Comportamento

A geração de mulheres que põe o orgasmo em primeiro lugar

(Elisa Riemer/CLAUDIA)

Em 1949, a filósofa Simone de Beauvoir escreveu em Segundo Sexo, obra que se tornaria referência para os movimentos feministas: “Na cama, a mulher aguarda o desejo do homem, espera, por vezes ansiosamente, seu próprio prazer”. Naquele momento, as mulheres lutavam pelo direito de trabalhar e, nas décadas seguintes, com a pílula anticoncepcional, ganharam mais autonomia para planejar a gravidez.

Hoje, não esperam mais pelo próprio prazer e guiam, elas mesmas, essa busca. Com a reinvenção do feminismo, na última década, estimulado pela discussão de ideias nas mídias sociais, uma nova geração de mulheres adentra a vida adulta com outras perspectivas sobre a sexualidade – mais centradas nelas e menos preocupadas em atender a convenções ultrapassadas.

Concentradas na faixa dos 20 aos 40 anos, se insurgem contra a violência nas relações, o descaso e a ignorância sobre o que lhes dá prazer. Além de poder decidir, elas querem gozar. Há um deslocamento sobre a percepção da sexualidade, que passa a incluir as mulheres no papel de protagonistas e tem o consenso como base na hora do sexo. Assim, não seria exagero afirmar que elas abrem frente para uma nova revolução sexual.

“Ainda que nas décadas passadas tenha se iniciado uma revisão comportamental, a grande mudança aconteceu nos últimos anos. A mulher não se expressava. Agora se permite fazer escolhas sem tanta culpa nem estereótipos”, afirma Heloísa Buarque de Hollanda, professora aposentada de sociologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e autora do livro Explosão Feminista: Arte, Cultura, Política e Universidade (Companhia das Letras).

Se antes as conversas sobre sexualidade feminina ficavam confinadas a grupos de amigas, com o que a socióloga chama de a “explosão” elas passaram a compartilhar experiências via redes sociais. Essa ampliação permite que o debate vá, pouco a pouco, atingindo diferentes perfis e gerações de mulheres.

“Hoje, até a mãe de família mais recatada tem acesso à internet, e sua cabeça já começa a mudar ao ter contato com as filhas, que vivem este momento”, explica Heloísa. Nesse espaço recente, por vezes, elas percebem que não são as únicas a enfrentar certas situações e a estar insatisfeitas com suas experiências sexuais. Ao mesmo tempo, trocam vivências positivas.

Após um relacionamento que não lhe trazia nenhum prazer e a deixava insegura para explorar o próprio corpo, a carioca Roberta publicou um pedido de ajuda em um grupo de Facebook que reúne mulheres de todo o Brasil. Conforme descrevia no post de 2016, Roberta não conseguia ter orgasmos e cada relação sexual era um fiasco.

“Na época, eu tinha um namorado que rechaçava masturbação feminina, sentia nojo de sexo oral feminino e não se importava com meu prazer”, conta a jovem de 24 anos, estudante de pedagogia.

No entanto, suas questões eram ainda mais complicadas, remontando à infância – aos 8 anos, havia sido estuprada por um primo; aos 14, a relação que entendia como a do fim de sua virgindade também acontecera à força. Dali em diante, todas as suas experiências sexuais a lembravam das violências.

O contato com outras mulheres, ao vivo e virtualmente, fez com que despertasse para o impacto dessas vivências em sua sexualidade e a repensar a forma como a conduzia. “Passei a me masturbar, encontrei prazer no sexo ao me relacionar com homens com pensamentos mais abertos e me assumi bissexual. Agora, sou muito mais plena”, afirma. O nome dela e o de outras mulheres que compartilharam suas experiências com a reportagem foram trocados para preservar a privacidade delas.

