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Ações da Petrobras têm a maior queda da Bolsa

Com o reajuste de combustíveis anunciado na última sexta-feira, abaixo do que o mercado esperava,e falta de transparência sobre a metodologia de reajuste de preços aprovada pelo Conselho de Administração da empresa , as ações da Petrobras apresentam forte queda nesta segunda-feira. Às 16h27m, os papéis ordinários (com direito a voto) caíam 9,82% a R$ 16,53, a maior baixa do pregão. Já as ações preferenciais perdiam 8,47% a R$ 17,50, a segunda maior perda da Bolsa. O Ibovespa, principal índice do mercado de ações brasileiro, caía 2,03% aos 51.417 pontos, no mesmo horário, influenciado principalmente por Petrobras. O volume financeiro negociado é de R$ 5,2 bilhões. Os ADRs da Petrobras (recibos que equivalem a ações) negociados na Bolsa de Nova York caem 11,39% cotados a US$ 14,12.

No mercado de câmbio, o dólar abriu os negócios desta segunda em alta e, no mesmo horário, se valorizava 0,85%, sendo negociado a R$ 2,355 na compra e R$ 2,357 na venda, a maior cotação em três meses. Na máxima do dia, a divisa foi negociada a R$ 2,360 (alta de 0,98%) e na mínima chegou a R$ 2,334 (queda de 0,12%).

– Os papéis da Petrobras reagem à falta de transparência da Petrobras em relação à nova política de preços aprovada e do reajuste abaixo do esperado dado pelo governo. O problema é que o mercado continua sem previsibilidade para os próximos reajustes de preços e fica difícil precificar as ações da companhia. Os papéis da Petrobras vão ficar pressionadas já que a incerteza em relação aos reajustes continua – avalia Gabriel Ribeiro, analista da Um Investimentos.

Operadores identificaram venda mais forte das ações ordinárias por parte de investidores estrangeiros.

Na sexta-feira passada, o conselho de administração da Petrobras informou em comunicado ao mercado que aprovou a nova metodologia de preços de diesel e gasolina. Mas os parâmetros para novos reajustes de preços não foram divulgados, o que frustrou os investidores. Além disso, o mercado esperava percentuais de reajuste de 5% e 10%, respectivamente, para gasolina e diesel. Na sexta, as ações da Petrobras subiram mais de 3% na esperança de que a nova metodologia fosse aprovada e divulgada ao mercado.

Segundo comunicado divulgado pela Petrobras, a nova política de preços visa garantir que a convergência dos preços nacionais de combustíveis com os internacionais “em prazo compatível”, sem repassar a volatilidade dos preços externos ao consumidor doméstico.

Especialistas calculam que o reajuste não resolve os problemas de caixa da companhia, já que a defasagem entre os preços praticados pela Petrobras e o mercado internacional caiu de 15% para 10%.

Falta de transparência preocupa analistas

Em relatório, os analistas do Itaú BBA, afirmam que “a falta de transparência causa frustração no mercado. Ninguém sabe exatamente quais são os indicadores ou quais são os gatilhos ou períodos para as revisões, deixando espaço para potenciais manobras nos preços. Nós nos questionamos o que realmente mudou”, afirmam os analistas Paula Kovarsky e Diego Mendes.

O banco Credit Suisse rebaixou a recomendação para as ações da empresa para “underperform” (abaixo da média do mercado). O preço alvo das ADRs está estimado pelo banco em US$ 14.

“Aumentos tímidos nos preços e uma metodologia de precificação opaca deterioram a percepção sobre a governança corporativa, enfraquecem a posição de uma equipe de gestão forte e técnica, têm um significativo impacto nos lucros e na avaliação e deixam o balanço financeiro extremamente frágil em meio a um 2014 cheio de incertezas”, afirmaram os analistas Vinicius Canheu e Andre Sobreira, do Credit Suisse, em relatório.

– Foi uma vitória do ministro Guido Mantega, que está mais preocupado com o impacto do reajuste na inflação, sobre a presidente da estatal, Graça Foster. O aumento anunciado não resolve os problemas de caixa da empresa e a nova metodologia de preços não foi apresentada ao mercado – diz um operador de Bolsa.

