Política

Como uma simples proposta de emenda pode acabar mudando as eleições no Brasil

Foto: Agência Brasil

O que seria uma simples Proposta de Emenda Constitucional (PEC) para tratar do adiamento das eleições quando houver feriado próximo a elas pode se tornar uma ampla reforma eleitoral.

Em maio, a deputada Renata Abreu (Podemos-SP) foi indicada relatora da comissão especial criada um mês antes pelo presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), para debater a PEC 125/11.

De autoria do deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP), o objetivo do autor era apenas evitar o questionamento da legitimidade dos resultados por causa da evasão de eleitores que viajam em feriados prolongados.

A relatora, no entanto, optou por ampliar a discussão. Para a parlamentar, a população não está satisfeita com o sistema eleitoral atual e é preciso debater métodos alternativos. Em dois meses de trabalho da comissão especial foram dezenas de sugestões de alterações. Entre elas, a do distritão — discussão já levantada anteriormente — e o voto preferencial — modelo de apuração que acabaria com o segundo turno (leia mais abaixo).

Na terça-feira (6), Lira reuniu os presidentes dos partidos de centro e de direita em sua residência oficial para tentar chegar a um consenso e levar a PEC à pauta. Entre os presentes, Gilberto Kassab (PSD), Baleia Rossi (MDB), Bruno Araujo (PSDB), Roberto Freire (Cidadania) e Marcos Pereira (Republicanos).

Não foi possível chegar a um acordo. A grande maioria dos dirigentes partidários é contra mudanças no atual sistema eleitoral, em especial tão perto das eleições. Segundo apurou a CNN, Lira deve se manter neutro. As bancadas estão divididas. Pela legislação, o Congresso tem até outubro para aprovar alterações que sejam válidas já na disputa de 2022.

“Ficou acertado que votamos até o dia 4 de agosto, depois do recesso. Até lá vou trabalhar no convencimento individual dos líderes para ver o que tem adesão e depois finalizar o texto. E decidir se vamos votar as alterações fatiadas ou em votação única”, afirma a deputada Renata Abreu, que também participou da reunião.

Os sistemas de votação em estudo

Segundo a relatora, o grande desafio é que os dirigentes querem manter o sistema atual, enquanto alguns parlamentares preferem o distritão ou o distrital misto. Para a eleição de deputados, o método usado é o proporcional, aquele em que a representação se dá na mesma proporção da preferência do eleitorado pelos partidos políticos.

Os assentos das Casas Legislativas são distribuídos de acordo com a votação total dos candidatos e do partido, o que leva partidos mais votados a eleger candidatos não tão bem classificados.

Tal sistema, segundo cientistas políticos, é capaz de refletir os diversos pensamentos e tendências existentes na sociedade, já que possibilita a eleição da maioria dos partidos políticos existentes, observadas as suas representatividades.

Já o sistema distrital é personalista e tende a agravar a crise de representação, dificultando ainda mais o acesso de grupos politicamente minoritários, segundo especialistas. As cadeiras que cada estado (distrito) tem na Câmara viriam a ser preenchidas pelos mais votados. Em São Paulo, por exemplo, seriam eleitos os 70 mais bem votados, o que beneficiaria os parlamentares ou pessoas influentes já conhecidas.

Renata Abreu discorda desse raciocínio. “Eu, pessoalmente, acho que o distrital misto seria um bom sistema porque mescla o proporcional e distrital. É um sistema de transição para conseguir um sistema mais aprimorado, é legislar para frente para conseguir avanços. Não vejo diferença nas críticas que fazem entre o sistema atual e o distrital. Hoje já existe personalismo. Os youtubers, por exemplo, já são favorecidos com visibilidade”, explica Renata.

No sistema distrital misto, o eleitor vota duas vezes: uma em um candidato do seu distrito (município ou estado) e outra em uma lista de candidatos preordenada pelo partido, ou seja, o voto na legenda. Assim, metade dos parlamentares é eleita por maioria de votos dos distritos – representando demandas locais da população –, enquanto a outra metade das vagas é preenchida pelos candidatos dos partidos mais votados.

O distrital misto tem sido discutido pelo Congresso pelo menos desde 2017, mas até hoje não há consenso. O presidente do Cidadania, Roberto Freire, é contra grandes alterações no sistema eleitoral neste momento.

