Em jogo de seis pontos, o ABC venceu a sua primeira partida fora de seus domínios, em partida válida pela 26ª rodada do Campeonato Brasileiro da Série B. Na noite desta terça-feira (1), no estádio Serra Dourada, o alvinegro venceu o Atlético-GO pelo placar de 1 a 0. O gol da partida foi marcado por Júnior Timbó, após passe belo passe de Rodrigo Silva, aos 4 do 2º tempo.
Com o resultado, o alvinegro sai da lanterna da competição nacional e agora ocupa a 18º colocação, com 26 pontos, mesma situação do Atlético-GO, que supera o time potiguar no critério de desempate pelo saldo de gols.
O próximo adversário do ABC é nada mais, nada menos, que o Palmeiras, líder absoluto da competição. A partida será realizada neste sábado (5), às 16h20, no estádio Frasqueirão, em Natal. No mesmo dia e horário, o Atlético-GO, concorrente do alvinegro no Z4, visita o Figueirense, no estádio Orlando Scarpelli, em Santa Catarina.
Escalações:
Atlético – GO: Márcio, Lennon, Artur, Anderson e G. Santos;Dodó, Régis, Marino(Jorginho) e João Paulo(Diego Lira); Ricardo Jesus(Anselmo) e Juninho.(Técnico: PC Gusmão).
ABC: W.Júnior, Bileu, F. Boaventura, Rogélio e Wesley Bigu(Serginho); Somália, D.Paulista, Júnior Timbó(Tiaguinho) e G. Augusto(Maurinho); R. Silva e Gilmar. (Técnico:Roberto Fernandes).
Com vários blocos pelas ruas e diversas outras prévias de Carnaval já animando a folia em Natal, vendedores ambulantes da capital iniciaram as tradicionais vendas de fantasias infantis e de adultos para 2025. Para este ano, a expectativa dos trabalhadores é aumentar entre 15 e 30% as vendas em relação ao ano passado. Na avenida Antônio Basílio, zona Leste, as vendas foram efetivamente iniciadas nesta segunda-feira (17). Na capital, o Carnaval de Natal começará oficialmente na próxima quinta-feira (27), com o tradicional Baile de Máscaras.
Na capital potiguar, os pontos mais tradicionais de vendas desses adereços são na Avenida Antônio Basílio e nas imediações da Av. Roberto Freire, no Cidade Jardim. Há ainda pontos de vendas na zona Norte e também no bairro do Alecrim. Para este ano, há fantasias com preços entre R$ 30 a R$ 130, além de itens como chapéus, sprays, espumas, tintas, confetes, entre outros.
Segundo vendedores ouvidos pela TRIBUNA DO NORTE, o fato do Carnaval ser no começo de março pode ser considerado um ponto positivo, uma vez que, com a volta às aulas e as festinhas de Carnaval nas escolas, as vendas são impulsionadas. Porém, alguns lojistas temem o fato da festividade ser justamente no final do mês, quando parte dos trabalhadores não recebeu seus salários.
“Estamos com uma expectativa boa, porque quando o Carnaval é em março é melhor para as vendas. Em fevereiro o pessoal ainda está se recuperando de dezembro. Quando o Carnaval é em março as escolas já fazem as festinhas”, explica a vendedora Maria Renata Alves, 43 anos, que trabalha com adereços há 10 anos, seguindo tradição da família, que já trabalha com os produtos há décadas.
Quem também nutre expectativas positivas para este ano é Heriberto Fernandes, 66 anos, dono de uma banca há 42 anos. “As vendas estão começando agora, então ainda está pingando. Mas as expectativas estão boas. Quando o Carnaval é no começo do mês, o pessoal vai recebendo dinheiro, os colégios estão começando, então aumentam as vendas”, cita.