Analistas acreditam que o reajuste anunciado na sexta não terá impacto significativo na inflação oficial medida pelo IPCA, que deve fechar abaixo de 5,8%, percentual atingido ano passado, como deseja o governo.

A perspectiva do rating da Petrobras está negativa na avaliação da agência de classificação de risco Standard & Poor’s, já que a perspectiva do rating do Brasil também está negativa. A empresa é considerada grau de investimento pela S&P. A agência de risco Moody’s rebaixou, em outubro, a nota da Petrobras de “A3” para “Baa1”, tirando a empresa na escala de grau de investimento e baixo risco para a de qualidade média. O rebaixamento, segundo a Moody’s, refletiu a alta alavancagem e a expectativa de que a empresa continue com fluxo de caixa negativo nos próximos anos , considerando seu ambicioso programa de investimentos.

Entre as demais blue chips do Ibovespa, Itaú Unibanco PN cai 1,63% a R$ 33,25 e Bradesco PN tem perda de 2% a R$ 30,41. As ações da Vale caem 0,15% a R$ 32,74. A mineradora reduziu hoje a meta de produção de minério de ferro para 2014e também informou que vai reduzir seus investimentos pelo terceiro ano consecutivo em 2014, refletindo “maior foco na eficiência de capital”. O orçamento aprovado pelo conselho da empresa para investimentos e pesquisa e desenvolvimento foi de US$ 14,8 bilhões, informou a mineradora em fato relevante. O investimento aprovado para 2013 foi de US$ 16,3 bilhões. Na nota, a empresa disse que os números são consequência de uma busca por “maximizar o valor ao acionista através de um menor portfólio composto de projetos com alta taxa de retorno ajustada ao risco”.

Banco Central anuncia mudança no anúncio de leilões

O Banco Central realizou nesta segunda mais um leilão de contratos de swap cambial tradicional, operação que equivale à venda de dólares no mercado futuro. O leilão faz parte do programa anunciado pelo BC em agosto. Foram ofertados U$ 497,3 milhões através de 10 mil contratos. O leilão tirou um pouco da pressão do dólar, mas a divisa voltou a subir.

– O dólar se valoriza também no exterior frente a outras divisas após números da economia americana mostraremk recuperação. No cenário doméstico, os temores com questão fiscal e um possível rebaixamento da nota de crédito do Brasil também pesam. Além disso, o governo perde credibilidade ao não divulgar a metodologia de reajuste de preços para a Petrobras, o que pesa principalmente no humor do investidor estrangeiro. E o fluxo de dólares para o Brasil é negativo – avalia João Paulo de Gracia Correa, da corretora de câmbio Correparti.

Na sexta-feira, o Banco Central anunciou uma nova alteração no horário dos anúncios dos leilões de câmbio.A partir desta segunda-feira, os comunicados serão feitos entre as 18h e 19h, e não mais entre 19h30m e 20h30m. De acordo com o BC, a mudança é operacional. Para o mercado, a mudança traz dúvidas sobre o futuro do programa de leilões, que, a princípio, deve se encerrar neste mês, segundo o cronograma original. Analistas acreditam que será necessário prolongar o programa para evitar que o dólar suba ainda mais e pressione a inflação.

A projeção do mercado para a cotação do dólar ao fim deste ano seguiu em R$ 2,30, segundo o boletim Focus, elaborado pelo Banco Central com base em opiniões de analistas do mercado.

Juros futuros estão em alta

As taxas dos contratos futuros de Depósitos Interfinanceiros (DIs) estão em alta nesta segunda-feira refletindo a insegurança fiscal com o país, já que o governo não informou qual é a metodologia de reajuste dos preços dos combustíveis.Os contratos com vencimento em janeiro de 2015 sobem de 10,66% para 10,72%, enquanto a taxa dos papéis que vencem em janeiro de 2017 sobe de 12,20% para 12,35%. Também ajuda a pressionar os DIs, a divulgação do índice do Instituto de Gerência e Oferta (ISM, na sigla em inglês) sobre a atividade do setor industrial dos Estados Unidos. O indicador subiu para 57,3 pontos em novembro ante 56,4 pontos em outubro. Analistas esperavam queda para 55,5 pontos. Com esse dado positivo da economia, ressurgem as dúvidas sobre o início da retirada dos estímulos econômicos pelo Federal Reserve, o banco central americano.

