o risco de ter um espaço menor para conseguir mais recursos para o enfrentamento do coronavírus”, completou o presidente da Câmara.

Impacto

Governistas que defendiam a manutenção do veto e parlamentares favoráveis a sua derrubada divergiram sobre o efeito da medida nas contas públicas.

O deputado Osmar Terra (MDB-RS), que até fevereiro gerenciava o BPC como ministro da Cidadania, afirmou que o número de beneficiados dobraria. “Isso inviabiliza todo o orçamento. Não vai ter dinheiro para mais nada”, afirmou Terra em plenário.

O deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente Jair Bolsonaro, afirmou que o impacto será de quase R$ 30 bilhões.

A senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA), favorável à derrubada do veto, questionou os números apresentados pelo governo. “Quando o governo faz a avaliação de que é um recurso bilionário, eu quero dizer para vocês que, aliás, todo dia o governo dá uma nova nota técnica. A primeira era de R$ 11 bilhões”, disse.

A sessão

Durante votação no Senado, somente a liderança do governo orientou pela manutenção do veto. Na Câmara, além do representante do governo, o bloco formado por partidos do Centrão também orientou por manter a decisão presidencial.

Ex-líder do governo no Congresso, a deputada Joice Hasselmann (PSL-SP) se posicionou, ao lado de parlamentares da oposição, contra o veto de Bolsonaro. Joice disse que, apesar do impacto nas contas públicas, a ampliação do BPC é meritória.

“Na natureza pura dos números, é algo que pode ser negativo, mas, quando olhamos o mérito dessa questão, estamos falando de deficientes físicos, de mães de crianças com hidrocefalia e tantos outros problemas […]. O que é que se faz com um salário mínimo neste país? Nós estamos falando de gente pobre, miserável […]. Não podemos dizer não às pessoas que precisam”, disse.

O líder do PP, Arthur Lira (AL), declarou ser favorável à manutenção do veto presidencial e chamou a atenção dos colegas para a elevação de gastos em um momento de crise fiscal.

Ele lembrou que já está em análise no Congresso uma medida provisória que concede 13º para beneficiários do Bolsa Família e do BPC, com impacto de R$ 7 bilhões.

“Essa votação, num momento em que a bolsa volta a cair em torno de 10%, nós derrubarmos um veto, são R$ 20 bilhões por ano. Com mais R$ 7 bilhões, são R$ 27 bilhões, quase R$ 30 bilhões que a gente demanda só em um assunto”, afirmou.

Pedro Lupion (DEM-PR) disse que a manutenção do veto era uma “questão de responsabilidade”.

“É óbvio que o governo teria vontade de dar tudo o que fosse possível. Nós não temos condições de aumentar”, disse.

G1

Opinião dos leitores

  1. Cambada de vagabundos esses representantes do povo. Não tem um mínimo de comprometimento. Deveria votar pra tirar do salário e benefícios deles e passar pro povo.

  2. Irresponsáveis num momento de crise desse já tá difícil hoje pra o governo imagina com uma bomba dessa

  3. O primeiro a pular do olho do furacão foi RM e agora Paulo Guedes está doido pra sair.
    Joga pro congresso mas até agora não enviou as propostas de reforma que tanto afirma ser necessárias. Mas onde estão elas? Dia 15 tem uma manifestação contra o congresso e em favor das reformas, mas quais?
    A única reforma que passou foi a da previdência e de Temer, pq foi a mesma. Detalhe, a reforma so passou pq o congresso assumiu e aprovou pq se dependesse do governo, era zero.
    Sempre tem um encantador de burros da vez.

  4. Cara Paulo Guedes, mande um projeto para o congresso criando um imposto sobre grandes fortunas, aí eu acredito nesse governo.

    1. Já nos 16 anos do governo luladrão, apesar de se considerar esquerdalha, não foi nem cogitado esse projeto, e você amava e acreditava.

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Geral

“ESPN” suspende 6 jornalistas depois de críticas à CBF em programa

Foto:reprodução

A ESPN suspendeu os jornalistas Dimas Coppede, Gian Oddi, Paulo Calçade, Pedro Ivo Almeida, Victor Birner e William Tavares. A decisão se deu após a realização de um ‘Linha de Passe’ que discutiu as denúncias publicadas pela ‘piauí’ sobre a gestão de Ednaldo Rodrigues na CBF.