Entre as principais fantasias à venda no comércio local estão roupinhas de super-heróis, personagens de desenhos animados, princesas e figuras de jogos de videogame e filmes. “A expectativa é de que possamos vender tudo. Estamos percebendo que o pessoal está mais interessado, tanto pela internet quanto aqui nas vendas presenciais”, explica Aldacir Costa, 61, que trabalha com vendas de adereços carnavalescos desde 1991.
As contas públicas estão no vermelho, mas o governo Lula (PT) não se acanha e já conseguiu torrar somente até 7 de fevereiro, portanto, nos primeiros 38 dias do ano, R$26,96 milhões com passagens aéreas e diárias pagas a suas excelências que tanto viajam, e alguns até turistam. Até a última atualização, pouco mais da metade das despesas foi destinada ao pagamento dessas diárias. O total de despesas com viagens inclui mais de R$3,8 milhões com viagens internacionais. A informação é da Coluna Cláudio Humberto, do Diário do Poder.
O governo do PT bateu recordes seguidos de gastos com viagens: R$2,3 bilhões em 2023 e R$2,2 bilhões em 2024, os maiores da História.
Em 2025, até agora, o campeão em gastos com viagens é o ministro Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário). Já torrou mais de R$33 mil.
Deputado licenciado do PT-SP, Paulo Teixeira privilegia viagens às suas bases, claro. Em janeiro, chegou chegando em Piracicaba (SP).
O MGI (Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos) vai divulgar nesta terça-feira (18) uma nova lista de classificação do CNU (Concurso Público Nacional Unificado) para cada cargo dos blocos 1 a 7, de nível superior. O governo também vai anunciar os candidatos convocados para os cursos de formação, sendo que o prazo para confirmação de participação se encerra na quarta-feira (19). A divulgação dos resultados definitivos está prevista para 28 de fevereiro.
O resultado pode ser acessado no site da banca organizadora do concurso. As atualizações são necessárias porque cada candidato tem uma ordem de preferência de cargos. Dessa forma, a classificação e a aprovação seguem essa hierarquia, priorizando sempre a opção de maior interesse do participante.
Segundo o edital, se um candidato for aprovado para o cargo de maior preferência, ele será automaticamente excluído da disputa pelos demais. No entanto, caso seja selecionado para uma opção menos prioritária — como a terceira escolha, por exemplo — ele permanecerá na lista de espera para cargos mais desejados (segunda e primeira opção) até a posse. Caso novas vagas surjam, o candidato poderá ser convocado para assumir uma dessas posições.
A divulgação dos resultados definitivos está prevista para 28 de fevereiro. Em todas as chamadas, novos candidatos poderão ser convocados para a realização dos cursos de formação, uma etapa obrigatória e eliminatória do concurso.
Os quatro policiais penais que receberam suspensão de 30 dias eram chefes de equipe na Penitenciária de Mossoró (RN) à época da fuga de dois presos ligados ao Comando Vermelho (CV), há cerca de um ano.
A punição foi aplicada no âmbito de um dos Processo Administrativos Disciplinares (PADs) sobre o caso. Eles tinham a responsabilidade de cobrar dos subordinados que a fiscalização e revista aos detentos fosse realizada. Não há qualquer indício de que esses servidores tenham participação na fuga dos faccionados.
A coluna apurou quem são e quais funções desempenhavam:
José Ari de Almeida Filho – chefia de posto
José Rodney Diogo Botelho – chefia de plantão
Nilton José da Silva Filho – chefia de plantão
Alex da Silva Pereira – chefia de posto
A decisão visa assegurar a integridade das investigações que apuram as circunstâncias do ocorrido. Outros dois policiais penais, que chefiavam equipes, também foram punidos. Porém, os dias de suspensão estão sendo reavaliados.
O PAD em desfavor de Humberto Gleydson Fontinele Alencar, então diretor da Penitenciária de Mossoró à época da fuga dos presos do Comando Vermelho, ainda não foi concluído. Ele foi afastado do cargo em fevereiro de 2024 e demitido em abril do mesmo ano.