China: dados mais fracos da indústria

Na China, o departamento nacional de estatísticas e a Associação de Logística e Compras da China (CFLP, na sigla em inglês) divulgou no sábado à noite o PMI sobre a atividade industrial, que permaneceu em 51,4 pontos em novembro. No domingo, o instituto de pesquisas Markit Economics em parceria com o HSBC, divulgou que o PMI industrial da China caiu para 50,8 pontos em novembro, de 50,9 pontos em outubro.

– O resultado do índice PMI de novembro confirma estabilização do crescimento da economia chinesa, enquanto crescem as preocupações com um possível ciclo de aperto monetário – afirma em análise a equipe de economistas do Bradesco.

O Globo

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Geral

Em 2019, PT classificou dólar a R$ 4,26 como “incapacidade da gestão” de Bolsonaro

Foto: Agência Brasil

No ano de 2019, quando o preço do dólar bateu R$ 4,26 durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o PT usou suas redes oficiais para falar que a alta da moeda era resultado da “incapacidade” da gestão de Bolsonaro.

Nesta quinta-feira, 28, sob o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o dólar atingiu R$ 6. O valor registrado durante o terceiro mandato do petista é o maior da história.

No texto, publicado há cinco anos, o partido de Lula afirmou que o governo Bolsonaro e a atuação do então ministro da Economia, Paulo Guedes, estavam “levando o país a uma situação de total instabilidade”.

Fonte: Revista Oeste

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Brasil

Pacheco pretende aprovar reforma tributária e pacote fiscal antes do recesso parlamentar

Foto: Andressa Anholete/Agência Senado

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), destacou nesta quinta-feira (28) a necessidade de um esforço concentrado nas próximas três semanas para que o Congresso finalize pautas prioritárias antes do recesso parlamentar. Entre as principais propostas estão a regulamentação da reforma tributária e o pacote de medidas para controle de gastos públicos, ambos considerados fundamentais para o equilíbrio fiscal do país.

“Temos pouco tempo e grandes desafios, com aproximadamente 24 dias de trabalho. Fiz um apelo aos líderes para que concentrem esforços nessas próximas semanas e façam as entregas possíveis”, afirmou Pacheco.

A reforma tributária, que já foi aprovada como emenda constitucional no ano passado, está em fase de regulamentação. O texto, relatado pelo senador Eduardo Braga (MDB-AM), será apreciado na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) e, em seguida, encaminhado ao plenário do Senado para votação.

“Esse projeto é de muita dedicação e trabalho. Após a análise na CCJ, será imediatamente apresentado ao plenário”, explicou.

Pacote fiscal e prioridades legislativas

Outra prioridade mencionada por Pacheco é o pacote de medidas fiscais apresentado pelo Ministério da Fazenda. Ele defendeu que a Câmara finalize a avaliação nas próximas duas semanas, permitindo que o Senado analise na última semana de atividades antes do recesso.

“Espero que a Câmara possa avançar nas próximas semanas, e que o Senado reserve uma última semana de trabalho para apreciar tanto a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) quanto o projeto de lei complementar relacionado ao pacote fiscal”, disse o presidente da Casa.

Pacheco também esclareceu que alterações no Imposto de Renda, como mudanças nas faixas de isenção, não serão discutidas neste ano. “Essas propostas serão objeto de uma ampla discussão ao longo de 2025, assim como foi a reforma tributária do consumo”, ressaltou.