A geração de Roberta admite a possibilidade de experimentar diferentes práticas sexuais e de não se limitar a identidades de gênero e orientação sexual predefinidas. “Surge a noção de sexualidade fluida, mais aberta à diversidade e mais livre de tantos estereótipos sobre o que é sexo”, aponta Carolina Ambrogini, coordenadora do Projeto Afrodite, que orienta mulheres sobre sexualidade e está instalado no Departamento de Ginecologia da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

Romper com os estereótipos implica novas formatações para relações sexuais – isto é, foge ao protocolo que entende sexo apenas sob o ponto de vista das relações heterossexuais e da penetração – e para os papéis de gênero desempenhados. Em busca de parceiros que façam sentido, os nativos digitais usam ainda a tecnologia, o que inclui tanto os aplicativos de relacionamento quanto o envio e recebimento de sexts (termo em inglês para as mensagens e fotos de cunho sexual, mais populares entre os jovens).

E, embora a qualidade das parcerias seja preponderante para definir quando e se terão satisfação, o prazer passa a ser entendido como algo a ser conquistado também por si mesmos. “Antes, eu acreditava que os outros me fariam ter experiências e que, se conseguisse namorados legais, isso se resolveria por si só”, conta Roberta.

Quando adolescente, Stella, curiosa com os mistérios do próprio corpo, obtinha informações de programas de TV para jovens, dada a quase inexistência de diálogo sobre sexo com a família. Foi o bastante para depreender que, antes de ter prazer com um parceiro, precisaria buscá-lo por si própria.

A percepção foi potencializada quando a advogada, hoje com 25 anos, ficou solteira após o fim de um relacionamento iniciado ainda na adolescência. “Comecei a me masturbar quando adulta, mas era muito mais difícil do que diziam. Eu não sentia absolutamente nada”, comenta sobre a situação, que se arrastou por anos.

Imaginava que o problema devia estar no seu corpo – se não se julgava capaz de ter orgasmos no sexo, quanto mais se tocando. Até que resolveu investir em vibradores. “Passei a conseguir guiar o meu parceiro com muita naturalidade”, diz Stella. Antes disso, durante o período de maior frustração, iniciou diversos testes na tentativa de sentir algum prazer. Deixou até a pílula de lado para entender como o ciclo menstrual, livre de interferências, poderia afetar sua libido.

Há dúvidas no meio científico sobre os efeitos da pílula anticoncepcional no desejo sexual feminino de modo generalizado, mas pode-se afirmar que as mulheres respondem de diferentes formas à sua ação – basicamente, a pílula injeta hormônios que acabam por impedir a ovulação.

Durante a fase de testes, em 1956, com cerca de 1,5 mil mulheres em Porto Rico, foram ouvidas queixas sobre náuseas, tontura e dores de cabeça, mas a eficácia do procedimento era muito mais sedutora do que os malefícios apresentados por uma minoria. Reconhecida como um dos fatores mais importantes da revolução sexual vivenciada pelas mulheres na década seguinte, a adoção da pílula como método anticoncepcional universal é revisada agora pela nova geração.

“Muito pelo modo como a ginecologia se organiza, o corpo feminino é visto como algo a ser controlado. O oposto disso é o que tem acontecido, com as mulheres requisitando saber mais sobre si mesmas”, explica a ginecologista Halana Faria, do Coletivo Feminista Sexualidade e Saúde, em São Paulo.

Nesse sentido, há o resgate de métodos não hormonais considerados obsoletos na prevenção de gravidez indesejada, como o diafragma (88% de eficácia) e o DIU de cobre (99% de eficácia), que, combinados ao uso da camisinha, têm êxito ampliado. Também entra nessa conta a adoção de métodos de percepção de fertilidade, como a análise do muco basal – sim, aquele que aparece na calcinha em diferentes consistências ao longo do mês – e da temperatura corporal.

Essa revisão é também reflexo de preocupações com uma vida mais saudável e sustentável e inclui outras opções, como a substituição dos absorventes descartáveis por coletores menstruais e calcinhas absorventes. Por fim, os homens passam a ser mais requisitados a se responsabilizar por contracepção também.

Sexualidade controlada

Na prática, apesar de essas mudanças estarem atingindo parcelas maiores da população, muitas transformações de paradigma estão longe de se enraizarem na sociedade brasileira, que pouco discute uma educação para o livre exercício da sexualidade.