“O distritão é um projeto de sistema eleitoral que nenhum país sério adota e vai gerar uma anarquia parlamentar, seriam 513 personalidades. É um sistema menos democrático, que vai reduzir o número de partidos”, afirma Freire.

Doutora em Ciência Política e professora da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Graziella Guiotti Testa também questiona o momento para discutir uma reforma eleitoral, sobretudo pelo Congresso ainda estar funcionando de forma híbrida, com o trabalho de comissões e audiências públicas prejudicadas.

“A primeira pergunta que deve ser feita é: qual o objetivo normativo da reforma política? Se o objetivo normativo é que as pessoas compareçam às urnas, como propõe o texto original da PEC, então é bom que se adie as eleições quando houver feriado. Mas isso é uma mudança muito pequena e pontual que serve como justificativa para puxar outros debates que ainda não estão maduros. E nesse momento é difícil uma articulação da sociedade civil para influenciar no processo decisório”, explica Graziella.

O presidente do PSD, Gilberto Kassab, também diz ser contra alterações neste momento e lembra que já tivemos uma reforma eleitoral em 2017. Na ocasião, o Congresso criou um novo Fundo Eleitoral de R$ 1,7 bilhão para substituir as doações de empresas, estabeleceu uma cláusula de barreira (partidos que não tiverem uma quantidade mínima de votos perdem o acesso a recursos a partir de 2019) e proibiu as coligações em eleições proporcionais (de vereadores e deputados estaduais e federais).

“O modelo aprovado em 2017 ainda não foi testado nos estados nem na eleição nacional, apenas nas eleições municipais de 2020. E deu certo. Precisamos aguardar a finalização dessas mudanças”, afirma Kassab.

Ele é contra o distritão e, apesar de ver com bons os olhos o modelo misto, ressalta que são apenas dois meses até o prazo final para mudanças eleitorais antes da data estipulada por lei.

“O distritão é um modelo que acaba com a política, com os partidos, com a representatividade do eleitor. Prevalece o individualismo e ainda facilita o acesso de crime organizado e milícias. Esse modelo não existe em lugar nenhum do mundo. Para o distrital misto, precisaríamos de um grupo preparado para debater no Congresso”, diz o presidente do PSD.

As mudanças em discussão

As próximas duas semanas serão de muita conversa entre líderes partidários e parlamentares para tentar chegar em um consenso. Confira as alterações que estão em discussão na PEC 125/11:

Cota de gênero — Essa proposta está sendo debatida com a bancada feminina da Câmara dos Deputados. Apesar de, em 2018, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ter determinado aos partidos políticos a obrigatoriedade de reservar pelo menos 30% dos recursos do Fundo Eleitoral para as candidatas, as deputadas acreditam que a medida ainda não foi suficiente para o equilíbrio de gênero no Parlamento. A intenção é fazer uma reserva obrigatória de cadeira para mulheres que deve se iniciar em 15% e chegar até 22% por estado.

Plebiscitos — Inclusão de plebiscito durante o processo eleitoral para consulta de diversas mudanças no sistema eleitoral, incluindo a mudança para parlamentarismo. Para a professora Graziella Testa, como nossas eleições são concomitantes e já têm grande número de candidatos que precisam ser votados na mesma eleição, aumentar a quantidade de decisões em um mesmo pleito pode prejudicar o processo decisório. “Normalmente, a eleição legislativa já fica prejudicada porque os debates são voltados ao Executivo. Se incluir uma decisão importante como essa de mudança de sistema eleitoral, pode confundir o eleitor.”

Sistema distrital misto ou distritão — Para além das vantagens e desvantagens de cada tipo de votação, a professora ressalta a dificuldade que o Brasil tem em consolidar um sistema eleitoral. “A ditadura militar dificultou muito a consolidação do nosso sistema partidário e essa questão do personalismo muito forte na nossa política tem sido particularmente perigosa nessa última década porque o populismo se tornou realidade não só no Brasil como em outros lugares do mundo. Então, o problema maior do distritão ou distrital misto é que ambos são sistemas mais personalistas existentes do que o proporcional de lista aberta, que temos agora. Nesse sentido, o distrital misto é menos prejudicial do que o distritão, mas os dois seriam um retrocesso porque o personalismo político é um problema que precisa ser resolvido”, avalia a professora da FGV.