O que diz a defesa dos agentes penitenciários de Mossoró
Procurada pela coluna, a defesa dos seis policiais penais que foram suspensos informou que eles são inocentes, e que buscarão a anulação das penalidades na Justiça.
O advogado Thomas Blackstone de Medeiros alegou que ficou comprovado no PAD que a fuga dos presos não teve “qualquer relação com eventual desídia dos servidores”. Ele acrescentou que a fuga ocorreu “por questões estruturais da própria penitenciária, baixo efetivo dos servidores e deficiência do manual de procedimentos”.
A declaração do advogado de que não houve envolvimento dos servidores na fuga dos presos do Comando Vermelho corrobora com a declaração do Secretário Nacional de Políticas Penais, André Garcia, e do Ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, durante coletiva de imprensa na última quinta-feira (13/11), às vésperas do caso completar um ano.
O Ministério Público da União pagou até R$ 376 mil líquidos a procuradores e promotores em dezembro de 2024, com valores recheados de penduricalhos e retroativos que, na prática, superam o teto do funcionalismo.
O contracheque de integrantes do MPT (Ministério Público do Trabalho), MPDFT (do Distrito Federal e Territórios), MPF (Federal) e MPM (Militar) foi turbinado com indenizações, remunerações temporárias e quantias referentes a exercícios anteriores.
Indagadas, as instituições afirmaram em nota que todos os pagamentos seguem as regras previstas na Constituição e nas regulamentações da categoria, mas não especificaram o que motivou o desembolso. O MPT não se manifestou.
O dispêndio segue a mesma lógica vista no Judiciário. Leis, atos administrativos e medidas aprovadas pelo CNMP (Conselho Nacional do Ministério Público) autorizam o pagamento de vantagens fora do limite constitucional.
O teto remuneratório dos membros do Ministério Público da União é o valor fixo e mensal que recebem os ministros do STF (Supremo Tribunal Federal): atualmente na casa dos R$ 46 mil, mas cerca de R$ 44 mil em dezembro do ano passado.
Naquele mês, a remuneração média desses procuradores e promotores variou de R$ 60 mil a R$ 88 mil, mas casos específicos saltam ainda mais aos olhos, em especial no MPT, onde os vencimentos acrescidos de benefícios atingem as centenas de milhares.
Por exemplo, três procuradores do trabalho embolsaram montantes acima de R$ 300 mil líquidos em um mês: Anderson Luiz Corrêa da Silva (R$ 376 mil), Luciano Aragão Santos (R$ 344 mil) e Alpiniano do Prado Lopes (R$ 321 mil).
Se o recorte for de R$ 200 mil, considerados o rendimento total e as verbas referentes a exercícios anteriores, ambos líquidos, o número sobe para 13, todos do Ministério Público do Trabalho, incluindo os três já citados.
As cifras destoam até do padrão observado nos demais ramos do Ministério Público. A remuneração líquida de maior valor de um procurador do MPF foi de R$ 181 mil líquidos, do subprocurador-geral da República Luciano Mariz Maia.
No MPDFT, por sua vez, quem mais recebeu em dezembro foi o promotor de Justiça Thiago André Pierobom de Ávila, com R$ 140 mil líquidos. No caso do MPM, foi a subprocuradora-geral de Justiça Militar Herminia Celia Raymundo, com R$ 69 mil.
A análise considerou rendimentos totais líquidos, verbas referentes a exercícios anteriores, remunerações temporárias e verbas indenizatórias. Os dados foram coletados pelos portais de transparência de cada órgão.
Não são computadas para efeito do teto constitucional verbas de caráter indenizatório, como pagamento por férias não tiradas e licenças convertidas em dinheiro, e de caráter eventual ou temporário, caso de algumas bolsas de estudo.
Apesar de ser o ramo do Ministério Público da União que mais pagou pelos critérios da análise, o MPT disse que não se manifestaria quando questionado sobre o que tinha motivado os pagamentos e qual era o posicionamento do órgão sobre eles.
