Política

Aloprados: 6 anos depois, Justiça abre ação penal e petistas vão ao banco de réus

Num instante em que o PT inquieta-se com a proximidade do julgamento do mensalão no STF, um segundo fantasma ressurge do passado para assombrar a legenda na eleição municipal de 2012. Sem estrondos, o juiz federal Paulo Cézar Alves Sodré, titular da 7Vara Criminal da Seção Judiciária de Mato Grosso, abriu há quatro dias uma ação penal contra os petistas envolvidos no caso que ficou conhecido como escândalo do Dossiê dos Aloprados.

Datado de 15 de junho, o despacho do magistrado converteu em réus nove personagens que tiveram participação na tentativa de compra de documentos forjados que vinculariam o tucano José Serra à máfia das ambulâncias superfaturadas do Ministério da Saúde. Entre os encrencados, seis são petistas. Os outros três são ligados a uma casa de câmbio usada para encobrir a origem de parte do dinheiro que seria usado na transação.

O caso escalara as manchetes às vésperas do primeiro turno das eleições gerais de 2006, quando a Polícia Federal prendeu em flagrante, no Hotel Íbis, próximo do aeroporto de Congonhas, em São Paulo, dois petistas portando R$ 1,7 milhão (uma parte em dólares). Exposto no noticiário da época (veja foto lá no alto), o dinheiro seria usado na transação. Relegado ao esquecimento, o episódio parecia condenado ao arquivo. Engano. Acaba de renascer.

Deve-se a ressurreição a três procuradores da República: Douglas Santos Araújo, Ludmila Bortoleto Monteiro e Marcellus Barbosa Lima. Lotados no Ministério Público Federal de Cuiabá, eles formalizaram em 14 de junho, quinta-feira da semana passada, uma denúncia contra os acusados. Recebida pelo juiz Paulo Cézar, a peça deu origem à ação penal aberta no dia seguinte.

No seu despacho, o magistrado determinou a citação dos réus para que respondam às acusações “no prazo de dez dias”. As citações serão feitas por meio de cartas precatórias, já que a maioria dos acusados não mora em Cuiabá, sede da 7Vara Criminal de Mato Grosso. São os seguintes os ‘aloprados’ que serão intimados a prestar contas à Justiça:

1Gedimar Pereira Passos: policial federal aposentado, foi preso em flagrante pela Polícia Federal no hotel de São Paulo. Gedimar (foto à esquerda) portava R$ 700 mil em dinheiro. Integrava o comitê da campanha à reeleição de Lula, em 2006. Foi escalado pelo PT para pagar o dossiê urdido contra o tucano Serra.

2Valdebran Carlos Padilha da Silva: empresário matrogrossense, era filiado ao PT e operava como coletor informal de verbas eleitorias para o partido. Foi ele quem informou ao PT federal sobre a existência do dossiê. Estava junto com Gedimar Passos no hotel paulistano. Também foi preso. Carregava R$ 1 milhão.

3Jorge Lorenzetti: ex-diretor do Banco do Estado de Santa Catarina, é amigo de Lula, para quem assava churrascos na Granja do Torto, em Brasília. Lorenzetti (foto à direita) integrou o comitê de campanha do PT, em 2006, como chefe do Grupo de Trabalho de Informação. Chefiava uma equipe voltada a ações de espionagem e “inteligência”. Comandou a malograda tentativa de compra do dossiê.

4Expedido Afonso Veloso: ex-diretor do Banco do Brasil, também compôs a equipe do comitê reeleitoral de Lula. Reportava-se a Lorenzetti. Foi escalado para viajar a Cuiabá a fim de analisar os dados contidos no dossiê montado contra Serra.

5Oswaldo Martines Bargas: amigo de Lula dos tempos de militância sindical no ABC paulista, integrava o núcleo de “inteligência” da campanha nacional do PT. Recebeu de Lorenzetti a ordem para acompanhar Expedido Veloso na viagem a Cuiabá. Juntos, deveriam presenciar uma entrevista dos vendedores do dossiê –os empresários matogrossenses Darci e Luiz Antônio Vedoin, pai e filho— à revista IstoÉ. A entrevista, informa o Ministério Público, era parte da trama. Destinava-se a dar visibilidade às denúncias contra Serra.