Voto preferencial — Proposta de autoria da deputada Renata Abreu, que tem por objetivo acabar com o segundo turno e diminuir a polarização. Cada eleitor poderia votar em apenas um ou escolher múltiplos candidatos por nível de preferência, numerados do melhor para o pior. Quem receber 50% dos votos é eleito. Porém, se não houver vencedor majoritário, é feita nova contagem, eliminando o candidato menos votado. Os eleitores que colocaram o eliminado em primeiro lugar de suas listas terão suas segundas preferências consideradas. Assim, os candidatos que aparecem na sequência do ranking dos eleitores mantêm suas chances, porque o processo de recontagem continua até que haja um vencedor com mais da metade dos votos.

“Nas últimas eleições vimos a população votando em quem não queria para não correr o risco de que fosse eleito um desafeto ou em quem tinha mais chance e não em seu preferido. Somando os milhões de eleitores que não compareceram às urnas aos milhões que votaram nos demais candidatos, constatamos um número elevado de eleitores que não se encaixou na polarização entre os dois colocados para o segundo turno, optando pelo voto útil para eleger o que eles entendiam, muitas vezes, ser os menos piores, mesmo com esses carregando altas taxas de rejeição popular”, explica a relatora da PEC.

Os críticos a este sistema, no entanto, afirmam que, na prática, acabam eleitos candidatos que já estão na primeira ou segunda colocação, além de considerarem o sistema de votação confuso, podendo afetar a credibilidade do processo eleitoral.

Inclusão dos senadores na cláusula de desempenho — A cláusula de desempenho dos candidatos prevê um número mínimo de votos para um deputado federal, estadual ou distrital se eleger. A intenção é inibir os casos em que um candidato com poucos votos seja eleito com a ajuda dos “puxadores de votos” do partido ou da coligação. No entanto, essa legislação atual não abrange senadores.

“A inclusão dos senadores na cláusula de desempenho, eu acho interessante se ela vier amarrada com algum critério de fidelidade partidária no Senado. Hoje, a regra de fidelidade na Câmara é muito estrita, mas no Senado, o mandato é completamente do parlamentar. E isso tem gerado um leilão, senador que muda de partido muito rapidamente, e isso não é interessante. O problema de estabelecer a cláusula de barreira no Senado sem ter algum critério de ligar o senador ao partido é que, na verdade, vai aumentar esse leilão. O fato de um senador mudar de partido vai ser muito valioso porque facilitaria esse partido cumprir a cláusula”, explica Graziella Guiotti.

Voto facultativo — Outro ponto ainda incerto da reforma, que está sendo discutido por emendas, e é polêmico. “Uma consequência benéfica do voto obrigatório é que torna os partidos políticos menos clientelistas. Além disso, aumenta a participação de mulheres tanto votantes quanto eleitas. Por outro lado, temos várias evidências internacionais que denotam que o voto facultativo diminui a participação eleitoral. E, ao contrário do que as pessoas imaginam, é o voto facultativo que faz com que o eleitor se informe menos”, afirma a cientista política.

Candidaturas avulsas (sem filiação partidária) — É outra discussão que ganhou força nas eleições de 2018, mas segue sem consenso. Ainda está em discussão por emendas e não no texto final da relatora. “A candidatura avulsa vai no mesmo sentido do personalismo já citado. É um problema para a governabilidade porque cada pessoa se torna um partido. Serão 513 partidos na Câmara? É possível? Eu acho curioso esse debate porque estávamos indo em outro sentido de debate de tentar diminuir a fragmentação e tentar gerar alguma coesão interna dos partidos e possibilitar uma governabilidade mais orgânica, que de fato faça sentido com a ideologia dos partidos e com a representatividade do eleitor. A candidatura avulsa vai em outro sentido e fragmenta ainda mais o sistema”, opina a professora.

Endurecimento das regras de fidelidade partidária — “Se for incluir os senadores nas regras e, em alguma medida, cargos do Executivo, seria muito interessante. As mudanças sobre mudança de partido acabaram acontecendo no Judiciário. O ideal seria, de fato, que uma alteração na legislação que evitasse o troca-troca partidário viesse do Legislativo”, avalia Graziella.