Cronograma até o recesso

O presidente do Senado projetou que os debates e votações de maior relevância deverão ocorrer entre os dias 18 e 19 de dezembro, destacando que o cronograma apertado pode exigir mais tempo da Câmara dos Deputados para tramitação de propostas de emendas à Constituição (PECs). Durante esse período, o Senado pretende avançar nos debates internos sobre as regras fiscais propostas pelo Ministério da Fazenda.

“A reforma tributária e o pacote fiscal são prioridades claras para o Senado neste final de ano, precisamos garantir avanços até o recesso”, concluiu Pacheco.

Além das reformas, Pacheco detalhou a agenda legislativa discutida em reunião com os líderes partidários. Entre os temas estão:

  • Autoridades do CNJ, CNMP e Banco Central: a avaliação está prevista para 11 de dezembro, com pareceres sendo finalizados na próxima semana;
  • Transição energética: o projeto, relatado pelo senador Laércio Oliveira, deverá ser analisado na Comissão de Infraestrutura na próxima semana e ir ao plenário no mesmo período;
  • Cooperativas de seguros (PLP 143): retirada de pauta para ajustes, o texto deverá retornar nas próximas semanas;
  • Eólicas offshore: o projeto, já enviado pela Câmara, está na Comissão de Infraestrutura e deve seguir ao plenário após análise do colegiado;
  • Legalização dos jogos: aprovada na CCJ, deve ser apresentada ao plenário em 4 ou 10 de dezembro;
  • Inteligência artificial: o projeto, que regulamenta o uso da tecnologia no Brasil, está em discussão em comissão especial e será votado pelo Senado antes do recesso.

Outros projetos importantes, como ajustes no Renovabio, o Código Eleitoral e o Programa Movi, também estão na lista para avaliação. Pacheco destacou que, embora nem todos os projetos sejam aprovados, o esforço será para avançar em boa parte das matérias prioritárias.

“Temos muitos materiais, mas cuidaremos de boa parte delas. O foco é entregar resultados concretos antes do recesso”, concluiu o presidente do Senado.

Fonte: R7

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Brasil

Rui Costa culpa BC por alta histórica do dólar: “Boicote ao governo”

Foto: Henrique Raynal / Casa Civil

O ministro da Casa Civil, Rui Costa, atacou o mercado financeiro e o Banco Central do Brasil ao ser questionado sobre a alta do dólar, que chegou a R$ 6 depois que o governo anunciou a isenção do Imposto de Renda (IR) para quem tem salário de até R$ 5 mil.

“O chamado mercado não é composto de pessoas desinformadas, de pessoas que vão se influenciar pela manchete. O chamado mercado tem assessoria técnica, tem muita gente trabalhando para eles e essa medida não é nova. Essa medida fez parte da campanha eleitoral do presidente”, afirmou Rui Costa para a imprensa, após evento de lançamento de um programa no Palácio do Planalto nesta quinta-feira (28/11).

Rui Costa ainda lançou indiretas contra o presidente do Banco Central, Campos Neto. O ministro disse que está em “contagem regressiva” para um “Banco Central que tenha um olhar para o Brasil, dirigido por quem mora no Brasil, e não em Miami”. O governo deve indicar três nomes para a diretoria do BC nos próximos dias. Rui Costa adiantou que isso deve acontecer até semana que vem.

“O que não pode, o que nos causou indignação ao longo de todo esse questionamento de hoje, foi deliberadamente motivado e estartado pela atual direção do Banco Central. Na minha opinião, numa visão política de boicote ao governo, estão criando uma sensação permanente de instabilidade. Vai para fora do Brasil, só vive falando mal do Brasil. Toda palestra que vai, fala mal do Brasil. Então, é por isso que nós estamos em contagem regressiva”, afirmou ainda Rui Costa.

Durante a manhã, a agenda de Campos Neto previa “despachos internos em Miami (EUA)”. O governo deve indicar nomes para as seguintes diretorias do BC, que devem passar pelo Senado: Relacionamento, Cidadania e Supervisão de Conduta; Polítia Monetária; e Regulação.

Reação do mercado

O anúncio das medidas de cortes de gastos do governo Lula, realizado na noite de quarta-feira (27/11), gerou uma reação muito negativa no mercado financeiro. O dólar chegou a disparar, atingindo R$ 6.

