Na manhã desta segunda-feira (9), a Associação dos Delegados da Polícia Civil do RN (Adepol) emitiu uma nota repudiando as denúncias encaminhadas, anonimamente, para a Secretaria Nacional de Promoção e Defesa dos Direitos Humanos em desfavor de cinco delegados, que viraram matéria na Tribuna do Norte desde domingo e que foram reproduzidas por este blog.
O manifesto de repúdio veio por forma de nota assinada pela presidente da Adepol, Ana Cláudia Saraiva. Na nota,ela também defendeu a apuração de toda e qualquer denúncia, mesmo as anônimas, por entender que é da natureza do serviço público prestar informações e esclarecimentos para que não pairem dúvidas sobre a idoneidade e o trabalho de cada um.
Mesmo assim, ela ressalta que denúncia não apresenta qualquer consistência e não traz indícios ou evidências que possam balizar as acusações.
Leia a nota na íntegra:
A Associação dos Delegados de Polícia Civil do Rio Grande do Norte (Adepol) repudia a reportagem, publicada no último domingo no jornal Tribuna do Norte, sobre denúncia apócrifa que expõe à execração profissionais que têm uma vida dedicada à carreira de delegados de polícia.
Ao mesmo tempo em que defende a apuração de toda e qualquer denúncia, mesmo as anônimas, por entender que é da natureza do serviço público prestar informações e esclarecimentos para que não pairem dúvidas sobre a idoneidade e o trabalho de cada um.
A reportagem faz citação a supostos e diversos fatos que teriam ocorridos em épocas distintas, por pessoas diferentes, sem que haja qualquer ligação entre eles.
Os delegados citados na reportagem têm relevantes serviços prestados à sociedade, mesmo assim tiveram os nomes expostos perante a opinião pública com base uma denúncia anônima e sem a existência de nenhuma acusação oficial.
Em nenhum momento a denúncia publicada pelo jornal apresenta qualquer consistência ou traz indícios ou evidências que possam balizar as acusações.
Os delegados citados manifestaram interesse na apuração dos fatos já que a reportagem expôs a vida dos profissionais e de suas famílias como se os mesmos fossem matadores de bandidos, numa grave ofensa aos direitos e garantias fundamentais de tais profissionais.
A afirmação a “ordem é matar”, incita o ódio daqueles que transgridem a lei contra os profissionais que têm o dever de combater o crime.
Por fim, a Adepol confia na lisura, eficiência e isenção do trabalho que será realizado pela comissão designada pela Delegacia Geral de Polícia (Degepol) para apurar as denúncias encaminhadas à Secretaria Nacional de Promoção e Defesa dos Direitos Humanos. Com a certeza de que será assegurado o princípio constitucional da ampla defesa e do contraditório, antes de pais e mães de família terem suas fotos e nomes expostos.
Ana Cláudia Saraiva
Presidente da Associação dos Delegados de Polícia Civil
Relembre o nível das denúncias:
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