6Hamilton Broglia Feitosa Lacerda: atuava em 2006 como coordenador da campanha do ex-senador Aloizio Mercadante. Então candidato ao governo de São Paulo, Mercadante media forças com Serra, que prevaleceu nas urnas. Hamilton Lacerda (foto à esquerda) foi filmado pelo circuito interno de câmeras do hotel Íbis entregando dinheiro a Gedimar Passos, o policial federal que foi preso em flagrante. Foram duas remessas. Numa, as notas estavam acondicionadas numa valise. Noutra, em sacolas.

7Fernando Manoel Ribas Soares: era sócio majoritário da Vicatur Câmbio e Turismo Ltda, empresa utilizada no esquema para lavar parte dos dólares que financiariam a compra do dossiê.

8Sirley da Silva Chaves: Também ex-proprietária da Vicatur, recrutou pessoas humildes para servir como “laranjas” na aquisição de parte dos dólares apreendidos pela PF no hotel de São Paulo.

9Levy Luiz da Silva Filho: cunhado de Sirley, foi um dos “laranjas” utilizados no esquema. Em troca de uma comissão de R$ 2 mil, emprestou o próprio nome e recolheu as assinaturas de outros sete integrantes de sua família –um laranjal que incluiu dos pais aos avós. Rubricavam boletos de venda de moeda americana em branco. Eram preenchidos na Vicatur.

Para redigir a denúncia encaminhada ao juiz Paulo Cézar, os procuradores Douglas Araújo, Ludmila Monteiro e Marcellus Lima valeram-se de informações coletas em inquérito da Polícia Federal e numa CPI do Congresso. Só o trabalho da PF, anexado ao processo de número 2006.36.00.013287-3, reúne mais de 2.000 folhas. Foram inquiridas cinco dezenas de pessoas. Realizaram-se 28 diligências. Quebram-se os sigilos fiscal, bancário e telefônico dos envolvidos.

Imaginava-se que o esforço resultara em nada. Mas os procuradores encontraram nos volumes do processo matéria prima para a denúncia. E o juiz considerou que ficou “demonstrada a existência da materialidade e de indícios de autoria” dos crimes. Daí a conversão da denúncia em ação penal e a transformação dos acusados em réus.

No miolo da denúncia do Ministério Público, obtida pelo blog, ressoa uma pergunta que monopolizou o noticiário na época do escândalo: de onde veio o dinheiro? A resposta contida nos autos, por parcial, frustra as expectativas. Mas não completamente. Os procuradores anotam que “grande parte do dinheiro” apreendido pela PF no hotel de São Paulo não teve a origem detectada. Por quê? “Apresentava-se em notas velhas, sem sequenciamento de número de ordem e sem identificação da instituição financeira.” Porém…

Foi possível rastrear uma “parte diminuta das cédulas” recolhidas pela PF na batida policial de 15 de setembro de 2006. Eram dólares. “Cédulas novas, que estavam arrumadas em maços sequenciais.” Servindo-se dos números de série das notas, a Divisão de Combate ao Crime Organizado de Brasília requisitou informações ao governo dos EUA. “Em resposta, o Departamento de Justiça Americano informou que os dólares tiveram origem em Miami”, anotam os procuradores na denúncia.

Seguindo o rastro do dinheiro, descobriu-se que parte dos dólares fez escala numa casa bancária da Alemanha, o Commerzbank. Dali, o lote foi remetido, em 16 de agosto de 2006, para o Banco Sofisa S/A, sediado em São Paulo. Para desassossego dos “aloprados”, o Federal Bureau of Investigation dos EUA farejou a origem de outro naco de dólares apreendidos pela PF. Coisa de US$ 248,8 mil. Compunham um lote de US$ 15 milhões adquirido em 14 de agosto de 2006 pelo mesmo Banco Sofisa junto à filial do alemão Commerzabak em Miami.