Diminuição de assinaturas em projeto de iniciativa popular – Atualmente, para apresentar um projeto de lei de iniciativa popular à Câmara dos Deputados é preciso reunir a assinatura de, no mínimo, 1% do eleitorado nacional, distribuído por pelo menos cinco estados, com não menos de 0,3% dos eleitores em cada um deles. “É uma proposta interessante para aumentar a participação popular. Hoje em dia é muito difícil falar que um determinado projeto é de iniciativa popular porque hoje é muito mais fácil procurar um parlamentar para encampar e apresentar esse projeto. O critério hoje de número de assinaturas é quase proibitivo”, afirma a professora.

Outras discussões sobre partidos e eleições

Além da PEC relatada pela deputada Renata Abreu, há ainda a retomada de discussão de um projeto de lei de 2015, do Senado, que institui as federações de partidos políticos a partir de mudanças na Lei dos Partidos Políticos (Lei 9.096/95) e na Lei das Eleições (Lei 9.504/97). O PL 2.522/15 teve o regime de urgência aprovado em junho e também deve entrar na pauta no segundo semestre.

Por meio de federação de partidos, as legendas associadas agem como se fossem uma única legenda, tanto nas eleições quanto durante a legislatura. Seria permitida a união de partidos por quatro anos, como um mecanismo para transpor a cláusula de desempenho aprovada em 2017 que poderia salvar da extinção as siglas pequenas.

Outra discussão relacionada que deve entrar em pauta em agosto é o Código Eleitoral, um projeto ainda não apresentado oficialmente e que busca unificar em uma só lei as várias normas previstas em leis ordinárias e em resoluções do TSE.

A deputada federal Margarete Coelho (PP-PI) é relatora do grupo de trabalho de discute o projeto. Um texto preliminar foi disponibilizado para as bancadas com 938 artigos. Ele trata, dentre outros temas, das regras de criação, fusão e extinção de partidos, regras de filiação partidária, redefine quantidade de candidatos proporcionais, regras de registro de candidatura, regras de propaganda partidária e eleitoral e tipifica crimes eleitorais. Um dos pontos polêmicos refere-se à possibilidade de empresas privadas serem contratadas pelas siglas para auditarem a contabilidade partidária.

Ainda há a sugestão da criação de um “percentual de acerto” dos institutos nas últimas eleições, que deverá ser divulgado junto às pesquisas. Além disso, as pesquisas eleitorais não poderiam ser divulgadas no sábado de véspera da eleição e no dia do pleito.

CNN Brasil

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Brasil

Barroso rejeita novos pedidos para afastar ministros

Foto: Gustavo Moreno/SCO/STF

O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), rejeitou nesta terça-feira, 25, dois pedidos para afastar os ministros Flávio Dino, Cristiano Zanin e Alexandre de Moraes da análise da denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por participação na trama golpista.

A ação foi movida pela defesa de Filipe Martins, ex-assessor do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e denunciado pela PGR, alegando que o ministro Moraes seria parcial para atuar no caso. Os advogados citaram ainda manifestações de Zanin e Dino que, segundo eles, justificariam a suspeição de ambos.

No despacho, Barroso negou a solicitação de afastamento dos ministros dizendo que a defesa apresentou a ação fora do prazo “regimental de 5 dias para o respectivo ajuizamento”.

Além disso, a parte requerente teve conhecimento dos fatos supostamente caracterizadores da suspeição desde o dia 09.08.2024, quando teve acesso aos autos da Pet 12.100. No entanto, a presente arguição de suspeição somente foi protocolada nesta Corte em 10.03.2025, quando já exaurido o prazo regimental de 5 dias para o respectivo ajuizamento. Por esse motivo, não deve ser conhecida”, decidiu.

Segundo o ministro, “ainda que o pedido tivesse sido feito” dentro do prazo estabelecido, “não seria o caso de acolhê-lo”, pois não houve “demonstração clara, objetiva e específica da parcialidade do julgador”.

