Educação

Após recusa de universidades, MEC desiste de retorno das aulas em janeiro

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O ministério da Educação vai revogar a portaria em que determina o retorno das aulas das universidades a partir de janeiro. O ministro, Milton Ribeiro, afirmou à CNN que irá abrir uma consulta pública para ouvir o mundo acadêmico antes de tomar nova decisão.

O ministério foi criticado por universidades que se recusaram a voltar às aulas por não avaliar ser o melhor momento.

“Quero abrir uma consulta pública para ouvir o mundo acadêmico. As escolas não estavam preparadas, faltava planejamento”, afirmou o ministro à coluna.

O ministro afirmou que consultou mantenedores de universidades antes de publicar a portaria desta quarta-feira. E que não esperava tanta resistência. “A sociedade está preocupada, quero ser sensível ao sentimento da população”, disse.

De acordo com Milton Ribeiro, o ministério vai liberar o retorno às aulas somente quando as instituições também estiverem confiantes de que as aulas possam ocorrer em segurança.

CNN Brasil

Opinião dos leitores

  1. VERGONHA, formar profissionais para o mercado de trabalho apenas com aulas remotas, como ficam as aulas práticas? Isso é uma ENGANAÇÃO.
    Como esses profissionais vão ter condições de realizar qualquer procedimento no mundo real, se não praticaram em sala de aula.
    As universidades privadas há muito retornaram, com as medidas de segurança as universidades públicas também já poderiam retornar.
    Muitos outros profissionais estão trabalhando em condições muito mais arriscada para o Covid do que os professores, tais quais bancários, motoristas de ônibus, policiais, etc.
    Parece que os professores gostaram de passar a maior parte do ano recebendo em dia e em casa. A sociedade é quem paga a conta.
    Parece também que a educação de qualidade não é prioridade para as universidades, que parecem não se esforçar para melhorar a situação.

  2. Todo mundo voltou a trabalhar.So esse segmento tem privilégio de ficar em casa.As suas vidas tem mais valor que as demais?

  3. André, Severino e Osvaldo, grandes…,
    Seus comentários equiparam-se aos seus conhecimentos. Lamentável! Não generalizem! A maioria desses que provocam aglomerações vocês sabem quem são e o que pensam. Desconhecem o trabalho dos professores. Gostaríamos muito de trabalharmos presencialmente. De moso remoto temos que replanejar, pesquisar, trabalhar por videoconferência, preencher dezenas de formulários, participar de formações e reuniões administrativas e pedagógicas on-line sem turno definido, acompanhar os e-mails para recebimento de atividades, acompanhar os grupos de mídias sociais para atender alunos, ir à escola pegar atividades impressas devolvidas pelos alunos que não têm acesso a internet, acessar o sistema para lançar conteúdos, atividades e acompanhar os que acessam. E ainda elaborar relatório de desenvolvimento parcial das atividades remotas em andamento, pois o MP também acompanha as ações realizadas pela escola. Falem apenas do que sabem com propriedade! Professor está acostumado a trabalhar. Afinal jornada de dois turnos de trabalho com cinco aulas cada um, com quarenta alunos em cada sala, mais um em casa planejando e corrigindo atividades não assusta ninguém!

    1. Que revolta é essa, vamos estudar numa federal e publicar alguns artigos internacionais. Prometo que a raivinha passa.

  4. quando vejo um posicionamento destes acho que deveríamos renomear as Universidades, para creches superiores. É um absurdo ! estamos lidando com o ensino superior deste país, se os professores e alunos não tem a capacidade de se adequar as exigências sanitárias imaginem a qualificação profissional dos que irão sair destas autarquias.
    Infelizmente estão utilizando as UF´s como campo de batalha ideológico, pena que os alunos não enxergam o tamanho do dano que estão causando na sua formação profissional, os servidores estão com seus proventos garantidos e não estão preocupados com a perdas do aprendizado, acorda moçada o tempo perdido vai ser cobrado depois e na vida real não vale mimimi, nem choro e vela o fumo é grande.

  5. sem condições de escolas e universidades voltarem na modalidade presencial.
    nunca deram valor aos professores, agora tudo pedindo arrego… não aguentam seus filhos dentro de casa?
    aprendam a respeitar os professores! são 40 adolescentes dentro de uma sala, você não aguenta 1 na sua!

