Saúde

Anvisa oficializa permissão para empresas e Estados importarem vacinas

Foto: © Tânia Rêgo/Agência Brasil

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou resolução que regulamenta “autorização excepcional e temporária” para que estados, municípios e o Distrito Federal importem medicamentos e vacinas para covid-19 que não possuam registro sanitário ou autorização para uso emergencial no Brasil.

Ainda no âmbito do enfrentamento da emergência de saúde pública decorrente da pandemia, a agência aprovou também alterações na Resolução de Diretoria Colegiada 444 (publicada em dezembro de 2020), que estabelecia as condições para a autorização temporária de uso emergencial, em caráter experimental, de vacinas contra a covid-19.

As mudanças aprovadas têm, segundo a Anvisa, o objetivo de adequar seus procedimentos à lei 14.214, sancionada ontem, em cerimônia no Palácio do Planalto, pelo presidente Jair Bolsonaro.

Empresas

Segundo as novas regras, pessoas jurídicas de direito privado, como empresas, por exemplo, poderão adquirir diretamente das farmacêuticas vacinas contra a covid-19 que tenham autorização temporária para uso emergencial, autorização excepcional e temporária para importação e distribuição ou registro definitivo concedidos pela Anvisa.

Enquanto estiver em curso a vacinação de grupos prioritários definidos pelo Ministério da Saúde, as doses deverão ser integralmente doadas ao Sistema Público de Saúde (SUS). Após a conclusão dessa etapa, o setor privado poderá ficar com metade das vacinas compradas, desde que as doses sejam aplicadas gratuitamente. A outra metade deverá ser remetida ao SUS.

O texto possibilita a estados, Distrito Federal e municípios assumirem a responsabilidade civil por eventuais efeitos adversos provocados pelos imunizantes, desde que estes tenham obtido registro Anvisa. Os governos locais poderão contratar um seguro privado para cobrir os eventuais riscos das condições impostas por fornecedores em contrato.

Essa é uma exigência feita por alguns laboratórios, como Pfizer/BioNTech e Janssen, cujas vacinas ainda não chegaram ao Brasil. Dentre essas condições, estão a ausência de responsabilização ao laboratório em caso de atraso na entrega ou de eventuais efeitos colaterais do imunizante.

Prazo

A nova legislação prevê, ainda, o estabelecimento do prazo de sete dias para a Anvisa avaliar o pedido de autorização temporária de uso emergencial sempre que a vacina tiver sido aprovada por pelo menos uma autoridade sanitária estrangeira dentre as listadas na lei: Estados Unidos, União Europeia, Japão, China, Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte, Rússia, Índia, Coreia, Canadá, Austrália, Argentina e outras autoridades sanitárias estrangeiras com reconhecimento internacional e certificadas, com nível de maturidade IV, pela Organização Mundial de Saúde ou pelo Conselho Internacional para Harmonização de Requisitos Técnicos para Registro de Medicamentos de Uso Humano e pelo Esquema de Cooperação em Inspeção Farmacêutica.

Caso as informações fornecidas pela agência reguladora não estejam completas o suficiente “para comprovar o atendimento aos padrões internacionais de qualidade, segurança e eficácia”, o prazo para a avaliação da Anvisa aumenta para 30 dias. A resolução da Anvisa foi aprovada na noite desta quarta-feira (10).

Agência Brasil

Opinião dos leitores

  1. Show de bola.
    Quero vê Fátima do PT comprar.
    Bora bora bora.
    A caganeira era grande.
    Bora bora.
    Não perca tempo.
    Aproveite e dê notícia dos 5.000 milhões.

    1. Vai demais… 1 dose a 10 dólares, 500.000 doses dão 25 milhões, se ela ta com o pires na mão, como vai comprar se nao tem dinheiro pra nada..

  2. Vacinas sempre serão importantes, mas, estou feliz mesmo pq o presidente Bolsonaro resolveu usar máscaras, mesmo que tenha sido por causa do Lula.