A iniciação sexual de jovens se dá muito mais com base na pornografia e na ideia de sexo penetrativo, com a mulher assumindo posição submissa. Ao mesmo tempo, há a educação pautada pelo medo de DSTs e gravidez. “Isso precisa ser transformado com um papo sobre o direito da mulher ao prazer, com espaço para que as pessoas possam viver sua sexualidade de maneira livre e não formatada”, indica Halana Faria.

Na falta de um debate que atinja a todos, a importância do prazer feminino e da liberdade para a mulher é especialmente negligenciada. “Sinto que mesmo entre amigas da mesma idade, mulheres que considero bem resolvidas, falar sobre essa busca por prazer sexual é tabu”, conta Maria Luísa, 24 anos, estudante de arquitetura, de São Paulo.

A percepção veio dias após mais uma relação casual, quando ela, que já estava iniciada na masturbação e no uso de vibradores, decidiu ir à uma sessão de terapia que se propõe a ajudar mulheres a encontrar seu potencial para orgasmos mais intensos (veja nossa seleção de iniciativas com esse objetivo em “Sob Medida para Elas”, a seguir). Abriu as janelas digitais de conversas com diferentes amigas e, de boa parte delas, recebeu feedbacks desinteressados.

“Foi completamente diferente de usar sozinha, fiquei muito entregue e surpresa ao notar que era capaz de mais”, revela. A jovem, que afirma ter dificuldade para se sentir à vontade no sexo, considera que a experiência repercutiu positivamente não só na sua sexualidade mas, sobretudo, em outras áreas da vida. Ao perceber que poderia ter mais plenitude sexual, quis maximizar outros resultados.

“Coincidentemente ou não, me senti mais disposta e ativa. Fui atrás de outro estágio, com foco no que eu queria para minha carreira. Esse tipo de ação é muito diferente do meu comportamento habitual”, conta Maria Luísa. Como mulher solteira, ela está tranquila e não pensa em encontrar imediatamente um parceiro ideal, capaz de satisfazer todos os seus desejos – nem mesmo em se jogar em uma busca desenfreada pelo sexo perfeito.

Embora as mulheres tenham conquistado mais espaço, a livre manifestação de suas vontades no sexo enfrenta reações adversas – aqui incluídas múltiplas alternativas, desde violência física até pornografia de vingança. As agressões, frequentemente, giram em torno de estereótipos que determinam o comportamento das mulheres. As tentativas de exercer a própria sexualidade são condenadas.

“A mulher pode sofrer muitos reveses quando inverte a lógica do sexo pelo prazer masculino ou para a reprodução”, afirma a jornalista e escritora manauara Nadia Lapa, respaldada pela própria experiência. Em 2012, aos 31 anos, sofreu o que hoje seria chamado de linchamento virtual após criar um blog no qual relatava as aventuras sexuais do início dos seus 30 anos. “O que seria diversão se tornou um problema. Muitos comentários eram bastante cruéis, chegavam a detalhar como eu deveria morrer”, conta sobre as mensagens que recebia.

A motivação para as ofensas em grande medida estava no fato de ela ter resolvido transar com quem bem entendesse e narrar isso. As agressões se intensificaram quando veio a público que a autora dos relatos era gorda – e porque supunham que fosse do Nordeste.

“Eu pensava que experimentava minha sexualidade de maneira livre, mas tinha dificuldade em recusar a atender pedidos que não me agradavam”, lembra Nadia. Resolveu então relatar situações que a deixavam desconfortável nas relações e, a partir daí, houve uma virada no tipo de comentários em suas publicações. “Passei a receber também e-mails, por vezes de pessoas que eu conhecia na vida real, revelando que já haviam sofrido violências e abusos.”

Com a experiência, buscou referências para entender por que era alvo de tamanho ódio – e por que tantas outras mulheres eram submetidas a cenas degradantes durante o sexo. Encontrou na literatura feminista algumas respostas, logo no início da reinvenção do movimento.