O MPF afirmou que a análise de contracheques deve ser individual, considerando a situação concreta de cada membro ou servidor, previsões legais e eventualmente decisões judiciais, mas não esclarece por que os pagamentos foram feitos. Diz ainda que todos estão sujeitos às regras estabelecidas pelo CNMP e pela Constituição.
O MPDFT e o MPM responderam aos questionamentos em notas encaminhadas separadamente, mas com conteúdo idêntico. Disseram que as indenizações pagas em dezembro se referem a compromissos reconhecidos anteriormente, mas cujo desembolso foi realizado naquele mês em razão de disponibilidade orçamentária.
Afirmaram que o motivo é uma “medida reconhecida em lei e regulamentada pelo Ministério Público da União”, sem especificar, e que “todo e qualquer pagamento relacionado a verbas indenizatórias é feito em conformidade com o que está estabelecido em lei e autorizado no âmbito do MPU”.
Acrescentam que, no mês, também são pagas gratificação natalina e indenizações por férias trabalhadas e que a observação da folha de pagamento apenas do mês de dezembro não reflete a realidade remuneratória dos membros dos órgãos.
“[O MPDFT e o MPM] observa[m] rigorosamente os limites do teto de remuneração da Constituição. Todos os pagamentos de pessoal realizados pela[s] instituiç[ões] são objeto de acompanhamento e fiscalização por parte da Auditoria Interna do MPU, do CNMP e do TCU, não havendo registro advindo desses órgãos quanto a pagamentos fora dos parâmetros legais.”
A nova pesquisa contratada pelo PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, deixou de fora o ex-coach Pablo Marçal, ao testar opções de direita para a Presidência.
O nome incluído no lugar do candidato derrotado para a prefeitura de São Paulo em cenários estimulados foi o do cantor Gusttavo Lima.
O levantamento da Paraná Pesquisas que será divulgado nesta manhã foi feito entre os dias 13 e 16 de fevereiro e também inclui o ex-presidente o Jair Bolsonaro, mesmo inelegível, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, os governadores Tarcísio de Freitas (São Paulo), Ratinho Júnior (Paraná), Ronaldo Caiado (Goiás), Eduardo Leite (Rio Grande do Sul) e Helder Barbalho (Pará). Do campo da esquerda, figuram o presidente Lula e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
Marçal e o cantor Gusttavo Lima se reuniram em Miami (EUA), na semana passada, em meio à tentativa do PRTB de viabilizar uma chapa conjunta de ambos para à Presidência em 2026.
Em janeiro, poucos dias depois de Gusttavo Lima anunciar o plano de concorrer à Presidência, a Paraná Pesquisas testou o potencial eleitoral do artista. Na ocasião, o instituto questionou 2.018 pessoas de todas as regiões do Brasil sobre a avaliação que tinham do artista entrar na política. Dos entrevistados, 65,7% foram contra, 27,8%, a favor e 6,5% não opinaram.
Mesmo sob a pressão de enxugar gastos, o governo Lula pretende gastar até 1,7 milhão de com a renovação do mobiliário de escritório e de eletrodomésticos que serão utilizados tanto no Palácio da Alvorada quanto no Palácio do Planalto.
A aquisição consta em dois editais de licitação publicados nesta segunda-feira, 17. Com a compra de cadeiras giratórias, cabideiros, cadeiras de escritório tipo presidente, estações de trabalho, fragmentadoras de papel, sofás entre outros itens o governo Lula pretende pagar até 1,4 milhão de reais; outros 300 mil reais serão gastos com itens como forno de micro-ondas, frigobar, refrigeradores duplex (no plural mesmo), máquina de secar roupa, máquina de lavar roupa e até máquina de fabricar gelo.
Em relação aos eletrodomésticos, o governo federal pretende comprar 43 fornos micro-ondas (cada um no valor de até 806 reais); 18 frigobares (orçados em 2,4 mil reais cada); 11 refrigeradores duplex (estimados em 3 mil reais cada) e 10 balanças domésticas. Além disso, o Planalto pretende gastar 70 mil reais em duas máquinas de secar roupa e 15,5 mil reais em uma máquina de fazer gelo.