  3. Vou lembrar aos esquerdopatas a responsabilidade do direcionamento no controle da pandemia porque todos tem memória curta.
    O STF em abril de 2020 determinou que o controle citado acima é de responsabilidade dos estados e municípios esta lei foi renovada em março pelos mesmos ministros.
    Vamos ver quanto tempo vai demorar para chegar o primeiro lote.
    Assinar acordo de intenção de compra é fácil quero ver as vacinas chegando.
    E ainda tem o outro lado que conhecemos muito bem, compra de placebo no mercado negro.
    E ainda vai ter doido dizendo aqui que não vai ocorrer por ser a compra efetuada em laboratórios farmacêuticos e etc…
    Temos exemplos de hospitais de campanhas e respiradores superfaturados que não serviram para o objetivo.
    Rezemos para que dê tudo certo.

  4. País sem comando.
    Não tem vacina, transporte é luxo e comida (alimentação básica), só em sonho mesmo.

  5. Agora tudo está mais dificil.Jogou a responsabilidade para estados e o privado.
    Agora a vacina presta,o uso de máscaras tambem e que tem que evitar aglomerações,que a doenca é seria.
    Faltou COMANDANTE!!!
    PREPOTENCIA!!!
    IRRESPONSABILIDADE!!

    1. Eh o jogo do MINTOmaníaco: tirar o corpo fora e jogar a culpa nos demais entes federativos! Não apresentou um plano sequer de imunização ou que objetivasse mitigar a pandemia! Eh um inepto negacionista que só fez piorar a contaminação aqui no Brasil!

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Política

Rejeição a Lula entre mulheres, pretos e pardos supera aprovação

Foto: Kebec Nogueira

Pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quarta-feira (2/4) aponta um aumento da rejeição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) entre segmentos da população que historicamente o apoiam. É o caso de mulheres, pessoas pretas e pardas, da Região Nordeste, e que recebem até dois salários mínimos.

Pela primeira vez, ao menos desde fevereiro de 2024, o percentual de mulheres que desaprovam o governo Lula ultrapassou a aprovação: 53% de avaliação negativa contra 43% positiva.

Entre os jovens de 16 a 34 anos, a reprovação atingiu o maior patamar, chegando a 64%, enquanto 33% aprovam.

Ainda segundo o levantamento, a aprovação do petista na Região Nordeste seguiu o ritmo de queda, atingindo 52%. A desaprovação é de 46%. A rejeição é maior na Região Sul: 64% de reprovação contra 34% de aprovação.

A pesquisa ouviu 2.004 brasileiros com 16 anos ou mais, entre os dias 27 e 31 de março. A margem de erro é de dois pontos percentuais.

Metrópoles

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Economia

Vendas na Páscoa devem crescer até 8% no RN

Foto: Anderson Régis

As vendas relacionadas a itens no período de páscoa, como vinhos, refrigerantes, azeites, pescados, chocolates e alimentos para a Semana Santa no Rio Grande do Norte devem ter um crescimento de até 8%, segundo projeções da Associação de Supermercadistas do RN (Assurn). A média nos últimos anos tem sido de 5 a 8%. Em nível nacional, as projeções variam de 8 a 12%.

Segundo avaliação do presidente da entidade, Gilvan Mikelyson, as vendas no período de páscoa representam um das melhores épocas de vendas sazonais no ano, ficando atrás somente do período natalino e de fim de ano. A projeção de aumento do faturamento, inclusive, está associada à alta dos alimentos e do cacau, segundo Mikelyson.

“Essas expectativas consideram também o aumento dos produtos, que cresceram de preço; a inflação se estende a ele, com chocolate aumentando muito o preço, vinhos. Esse crescimento no faturamento se deve um pouco também a esse aumento nos preços. Sempre estamos otimistas, porque a sazonalidade da Páscoa só perde para a do Natal. Nesse período, nos preparamos de forma otimista, sempre achando que vai dar certo”, explica.

O aumento dos preços nos produtos, inclusive, com o Governo Federal convocando os estados a reduzirem o ICMS de itens da cesta básica como forma de conter a alta, também preocupa o setor, segundo Mikelyson. “Por outro lado, também tememos o aumento dos preços, que pode haver uma redução no consumo em virtude disso. As pessoas não deixam de consumir, mas trocam de marca, reduzem a quantidade”, cita o presidente da Assurn.