“Não imagino que meus relatos teriam recepção diferente se fossem publicados hoje, mas acredito que teria maior proteção por parte das mulheres”, conclui Nadia. Sem que a repressão tenha se esgotado, elas criam novos escudos e formas alternativas de apoiarem umas às outras.

Cláudia

 

Opinião dos leitores

  1. Ninfomaníaca, é isto que as mulheres precisam ser, igual aos homens, que buscam o seu prazer sexual a qualquer custo, não importa como, com quem ou com o que, o importante é sentir prazer. Essa coisa de que não pode isso não pode aquilo é passado, na visão destas feministas.

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Brasil

Lula nega interferência e diz que vetar celular em escolas é educar

Foto: Reprodução/YouTube @canalgov

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defendeu nesta 2ª feira (13.jan.2025) que a proibição do uso de celulares nas escolas é uma forma de educação, não de “proibição”.

“Depois que ele [estudante] sair da sala de aula e chegar na casa dele, que a mãe dele faça o que ele quiser, nós não vamos proibir. Nós não estamos interferindo na proibição, estamos apenas educando que tem lugar que é permitido e lugar que não é”, disse.

A declaração do petista foi dada em cerimônia de sanção do PL (projeto de lei) 104 de 2015, que veta o uso de aparelhos eletrônicos portáteis por estudantes do setor público e privado. As regras valem assim que publicadas.

Para o presidente, o texto servirá para que “o humanismo não seja trocado por algoritmo”.

SANÇÃO

O projeto foi sancionado sem vetos. A cerimônia no Palácio do Planalto contou com congressistas, o ministro da Educação, Camilo Santana, e a ministra dos Direitos Humanos, Macaé Evaristo.

Eis alguns pontos da restrição:

  • valerá para escolas públicas e privadas, em todas as etapas da educação básica (ensinos infantil, fundamental e médio);
  • será para as salas de aula, o recreio e os intervalos entre as aulas;
  • outros aparelhos eletrônicos portáteis também estarão restritos.

O texto permite o uso de celular para:

  • atividades pedagógicas, com orientação de professores;
  • situações de estado de perigo, necessidade ou força maior;
  • assegurar a acessibilidade, a inclusão e os direitos fundamentais e para atender às condições de saúde dos estudantes.

A proposta determina ainda que caberá às escolas oferecer treinamento periódico para identificar e prevenir o sofrimento mental pelo uso dos aparelhos.

Fonte: Poder 360

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Brasil

VÍDEO: idosa de 80 anos sobe em portão para fugir de enxurrada no DF

As fortes chuvas desse domingo (12/1) no Distrito Federal destruíram propriedades e deixaram moradores ilhados em meio às enxurradas. Uma idosa de 80 anos precisou subir em um portão para fugir do alagamento.

As imagens foram gravada em um vídeo, que viralizou na redes sociais.

“80 anos de idade em cima do portão, olha lá o perigo”, diz a pessoa que grava a cena.

Outras duas pessoas também são vistas no vídeo: um homem mais velho e um mais novo, tentando manusear uma escada de mão. As imagens mostram eles auxiliando a senhora à usar a escada para descer de cima do portão.

Fonte: Metrópoles

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Meio Ambiente

Captura e comercialização de caranguejo fica proibida no Nordeste durante período de defeso

Foto: Reprodução

Começou nesta segunda-feira (13) o segundo período de defeso do caranguejo-uçá (Ucides cordatus), uma das espécies mais consumidas no litoral brasileiro.

Até o próximo sábado (18) está proibida a captura, transporte, beneficiamento, industrialização e comercialização dessa espécie no Rio Grande do Norte. A medida, regulamentada pelos Ministérios da Pesca e Aquicultura (MPA) e do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), é fundamental para proteger o período reprodutivo do crustáceo, conhecido como “andada”.

Nessa fase, os caranguejos deixam suas tocas nos manguezais para acasalar e liberar ovos, um ciclo significativo para a sobrevivência da espécie. Além do RN, o defeso ocorre de forma simultânea em outros estados, como Ceará, Paraíba, Maranhão e Bahia.

