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Foto: Divulgação 

O Blog do BG conversou com o Secretário de Planejamento de Parnamirim Kelps Lima nesta segunda (22). Falamos sobre Parnamirim, política e eleições. Confira.

*Kelps, hoje é o seu último dia à frente da Secretaria de Planejamento de Parnamirim. Por que você está deixando o time de secretários da Professora Nilda?*

Bruno, em primeiro lugar agradecer pelo seu convite. Sei da grande audiência que o seu blog tem em todo o estado, inclusive que é o mais lido do RN. Olha, hoje eu concluo mais um ciclo na minha vida. Quando aceitei o honroso convite para fazer parte da equipe da Professora Nilda, após uma das vitórias políticas mais bonitas da história de Parnamirim, eu só coloquei uma condição para aceitar: deixar combinada a data da minha saída, que é justamente agora, em dezembro deste ano de 2025.

*Por qual motivo?*
Eu sou pré-candidato a deputado federal e esta é uma campanha muito dura, muito difícil. Eu me dediquei o ano inteiro a mapear e a ajustar as contas do município, que a prefeita Nilda recebeu em péssimas condições. Trabalhei de domingo a domingo para a gestão poder sobreviver este primeiro ano, que é talvez o mais difícil dos quatro anos. Quem esteve próximo de mim na secretaria sabe disso. Graças a Deus deu certo, arrumamos a casa para que 2026 seja um ano possível de realizar o que precisamos. Casa arrumada, eu agora preciso montar o planejamento da minha campanha, e não conseguiria conciliar com o trabalho diário de secretário. Fizemos tudo o que foi combinado.

*Você vai se afastar da gestão?*
De forma alguma! Pelo contrário, eu agora estarei em condições de ajudar ainda mais a Prefeita Nilda. E tem mais: a maior ajuda que eu vou poder dar a Parnamirim é com um mandato de deputado federal, pois poderei ajudar a gestão a partir de Brasília, e não só Parnamirim, claro, mas todo o RN, mas Parnamirim é um caso especial, por causa desta ruptura que falei, que venceu uma estrutura de mais de 20 anos de poder e está mudando a cidade para melhor.

*Alguns blogs noticiaram que você teria tentado indicar um sucessor ao cargo que o ocupa/ocupou…*
BG, se tem uma coisa que eu aprendi na minha vida foi a respeitar as pessoas. Eu tenho um profundo respeito e amizade pela professora Nilda, pela sua linda história. Eu teria de ser uma pessoa insensível e deselegante para ter feito uma coisa dessas, de tentar interferir na equipe dela. Eu não preciso e Nilda não precisa. As pessoas subestimam Nilda. Ela trabalha das 5 da manhã às 10 da noite, todos os dias, e não precisa que digam a ela quem merece ser convidado para este ou aquele cargo. Acredite: Nilda conhece Parnamirim com a palma da mão dela. Quem escreveu isto, ou não conhece a professora Nilda, ou não me conhece. Eu sinceramente nem perco meu tempo com estas notícias sem fundamento nenhum.

*Que legado você deixa, após doze meses fazendo parte da gestão*
Me permitam aqui, você e seus leitores, a não ser modesto nesta resposta. Eu encontrei um quadro assustador nas finanças de Parnamirim. A dívida acumulada pela administração passada girava em torno de R$ 300 milhões. Despesas da gestão passada não tinham devidamente empenhadas, o que gerou inúmeros prejuízos no planejamento e na execução orçamentária. A Prefeitura chegou a ter contas de energia elétrica prestes a serem cortadas em janeiro deste ano, por falta de pagamento, e com os salários de quase dois mil funcionários terceirizados atrasados havia vários meses. Era um caos! Mas depois de muito trabalho, ao longo de todo este ano, nós conseguimos trazer as contas de novo para um patamar administrável, embora ainda demore a ficarem completamente sanadas, tamanho era o rombo que encontramos. Mas, respondendo objetivamente sua pergunta, eu acho que o maior legado que eu deixo, e que tenho imenso orgulho, é o projeto do Aeroporto Digital. O Rio Grande do Norte ainda vai ouvir falar muito deste projeto.

*Nos conte um pouco sobre este projeto*
A projeto Aeroporto Digital vai transformar a antiga estrutura do antigo aeroporto Augusto Severo em um espaço voltado à tecnologia, inovação e empreendedorismo. Um projeto que chega para mudar o patamar de Parnamirim em termos de movimentação econômica, geração de emprego, renda, captação de novos negócios, inovação e educação. Estimamos que o investimento inicial para implantação do parque tecnológico fique entre R$ 30 milhões e R$ 50 milhões. Parte desses recursos deverá vir de fundos não reembolsáveis, e as negociações já estão em andamento. O potencial do Parnamirim Aeroporto Digital é tão alto que vários parceiros já se mostraram interessados em participar. Formam o grupo de trabalho para a formalização do projeto representantes da UFRN, IFRN, Aeronáutica, Fiern, Sebrae e Câmara Municipal. E contamos ainda com a parceria do Porto Digital, do Recife, maior parque de inovação do Brasil. E digo mais: a concretização do projeto só está sendo possível graças à determinação da prefeita Nilda, que compreendeu a importância do Parnamirim Aeroporto Digital e tem respaldado o trabalho realizado. Eu trabalhei muito nestes doze meses, ajustando as contas, mas acho que o meu maior legado será este.