Tribuna do Norte 

 

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Brasil

Lula lançará campanha ‘o Brasil é dos brasileiros’ um dia depois de tarifaço de Donald Trump

Foto: Reprodução/Instagram

O governo Lula decidiu adotar o slogan “O Brasil é dos brasileiros” em peças publicitárias para veiculação em meios de comunicação e redes sociais. E marcou o lançamento da campanha para a quinta (3) —um dia depois do anúncio do tarifaço de Donald Trump, que pode atingir o Brasil.

A frase, usada em fevereiro em bonés azuis por parlamentares que apoiam o governo, virou um contraponto ao boné vermelho usado pelo governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), para celebrar a posse de Trump na Presidência dos EUA. Nele estava escrito “Make America Great Again” [Torne a América Grande de Novo], o slogan do norte-americano em disputas eleitorais.

O evento foi agendado para apresentar a campanha e gráficos e materiais com realizações de Lula. Mas vai servir também, de acordo com lideranças que apoiam o petista, para que o governo possa surfar na reação que as medidas de Trump devem gerar, aqui e no mundo.

A equipe de comunicação de Lula, liderada pelo ministro Sidônio Palmeira, acredita que Tarcísio de Freitas abraçou Trump precocemente, sem considerar que o norte-americano poderia sofrer desgastes, e calcula que isso pode custar pontos de popularidade a ele. Trump, hoje, é desaprovado por 54% dos brasileiros, contra 36% que o aprovam, segundo a pesquisa Pulso/Ipespe.

Tarcísio é hoje tido por integrantes do governo como o principal adversário de Lula, já que é visto como potencial candidato à presidência em 2026 apoiado por Jair Bolsonaro (PL), que está inelegível.

Folha de SP

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Geral

Quaest: 71% dizem que Lula não cumpre promessas de campanha

Foto: Ricardo Stuckert

Em uma avaliação do comportamento do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), 71% acreditam que ele não tem conseguido cumprir as promessas que fez durante a campanha eleitoral de 2022, aponta pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quarta-feira (2).

Enquanto isso, 24% pensam que o petista vem conseguindo cumprir o que foi prometido. Não sabem ou não responderam somam 5%.

Foto: Genial/Quaest

A avaliação de que Lula não tem feito o que se comprometeu durante o pleito subiu seis pontos percentuais quando comparada à última pesquisa, publicada em janeiro deste ano. Na época, a avaliação era de 65%.

Na outra ponta, eleitores que acreditavam que o chefe do Executivo cumpriu o que prometeu teve uma queda de também seis pontos percentuais, saindo de 30% para 24%.

Algumas das promessas feitas pelo presidente durante a campanha eleitoral de 2022 foram retirar o Brasil do mapa da fome, resgatar a transparência pública e garantir o cumprimento da Lei de Acesso à Informação (LAI), o reajuste do salário mínimo acima da inflação e a isenção do imposto de renda para quem ganha até R$ 5.000.

A pesquisa ouviu 2.004 pessoas presencialmente entre os dias 27 e 31 de março. A margem de erro é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos, e o nível de confiança é de 95%.

CNN

Opinião dos leitores

  1. Ainda tem 24% de QI83 que acha que o PT cumpriu alguma coisa que prometeu exceto colocar o pobre no orçamento (taxando)?

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Geral

Genial/Quaest: reprovação de Lula sobe 7 pontos e chega a 56%

Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

Nova rodada da pesquisa Genial/Quaest, divulgada nesta quarta-feira (2/4), aponta que a reprovação ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chegou a 56% — é o pior índice desde o início do mandato.

O número representa aumento de sete pontos percentuais em relação ao último levantamento, feito em janeiro, no qual a avaliação negativa do petista era de 49%.

Ainda de acordo com a sondagem, 41% dos entrevistados aprovam a gestão do petista – eram 47% em janeiro –, enquanto 3% não souberam ou não responderam.

Foto: Genial/Quaest

A pesquisa ouviu 2.004 brasileiros com 16 anos ou mais, entre os dias 27 e 31 de março. A margem de erro é de dois pontos percentuais.

Trata-se do primeiro levantamento após o pacote de medidas divulgadas pelo governo para tentar reverter a maré de reprovação. No início de março, o presidente aprovou um conjunto de ações para reduzir o preço dos alimentos, fator apontado como crucial na reprovação do petista.

Além disso, Lula tem intensificado as viagens pelo país e, recentemente, divulgou iniciativas para ampliar o acesso ao crédito, como o empréstimo consignado para trabalhadores CLT e a isenção do Imposto de Renda para quem recebe até R$ 5 mil.