O que aconteceu

Realizado na última segunda-feira, o programa debateu as informações publicadas pela revista e adotou tom crítico em relação à entidade.

A cúpula da emissora foi procurada pela direção da confederação para discutir o conteúdo.

O UOL apurou que a diretoria da ESPN se irritou ao não ter sido comunicada previamente sobre o conteúdo que iria ao ar.

O afastamento ocorreu na terça e o grupo será reintegrado amanhã. O próprio Gian Oddi confirmou isso em um vídeo postado em sua rede social.

”Eu volto ao Linha de Passe na quinta-feira, não só eu, como também os meus colegas e, sinceramente, se eu volto ao Linha de Passe, é porque eu tenho a consciência de que a gente vai poder continuar falando as coisas da maneira como a gente sempre falou, com a liberdade que eu sempre tive desde que eu entrei na ESPN há mais de 15 anos, contratado pelo José Trajano.”

A emissora transmite o Brasileiro da Série B, mas esse acordo foi fechado por meio da agência PEAK, contratada da LFU.

Com as mexidas, a edição de ontem do programa foi composta por uma mesa totalmente diferente, com os jornalistas André Pilhal, André Kfouri, Breiler Pires, Eugênio Leal e Leonardo Bertozzi . A escala de transmissão das partidas também teve de ser ajustada.

Por meio de sua assessoria, a CBF informou que “respeita a liberdade de imprensa com responsabilidade e não pede interferências de nenhum tipo na linha editorial de veículos de comunicação. Qualquer narrativa diferente desta é mentirosa e leviana”.

UOL

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Geral

VÍDEO: banda Ira! tem shows cancelados após expulsar fãs da direita

Foto:reprodução

A Scar Centro Cultural anunciou nesta quinta-feira o cancelamento de quatro shows da turnê “Acústico 20 Anos”, da banda Ira!, incluindo a apresentação que estava marcada para Caxias do Sul, no dia 2 de maio, na All Need Master Hall. Também foram cancelados shows em Jaraguá do Sul-SC, Blumenau-SC e Pelotas.

Segundo a empresa, que faria a locação dos espaços para os shows, a motivação foram os diversos pedidos de cancelamento de ingressos adquiridos para as apresentações nestas cidades, após situação ocorrida em show da banda em Contagem-MG, no dia 29 de março. Na ocasião, o vocalista da banda, Nasi, gritou “Sem Anistia” (aos acusados pelos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023) e foi vaiado por parte do público. Como reação, pediu aos bolsonaristas presentes que fossem embora.

“Por favor, vão embora! Vão embora da nossa vida! Vão embora e não apareçam mais em shows, não comprem nossos discos, não apareçam mais” disse o vocalista, segundo o G1.

Confira o Vídeo: 

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Pioneiro e G1

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RN

Promotor do Ministério Público destaca Mossoró como referência em inclusão

Foto:reprodução

Durante audiência pública realizada nesta terça-feira (09), na Câmara Municipal de Mossoró, o promotor de Justiça Olegário Gurgel Ferreira Gomes, titular da 10ª Promotoria de Justiça de Mossoró, com atuação na área da Infância e Juventude, reconheceu os avanços da cidade na pauta da inclusão e destacou que Mossoró tem se tornado uma referência no tema. “Mossoró deu um grande passo pela inclusão. A cidade deve se orgulhar da educação que tem. Eu sou testemunha disso”, afirmou o promotor durante sua fala.

A declaração ocorre em meio às críticas que buscam desqualificar iniciativas como o Projeto Incluir e outras políticas públicas da gestão municipal. A Prefeitura se manifestou alegando que, com o reconhecimento vindo de um representante do Ministério Público, “o discurso da oposição perdeu força diante do respaldo institucional e da realidade apresentada.”

