O pré-candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, disse no início da noite desta quarta-feira que não há “correria” para escolher o vice em sua chapa e que “não obrigatoriamente” o nome sairá de um dos cinco partidos do centrão (DEM, PP, PRB, PR e Solidariedade) — como ele própria havia dito mais cedo —, embora isso seja o mais provável. O tucano já era apoiado por outras quatro legendas: PPS, PPS, PV, PSD e PTB.
“O dia 4 (data da convenção do PSDB) é o nosso “dead line” (prazo final). Vamos nos debruçar sobre isso, mas não tem correria. Será um nome não obrigatoriamente (do centrão), o importante não é o nome, é a parceria do trabalho conjunto, tem ótimos nomes. O grande fato político (hoje) foi reunir os cinco grandes partidos, fora os outros cinco que já estavam (conosco)”, disse Alckmin, que contabiliza na conta dos dez partidos o próprio PSDB.
Mais cedo, no evento que oficializou o apoio do centrão a sua candidatura, Alckmin havia dito que o vice seria de algum partido do centrão, “homem ou mulher”, e de fora de São Paulo.
Alckmin relatou que, na noite de terça-fera, recebeu sinais do empresário Josué Gomes, indicado para sua chapa, de que ele não aceitaria o convite. A desistência de Josué, já esperada, foi formalizada nesta quinta-feira. Eles conversaram por telefone, quando o empresário deu todos os indicativos de que não aceitaria. O tucano brincou que foi uma conversa “de mineiros”, cifrada.
Sobre palanques regionais, Alckmin disse que a aliança nacional não se repetirá em todos os estados, mas que ainda está sendo feito um esforço para a unidade na maior parte das regiões. O caso de Minas Gerais é um dos mais complicados, porque o PSDB tem o pré-candidato Antonio Anastasia e o DEM ainda mantém a pré-candidatura de Rodrigo Pacheco.
“É natural que a aliança não se reproduza inteiramente em todos os estados. Cada estado tem sua singularidade própria: onde puder juntar todo mundo, estamos fazendo um esforço. No caso de Minas, vamos aguardar”, disse Alckmin, que deverá ir a Belo Horizonte no próximo sábado para prestigiar a convenção estadual do PSDB.
Nesta quinta, Alckmin permaneceu em Brasília após a formalização do apoio e fez contato com o presidente do PTB, Roberto Jefferson, para sondar sobre nomes e fazer um gesto, já que a convenção do partido será no próximo sábado e o tucano não sabe se poderá comparecer, como queria, devido a convenções em São Paulo. O PTB foi o primeiro a aprovar na Executiva Nacional o apoio ao tucano, na semana passada.
O Globo
Comente aqui