“Ainda que o pedido tivesse sido feito de forma tempestiva, não seria o caso de acolhê-lo. A hipótese atrairia a incidência da pacífica jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, que se orienta no sentido de que o reconhecimento do impedimento ou da suspeição pressupõe demonstração clara, objetiva e específica da parcialidade do julgador, nos termos dos arts. 252 e 254 do CPP e dos arts. 277 e 278 do RISTF. Para essa finalidade, não são admitidas alegações genéricas, que não demonstrem a concreta ocorrência das situações que comprometeriam a imparcialidade do julgador“, afirmou.

Em outra solicitação, Barroso negou o pedido de impedimento de Dino para atuar nos casos relacionados ao 8 de janeiro.

A defesa alegou que o ministro teve papel ativo “na gestão da crise” no momento dos ataques às sedes dos três Poderes.

O Antagonista 

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Polícia

Polícia conclui investigação sobre morte de candidata a vereadora no RN e indicia suspeito por homicídio culposo

Foto:reprodução

A Polícia Civil concluiu nesta terça-feira (25) a investigação sobre a morte da candidata a vereadora Edivania Bezerra de Freitas, de 44 anos, no município de Venha-Ver, no interior do Rio Grande do Norte, e indiciou o único suspeito por homicídio culposo.

Edivania foi encontrada morta em 9 de agosto do ano passado em uma zona rural da cidade. Ela estava debaixo do carro e dentro de um barreiro de água. Um homem que estava com ela no momento da morte foi preso pela Polícia Civil no mesmo dia, por volta das 11h, em Icó, no Ceará.

Segundo a polícia, uma reprodução simulada constatou que o ocorrido no local foi um acidente e não um homicídio doloso.

O laudo do Instituto Técnico-Científico de Perícia (Itep) apontou que a vítima não apresentava sinais de violência física, tendo o óbito sido causado por asfixia e afogamento.

Homicídio culposo

O suspeito do crime foi indiciado por homicídio culposo, segundo a Polícia Civil, por estar sob efeito de álcool conduzindo um veículo com condições mecânicas inadequadas, o que resultou no acidente.

 

As investigações apontaram que a vítima tinha uma relação com o suspeito, que estava com ela no dia do acidente.

Segundo a polícia, em mensagens de áudio enviadas à família, o investigado afirmou que o carro havia se deslocado sozinho e atingido Edivania após eles pararem o veículo no local. Ele alegou ainda ter tentado socorrê-la, sem êxito.

Durante a investigação, segundo a polícia, relatos da irmã da vítima confirmaram que o veículo, de propriedade do suspeito, apresentava falhas no sistema de freio de mão, o que poderia ter contribuído para o ocorrido.

G1

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Geral

Morada da Paz Essencial inaugura unidade na Mário Negócio

 

O Grupo Morada expande sua atuação com a nova unidade do Morada da Paz Essencial – Assistência Funeral localizada na avenida Mário Negócio, no Alecrim, em Natal/RN.

Funcionando como central de velórios, o espaço foi planejado para oferecer um ambiente estruturado e acolhedor, garantindo suporte adequado às famílias enlutadas.

Com atendimento funerário e administrativo disponível das 7h às 19h, a unidade assegura que cada família receba assistência especializada ao longo do dia, com empatia e respeito.

Comprometida com a missão do Morada da Paz Essencial de proporcionar cuidado e acolhimento humanizado, a nova unidade reforça o compromisso da empresa em garantir despedidas dignas e estruturadas, respeitando as necessidades individuais de cada cliente.

A Gerente de marketing Eliza Fonseca destaca a importância desse novo espaço.
“Nosso objetivo é acolher as famílias em um momento sensível, oferecendo um ambiente preparado para proporcionar conforto e respeito. Criamos essa unidade para garantir que cada despedida seja conduzida com dignidade, estrutura adequada e o padrão já reconhecido do Morada da Paz”, afirma.

Sobre o Morada da Paz Essencial

Com uma rede exclusiva de atendimento, que inclui centrais de velório, planos de assistência funeral e cemitérios, o Morada da Paz Essencial se destaca no setor ao oferecer soluções completas que facilitam a tomada de decisões em momentos delicados.

A empresa prioriza um atendimento humanizado, com espaços cuidadosamente planejados para que cada cerimônia de despedida seja significativa e respeitosa. Seu compromisso com acolhimento e qualidade reflete a união entre tradição e inovação.