De acordo com a bióloga e supervisora da Área de Proteção Ambiental dos Recifes de Corais, Jaciana Barbosa, o período de defeso é importante para garantir a manutenção das populações do caranguejo-uçá. “A andada é um momento crítico no ciclo de vida do crustáceo, pois é quando ocorre a reprodução. Se essa fase não for devidamente protegida, o risco de redução das populações no futuro aumenta significativamente”, explicou.

Além disso, Jaciana destaca o impacto social da medida. “Muitas comunidades dependem do caranguejo-uçá como fonte de renda. Respeitar o defeso é importante não só para o meio ambiente, mas também para assegurar a continuidade dessa atividade econômica de forma sustentável”, comentou.

Regras e fiscalização

Empresas e comerciantes que lidam com o caranguejo-uçá devem declarar seus estoques ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) antes do início de cada período de defeso. Apenas os estoques declarados podem ser comercializados durante esse período, desde que comprovada a origem.

Durante as fases de “andada”, é proibida a captura, transporte e comercialização da espécie, conforme a Lei n.º 9.605/98 e o Decreto Federal n.º 6.514/08. Essas medidas visam proteger o ciclo reprodutivo do caranguejo, garantindo a preservação da espécie e o equilíbrio dos manguezais.

O Idema reforça que a proteção do caranguejo-uçá é essencial para a conservação dos ecossistemas de manguezais e que denúncias sobre infrações podem ser feitas diretamente ao Ibama, por meio do contato do Disque Denúncia: 0800-061-8080, na opção número 02.

Fonte: Portal 98Fm

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Geral

Nesta próxima quarta (15), Potiguar e ABC se enfrentam pelo Campeonato Potiguar na Casa de Apostas Arena das Dunas

Foto: Cedida

O primeiro jogo da temporada 2025 na Arena promete ser jogão. O Potiguar enfrentará o ABC pela segunda rodada do primeiro turno do Campeonato Potiguar. O jogo será na próxima quarta-feira, 15, a partir das 20h, na Casa de Apostas Arena das Dunas.

Vendas online: www.casadeapostasarenadasdunas.com.br
Vendas físicas: Gol Mania Store (Lagoa Nova, Nova Parnamirim e Zona Norte).
Também estão sendo vendidos camarotes privativos, que são comercializados exclusivamente através do telefone (84) 3673-6811.

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Brasil

Lula veta projeto que considera diabetes tipo 1 como deficiência

Foto: Getty Images

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vetou integralmente o texto do projeto de lei nº 2.687, de 2022, que classifica o diabetes mellitus tipo 1 como deficiência. A decisão foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta segunda-feira (13/1).

Se aprovada a mudança, os portadores da doença poderiam ter acesso a benefícios estendidos a pessoas com deficiência, como o Benefício de Prestação Continuada (BPC), condições especiais para aposentadoria e até isenção em alguns impostos.

O titular do Planalto considerou que o texto tem “vício de inconstitucionalidade” ao não apontar o impacto orçamentário da alteração.

Para o governo, “há violação ao princípio da precedência da fonte de custeio, previsto no art. 195, § 5º, da Constituição, que exige a existência de fonte de custeio para a criação, majoração ou extensão de benefício ou serviço da seguridade social”.

O presidente também considerou que o projeto viola a Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, mudar a classificação do diabetes, sem considerar a avaliação biopsicossocial para apontar os “impedimentos da pessoa em interação com o meio”.
O veto pode ser derrubado pelo Congresso Nacional.

A decisão foi tomada após consulta aos seguintes órgãos: Ministério da Fazenda, o Ministério do Planejamento e Orçamento, o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, o Ministério da Saúde e a Advocacia-Geral da União.

O senador Alessandro Vieira, relator do projeto no Senado, criticou o veto. “É lamentável que o governo escolha fazer economia burra às custas de quem mais precisa. Vamos agora trabalhar pela derrubada do veto, pois é um projeto justo e necessário”, disse.