Ao longo da audiência, foram apresentados dados e iniciativas que colocam Mossoró em destaque na inclusão educacional. Dentre esses, o O Projeto Incluir, que já foi aprovado pela Câmara para garantir 800 vagas para auxiliares de sala, com formação continuada e prioridade para profissionais qualificados. Além disso, todos os eventos oficiais do município contam com intérpretes de Libras, garantindo acessibilidade. Outro trabalho é visto nas escolas, que contam com cadeiras adaptadas e reforço na estrutura de acolhimento a alunos com deficiência.

Equipamentos como o CER (Centro Especializado em Reabilitação), que estava fechado, foi estruturado e hoje está em funcionamento com equipe completa e atendimento especializado. Na lista de ações o município conta ainda com o programa Jovens do Futuro, que até o final de 2024 terá alcançado 7 mil jovens em situação de vulnerabilidade social, incluindo pessoas com deficiência.

“O reconhecimento do Ministério Público, especialmente vindo de uma promotoria que acompanha de perto a realidade das crianças e adolescentes, fortalece a legitimidade das políticas públicas em curso e reafirma o protagonismo de Mossoró na pauta da inclusão no Rio Grande do Norte”, divulgou a Prefeitura.

Tribuna do Norte

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Brasil

Entidades policiais chamam PEC da Segurança de “inadequada e desnecessária”


Seis entidades que representam policiais estaduais e federais divulgaram manifesto nesta quarta-feira (9) com críticas à PEC da Segurança apresentada ao Congresso no dia anterior pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski. As organizações chamam a proposta de mudança constitucional de “inadequada e desnecessária” e cobram “soluções baseadas em dados concretos e dialogadas” para o enfrentamento do crime organizado.

“A proposta é inadequada e desnecessária, como reiteramos em diversos momentos. Parece, ainda, ser uma tentativa do Ministro de desviar a atenção dos reais problemas da segurança pública que vem demonstrando à frente da pasta, apostando na criação de uma norma cuja necessidade não se sustenta diante do arcabouço jurídico já existente”, afirmam as entidades no manifesto obtido pela CNN.

Essas organizações envolvem não só policiais civis e militares vinculados aos governos estaduais, mas também agentes de instituições subordinadas ao Ministério da Justiça, como a Polícia Federal.

Antes de apresentar oficialmente a PEC, o ministro da Justiça buscou diálogo com governadores – parte deles, vinculados a partidos de oposição ao governo Lula, vocalizou críticas por avaliarem invasão de competências entre – e representantes das forças de segurança envolvidas. Nesta quarta-feira (9), em audiência no Senado, Lewandowski afirmou que a PEC é uma “tentativa de organizar o jogo” no enfrentamento à criminalidade.

não só Lewandowski, mas a ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, recebeu dirigentes de entidades como as que representam os guardas municipais, defensores do texto final da PEC apresentado na terça-feira.

CNN

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Brasil

Deputados acionam MP por entidade ligada a Janja

Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

O deputado federal Kim Kataguiri (União) e o deputado estadual Guto Zacarias (União) ingressaram com uma notícia-crime junto ao Ministério Público Federal (MPG) pedindo a apuração de supostos atos de improbidade administrativa em contratos assinados pela União e a Organização dos Estados Iberamericanos (OEI).

Segundo os parlamentares, a entidade tem proximidade com a primeira-dama, Janja da Silva, que esteve perto de se tornar coordenadora da Rede Ibero-Americana para a Inclusão e a Igualdade em abril de 2023.

Na denúncia, os congressistas afirmam que a OEI teria firmado contratos com o governo federal sem passar pela análise técnica da Agência Brasileira de Cooperação (ABC). Os valores superam R$ 700 milhões.

De acordo com o documento enviado ao MP, os acordos abarcariam a realização e organização de eventos de grande porte, entre os quais a COP-30, prevista para novembro deste ano, e a Cúpula do G20.

“Estamos diante de um possível escândalo envolvendo desvio de recursos públicos, favorecimento indevido e quebra da legalidade. É inadmissível que se editem regras sob medida para uma entidade próxima à esposa do presidente. O Estado brasileiro não pode funcionar como balcão de negócios pessoais”, disse Zacarias.