O Morada da Paz Essencial conta com cinco tipos de planos, adaptáveis às diferentes necessidades de quem deseja se preparar para o futuro. Com mensalidades a partir de R$ 29,90, os pacotes incluem todos os preparativos para funeral e velório, além de opções com sepultamento em jazigo vertical e/ou cremação.

Um diferencial é a possibilidade de incluir animais de estimação como dependentes, garantindo também a despedida digna para os pets.

Mais informações sobre os planos estão disponíveis no site:
http://www.moradaessencial.com.br.
Morada da Paz Essencial – Mário Negócio

R. Dr. Mário Negócio, 1809 – Alecrim, Natal/RN
Telefone: 0800 123 4848

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Geral

Corrida do Cabelo Maluco: Uma experiência única para crianças

Neste sábado dia 29 de março, às 15h teremos um evento super incrível : A corrida do Cabelo Maluco! Essa corrida foi pensada para proporcionar uma experiência única para crianças de 3 a 13 anos. Mais do que correr, as crianças vão viver uma tarde de muita diversão!

Idealizada por Ana Karla Santiago, fotógrafa e apaixonada por registrar a infância e esportes, e que trabalha com fotografia há 15 anos com a sua empresa Year Book.

As crianças já podem chegar a partir das 15h, porque antes da corrida teremos o Concurso do Cabelo Maluco, alongamento. Como a proposta é soltar a criatividade, quem caprichar no penteado mais divertido vai concorrer a prêmios!

Além disso, quando receber o kit da corrida nessa quinta feira ,cada criança poderá pintar a própria camisa, deixando sua marca registrada nessa experiência.

E tem mais!

🔹 O Sonic estará presente na corrida recebendo as crianças.
🔹 Dupla de cantores para animar com música e dança.

Essa é a forma que a Year book encontrou para celebrar seus 15 anos: reunindo crianças e famílias em um evento cheio de cores, energia e momentos inesquecíveis – e, claro, registrados em fotos incríveis!

Fique de olho nas redes sociais @corridacabelomaluco e @yearbookfoto para mais informações sobre inscrições e programação.

Vem correr e se divertir com a gente!

Quando e onde?

📅 Dia 29 de março (sábado)
⏰ A partir das 15h | Largada às 16h

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RN

Semtas promove ação do Cadastro Único no Ginásio Nélio Dias nesta semana

Foto: José Aldenir/Agora RN

A Prefeitura de Natal, por meio da Secretaria Municipal do Trabalho e Assistência Social (Semtas), realizará uma grande ação do Cadastro Único no Ginásio Nélio Dias, nos dias 26, 27 e 28, com atendimento das 9h às 16h. A expectativa é atender 2 mil pessoas por dia, totalizando 6 mil atendimentos.

A iniciativa busca facilitar o acesso da população ao Cadastro Único, permitindo a atualização cadastral e a inclusão de novas famílias nos programas sociais. A secretária de Trabalho e Assistência Social, Nina Souza, ressaltou a importância da ação para agilizar os atendimentos e reduzir a demanda reprimida.

“Nosso objetivo é ampliar o atendimento e garantir que mais pessoas possam regularizar seus dados e continuar recebendo os benefícios sociais que fazem a diferença na vida de tantas famílias”, afirmou.

Para participar da ação, os interessados devem se dirigir ao Ginásio Nélio Dias, com entrada pelo Portão 8, levando um documento de identificação (RG, CPF ou certidão de nascimento de todos os membros da família), comprovante de residência atualizado e, se houver, comprovante de renda.

O Cadastro Único é um sistema do Governo Federal que identifica e caracteriza as famílias de baixa renda, sendo a principal porta de entrada para programas sociais como o Bolsa Família, a Tarifa Social de Energia Elétrica, o Benefício de Prestação Continuada (BPC) e o Minha Casa Minha Vida, entre outros. Manter os dados atualizados é essencial para garantir o acesso e a continuidade desses benefícios. Mais informações podem ser obtidas nos canais oficiais da Prefeitura de Natal.

Agora RN

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Economia

Segundo Haddad, implementação da reforma tributária ainda vai até 2032

Foto: MARCELO CAMARGO/AGÊNCIA BRASIL

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta terça-feira (25) que a luta pela implementação da reforma tributária ainda vai se desenrolar até 2032, em especial para combater os lobbies para excluir da reforma diferentes setores.