Munido das informações, os investigadores acionaram o Banco Central. A quebra dos sigilos bancários levou à seguinte descoberta: parte dos dólares apreendidos no hotel paulistano em poder de Gedimar Passos e Valdebran Padilha havia saída do Banco Sofisa para a corretora de câmbio Dillon S/A, sediada no Rio. Dali, as notas foram repassadas, em várias operações de compra, à Vicatur Câmbio e Turismo Ltda., também do Rio.

Na sequência, o Núcleo de Inteligência da PF varejou a clientela da casa de câmbio Vicatur. Chegou-se, então, ao ‘laranjal’ composto de pessoas humildes. Gente que, sem renda para adquirir dólares, foi usada para dificultar o rastreamento do dinheiro. Inquirido, Levy Luiz da Silva Filho, um dos réus do processo, confessou que servira de laranja. Mais: reconheceu que, em troca de uma comissão de R$ 2 mil, coletara as assinaturas de sete familiares. Juntos, “compraram” na Vicatur o equivalente a R$ 284.857 em moeda americana.

Os procuradores escreveram na denúncia: “Ocorre que, não por mera coincidência, verificou-se que a soma exata de R$ 248,8 mil vendidos a clientes finais pela empresa Vicatur (todos ‘laranjas’conforme depoimentos prestadoso) correspondia à mesma soma dos valores apreendidos” com os petistas Gedimar e Valdebran.

“Desse modo”, concluíram os procuradores, “constata-se que Gedimar Pereira Passos, Valdebran Padilha, Expedito Veloso, Hamilton Lacerda, Jorge Lorenzetti e Osvaldo Bargas se associaram subjetiva e objetivamente, de forma estável e permanente, para a prática de crimes contra o sistema financeiro nacional e de lavagem de dinheiro”.

Crimes que “tinham por fim a desestabilização da campanha eleitoral de 2006 ao governo do Estado de São Paulo através de criação de vínculo entre o candidato do PSDB [Serra] à máfia dos Sanguessugas [que superfaturava ambulâncias com verbas do Ministério da Saúde] e, com isso, favorecer o então candidato do PT [Mercadante].”

Em notícia veiculada em junho do ano passado, a revista Veja revelara que, em conversas com companheiros de partido, um dos ‘aloprados’, Expedito Veloso (foto ao lado), revelara que o verdadeiro mentor do plano do dossiê fora Aloizio Mercadante. Nessa época, o então senador chefiava o Ministério da Ciência e Tecnologia, sob Dilma Rousseff. As conversas foram gravadas e expostas no site da revista.

No áudio, Expedito declara a certa altura: “O plano foi tocado pelo núcleo de inteligência do PT, mas com o conhecimento e a autorização do senador. Ele, inclusive, era o encarregado de arrecadar parte do dinheiro em São Paulo”. Segundo Expedito, Mercadante associara-se ao presidente do PMDB de São Paulo, Orestes Quércia, morto no final de 2010.

“Faltavam seis pontos para haver segundo turno na eleição de São Paulo”, prosseguiu Expedito. “Os dois [Mercadante e Quércia] fizeram essa parceria, inclusive financeira. […] As fontes [do dinheiro] são mais de uma. […] Parte vinha do PT de São Paulo. A mais significativa que eu sei era do Quércia.”

Mercadante negou as acusações. Ele chegara a ser indiciado pela PF no inquérito aberto em 2006. Mas, seguindo parecer da Procuradoria-Geral da República, o STF anulou o indicamento por falta de provas. Agora, em ofício enviado ao juiz Paulo Cézar, os procuradores Douglas Araújo, Ludmila Monteiro e Marcellus Lima voltaram a excluir Mercadante da grelha.

Anotaram: “Relativamente ao crime eleitoral, a autoridade policial, em seu relatório, entendeu que a omissão de receita ou despesa em prestaçãoo de contas de campanha é crime previsto no artigo 350 do Código Eleitoral, o qual prevê que ‘constitui falsidade ideológica a ação de omitir, inserir ou fazer inserir declaraçãoo falsa ou diversa da que devia ser escrita, para fins eleitorais’.”