Metrópoles

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Geral

Lula quer Barroso em próximas viagens internacionais para ampliar ‘aliança entre os Poderes’

Foto: WILTON JUNIOR

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse a aliados que deve convidar o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, para acompanhá-lo em suas próximas viagens internacionais. A avaliação no entorno do petista é de que o saldo político da comitiva levada ao Japão e ao Vietnã na semana passada foi positivo, e serviu para azeitar a relação com o Congresso.

Lula viajou na companhia dos presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP). A ideia, agora, é incluir Barroso nos itinerários no exterior para ampliar a “aliança entre os Poderes” e dar demonstração de que “o Brasil está unido”. Procurado, o magistrado não comentou se aceitaria o convite.

O objetivo de Lula, ressaltam interlocutores, é criar um clima de maior harmonia institucional entre Palácio do Planalto, Legislativo e Judiciário, após meses de impasse entre os Poderes sobre as regras para distribuição de emendas. Com a popularidade desabando dia a dia, o petista quer evitar ruídos que possam atrapalhar ainda mais a agenda do governo neste ano.

A prioridade do governo agora é a aprovação do projeto de lei que amplia a faixa de isenção do Imposto de Renda, considerado crucial para tentar reaproximá-lo da classe média, considerada absolutamente decisiva para a decisão do quadro eleitoral de 2026.

Centrão vê saldo positivo na viagem de Lula à Ásia para as relações políticas

Lideranças do Centrão avaliam que a viagem à Ásia foi benéfica para o relacionamento do petista com o Congresso. Como mostrou a Coluna do Estadão, após meses sem ter acesso ao gabinete de Lula, nomes de peso no Legislativo começaram a mandar recados ao Planalto de que “não adianta chamar na eleição”.

Segundo relatos feitos à Coluna, dessa vez, os parlamentares sentiram um Lula com mais “força de vontade política”, disposto a se aproximar do Legislativo. Há, ainda, uma avaliação de que a articulação política do governo melhorou com a chegada de Gleisi Hoffmann à Secretaria de Relações Institucionais – deputados afirmam que ela é “mais direta” que seu antecessor no cargo, Alexandre Padilha, e negocia de forma mais concreta.

Estadão

Opinião dos leitores

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Mundo

Val Kilmer, ator de ‘Batman’ e ‘Top Gun’, morre aos 65 anos

Foto: Divulgação

O ator Val Kilmer, que interpretou o Batman em “Batman Eternamente”, morreu nesta terça-feira (1º), aos 65 anos. A morte, causada por pneumonia, ocorreu em Los Angeles, nos Estados Unidos. A informação é do “The New York Times”.

A causa da morte foi revelada por sua filha, Mercedes Kilmer. Ainda segundo ela, Kilmer havia sido diagnosticado com câncer de garganta em 2014, mas se recuperou. Na época em que a doença foi descoberta, a família do ator revelou à imprensa americana que o ator não tratava a doença em razão das suas crenças religiosas.

O ator também era conhecido por grandes papéis vividos nos anos 80 e 90. Entre eles: Jim Morrison em “The Doors” e o Iceman, rival de Tom Cruise, em “Top Gun”.

Além de Mercedes, Kilmer deixa o filho Jack, também filho de sua ex-mulher Joanne Whalley.

Carreira

Kilmer nasceu em Los Angeles em dezembro de 1959. Aos 17, entrou para a renomada academia de artes de Juilliard, em Nova York, para estudar teatro.

O ator começou a sua carreira no teatro, tendo atuado na Broadway e em festivais pelo mundo. No cinema, Kilmer tem grandes títulos em seu currículo. Enre eles: “The Doors” (1991), “Top Secret!” (1984), “Batman Eternamente” (1995).

O último trabalho de Kilmer foi na sequência do sucesso de bilheteria “Top Gun”, em que interpretou o mesmo personagem dos anos 80, Iceman.

G1

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Geral

Câmara cria subcomissão para apurar abusos e violações contra presos do 8/1

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Por meio de requerimento apresentado pelo líder da oposição na Câmara, deputado Luciano Zucco (PL-RS), houve a aprovação para criar uma subcomissão especial para apurar abusos e violações contra presos do 8 de janeiro de 2023. A ação entra no âmbito da luta pela anistia aos manifestantes.