Durante evento na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), na capital paulista, o ministro disse considerar como único defeito da reforma, a ampliar as exceções para pagamento de impostos.

“Se pudesse colocar um defeito nesta reforma — diante do caos que estamos vivendo, é até pecado dizer que é defeito — é a gente ampliar as exceções, porque isso faz com que a alíquota padrão vá se distanciando dos 21 22% de alíquota média”, afirmou. “Então, a luta não acabou. Do meu ponto de vista, o recado que a gente tem que ter aqui é que assim, luta não acabou. Nós temos uma reforma, a melhor possível em regime democrático”, acrescentou.

Haddad disse acreditar que isso poderá ser reavaliado ao final do prazo de transição em 2032. Aos empresários, o ministro afirmou que essas exceções levam a um aumento da alíquota média Imposto sobre Valor Agregado (IVA), o novo tributo que substituirá os impostos e contribuições que vigoram atualmente..

Além de prever a isenção tributária para produtos da cesta básica, a devolução de impostos para famílias de baixa renda, chamada de cashback, o texto da lei complementar definiu, entre outros pontos, a inclusão de novos setores com redução da alíquota em 60% e também definiu 18 atividades por profissionais liberais que terão alíquota reduzida em 30%.

Com inclusão de exceções para setores da economia e produtos, a alíquota-padrão do IVA subiu para 27,84%, segundo cálculos preliminares. Isso porque alíquotas menores para um segmento significa alíquota maior sobre os demais produtos.

A lei complementar da reforma foi sancionada em janeiro. Ela institui um teto de 26,5% para a alíquota-padrão. Em 2031, uma avaliação estimará se as alíquotas finais do IVA, que entrarão em vigor em 2033, serão maiores que 26,5%. Caso positivo, o governo enviará um projeto para reduzir as exceções a setores e produtos, que precisará ser aprovado até o fim de 2032, para reequilibrar a alíquota-padrão em 26,5% em 2033.

Agência Brasil

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Brasil

STF deixa para quarta decisão que pode tornar réus Bolsonaro e aliados

Foto:Gustavo Moreno/STF

O Supremo Tribunal Federal (STF) vai decidir na manhã de quarta (25//3) se torna réus o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e mais sete aliados em ação sobre uma suposta tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022, vencidas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Os ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) retomaram, na tarde desta terça-feira (25/3), sessão para avaliar a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR). Pela manhã, houve manifestação do procurador-geral da República, Paulo Gonet, e da defesa dos denunciados. Bolsonaro decidiu assistir presencialmente ao julgamento e está sentado em frente ao relator do processo, ministro Alexandre de Moraes.

O julgamento ocorreu sem maiores problemas pela manhã, mas o advogado de um denunciado que não está sendo julgado nesta terça tentou forçar sua entrada no plenário e chegou a ser detido por desacato.

Nesta quarta, o julgamento volta com o voto do ministro Alexandre de Moraes e dos demais membros da Primeira Turma sobre aceitar ou não a denúncia.

METRÓPOLES 

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Geral

FBI fala em ‘terrorismo doméstico’ e lança força-tarefa para conter onda de vandalismo contra a Tesla

Foto: Steve Marcus/Las Vegas Sun via AP

O diretor do Departamento Federal de Investigações dos Estados Unidos (FBI, na sigla em inglês) classificou a onda de ataques a veículos e concessionárias da Tesla como “terrorismo doméstico”, na noite desta segunda-feira (24).

A declaração foi feita pelo diretor da instituição, Kash Patel, no X, antigo Twitter.

Patel também afirmou que o FBI promove uma força-tarefa para “intensificar a resposta e coordenar as ações”.

“O FBI está investigando o aumento da atividade violenta contra a Tesla e, nos últimos dias, tomamos medidas adicionais para intensificar nossa resposta e coordenar nossas ações.

Isso é terrorismo doméstico. Os responsáveis serão perseguidos, capturados e levados à justiça”.

Na semana passada, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que pessoas que forem pegas vandalizando veículos e lojas da marca Tesla têm uma “grande chance de ir para a prisão por até 20 anos”.