“No entanto”, prosseguem os procuradores no texto, “certo é que o próprio STF já afastou a modalidade especial de falsidade ideological, por ausência de comprovação de dolo por parte do senador Aloizio Mercadante. Aliado a isso, os laudos de exame financeiro não demonstraram que os recursos provieram de campanha eleitoral.”

Mais adiante, vem a conclusão que excluiu Mercadante da nova denúncia: “Logo, de todo o conjunto probatório colhido, verifica-se a ausência de prova quanto à saída de recursos da caixa de campanha eleitoral, bem como a comprovação da existência de caixa dois para trânsito de recursos por meios ilícitos…”

Afora Mercadante, também o deputado Ricardo Berzoini foi mantido longe da denúncia. Ele presidia o PT em 2006. Coordenava o comitê reeleitoral de Lula. O núcleo de inteligência da campanha, ninho dos ‘aloprados’, reportava-se a Berzoini. Mas ficou entendido que quem comandou a ‘alopragem’ foi Lorenzetti, o churrasqueiro de Lula.

Texto de Josias de Souza

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Auditoria do TCE escancara caos na Fundase: jovens confinados, sem aulas e com estrutura precária no RN

Foto: Fundase

O Tribunal de Contas do Estado (TCE/RN) apontou falhas graves nas unidades da Fundase, responsáveis pela internação de adolescentes em conflito com a lei no RN. A auditoria avaliou o período de janeiro de 2023 a junho de 2025 e concluiu que a medida socioeducativa perdeu o caráter pedagógico, com jovens passando longos períodos ociosos e sem atividades educativas.

Segundo os auditores, nas quatro unidades inspecionadas os adolescentes ficam a maior parte do tempo confinados nos alojamentos, sem aulas, esportes, cultura ou cursos profissionalizantes. Nos fins de semana e feriados é pior ainda, sem programação pedagógica, em descumprimento do ECA e da lei do Sinase, que rege o sistema socioeducativo.

Há relatos de alimentação inadequada, falta de itens básicos de higiene, colchões em más condições e influência de facções criminosas dentro das unidades. Na Educação, faltam professores, carga horária adequada e integração entre a Fundase e a Secretaria de Educação; já na profissionalização, não há controle de vagas ou cursos, o que impede parcerias e avaliação de resultados.

Outro ponto crítico é o abandono da estrutura física: não houve execução de recursos para reforma e ampliação em 2023, apenas R$ 354 mil foram aplicados em 2024 e nada até junho de 2025. O TCE apontou ainda a exclusão de adolescentes e famílias do Plano Individual de Atendimento, essencial para reintegração social.

Diante do quadro de completo caos, o TCE/RN fez determinações e recomendações à Fundase e às secretarias estaduais envolvidas, reforçando a cobrança por ações concretas e responsabilidade do governo estadual.

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OPERAÇÃO EM MONTE ALEGRE: Polícia e Ministério Público apuram suspeitas de corrupção

Foto: Reprodução

O Departamento de Combate à Corrupção e Lavagem de Dinheiro do RN (Deccor) deflagrou, nesta quarta-feira (17), uma operação em Monte Alegre, na Grande Natal. Ao todo, estão sendo cumpridos 16 mandados de busca e apreensão no município, em ação integrada da Polícia Civil com o Ministério Público do RN.

Os mandados atingem prédios públicos e residências. A investigação apura fraudes em contratos públicos, além de crimes como peculato (uso indevido de dinheiro público), lavagem de dinheiro, desvio de verbas, enriquecimento ilícito e corrupção, segundo informações do Blog do RR.

Em nota ao Blog do BG, a Polícia Civil se limitou a informar que o caso está sob segredo de Justiça e que não haverá detalhes enquanto o sigilo não for derrubado.

*Matéria em atualização

 

 

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VÍDEO: Polícia desarticula esquema de armas e “delivery” de drogas do Comando Vermelho no Rio

Imagens: Reprodução/Metrópoles

A Polícia Civil do Rio de Janeiro aplicou mais um golpe pesado no Comando Vermelho (CV). Na manhã desta quarta-feira (17), a Operação Contenção mirou grupos que distribuíam drogas por delivery na Zona Norte e mantinham núcleos de armas de alto poder na Região dos Lagos.