Fonte: Metrópoles

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Educação

Jovem de Baraúna é a única potiguar a tirar mil na redação do Enem 2024

Foto: Reprodução/Instagram

Em contato com a reportagem da TRIBUNA DO NORTE, a professora de redação de Anna Beatriz, Marcela Melo, comemorou a conquista da aluna. “Estou muito feliz, porque ela merece. Há muito tempo que sou professora dela e posso comprovar a sua dedicação”, disse a educadora.

“Minha filha, quanto orgulho de você, mas eu sabia que na hora de Deus chegaria a tua tão sonhada nota 1.000. Só nós sabemos da sua dedicação, seu esforço”, disse a mãe, Olívia Bezerra, em publicação nas redes sociais.

Fonte: Tribuna do Norte

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Geral

Crime organizado teve R$ 4 bilhões apreendidos pela Polícia Federal em 2024, diz diretor-geral Andrei Rodrigues

Foto: divulgação/PF

O diretor-geral da Polícia Federal (PF), o delegado Andrei Passos Rodrigues, afirmou nesta sexta-feira, 27, que a corporação apreendeu mais de R$ 4 bilhões em bens do crime organizado em 2024. Segundo ele, os números incluem imóveis, veículos, aeronaves e valores, resultado de cerca de 2,5 mil operações realizadas ao longo do ano. As informações foram dadas em entrevista à GloboNews.

Rodrigues destacou que houve um aumento superior a 60% nas apreensões em comparação ao ano passado. “Antes de 2023, os valores anuais não passavam de R$ 700 milhões. Este ano, ultrapassamos R$ 4 bilhões”, explicou.

Outro ponto mencionado foi a criação de 33 forças integradas de combate ao crime organizado, abrangendo todos os estados e regiões do Brasil. “Já realizamos mais de 300 operações conjuntas com as polícias estaduais, resultando na prisão de mais de mil pessoas”, acrescentou.

O diretor disse que, no último ano, avanços importantes foram feitos na transição de sistemas, com apoio dos ministérios da Defesa e da Justiça. “Com o adiamento, teremos melhores condições de assumir esse controle de maneira eficiente”, afirmou.

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Geral

50,4% desaprovam e 46,1% aprovam governo Lula, diz Paraná Pesquisas

Foto: Wilton Junior/Estadão

Levantamento Paraná Pesquisas divulgado nesta segunda-feira (13) mostra que 50,4% dos eleitores desaprovam o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), enquanto 46,1% aprovam. A situação é de estabilidade desde novembro de 2024.

A pesquisa ouviu 2.018 pessoas com 16 anos ou mais em todo o Brasil de 7 a 10 de janeiro de 2025. O intervalo de confiança é de 95%. Já a margem de erro é de 2,2 p.p (pontos percentuais), para mais ou para menos.

AVALIAÇÃO

O percentual daqueles que consideram o governo Lula “péssimo” oscilou para cima ante o último levantamento. Foi de 31,3% para 34,2%. Já os que classificam a gestão do petista como “ótima” caiu de 11,7% para 11,1% no mesmo período.

No recorte por região, o Nordeste é a única em que a maior parte aprova o governo Lula. São 51,6% ante os 43,9% que dizem desaprovar. Outros 4,5% dos entrevistados não sabem ou não responderam.

Poder 360

Opinião dos leitores

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Geral

Questionado por Moraes, e-mail com convite a Bolsonaro é do site oficial da posse de Trump; entenda

Foto: Divulgação

O e-mail com o pedido para o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) viajar aos Estados Unidos e participar da posse de Donald Trump, marcada para a próxima segunda-feira, foi enviado por um domínio do site oficial da organização do evento. No último sábado, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), mandou a defesa de Bolsonaro comprovar a origem da mensagem.

O convite, enviado pelo endereço @t47inaugural.com – vinculado ao site da posse de Trump –, foi direcionado ao e-mail pessoal de Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente, às 0h46 da última quinta-feira.