Decretos de Lula

Em março de 2024, um decreto assinado por Lula elevou a taxa de administração em contratos como o da entidade com o governo federal de 5% para até 10%, segundo o jornal Folha de S.Paulo.

Em outra decisão, o petista permitiu à OEI, em setembro de 2024, contratar empresas sem licitação para a execução dos acordos.

O Antagonista

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Política

Lula vai se reunir com Alcolumbre antes de anunciar substituto de Juscelino

Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), disse a interlocutores que pretende se reunir com a cúpula do União Brasil, incluindo o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, assim que voltar ao Brasil.

Lula está em Honduras, onde participa da nona edição da cúpula de líderes dos países da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac). O presidente retorna a Brasília na madrugada desta quinta-feira (10).

A ideia é que o encontro de Lula com os parlamentares chancele a troca de comando no Ministério das Comunicações. Pedro Lucas Fernandes (MA), líder do União na Câmara dos Deputados, deverá ser o novo chefe da pasta.

O então ministro das Comunicações, Juscelino Filho, pediu demissão na noite desta terça-feira (8), depois que a Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentou denúncia contra ele por desvio de emendas parlamentares.

A PGR denunciou o ministro por suposto envolvimento em um esquema de desvio de emendas parlamentares por meio da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf).

De acordo com as investigações, quando era deputado federal, Juscelino teria direcionado recursos para Vitorino Freire (MA), cidade na qual sua irmã era prefeita. Há ainda suspeitas de que ele tenha recebido propina por meio de empresas de fachada.

CNN

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Política

Glauber Braga anuncia greve de fome após processo de cassação

Foto: Bruno Spada

O deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ) anunciou que vai fazer uma greve de fome após avançar o relatório que defendeu sua perda de mandato. “Não vou ser derrotado pelo Arthur Lira (PP-AL) e pelo orçamento secreto”, disse.

O que aconteceu

Ainda não foi votado o relatório pelo conselho. Ele disse que não vai se alimentar até o final do processo. “Vou permanecer nessa sala, no Congresso, até a finalização desse processo. Estou o dia inteiro de jejum e, a partir de agora, não vou me alimentar. Vou aguardar a decisão irrevogável. Vou permanecer aqui nesse plenário. Quem quiser chamar de greve de fome, chame como queira.”

Sessão teve final tumultuado. Chegaram parlamentares da oposição logo ao ser anunciado um pedido para terminar as discussões. Ele foi rapidamente aprovado. Houve decisão do presidente para que os convidados deixassem a sala. Houve reclamação de que não foi iniciada a ordem do dia, no horário habitual, o que suspenderia a sessão. Teve muita gritaria, mas a votação foi iniciada.

Ainda cabem recursos. Ele ainda pode recorrer na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) e, se o colegiado rejeitar seu recurso, o caso será analisado pelo plenário.

Cassação exige maioria absoluta da Casa. São necessários pelo menos 257 votos favoráveis no plenário da Câmara para que alguém perca o mandato.

Relator defendeu cassação pelo conselho. Paulo Magalhães (PSD-BA) apresentou parecer favorável à perda de mandato na semana passada, mas a votação foi adiada após pedido de vista de Chico Alencar (PSOL-RJ).

Uol

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Economia

Tarcísio sobre tarifaço de Trump: “Oportunidade para o Brasil”

Foto:reprodução

Governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) disse, em evento dessa terça-feira (8/4), que o tarifaço imposto pelo governo dos Estado Unidos “cria uma janela de oportunidade para o Brasil”.

A fala foi feita durante o Bradesco BBI, que contou com a presença de Fernando Haddad (PT). Na ocasião, Tarcísio comentou a nova tributação defendendo que ela poderá favorecer a agroindústria brasileira e ajudar o país a alcançar novos mercados.

“Talvez até pela gente não ser tão relevante em comércio exterior para os Estados Unidos, a gente não foi tão prejudicado em termos de tarifas. Agora eu acho que criou uma grande janela de oportunidade para o Brasil (…) Se a gente souber aproveitar essa janela de oportunidade, a gente pode abrir novos mercados, mercados que estavam fechados para o Brasil. Eu vejo esse tarifaço até como uma oportunidade ou um catalisador do acordo Mercosul-União Europeia.”