A subcomissão foi aprovada em votação na Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado desta terça-feira, 1° de abril – apesar de o Partido Liberal ter orientado a obstrução, há exceções para pautas que são relativas à anistia.

O colegiado especial visa a investigar e fiscalizar, in loco, as denúncias de abusos praticados pelo Estado brasileiro e violações de direitos humanos dentro do sistema penitenciário praticados contra os presos do 8 de janeiro.

A Subcomissão será formada por 12 integrantes e seus respectivos suplentes, com a responsabilidade de investigar possíveis responsabilidades político-administrativas, além de analisar as condições físicas, materiais e institucionais dos detidos. O relatório conclusivo deverá ser entregue antes do término da atual legislatura.

Além da anistia, Zucco quer apuração de violações

O líder Zucco tem sido uma das principais vozes no Partido Liberal na luta pela anistia aos presos do 8 de janeiro. Nesta semana, o parlamentar vai apresentar o dossiê da Associação dos Familiares e Vítimas do 8 de Janeiro (Asfav) que embasou o pedido de criação da subcomissão.

“Nosso compromisso é garantir que os direitos fundamentais de todos os brasileiros sejam respeitados, independentemente das circunstâncias”, afirmou. “Há denúncias graves de maus-tratos e discriminação no tratamento dado a esses detentos, e não podemos permitir que a dignidade humana seja violada no sistema prisional.”

Ainda segundo Zucco, a fiscalização do colegiado especial reforça o papel e o compromisso do Poder Legislativo no controle externo da administração pública: “O Congresso Nacional tem o dever de zelar pelo respeito à Constituição e pelos direitos dos cidadãos”.

“Já houve precedentes de missões legislativas para verificar condições de encarceramento, e esta subcomissão cumpre o mesmo propósito de assegurar transparência e justiça”, ressaltou o líder da oposição.

Revista Oeste

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Geral

Governo avalia ultimato a partidos do Centrão que têm ministros para definir apoio a Lula em 2026

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Interlocutores próximos ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendem que o governo imponha um ultimato ainda neste semestre para que partidos do Centrão e seus ministros definam se apoiarão a reeleição de Lula em 2026. A ideia passou a ser discutida com mais força nos últimos dias no Palácio do Planalto.

Segundo fontes do governo, o objetivo é evitar que ministros de partidos do Centrão continuem ocupando cargos estratégicos, ganhem musculatura política até 2025 e, no ano eleitoral, migrem para a oposição. A maior cobrança recairá sobre ministros do PP, PSD, União Brasil e Republicanos.

A avaliação é que o MDB — embora também integre o Centrão — tem demonstrado mais propensão a permanecer aliado de Lula em uma eventual disputa pela reeleição.

Na reunião ministerial de janeiro, o próprio presidente já havia sinalizado que espera lealdade política de seus auxiliares de primeiro escalão. No entanto, líderes do Centrão enviaram recados ao Planalto dizendo que o apoio ao governo está limitado à pauta do Congresso em 2025, sem qualquer compromisso automático com a campanha de 2026.

“É preciso definir ainda neste semestre quem estará com Lula em 2026. Caso contrário, não dá para [um ministro] ficar dentro do governo já de olho na oposição”, disse ao blog um ministro próximo ao presidente.

Com a ministra Gleisi Hoffmann agora à frente da Secretaria de Relações Institucionais, a expectativa no Planalto é de que a cobrança por fidelidade seja mais firme do que no período de Alexandre Padilha, que foi deslocado para o Ministério da Saúde.

Até o momento, os presidentes do PP, senador Ciro Nogueira, e do PSD, Gilberto Kassab, já afirmaram publicamente que seus partidos não têm compromisso com a reeleição de Lula.

G1

Opinião dos leitores

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Geral

Bolsonarismo e críticas de influenciadores a consignado ‘ofuscam’ ações de Lula para retomar popularidade

Foto: Kazuhiro NOGI/AFP/27-3-2025

Desafiado pela queda de popularidade em pesquisas recentes, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem enfrentado dificuldade para emplacar uma agenda positiva nas redes sociais. Anúncios de iniciativas que são apostas da gestão para retomar apoio junto à população acabaram ofuscados, nas últimas semanas, por eventos ligados ao bolsonarismo, como o julgamento da denúncia contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e a decisão do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) de se licenciar do cargo, ou pela reação negativa aos programas e ações da gestão Lula, como o novo consignado para trabalhadores do setor privado, alvo de críticas de influenciadores digitais.

