Quando tomou posse do terceiro mandato, no dia 1º de janeiro de 2023, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva nomeou 37 ministros, sendo 26 deles filiados a nove partidos diferentes.
Enquanto 11 integrantes do primeiro escalão do governo não tinham nenhuma filiação partidária, o PT de Lula tinha dez ministros, o maior número entre as legendas contempladas.
Na sequência, o PSB do vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, o MDB e o PSD tinham três, cada um. Já o União Brasil e o PDT, contavam com dois, cada um.
Rede, PCdoB e PSOL tinham apenas uma ministra, cada — Marina Silva, Luciana Santos e Sônia Guajajara, respectivamente.
Veja a seguir os números do início do governo:
11 – Sem partido
10 – PT
3 – PSB, MDB e PSD
2 – União Brasil e PDT
1 – PCdoB, Rede e PSOL
Após dois anos e dois meses de governo, Lula já promoveu nove trocas no seu ministério, entre elas uma que incluiu a criação da 38º pasta do governo.
As últimas três, realizadas neste ano em meio à expectativa por uma reforma ministerial, movimentaram três petistas: Paulo Pimenta deixou a Secom e voltou para a Câmara, Alexandre Padilha vai migrar da articulação política do Planalto para o Ministério da Saúde e será substituído na Secretaria e Relações Institucionais da Presidência por Gleisi Hoffmann.
Veja a lista completa abaixo:
- Gonçalves Dias (sem partido) foi trocado por Marcos Antonio Amaro dos Santos (sem partido) – Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República
- Daniela Carneiro (União Brasil) por Celso Sabino (União Brasil) – Turismo
- Ana Moser (sem partido) por André Fufuca (PP) – Esportes
- Márcio França* (PSB) por Silvio Costa Filho (Republicanos) – Portos e Aeroportos
- Flávio Dino (PSB) por Ricardo Lewandowski (sem partido) – Justiça e Segurança Pública
- Silvio Almeida (sem partido) por Macaé Evaristo (PT) – Direitos Humanos e Cidadania
- Paulo Pimenta (PT) por Sidônio Palmeira (sem partido) – Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República
- Nísia Trindade (sem partido) por Alexandre Padilha (PT) – Saúde
- Alexandre Padilha (PT) por Gleisi Hoffmann – Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República
*Márcio França assumiu o Ministério do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte, criado para abrigá-lo
Com as mudanças mais recentes, que foram anunciadas por Lula na semana passada e serão oficializadas na próxima segunda-feira, quando Padilha e Gleisi tomarão posse nos novos cargos, o PT passará a ter 12 dos 38 ministros do governo.
Isso porque, em abril do ano passado, a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, que assumiu o cargo sem partido, se filiou à legenda. E Macaé Evaristo, deputada estadual de Minas Gerais pelo PT, substituiu Silvio Almeia no Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania. Agora, Lula tem nove auxiliares sem filiação.
Com a saída de Flávio Dino do Ministério da Justiça e Segurança Pública para assumir uma cadeira no STF, há pouco mais de um ano, o PSB perdeu uma vaga no ministério do petista. Ele foi substituído pelo ex-ministro do Supremo Ricardo Lewandowski, que não tem partido.
Já MDB, PSD, União Brasil, PDT, PCdoB, Rede e PSOL mantiveram o mesmo número de ministros do início do governo. Em setembro de 2023, Republicanos e PP ganharam um ministério cada, com Silvio Costa Filho no de Portos e Aeroportos e André Fufuca no dos Esportes.
Veja a seguir a lista de ministros, de acordo com a sigla de cada um:
- PT (11)
Rui Costa (Casa Civil); Fernando Haddad (Fazenda); Alexandre Padilha (Saúde), Camilo Santana (Educação); Gleisi Hoffmann (Secretaria de Relações Institucionais); Wellington Dias (Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome); Luiz Marinho (Trabalho e Emprego); Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar); Márcio Macêdo (Secretaria-Geral); Macaé Evaristo (Direitos Humanos e da Cidadania); Anielle Franco (Igualdade Racial) e Cida Gonçalves (Mulheres) - Sem partido (9)
Sidônio Palmeira (Secom); Marcos Amaro (Gabinete de Segurança Institucional); Jorge Messias (Advocacia-Geral da União); Vinícius Marques de Carvalho (Controladoria-Geral da União); Margareth Menezes (Cultura); José Mucio (Defesa); Mauro Vieira (Relações Exteriores); Ricardo Lewandowski (Justiça e Segurança Pública); e Esther Dweck (Gestão e da Inovação em Serviços Públicos) - MDB (3)
Jader Filho (Cidades); Renan Filho (Transportes) e Simone Tebet (Planejamento e Orçamento) - PSD (3)
Carlos Fávaro (Agricultura e Pecuária); Alexandre Silveira (Minas e Energia) e André de Paula (Pesca e Aquicultura) - PSB (3)
Geraldo Alckmin (Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços) e Márcio França (Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte) - União Brasil (2)
Juscelino Filho (Comunicações) e Celso Sabino (Turismo) - PDT (2)
Carlos Lupi (Previdência Social) e Waldez Góes (Integração e do Desenvolvimento Regional) - PP (1)
André Fufuca (Esporte) - Republicanos (1)
Silvio Costa Filho (Portos e Aeroportos) - Rede (1)
Marina Silva (Meio Ambiente e Mudança do Clima)
- PCdoB (1)
Luciana Santos (Ciência, Tecnologia e Inovação)
- PSOL (1)
Sonia Guajajara (Povos Indígenas)
Tudo pelo poder e garantir a picanha com cerveja dos cumpanhêros, parabéns aos jegues envolvidos.
Muito grave isso: o partido que venceu as eleições se atreve a nomear ministros. E nem pediu permissão ao candidato derrotado.
Ah! Quer dizer que agora foi o “partido que venceu as eleições que venceu as eleições”. Pensei que tinha sido uma coalizão de partidos na tal “Frente pela democracia”. Mas devo ter me enganado, afinal sou brasileiro portanto tenho memória “curta”.
No critério burrice petistas não se controla, o céu é o limite, o cidadão parece se orgulhar do governo que tem perto de 40 ministério com intuito principal de empregar a companheirada comprovadamente sem a menor qualificação profissional.
O problema do nosso país não são os políticos corruptos e sim o povo idiotizado