Além de apresentar os cortes, o governo anunciou uma medida popular: um projeto que prevê a isenção do Imposto de Renda para pessoas com renda de até R$ 5 mil.

Entretanto, o mercado não se mostrou satisfeito com as explicações do governo de que os recursos necessários seriam compensados por uma maior tributação sobre quem recebe mais de R$ 50 mil.

Mais cedo, pouco antes da fala de Rui Costa, o presidente Lula defendeu a isenção do IR e chamou a medida de extraordinária e justa.

Fonte: Metrópoles

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Brasil

Comissão do Senado aprova projeto que amplia segurança para crianças e adolescentes na internet

Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

Os senadores da Comissão de Comunicação e Direito Digital aprovaram, nesta quarta-feira (27), um projeto que estabelece e amplia mecanismos de segurança para crianças e adolescentes na internet. O plano determina que as plataformas digitais adotem o dever de cuidado para assegurar a proteção de menores de idade, além de medidas para evitar danos aos usuários e a responsabilização de empresas que se omitem.

Aprovada por nove votos a zero, a proposta deve seguir para análise da Câmara dos Deputados e, caso não haja recurso, para votação no plenário principal do Senado. O projeto ainda terá que ser aprovado pelos deputados e sancionado pelo presidente Lula para se tornar lei.

Fonte: Portal R7

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Brasil

[VÍDEO] “Ninguém pode ser malandro a ponto de receber um benefício que não tem direito”, diz Lula sobre pente-fino em benefícios sociais

Em discurso nesta quinta-feira (28/11), presidente também citou “guerra silenciosa” de ministros contra o presidente para liberação de recursos.

Fonte: Metrópoles

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Brasil

[VÍDEO] Ministro de Lula defende que “super-ricos” ajudem no corte de gastos

O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, defendeu nesta quinta-feira (28/11) o pacote de corte de gastos públicos anunciado pela equipe econômica. A “tesourada” busca manter de pé o novo arcabouço fiscal, colocando as despesas obrigatórias dentro das regras.

A revisão de despesas da União pode gerar uma economia de R$ 327 bilhões de 2025 a 2030. Em curto prazo, a estimativa indica a garantia de economizar pouco mais de R$ 70 bilhões nos próximos dois anos, sendo R$ 30 bilhões em 2025 e R$ 40 bilhões em 2026.

Entre as ações, estão uma limitação para o crescimento do salário mínimo, restrição para o abono salarial e um aumento nos impostos dos chamados super-ricos.

“Estamos preservando direitos, mantendo o ganho real do salário mínimo, mantendo de forma intocável as políticas sociais do nosso governo, o seguro-desemprego, o abono salarial para as pessoas de baixa renda, enfim, é criar condições de o Brasil ser mais forte, mais eficiente e mais justo”, disse Marinho em vídeo divulgado em suas redes sociais.

Segundo o titular do Trabalho, a ideia do pacote é “criar as condições para que o Brasil tenha previsibilidade” e gere mais investimentos, empregos e renda para o povo. Segundo ele, as medidas determinam que os mais ricos contribuam com uma parcela maior de impostos, com a garantia de políticas sociais.

Marinho foi um dos ministros que reagiram mal às medidas que estavam em estudo pela ala econômica. O titular da pasta chegou a ameaçar pedir demissão caso não fosse escutado sobre o pacote. Já na quarta-feira (27/11), ele recuou ao afirmar que o conjunto de medidas sobre a revisão de gastos públicos vinha com as suas “digitais”.

“Disse que se eu não fosse envolvido eu colocaria [o cargo à disposição]. Mas fui ouvido, participei de todos os debates”, afirmou Marinho.

As medidas apresentadas nesta semana serão submetidas à análise do Congresso Nacional e a intenção do governo é aprová-las ainda em 2024, para que já comecem a surtir efeitos em 2025. Elas deverão tramitar na forma de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) e de um Projeto de Lei Complementar (PLP).