A fala do governador faz referência à decisão de Donald Trump de taxar em 10% os produtos brasileiro. A tarifa foi anunciada na semana passada e é mais baixa que a imposta sobre outros países como Reino Unido, Cingapura, Chile, Austrália e Turquia.

Durante o evento, o governador também defendeu a reforma orçamentária e criticou políticas assistencialistas do governo federal.

“As pessoas querem prosperar, querem crescer. A agenda assistencialista pura e simples vai perder força a cada dia, porque as pessoas querem crescer. Eu quero caminhar com minha própria perna, quero empreender, quero vencer, quero chegar lá, quero me capacitar, desenvolver meu próprio negócio (…). A agenda assistencial tem que ser uma agenda da emancipação, porque senão ela vira uma agenda de fracasso.”

Metrópoles 

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Geral

Em crise, Correios gastaram R$ 38 milhões em patrocínios no governo Lula

Foto: Marcelo Camargo

Afundados em uma crise financeira, os Correios já gastaram 38,4 milhões de reais em patrocínios neste terceiro governo Lula, incluindo 6 milhões de reais para o festival Lollapalooza e 4 milhões de reais para a turnê Tempo Rei, de Gilberto Gil, desembolsados no ano passado.

Segundo a estatal, o contrato com o Lollapalooza buscou fortalecer a “imagem de inovação junto a um público jovem, que não teve tanta experiência com a empresa”, com potencial de “agregar valor à marca, possibilitando associar sua marca a um dos maiores eventos de música do país e do mundo”.

Com o patrocínio aos shows de Gilberto Gil, por sua vez, a empresa afirma querer “agregar valor à sua marca considerando se tratar da última turnê do artista, (com a) expectativa que a mesma atraia a atenção de um público estimado em aproximadamente 800.000 pessoas em shows realizados no Brasil, Europa e Estados Unidos”.

Os Correios são comandados desde agosto de 2023 pelo advogado Fabiano Silva dos Santos, ligado ao Grupo Prerrogativas. Formalmente, a indicação para o cargo partiu do Ministério das Comunicações, e o mandato atual do executivo vai até 6 de agosto de 2025.

Os Correios afirmaram que a atual gestão trabalha para “reposicionar” a marca da estatal por meio de patrocínio de negócios, esportivos e culturais depois de o governo Bolsonaro ter “zerado” o investimento nessa área como parte de um processo de privatização, revertido pelo presidente Lula.

A estatal registrou déficit de 3,2 bilhões de reais no ano passado e não faz repasses para a Postal Saúde desde novembro, deixando um rombo de 400 milhões de reais na operadora de autogestão em saúde Vários hospitais pararam de atender os planos de funcionários da empresa.

Em 2023, os Correios direcionaram 3,3 milhões de reais para patrocínios, incluindo 400.000 reais para a apresentação dos bois Caprichoso e Garantido, no Festival de Parintins, no Amazonas, 500.000 reais para a Orquestra Criança Cidadã, em Pernambuco, e 350.000 reais no Festival CoMA, em Brasília.

Esse tipo de despesa disparou no ano passado, chegando a 33,8 milhões de reais. Além do Lollapalooza e da turnê de Gilberto Gil, a estatal fechou contratos de 4,5 milhões de reais com a Confederação Brasileira de Ginástica, 3 milhões de reais com os jogos universitários em todo o país e 2 milhões de reais com a feira de design Casa Brasil.

Ainda em 2024, os Correios também desembolsaram, entre outros contratos, 1,9 milhão de reais para exibir sua marca no Funn Festival, em Brasília, e 1 milhão de reais para patrocinar a festa de São João organizada pelo governo do Maranhão.

A estatal justifica a maioria dos patrocínios classificando-os como “projetos planejados” em seus planos anuais de comunicação, voltados a “posicionar os Correios como empresa concorrencial e sustentável, que possui importante papel de integração do Brasil e de inclusão de todos os brasileiros, por meio de sua ampla presença no território nacional e de seu amplo portfólio de produtos e serviços”.