A ação foi comandada pela Delegacia Especializada em Armas, Munições e Explosivos (Desarme) e contou com reforço da Core e de unidades do Departamento-Geral de Polícia Especializada (DGPE). O alvo: criminosos envolvidos com tráfico de drogas, comércio ilegal de armas e associação criminosa.

As investigações mostraram que o Complexo da Maré funciona como central logística do CV, armazenando munições e abastecendo o tráfico em diversos bairros da Zona Norte. Outras regiões da cidade e a Região dos Lagos também foram alvo de diligências nesta fase da operação.

O esquema desarticulado incluía não só a distribuição de drogas porta a porta, como também a circulação de armamentos pesados. A polícia reforça que ações como essa são essenciais para conter o avanço do crime organizado e o impacto do CV sobre a segurança na cidade.

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Cantora Daniela Fernandes realiza show de lançamento do audiovisual “Terráquea”, no Teatro Sesc Sandoval Wanderley

Foto: Divulgação

A cantora Daniela Fernandes realiza, nesta sexta-feira (19), às 19h, no Teatro Sesc Sandoval Wanderley, o show de lançamento do audiovisual “Terráquea”. O acesso é gratuito, mediante a doação de 1kg de alimento não perecível, e os ingressos já podem ser retirados pelo site Sympla.

O material apresentado traz, na íntegra, o registro do show realizado em 26 de julho, no Teatro Alberto Maranhão, agora compartilhado com o público em uma noite especial de celebração à música potiguar.

A programação inicia com um bate-papo com convidados que colaboram e dialogam com o projeto: a cantora, compositora e atriz Khrystal, os multiartistas Jailson Fernandes e Ana Claudia Viana e a médica de família e comunidade Rafaela Barrêto. Em seguida, Daniela Fernandes sobe ao palco para um pocket show com canções que integram o audiovisual.

“Terráquea” convida o público a vivenciar a força, a diversidade e a poesia da arte norte-rio-grandense, reafirmando o compromisso da cantora com a valorização da produção cultural local. Uma noite para celebrar conexões, memórias e o território que nos molda.

O show de lançamento do audiovisual  Terráquea tem o patrocínio da Prefeitura do Natal, Programa Djalma Maranhão, Unimed Natal, Casa de Saúde São Lucas, Praiamar Natal, DNA Center e Plastic; com apoio cultural do Sistema Fecomercio, por meio do Sesc-RN, e SETURN.

SERVIÇO

Daniela Fernandes – show de lançamento do audiovisual “Terráquea”
Dia 19 de dezembro, às 19h, no Sesc Sandoval Wanderley
Ingressos gratuitos: https://www.sympla.com.br/evento/sesc-apresenta-lacamento-do-audiovisual-terrAquea-com-daniela-fernandes-e-banda/3247904 
*O acesso é gratuito, mediante a doação de 1kg de alimento não perecível
Siga: @danielafernandes.cantora

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OPORTUNIDADE ATRÁS DAS GRADES: Mais de 2 mil presos do RN encaram ENEM dentro das celas

Foto: Divulgação/SEAP-RN

Mais de 2 mil internos do Sistema Prisional do RN, incluindo a Penitenciária Federal de Mossoró, estão realizando o ENEM/PPL nesta terça (16) e quarta-feira (17). A prova é voltada para pessoas privadas de liberdade e jovens em medidas socioeducativas, e acontece dentro das unidades prisionais. A iniciativa é voluntária e gratuita, mas exige disciplina e planejamento dentro de um ambiente cercado por regras e limitações.

O exame é o mesmo do ENEM regular: quatro provas objetivas com 45 questões cada e uma redação em português. O objetivo é avaliar a educação básica dos participantes, oferecendo certificado de conclusão do ensino médio e até declaração parcial de proficiência. Quem quiser usar a nota para entrar na faculdade ou disputar vagas de emprego pode fazê-lo, mas isso não é obrigatório.

No RN, as provas acontecem em todas as unidades prisionais com internos, além dos Escritórios Sociais de Mossoró e Caicó e do Escritório Social da SEAP.

