O candidato dos tucanos à Presidência da República, senador Aécio Neves (PSDB-MG), disse na manhã desta terça-feira (4) que pretende extinguir, se eleito, cerca de um terço dos quase 23 mil cargos comissionados que o governo federal mantém hoje.
Os servidores comissionados são indicados por livre provimento e por isso não precisam de concurso público para ocupar a vaga. A afirmação foi feita pelo mineiro durante sabatina feita pelo portal G1. “O que nós vamos reduzir são os cargos comissionados, que o PT utiliza pelo país inteiro sem qualquer critério de eficiência e de meritocracia”, disse Aécio.
Durante a entrevista, o senador indicou, ainda ser favorável à taxação de grandes fortunas. “Acho que pode haver uma revisão na taxação atual”, declarou, ao ser questionado sobre o assunto.
Aécio falou por quase 40 minutos. Durante a sabatina, o tucano voltou a afirmar que reduziria o número de ministérios –hoje são 39– mas não quis fixar um número. Em contrapartida, disse que irá reformular algumas pastas e que criaria uma nova, o Ministério da Infraestrutura. Lembrado pelos entrevistadores que, quando presidente, Fernando Collor implementou a mesma ideia, sem sucesso, Aécio rebateu: “Não tenho esse governo como parâmetro para o meu governo. O que posso apresentar para o Brasil é a minha história”.
CLÁUDIO
O presidenciável tucano voltou justificar a construção de um aeródromo na cidade de Cláudio (MG), dentro de um terreno de seu tio-avô que foi desapropriado pelo Estado em 2009, quando Aécio era governador. O senador justificou a demora em admitir ter usado a pista de pouso “algumas vezes” dizendo ter aguardado que dúvidas sobre a legalidade do caso fossem dissipadas. Aécio só confirmou ter usado a pista 10 dias após a Folha revelar o caso.
“No momento em que isso ficou claro, [eu disse que ] usei essa pista algumas vezes”, afirmou. O senador voltou a dizer que pousou em Cláudio sem saber que a pista não estava homologada pela ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil). ” Não me atentei”, disse. Ele afirmou ainda que “o caso tomou uma dimensão maior que a realidade.”
Folha Press
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