“Em nome do presidente eleito Trump, gostaríamos de convidar o presidente Bolsonaro e um convidado para a cerimônia de posse do presidente eleito Trump e do vice-presidente eleito Vance na segunda-feira, 20 de janeiro, em Washington, DC. Além disso, gostaríamos de estender um convite ao presidente Bolsonaro e um convidado para comparecer ao Starlight Inaugural Ball na noite de 20 de janeiro”, dizem as mensagens.

Apesar de o convite ser associado ao site oficial do evento, Moraes exigiu mais comprovações antes de autorizar a viagem. A defesa de Bolsonaro, por sua vez, anexou duas cópias do e-mail, uma com mensagem em inglês e outra em português. No entanto, no despacho, o ministro apontou que as mensagens apresentadas pela defesa não incluíam informações detalhadas, como horários e a programação completa das cerimônias.

“O pedido não veio devidamente instruído com os documentos necessários, uma vez que, a mensagem foi enviada para o e-mail do deputado Eduardo Bolsonaro por um endereço não identificado: ‘[email protected] [email protected]’ e sem qualquer horário ou programação do evento a ser realizado”, afirmou Moraes.

Moraes diz ainda que, após o complemento das informações, enviará o pedido para a Procuradoria-Geral da República (PGR), para que o órgão se manifeste sobre a solicitação do ex-presidente.

Ao pedir a devolução do passaporte, a defesa de Bolsonaro alegou ao STF que o comparecimento a um evento de “magnitude histórica” como a posse de Trump evidencia a importância do diálogo “entre líderes globais e reveste-se de singular importância no contexto das relações bilaterais Brasil-Estados Unidos” – e alega que sua viagem “não acarretará qualquer risco ou prejuízo às investigações em curso”.

O Globo

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Geral

Receita Federal diz que nova fiscalização do PIX não é feita para pegar pequeno comerciante

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

A Secretaria da Receita Federal informou que o novo formato de fiscalização de movimentações financeiras, englobando dados também do PIX, não tem por objetivo autuar os pequenos empresários do país.

No começo deste ano, o órgão ampliou a fiscalização de transações financeiras, e receberá dados das operadoras de cartão de crédito (carteiras digitais) e das chamadas “instituições de pagamento” — que ofertam o serviço das “maquininhas”, por exemplo.

“É exatamente o contrário, a gente não tem nem condição de fiscalizar dezenas de milhões de pessoas que movimentam valores baixos. A gente quer é automatizar isso para poder melhor orientar esse tipo de contribuinte a se regularizar, por exemplo. Se a pessoa não tem uma empresa aberta, ela pode abrir um MEI, alguma coisa assim. Mas não tem nem sentido a Receita Federal ir para a fiscalização repressiva nesses casos”, disse o secretário da Receita Federal, Robinson Barreirinhas.

O secretário afirmou que o objetivo do recebimento de informações financeiras dos contribuintes é “liberar a mão de obra” da Receita Federal para que ela possa focar “onde realmente a invasão é relevante, que são nos grandes valores”, ou seja, nas empresas de maior porte.

“Não é esse tipo de contribuinte [pequeno]. Para esse contribuinte, essas medidas são importantíssimas porque elas facilitam a vida dele. Tiram o ônus de prestar outras declarações para a Receita Federal, e diminui o risco de caírem nas margens fiscais da Receita Federal”, acrescentou o chefe do Fisco.

g1

Opinião dos leitores

  1. A princípio não, após alguns estudos, com todo certeza haverá algum tipo de tributação, é assim que a banda toca.

  2. confia… o imposto das ‘brusinhas’ era só para as lojas, não era para o consumidor… taí o resultado

  3. Primeiro querem pegar os com jornada dupla, depois os informais, por último o pequena. Querem o controle total dos pequenos

  4. ME ENGANA QUE EU GOSTO. LULINHA QUERENDO TIRAR O RESTO QUE O POBRE TEM. EITA BRASIL VEI NÃO VAI PRA FRENTE NUNCA. SO TEM QUEM QUER MAMAR NAS COSTAS DOS OUTROS

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