Fonte: Metrópoles

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Brasil

Gleisi reage a dólar a R$ 6 e cobra Campos Neto: “Crime contra o país”

Foto: Zeca Ribeiro / Câmara

A presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, reagiu nesta quinta-feira (28/11) à cotação do dólar, que atingiu a marca histórica de R$ 6. Em declarações nas redes sociais, a petista cobrou intervenção do presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto.

A cotação moeda americana reflete a reação dos investidores à divulgação dos detalhes sobre o pacote de corte de gastos e da ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda (IR) para contribuintes, anunciados pelo governo federal na quarta (27/11) e detalhado nesta quinta.

“BC de Campos Neto não fez nada para conter a especulação desencadeada desde ontem que já levou o dólar a R$ 6. A Fazenda já esclareceu que a isenção de IR até R$ 5 mil será vinculada à nova alíquota para quem ganha mais de R$ 50 mil por mês, sem prejuízo para a arrecadação”, escreveu Gleisi.

“Era obrigação da ‘autoridade monetária’ intervir no mercado contra a especulação desde seu previsível início, com leilões de swap, exigência de depósitos à vista e outros instrumentos que existem para isso. É um crime contra o país”, continuou ela.

Ainda na noite de quarta, Gleisi reclamou que o mercado passou semanas exigindo cortes e quando o governo apresentou as medidas de esforço fiscal e contenção de despesas, mandaram “dólar pra lua!”. “É impressionante a especulação contra o Brasil”, queixou-se ela.

As medidas, inicialmente expostas pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em pronunciamento em rede nacional, na quarta-feira (27/11), preveem uma economia de R$ 70 bilhões entre 2025 e 2026. Entre as ações, estão uma limitação para o crescimento do salário mínimo, restrição para o abono salarial e um aumento nos impostos dos chamados super-ricos.

Fonte: Metrópoles

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Brasil

Lula diz que isenção no Imposto de Renda é “muito justa”, e não “coisa complicada”

Foto: Diogo Zacarias / MF

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defendeu a isenção do Imposto de Renda (IR) para quem ganha até R$ 5 mil durante um evento no Palácio do Planalto nesta quinta-feira (28/11). Lula disse que a medida é “muito correta e justa”, e não “coisa complicada”. Ele não entrou em detalhes sobre reação negativa do mercado financeiro após a medida.

“A gente está fazendo, junto com essa política de contenção, uma política de renda para tentar dar uma ajeitada na casa. (…). Nós estamos fazendo uma coisa muito correta, muito justa. Não estamos tentando criar uma coisa complicada. Estamos fazendo uma reforma para as coisas ficarem muito bem feitas. E obviamente a gente vai ter que cobrar mais impostos das pessoas mais ricas. O que é normal”, afirmou.

Mais cedo, em outro evento no Planalto, Lula chamou a isenção de IR de “medida extraordinária”. “Uma medida extraordinária que é de contenção do excesso de despesas, porque nós temos que cumprir o arcabouço fiscal, e ao mesmo tempo apresentamos uma política de renda”, declarou durante assinatura de um aditivio da Transnordestina.

O mercado financeiro teve uma reação extramente negativa diante do anúncio de uma isenção fiscal no meio do pacote de corte de gastos. O dólar chegou a R$ 6 após o anúncio do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, na noite de quarta-feira (27/11).

Evento sobre periferias

A fala do presidente sobre a isenção do IR foi realizada durante o lançamento do programa Periferia Viva, um projeto de urbanização de favelas que envolve a pactuação de 30 políticas. Durante sua fala, Lula chorou e bebeu água por duas vezes para se recompor, enquanto narrava episódios da infância pobre.

Entre as ações previstas neste programa está o convênio com organismos da ONU para a criação de planos de redução de risco em cidades que tenham favelas, contratos de regularização fundiária e o Projeto CEP para Todos, que tem o objetivo de que todas as moradias em favelas tenham CEP até 2026.

Nesta semana, foi celebrado em Brasília o Festival Periferia Viva, vinculado ao Ministério das Cidades. Representantes de periferias de diferentes regiões do país participaram do encontro.

