A coletiva pelos 100 dias da administração da governadora Rosalba começou morna, bem organizada ao extremo com bastante pré-requisitados para blindar a gestora de perguntas específicas que poderiam ser respondidas por secretários.
Rosalba começou em passo lento listando suas ações nestes 100 dias (na verdade hoje são 99 dias), sem atacar e salientando sempre que sua gestão “salvou a Copa do Mundo”.
Anunciando a criação do Samu no Seridó, um novo portal de transparência e o pagamento de R$ 100 milhões de dívidas da gestão passada.
A coletiva, apesar de algumas novidades boas em termos de promessas (veja mais embaixo), foi amarrada por regras determinadas para os jornalistas.
Como a realização de apenas 2o perguntas pré-determinadas por temas e ainda sem direito a tréplica. Ou seja. Foi limado qualquer tipo de debate com a chefe do executivo.
Rosalba gastou boa parte do seu tempo mostrando obras e ações da gestão passada que estão sendo retomadas e pagas, como a situação de algumas escolas da capital que estava em reforma e sem aulas.
Anunciou a criação de um programa clone do Balcão de Ferramentas da época de José Agripino governador, onde o microempresário poderá ter um crédito para abrir seu negócio. Na empolgação
Em alto e bom som ela afirmou que a Copa do Mundo estará em Natal, que foi garantida pelo seu governo e quem em 99 dias foi realizado mais que nos últimos dois anos do governo Wilma.
Disse que o RN não perderia os recursos que estavam garantidos para obras estruturantes por causa da Copa e jogou duro afirmando que após o Campeonato Estadual estava garantida a assinatura da Ordem de Serviço.
Continuou pelo caos na saúde com filas para cirurgias que estariam resolvidas e a criação do Samuzinho para atendimento infantil. Do saneamento básico com o funcionamento, em breve, da estação de efluentes do Baldo, obra que estaria parada segundo a governadora e foi retomada por sua gestão.
Na segurança dois temas mereceram destaque. A criação do programa Sertão Seguro com ações do Bope através de trabalhos de inteligência e uma ronda comunitária no bairro Nossa Senhora da Apresentação, na Zona Norte, sendo primeira parte deste projeto-piloto.
Quando foi aberto para perguntas, poucas, aí que começou a coletiva para valer.
Rosalba falou dos prédios alugados à Central do Cidadão no governo anterior e que estariam superfaturados, bateu de frente em Iberê Ferreira.
Jogou pesado sobre a situação da mortalidade infantil e acabou atingindo dois aliados: os ex-governadores Garibaldi Filho e José Agripino.
A coletiva durou quase três horas e os secretários que não estiveram presentes foram Manoel Pereira, da Administração, Robinson Farias (Recursos Hídricos) e da Agricultura e Pesca, Betinho Rosado, além da Defensora Pública Cláudia Queiroz.
Cheia de regras, amarradas, com muitas pré-determinações que tiraram a oportunidade de esclarecer e ampliar o debate.
De organização e como blindagem à governadora, a coletiva atingiu seus objetivos. Para ampliar o debate, não alcançou a meta de muitos dos jornalistas presentes.
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