Batizado de Crédito do Trabalhador e chamado de “empréstimo do Lula” pela ministra Gleisi Hoffmann (PT), a iniciativa lançada no mês passado para facilitar empréstimos é um dos casos mais emblemáticos, apesar de ter tido alta adesão e de já ter liberado R$ 1,28 bilhão na primeira semana de funcionamento. Segundo análise feita pela Quaest, o consignado gerou 785 mil menções nas principais redes sociais — Instagram, Facebook, X e TikTok —, que alcançaram mais de 142 milhões de visualizações. Os dados mostram, porém, que 67% das citações foram contrárias ao governo federal.

Fora da bolha

O Crédito do Trabalhador despertou críticas da oposição, que passou a acusar o presidente de “populismo eleitoral”, mas também foi mal recebido fora da bolha bolsonarista, por influenciadores de finanças, como o ex-BBB e economista Gil do Vigor e a empresária Nathália Rodrigues, a Nat Finanças. Ambos publicaram vídeos, que acumulam juntos mais de 4,1 milhões de visualizações, nos quais criticaram a estruturação do consignado por permitir o uso do saldo do FGTS como garantia e favorecer o endividamento.

Um levantamento feito pela Palver a pedido do GLOBO reforça que a dificuldade de pautar as redes ocorreu também em relação a proposições como a isenção do Imposto de Renda (IR) para quem recebe até R$ 5 mil e anúncios relacionados a programas como Pé-de-Meia, Farmácia Popular e Mais Médicos. Eles atingiram volume menor de menções que temas caros ao bolsonarismo no mesmo período em grupos abertos no WhatsApp e no Telegram nos últimos 90 dias, mesmo entre usuários de esquerda, que tiveram a atenção dividida pelo julgamento de Bolsonaro e o anúncio de Eduardo Bolsonaro de que iria se mudar para os EUA.

— Temas ligados a figuras como Bolsonaro, seja pelo viés da defesa ou da crítica, geram engajamento suficiente para superar o debate em torno das ações mais propositivas do governo. Isso acontece mesmo nas bolhas informacionais da esquerda, onde as controvérsias da oposição frequentemente recebem atenção quase equivalente às iniciativas governamentais — afirma o cientista político e coordenador de inteligência e análise da Palver, Lucas Cividanes.

Sem foco e consenso

O governo viu nos últimos meses sua avaliação piorar junto aos brasileiros e faz ajustes na comunicação, sob comando do ministro da Secom, Sidônio Palmeira, para retomar a popularidade. A última pesquisa Datafolha, em fevereiro, apontou queda de 11 pontos percentuais na avaliação positiva da gestão Lula, para 24%. Já a avaliação negativa do governo (ruim ou péssima) atingiu patamar recorde (41%).

Para a professora e pesquisadora Letícia Capone, do Grupo de Pesquisa em Comunicação, Internet e Política da PUC-Rio, a tendência observada nas redes reflete a dificuldade da base de Lula de convergir em uma pauta única para conquistar adesão:

— O campo progressista não chega a um consenso. A esquerda enfrenta dificuldades na articulação e convergência de pautas, abordando diversos temas sem a mesma eficácia e repetição estratégica — avalia.

CEO do Instituto Travessia, o cientista político Renato Dorgan, especialista em pesquisas qualitativas, diz que os episódios mostram também dificuldade de garantir que as iniciativas do governo sejam percebidas como relevantes pela população, o que tem reflexos na popularidade e competitividade eleitoral de Lula:

— Não se cria um apelo narrativo para atrair as pessoas. O que a população espera são propostas para a melhora no custo de vida, a baixa no preço dos alimentos e a redução dos impostos.

O Globo

Opinião dos leitores

  1. Esse ultrapassado não tem mais jeito de enganar a população.
    Dois anos se passaram e zero de progresso.
    Muito bom de aumentar impostos e de viagens extravagantes pra fazer Turismo com o dinheiro do povo.
    De nada adiantou o povo ter votado nesse condenado.

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