Para viabilizar o ENEM/PPL, a Secretaria de Administração Penitenciária (SEAP) montou uma operação logística completa, com segurança reforçada e apoio operacional para garantir que tudo ocorra sem incidentes.

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Lançamento de 1º voo comercial de foguete no Brasil é adiado pela 2ª vez

Foto: Divulgação/Innospace

O primeiro voo comercial de um foguete no Brasil, que seria realizado nesta quarta-feira (17), foi adiado mais uma vez. A informação foi confirmada pela Força Aérea Brasileira (FAB) e pela Innospace, empresa sul-coreana responsável pela missão. Agora, a nova previsão é para sexta-feira (19), na Base de Alcântara, no Maranhão.

Segundo a Innospace, o atraso se deve à necessidade de substituir componentes após uma anomalia ser identificada no sistema de resfriamento do oxidante do primeiro estágio, durante uma inspeção final. A empresa garantiu que a troca pode ser feita com o foguete já na plataforma e que o veículo não apresenta danos estruturais, reduzindo o prazo necessário para novos procedimentos.

A FAB afirmou que segue com toda sua estrutura e equipes preparadas para o lançamento, em articulação com os demais órgãos envolvidos na operação. Esta é a segunda tentativa frustrada: ainda em novembro, na véspera da data prevista, o voo do foguete HANBIT-Nano já havia sido reprogramado para ajustes adicionais.

Com 21,9 metros de altura e capacidade para atingir a órbita terrestre em três minutos, o foguete leva cinco satélites e três dispositivos de pesquisa desenvolvidos no Brasil e na Índia. Se bem-sucedida, a missão pode impulsionar a posição do país no mercado espacial global, embora o valor pago pela operação não tenha sido divulgado.

Com informações do G1

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Política

Lula prepara cobrança final a ministros antes de reforma eleitoral no governo

Foto: Ricardo Stuckert/PR

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva comanda, nesta quarta-feira (17), a última reunião ministerial do ano com um recado claro aos auxiliares: foco total nas entregas do governo nos primeiros meses de 2026 e preparação para a desincompatibilização eleitoral. Cerca de metade dos ministros deve deixar seus cargos até abril para disputar as eleições municipais e estaduais, o que abrirá espaço para uma ampla recomposição no primeiro escalão.

A orientação já definida no Planalto é substituir a maioria dos titulares por seus respectivos secretários-executivos, evitando descontinuidade em obras, projetos e metas. Entre os ministros que devem sair estão Rui Costa (Casa Civil), Fernando Haddad (Fazenda), Jader Filho (Cidades), Renan Filho (Transportes), Waldez Góes (Integração e Desenvolvimento Regional), Luiz Marinho (Trabalho) e Wolney Queiroz (Previdência).

Lula também deve reforçar que o início de 2026 será determinante para fortalecer a imagem do governo em todas as regiões do país — período em que os ministros ainda estarão no cargo antes de se afastarem para as campanhas. A estratégia é intensificar inaugurações, anúncios e entregas, evitando ruídos administrativos durante as transições.

O encontro será realizado na Granja do Torto, em Brasília, seguido de almoço com toda a equipe. Além do discurso de Lula na abertura, estão previstas falas do vice-presidente Geraldo Alckmin e dos ministros Rui Costa e Fernando Haddad, que também deixarão seus cargos no início do próximo ano.

Com informações do InfoMoney

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VÍDEO: Apreensão histórica de cartuchos com THC em vape expõe rota do tráfico em Natal

Vídeo: Divulgação

A Polícia Civil do Rio Grande do Norte e a Receita Federal realizaram, nesta terça-feira (16), a primeira apreensão no estado de refis para cigarros eletrônicos com altíssima concentração de THC, substância psicoativa da maconha. A operação, realizada em Natal, encontrou 100 cartuchos avaliados em cerca de R$ 100 mil, com índices de até 88% de THC, nível considerado extremamente elevado e capaz de intensificar de forma agressiva os efeitos da droga.

