
Estadão:
Um dia depois de o jornal Le Figaro afirmar que as gravações das caixas-pretas do voo AF 447 inocentavam a fabricante da aeronave, a Airbus, e reforçavam a hipótese de falha humana, as suspeitas seguem repercutindo na França. Ontem o diretor-técnico do Escritório de Investigação e Análise para a Aviação Civil (BEA), Alain Bouillard, afirmou à agência de notícias France Presse que as gravações não indicam “disfuncionamento maior” no avião, como panes elétricas totais, bloqueio dos motores ou alarmes incompreensíveis.
Entretanto, segundo o perito, isso não quer dizer que não tenha havido “disfuncionamentos menos importantes”. Na terça-feira, 17, o BEA negou oficialmente que a audição das caixas-pretas tenha permitido descartar a responsabilidade da Airbus.
Resgate. Nos próximos dias, uma nova equipe do navio Ile de Sein partirá de Dacar, no Senegal em direção à região do acidente, onde retomará os trabalhos de buscas de peças do Airbus A330-200 e dos corpos.
A missão principal da equipe, entretanto, será recuperar as peças, que podem esclarecer as causas do desastre, segundo informou Jean Quintard, procurador-adjunto do caso, na última quinta-feira, 12.
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