*Vamos falar de política? Já definiu seu candidato a governador e a senador?*
Sim, já defini. E penso que eu fui ou estou sendo o primeiro pré-candidato a federal a declarar formalmente em quem vou votar para governo e senado. Vou votar em Alysson e ele será o próximo governador do Rio Grande do Norte. E vou votar na senadora Zenaide, pelo trabalho que ela faz, pelo compromisso que ela tem com nosso estado e por ser casada com meu grande amigo Jaime Calado, um dos melhores prefeitos do Brasil.

*Você fica no Solidariedade?*
Eu tenho uma história linda com o Solidariedade. Ajudei a montar o partido aqui no estado. Lançamos o projeto Jovens Líderes, que descobriu talentos da política, como o próprio Alysson Bezerra e o vereador de Natal Fúlvio Saulo, entre tantos outros. Política é algo muito dinâmico. Estarei sempre ligado ao partido e às pessoas que tocam os projetos, mas o cálculo eleitoral é bem complexo e precisamos avaliar todas as possibilidades. Um mandato de deputado federal é muito precioso para o nosso estado, e eu estou focado 100% nesta eleição. E se depender de mim eu monto a nominata no Solidariedade.

*Existe o “grupo de fora” na gestão de Nilda, como alguns têm dito?*
Olha, me desculpa, eu acho este tipo de análise tão míope, tão rasa… Quem precisa dos serviços de uma unidade de saúde ou de coleta de lixo, não está preocupado de onde veio o secretário, ele quer que o serviço público funcione e funcione bem. Secretário ou qualquer outro cargo, em qualquer gestão, tem de ser competente. Este para mim é o perfil que se deve buscar. Não interessa de onde a pessoa é, interessa se ela é competente para fazer o que precisa ser feito.

*O que a prefeita Nilda achou da sua saída?*
Já estava combinado desde janeiro, então foi bem tranquilo. E ela sabe que não é uma despedida, pois estarei sempre, sempre ao lado dela. Segurei na mão dela muitos anos atrás, quando, talvez, muita gente não acreditasse na viabilidade política dela. E não vai ser agora, que ela tem um enorme desafio pela frente, que irei soltar. Ela sabe disso e quem nos conhece sabe também: nossa amizade e nossa aliança política é para a vida toda.

Foto: Diego Herculano/Reuters

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) completou um mês preso em regime fechado e aguarda autorização do Supremo Tribunal Federal para realizar uma cirurgia abdominal. Detido na Superintendência da Polícia Federal, em Brasília, ele pode deixar a cela pela primeira vez desde a prisão para passar pelo procedimento de retirada de uma hérnia.

Na última semana, a defesa solicitou permissão para a cirurgia, e o ministro Alexandre de Moraes determinou a realização de perícia médica pela Polícia Federal. O laudo confirmou a necessidade de intervenção cirúrgica. Agora, os advogados precisam indicar a data do procedimento para que o STF avalie a liberação temporária.

Dependendo do pós-operatório e dos cuidados médicos exigidos, Moraes poderá reanalisar o pedido de transferência de Bolsonaro para prisão domiciliar. A defesa sustenta que o ex-presidente enfrenta problemas de saúde que não podem ser plenamente tratados no ambiente prisional.

Bolsonaro foi preso preventivamente em 22 de novembro, por ordem de Moraes, sob suspeita de tentativa de violação da tornozeleira eletrônica e risco de fuga. Relatórios oficiais confirmaram que ele tentou abrir o equipamento com um ferro de solda, fato posteriormente admitido pelo próprio ex-presidente.

Dias depois, a prisão foi convertida em execução de pena após a defesa não apresentar recursos dentro do prazo. Bolsonaro foi condenado a 27 anos e três meses de prisão por tentativa de golpe de Estado e segue custodiado em uma ala especial da PF, com visitas restritas a familiares, médicos e advogados, mediante autorização judicial.

Com informações da CNN

Foto: Reprodução/ CanalGov

O Governo de São Paulo avaliou como plágio uma mensagem divulgada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas redes sociais no último domingo (21). A fala do petista, com referência ao “impossível”, foi comparada por aliados do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) a uma campanha publicitária recente da gestão paulista, usada no balanço de ações de 2025.

Durante um evento no Palácio do Planalto, Lula afirmou que “não existe nada impossível de ser feito no mundo, quando alguém tem coragem de fazer”, frase dita na inauguração de uma maquete da transposição do Rio São Francisco. No mesmo dia, mais cedo, o governo paulista havia promovido uma cerimônia no Palácio dos Bandeirantes com o slogan “coragem para fazer o impossível”, lema adotado para destacar obras retomadas e projetos destravados no estado.

Fontes do Palácio dos Bandeirantes afirmaram que a semelhança entre as mensagens não foi coincidência e classificaram a ação do governo federal como uma apropriação indevida do conceito usado pela gestão Tarcísio. A leitura interna é de que o episódio reforça o clima de disputa política antecipada entre Lula e o governador paulista, cotados como possíveis adversários em 2026.

A rivalidade também se reflete na disputa pela autoria de grandes projetos tocados em parceria entre os governos estadual e federal, como o túnel Santos–Guarujá, ações na Favela do Moinho e a retomada do Rodoanel. Nesta segunda-feira (22), o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, cobrou publicamente o reconhecimento do financiamento federal no trecho norte do Rodoanel, em evento com a presença de Tarcísio, reacendendo o embate político entre as gestões.

Com informações do Metrópoles