Segundo as investigações, a carga tinha como destino um flat no bairro de Petrópolis, onde a distribuição seria organizada. Durante ação controlada, os agentes abordaram uma mulher de 28 anos, flagrada no momento em que recebia o material. Ela confessou ter emprestado seus dados pessoais e endereço para facilitar o transporte, recebendo R$ 200 por cada remessa entregue. O cão de faro Falcon, da Receita Federal, participou da detecção da droga.

As autoridades destacam que esta é a primeira apreensão desse tipo de cartucho com THC concentrado no estado. Cada unidade, comercializada nos Estados Unidos a até US$ 89 (aproximadamente R$ 485), poderia ser revendida ilegalmente em Natal por mais de R$ 700. As investigações já identificaram outros envolvidos no esquema e novas prisões devem ocorrer nos próximos dias.

A operação foi conduzida pela Delegacia Especializada em Narcóticos (DENARC/Natal), vinculada à DEICOR, em parceria com a Receita Federal do Brasil.

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Política

Walter reafirma alinhamento com Lula, mas evita cravar palanque no RN para 2026

Foto: Eduardo Maia

O vice-governador Walter Alves (MDB) reforçou que o partido segue aliado ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no cenário nacional, especialmente no Nordeste. Porém, em entrevista ao Diário do RN, o presidente estadual do MDB evitou projetar qual será o posicionamento da sigla nas eleições de 2026 no Rio Grande do Norte, deixando aberta a possibilidade de diálogo com diferentes campos políticos.

Walter afirmou que o MDB potiguar ainda está em processo de escuta interna e reiterou que nenhuma definição será tomada sem consulta às bases. Com mais de 40 prefeitos filiados, o partido tem buscado alinhamento entre lideranças, como a governadora Fátima Bezerra (PT) e o presidente da Assembleia Legislativa, Ezequiel Ferreira (PSDB). “Hoje, o MDB está fechado com Lula, mas não há definição sobre a sucessão estadual”, afirmou o vice-governador.

Sobre o futuro político da sigla, Walter desconversou ao ser questionado sobre possíveis alianças com governo ou oposição em 2026, citando nomes como Cadu Xavier, Allyson Bezerra e Zenaide Maia. Para ele, qualquer definição dependerá do grupo: “Eu tenho que escutar os prefeitos. Não posso tomar atitude sozinho”, disse.

Mesmo defendendo o apoio a Lula no plano nacional — posição reforçada em agendas recentes com ministros e lideranças do MDB — Walter também indica espaço para novas articulações, inclusive ao assumir publicamente uma posição mais central no espectro político. As declarações reforçam o peso estratégico do MDB no RN e deixam o cenário aberto para futuras composições eleitorais.

Com informações da reportagem do Diário do RN

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Política

Rogério Marinho lança Flávio Bolsonaro como favorito da direita para 2026

Foto: Andressa Anholete / Senado

O senador Rogério Marinho (PL-RN) declarou que Flávio Bolsonaro (PL-RJ) é, hoje, o principal nome para representar a direita nas eleições presidenciais de 2026. Em entrevista à CNN Brasil, o líder da oposição afirmou que a escolha reflete um processo de amadurecimento político conduzido pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e por lideranças conservadoras diante das dificuldades jurídicas que impedem o ex-chefe do Executivo de disputar o pleito.

Marinho disse que Flávio reúne o perfil ideal para colocar em debate as propostas da direita e apontou o senador como representante de um projeto político alinhado aos valores defendidos pelo grupo. Ele destacou temas como liberdade de expressão, redução da burocracia, defesa da família e papel do Estado.

O ex-ministro também argumentou que Jair Bolsonaro segue sendo a principal liderança do campo conservador e que a candidatura de Flávio seria a continuidade do legado do ex-presidente. Segundo Marinho, a indicação passou por consultas internas, e já existe um consenso sobre a estratégia eleitoral do grupo.

Ao defender o nome do colega de partido, o senador ressaltou atributos geracionais e políticos de Flávio Bolsonaro, qualificando-o como preparado para liderar o projeto em 2026. “É o melhor candidato”, reforçou Marinho, apontando o senador como a aposta da direita para a disputa presidencial.

Com informações do Agora RN

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