Já em 2025, o único patrocínio divulgado pela empresa até o momento foi um repasse de 1,3 milhão de reais ao Encontro de Novos Prefeitos e Prefeitas 2025 com o presidente Lula, justificado, segundo os Correios, “pela oportunidade de ampliação do alcance de seu público-alvo, ao mesmo tempo que fortalece sua imagem e relevância no cenário nacional”.

VEJA 

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Geral

RECORDE: arrecadação de impostos no RN chega a R$ 7,9 bilhões em 2025

Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

O Rio Grande do Norte arrecadou entre 1º de janeiro de 2025 e esta terça-feira (8), mais de R$ 7,9 bilhões em tributos federais, estaduais e municipais, o maior volume desde 2004 levando-se em conta o mesmo período de cada ano. Os dados são do Impostômetro da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), que indicam um aumento de 8,2% no comparativo com igual período do ano passado. Em todo o País, até a tarde desta terça, foram arrecadados R$ 1,1 trilhão, conforme os dados disponíveis. Entidades do setor produtivo do RN avaliam que o desempenho do Estado tem a ver com o dinamismo da economia potiguar, especialmente do ano passado para cá.

Conforme os números apurados pela reportagem, desde 2004 (com R$ 710 milhões arrecadados entre 1º de janeiro e 8 de abril), quando a contagem foi iniciada, a arrecadação do RN praticamente seguiu em uma curva ascendente, com apenas uma oscilação em 2020, quando teve início a pandemia de covid-19. Naquele ano, a arrecadação entre janeiro e o início de abril no Estado ficou em R$ 4,3 bilhões (no anterior, o volume para o período foi de R$ 5,4 bilhões). A partir de 2021, o montante arrecadado registrou altas ininterruptas.

O presidente da Comissão de Direito Tributário da OAB/RN Igor Medeiros detalha que os números são decorrentes de contribuições de pessoas físicas e jurídicas, feitas de forma direta, ou seja, do bolso do consumidor, mas também de forma indireta. “A arrecadação em um estado passa por diversas variáveis. No RN, um dos maiores contribuintes é uma grande empresa de energia eólica, que está construindo um parque no interior. Essa empresa, por exemplo, contribui com Imposto de Renda de Pessoas Jurídicas, Contribuição Social sobre o Lucro Líquido, PIS e Cofins, que são os maiores tributos federais, além de IPI [Imposto sobre Produtos Industrializados]”, explica.

Além disso, são contabilizados os impostos estaduais, como ICMS, e municipais, a exemplo do ISS. “Quando uma torre eólica começa a operar no interior, já houve pagamento de tributos para compor esses R$ 7,9 bilhões em vários momentos. Então, parte considerável da contribuição é indireta”, diz o especialista. Para a população, que espera o retorno dos tributos pagos, fica a sensação de que faltam investimentos à altura da arrecadação. “A gente vê muita cobrança [de imposto] e pouco resultado, fala o motorista de transporte por aplicativo Luan Lázaro, de 31 anos.

Dados da arrecadação no RN*
Veja a evolução, ano a ano, da arrecadação de impostos

*Dados referentes ao período de 1º de janeiro a 8 de abril de cada ano

  • 2025: R$ 7,9 bilhões
  • 2024: R$ 7,3 bilhões
  • 2023: 6 bilhões
  • 2022: R$ 5,7 bilhões
  • 2021: R$ 5,1 bilhões
  • 2020: R$ 4,3 bilhões
  • 2019: R$ 5,4 bilhões
  • 2018: R$ 4,5 bilhões
  • 2017: R$ 4,2 bilhões
  • 2016: R$ 3,5 bilhões
  • 2015: R$ 3,6 bilhões
  • 2014: R$ 3,3 bilhões
  • 2013: R$ 3 bilhões
  • 2012: R$ 2,8 bilhões
  • 2011: R$ 2,4 bilhões
  • 2010: R$ 2 bilhões
  • 2009: R$ 1,6 bilhão
  • 2008: R$ 1,5 bilhão
  • 2007: R$ 1,1 bilhão
  • 2006: R$ 976 milhões
  • 2005: R$ 838 milhões
  • 2004: R$ 710 milhões

Fonte: Impostômetro

Tribuna do Norte

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