Sobre o mobiliário, o Planalto vai adquirir 200 cadeiras giratórias com braços, outras 90 sem braços, 64 cadeiras tipo presidente, 35 fragmentadoras de papel, 5 mesas redondas de reunião, 38 polidoras de calçados e nove sofás.
Na justificativa para a troca do mobiliário de escritório, a Presidência da República afirma que a aquisição tem como objetivo “modernizar e otimizar os espaços de trabalho da Presidência da República, proporcionando um ambiente mais funcional, ergonômico e produtivo para os servidores”. “A aquisição dos bens permanentes com modelos modernos e ergonomicamente projetados contribuirá para a melhoria da saúde, do conforto e da eficiência no trabalho”, ressalta o governo federal.
Os gastos sigilosos do cartão corporativo da Presidência da República bateram recorde em 2024 e atingiram 25,9 milhões de reais de janeiro a dezembro do ano passado. Se forem incluídas as despesas menores em que há discriminação de valores, as faturas de Lula, Janja e sua equipe chegaram a 26,2 milhões de reais no período.
De novo. Esse safado já roubou os móveis no seu governo anterior, já trocou duzentas vezes esse móveis, é muito bom atirar com a pólvora alheia. Ladrão.
Esse país é muito rico, por mais que essa gente tente ainda não conseguiu quebrar, mas no ritmo que vai por mais rico que seja, não sei se aguenta esses dois anos que faltam
Medo e pressa costumam ser péssimos conselheiros. E Lula 3 está cercado deles. Em público, integrantes do governo admitem que a perda de popularidade aumenta o receio de não ir bem nas próximas eleições. E que isso — a perda de popularidade — precisa ser remediada rapidamente.
Mas como? Até aqui, com mais do mesmo. Lula acha que, pondo dinheiro em circulação, a economia anda. Daí a ênfase redobrada agora em seguir adiante com isenção de imposto de renda para quem ganha até cinco mil reais, junto de maior oferta de crédito.
Lula também acha que precisa de mais controle sobre as estatais, transformadas em ferramentas de projeto político. Hoje, ele voltou a dizer que a petroleira poderia vender combustível direto para grandes consumidores, pois o povo, segundo ele, é assaltado por intermediários.
Falar direto com o povo tem sido a previsível tática de Lula para buscar a popularidade perdida. Com resultados péssimos até aqui.
Descrito até por aliados e apoiadores ferrenhos como isolado e fora da realidade, Lula produziu frases que se voltaram contra ele mesmo, como dizer que “não compre se o preço tá caro”.
Outra parte da busca da popularidade perdida é negociar cargos e ministérios para partidos políticos dos quais depende no Congresso. Mas também não está trazendo resultados. Parlamentares avançaram em cima do orçamento. Não precisam mais tanto assim de ministros — essa moeda desvalorizou.
Parecem também ter cheirado, percebido, identificado algo muito mais perigoso do ponto de vista de Lula 3: o cansaço generalizado com mais do mesmo.
O diretório nacional do PT aprovou, nesta 2ª feira (17.fev.2025), uma mudança nas regras para renovação de mandatos dos filiados, tanto nas Casas Legislativas como para cargos no partido. A partir da alteração, os petistas poderão se candidatar à reeleição quantas vezes quiserem.
A decisão causou revolta de parte do partido. O dirigente da Articulação de Esquerda –corrente do PT–, Valter Pomar, disse, em seu blog, que não reconhece a “legitimidade e legalidade” da medida.
O dirigente protagonizou uma discussão com o deputado federal e secretário de Comunicação do partido, Jilmar Tatto (PT-SP), durante a reunião, conduzida pela presidente do partido, Gleisi Hoffmann (PT-PR), e realizada de forma on-line.