Durante o festival, foram entregues prêmios de R$ 30 mil a R$ 50 mil para 178 projetos de iniciativa popular que promovem enfrentamento a desigualdade e valorização do viver periférico.

Fonte: Metrópoles

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Brasil

Padilha diz que PT está absolutamente comprometido com pacote fiscal

Foto: Agência Brasil

O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, disse nesta quinta-feira (28/11) que o Partido dos Trabalhadores (PT) está “absolutamente comprometido” com a revisão fiscal anunciada pelo governo federal.

Ao ser questionado sobre como PT se comportaria em relação ao texto, o ministro citou a manifestação favorável da presidente da sigla, Gleisi Hoffmann.

“Não sei se você viu a manifestação da presidente Gleisi comemorando os anúncios e apoiando” […] O PT está absolutamente comprometido”, disse Padilha depois de participar da reunião com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e líderes partidários.

A manifestação citada pelo ministro foi feita por Gleisi na rede social X, no qual a deputada critica a reação do mercado.

No texto, a deputada chamou o pacote do governo de “medidas de esforço fiscal e contenção de despesas” e “reforma da renda socialmente justa e fiscalmente neutra”.

“Mercado passou semanas exigindo cortes e quando o governo apresenta medidas de esforço fiscal e contenção de despesas, para economizar $70 bi em dois anos, propõe uma reforma da renda socialmente justa e fiscalmente neutra; o que acontece? Mandam o dólar pra lua! É impressionante a especulação contra o Brasil”, disse a parlamentar.

Gleisi Hoffmann, porém, já havia criticado alguns dos itens do pacote anunciado pelo governo Lula. A presidente do PT queixa-se frequentemente da política de juros no país, que chegou a chamar de “estratosféricos”, e também a medidas pensadas pelo governo para corte dos gastos públicos.

No dia 4 de novembro, Gleisi postou, nas redes sociais, que “conversas da mídia e seus economistas para cortar o orçamento público só recaem em cima daquilo que atinge o povo trabalhador e os pobres: pisos de saúde e educação, reajuste do salário mínimo, seguro desemprego, abono salarial, BPC…”.

Em pronunciamento na noite dessa quarta (27/11), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, no anúncio do pacote fiscal, disse que haverá mudança importante no abono salarial. Com a alteração proposta, o número de beneficiários deverá reduzir.

Fonte: Metrópoles

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Brasil

Haddad diz que poderá vir mais corte de gastos e negociará com Lula

Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom / Agência Brasil

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, não descarta mais mudanças na regra fiscal, após anunciar, nesta quinta-feira (28/11), o pacote de corte de gastos.

“São passos muito importantes esses que estão sendo dados. E, se precisarem outros, e certamente vai haver necessidade, nós vamos estar aqui para voltar à mesa do presidente com as nossas ideias e sintonizar as nossas ações em torno desse projeto”, falou sobre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Haddad ressaltou que o “nosso trabalho não se encerra, não existe bala de prata”, mas se disse “satisfeito” com o “resultado desse ano”.

Assim como o ministro da Casa Civil, Rui Costa, Haddad criticou o mercado financeiro durante a coletiva de imprensa.

“Sei que ouvem o mercado, é dever de vocês, mas têm que colocar em xeque as previsões que não aconteceram”, afirmou, antes de citar que agentes financeiros preveem crescimento de 1,5% no país, enquanto a Fazenda apresentou uma projeção estimada em mais de 3%.

“Ele não errou pouco, chutou 1,5%, vai a 3%”, reforçou. Já Rui acusou o mercado de estar “precificando no presente um desequilíbrio futuro das contas públicas. E aqui se está garantindo que esse desequilíbrio de longo prazo não ocorrerá”.

De manhã, ministros se reuniram no Palácio do Planalto para explicar o corte de gastos e, com as medidas, preveem poupar, de 2025 a 2030, até R$ 327 bilhões. A curto prazo, a economia estimada é de R$ 70 bilhões até 2026.

Fonte: Metrópoles

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