Episódios de ataques a carros e concessionária da Tesla têm sido frequentes nos Estados Unidos. Nesta terça-feira (18), após um novo episódio deste tipo acontecer em Las Vegas, a procuradora-geral dos EUA, Pam Bondi, condenou os recentes ataques violentos e afirmou que o Departamento de Justiça já acusou várias pessoas pelos crimes.

“O enxame de ataques violentos à propriedade da Tesla nada mais é do que terrorismo doméstico. Continuaremos as investigações que impõem consequências severas aos envolvidos nesses ataques, incluindo aqueles que operam nos bastidores para coordenar e financiar esses crimes”, disse Bondi em uma declaração.

Em uma entrevista recente à rede de TV americana Fox News, o presidente dos EUA, Donald Trump, também disse que acredita que carros da Tesla incendiados podem ser um ato de terrorismo.

Em publicação na rede social X, nesta terça, Elon Musk compartilhou o vídeo do ato de vandalismo registrado em Las Vegas e lamentou os ataques.

“Este nível de violência é insano e profundamente errado. A Tesla só faz carros elétricos e não fez nada para merecer esses ataques malignos”, afirmou o bilionário, que fez acusações durante participação em podcast no dia anterior: “Pelo menos parte disso é organizado e pago por organizações de esquerda, financiadas por bilionários de esquerda, essencialmente”.

g1

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Geral

STF: ministros da 2ª Turma não assistem à sessão do julgamento da denúncia contra Bolsonaro e focam em outras agendas

Foto: Gustavo Moreno/STF

Fora do julgamento da denúncia contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), os ministros da Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) não assistiram à sessão da Primeira, preferindo focar em suas próprias atividades.

Indicados por Bolsonaro à Corte, os ministros André Mendonça e Nunes Marques, por exemplo, passaram a manhã estudando os casos que serão julgados mais tarde pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Ambos são ministros efetivos do TSE, que tem sessão às 19h.

O ministro Gilmar Mendes, decano do tribunal, participou de três eventos, um deles na Câmara Legislativa do Distrito Federal. Os ministros Dias Toffoli e Edson Fachin também ficaram trabalhando nos processos do seu acervo.

As defesas dos acusados chegaram a pedir à Corte que, pela relevância do caso, a denúncia fosse julgada no plenário, pelo quórum completo do tribunal. Entretanto, o relator, ministro Alexandre de Moraes, preferiu levá-la à Primeira Turma.

Moraes poderia ter levado o caso a plenário se assim entendesse necessário, mas não havia essa obrigação – pelo contrário: o regimento interno do STF prevê expressamente a atribuição das turmas para casos penais.

Interlocutores do relator dizem que, além de ele querer seguir estritamente o que diz o regimento, na Primeira Turma há mais chances de que seu voto seja seguido à unanimidade, como tende a acontecer.

Além de Moraes, fazem parte da Primeira Turma os ministros Luiz Fux, Cármen Lúcia, Flávio Dino e Cristiano Zanin. Ficam de fora os ministros da Segunda Turma e o presidente do STF, ministro Luís Roberto Barroso, que só participa dos julgamentos em plenário.

CNN Brasil – Luísa Martins

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Geral

UNIMED NATAL: Chapa 1 fortalece compromisso com a política de conflito de interesse

A Chapa 1, liderada pelo médico cardiologista Ricardo Queiroz, reafirmou nesta terça-feira (25) seu compromisso com a ética e a transparência, destacando a adesão à Política de Conflito de Interesse. O compromisso, assinado por todos os membros da chapa em fevereiro, busca garantir uma gestão focada nos interesses coletivos dos médicos cooperados.

Um dos principais pontos é a proibição do credenciamento de novas unidades ou empresas nas quais membros da Diretoria ou do Conselho tenham participação societária e continuem atuando. Isso visa evitar qualquer favorecimento e garantir que as decisões sejam tomadas sem conflitos de interesse.

A Chapa também reforça que as decisões devem ser sempre em benefício coletivo, sem influências pessoais ou políticas, assegurando uma gestão transparente e íntegra. Além disso, os integrantes se comprometem a atuar de forma imparcial, promovendo a equidade e a administração sustentável.

Por fim, o grupo propõe incluir esse compromisso no Estatuto da Cooperativa, tornando a política de conflito de interesse uma norma permanente para as futuras gestões, consolidando o compromisso com a boa governança da Unimed Natal.

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