A mudança altera 2 artigos do estatuto do partido:
“Art. 32. Serão inelegíveis para cargos em Comissões Executivas, em qualquer nível, filiados e filiadas que tenham sido membros de uma mesma Comissão Executiva por mais de 3 mandatos consecutivos ou dois mandatos consecutivos no mesmo cargo”;
“Art. 141. Não poderá se apresentar como pré-candidato ou pré-candidata, para postular o mesmo cargo, o parlamentar que já tiver sido eleito para 3 mandatos consecutivos na mesma Casa Legislativa, e no caso do cargo de Senador ou Senadora, o parlamentar que já tiver sido eleito para 2 mandatos consecutivos no Senado Federal”.
Agora, não haverá mais restrição. O artigo aprovado altera o estatuto para que as regras não se apliquem à eleição interna do PT, programada para 6 de julho de 2025, e às eleições de 2026. Com isso, dirigentes e congressistas poderão renovar seus mandatos eletivos.
A mudança ainda estabelece que o texto dos artigos revogados poderá ser “debatido” e “atualizado”, “considerando-se a realidade e condições políticas atuais no Congresso Nacional que debaterá a reforma estatutária”.
O principal ponto de divergência é a quantidade de votos. Foram 60 a favor da mudança, 27 contrários e 4 abstenções. A votação mínima seria de ⅔ dos integrantes. Isso significa que para ser aprovada a medida precisaria de 62 votos, pelo menos.
Tatto disse ao Poder360 que 2 votos não foram computados e, por isso, considera que houve, na verdade, 62 votos. “E o outro lado que teve 27 [votos] não dá nem ⅓ porque 4 se abstiveram. Então, isso é choradeira de quem perde”, afirmou.
Para Tatto, 60 votos é um número significativo. De acordo com o deputado, os 2 votos não foram computados por falha no sistema on-line. “Cai a conexão, o cara volta, aí entra e fala ‘eu votei”, disse.
Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil
Após o governo federal atingir, na semana passada, o menor nível de aprovação dos três mandatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, os partidos que compõem a base têm discutido internamente o “custo” político de integrar a gestão. Além do PT, a Esplanada dos Ministérios tem 10 siglas, que vão desde a esquerda, com PSOL e PCdoB, até a direita, com Republicanos, passando pela centro-direita, com União Brasil e PSD.
Na sexta-feira (14), a pesquisa Datafolha apontou que 41% dos eleitores reprovam o presidente, o maior número já registrado pelo levantamento considerados os mandatos anteriores. O petista tem, ainda, a pior aprovação dos três governos, com 24%.
Os questionamentos dos partidos ocorrem em meio a discussões de uma eventual reforma ministerial, especulada desde o fim do ano passado. As mudanças têm sido cogitadas para aumentar a governabilidade no Congresso Nacional e aperfeiçoar a comunicação das ações do Executivo, área criticada publicamente por Lula. Para alterar o rumo da divulgação do governo, o petista trocou o comando da Secom (Secretaria de Comunicação Social da Presidência), logo no início do ano.
Integrantes de algumas legendas que fazem parte do governo afirmaram ao R7, em reservado, que a aprovação não interfere no apoio a Lula — por enquanto. É o caso de PSD e MDB, que chefiam, cada um, três ministérios. O PSD comanda Pesca e Aquicultura; Minas e Energia; e Agricultura e Pecuária. O MDB está à frente de Planejamento e Orçamento; Cidades; e Transportes.
Em outro lado da equação, está o PP, representado na Esplanda com uma pasta, a dos Esportes. Acomodar o partido na base de Lula foi um dos fatores que levaram à primeira reforma ministerial do petista, em setembro de 2023, quando André Fufuca (PP) substituiu Ana Moser no comando do ministério.
Nos bastidores, o PP quer comandar mais pastas federais, justamente porque o “preço” de estar ao lado de Lula aumentou. Um dos nomes cotados para integrar a Esplanada é o de Arthur Lira (AL), ex-presidente da Câmara dos Deputados.
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