    1. Todo mundo pode voltar ao trabalho, enquanto isso vcs não podem voltar ? Os bares estão lotados de universitários de segunda a segunda

    2. -Quem não aguenta aborrecente não vai ensinar.
      -Professor é pago para aturar (pelo visto não são os riscos de contágio, né? arrumaram um pretexto).
      -Quem já é professor e não os atura pede demissão.
      -As particulares já voltaram.
      -Quem não dá valor a professor?
      -EU até acho que professores públicos no Brasil são até sobrevalorizados para o que entregam.

    3. Se os pais vão ter a função de educador, tranquilo, que vocês SEJAM DEMITIDOS.
      Se professor não é para assumir sala de aula, que a função SEJA EXTINTA.
      Simples assim.
      Por sinal, desde quando alguns professores não são dispensáveis?
      Professor deveria dar exemplo e não ficar querendo receber SEM TRABALHAR

  6. O MEC é inocente ou se faz de desentendido?
    Nunca os professores tiveram tanta chance de não trabalhar e receber, que conversa é essa de voltar as aulas presenciais?
    Nem com a vacina isso vai acontecer, afinal o discurso já está todo preparado, depois de torrar bilhões com as vacinas, vem os "cientistas" dizem que o vírus mudou e o isolamento com lockdawn deve continuar, pois a vacina não tem efeito sobre o vírus novo.
    Será uma situação cíclica, para todo o sempre, vacina, mutação, isolamento.
    Ainda não entenderam? Já foi até desenhado e vocês não conseguem entender?

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Geral

Fila de espera por cirurgias no SUS cresce 26% em 2024

Foto: reprodução/TV Globo

A fila de espera por cirurgias no SUS cresceu 26% em 2024. Uma fila que não é pequena. Mais de 1,3 milhão de brasileiros aguardam por cirurgias eletivas no SUS, segundo dados oficiais obtidos pelo Jornal Nacional por meio da Lei de Acesso à Informação.

Cirurgias eletivas são as que não são consideradas urgentes. É como se toda a população de Porto Alegre estivesse à espera de atendimento. A maior procura é pela cirurgia de catarata.
Há décadas o SUS convive com filas e o problema se agravou por causa da pandemia de Covid, quando mais de um milhão de cirurgias tiveram que ser canceladas ou adiadas.

Em fevereiro de 2023, o Ministério da Saúde lançou o Programa Nacional de Redução das Filas, com incentivo financeiro para estados e municípios que conseguissem agilizar o atendimento. Mas, em vez de diminuir, a fila para cirurgias eletivas cresceu 26% em 2024, na comparação com 2023.

As maiores filas estão nos estados mais populosos do país. São Paulo e Minas Gerais têm, juntos, mais de 600 mil pacientes à espera de um procedimento cirúrgico. É praticamente metade do total.

A ministra da Saúde, Nísia Trindade, afirma que o SUS realizou quase 14 milhões de cirurgias eletivas em 2024 — um número recorde. Ainda segundo a ministra, o objetivo daqui para frente é reduzir o tempo de espera, que hoje, em média, é de dois anos e quatro meses.

“Sempre nós teremos uma fila o que é importante é trabalharmos para aumentar a produção de consultas, de exames e de cirurgias e reduzir o tempo de espera. Definimos aquelas especialidades onde havia uma maior espera, situações mais críticas, tratamentos dos cânceres, o período de 30 dias para fechar um diagnóstico e daí o encaminhamento para o procedimento que for necessário e, no caso de outras especialidades, 60 dias”, diz a ministra da saúde, Nísia Trindade.

g1

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Brasil

FAB intercepta mais de 3,3 mil aeronaves invasoras em 5 anos no Brasil

Reprodução

A Força Aérea Brasileira (FAB) interceptou 3.382 aeronaves de 2020 a 2024. A estatística repassada ao Metrópoles mostrou que o número já foi maior, mas acabou estabilizando nos últimos três anos.

A interceptação é realizada sempre que um veículo aéreo ingressa no espaço brasileiro sem o devido plano de voo autorizado. O procedimento inclui vários tipos de ações, como um simples acompanhamento até o abatimento e/ou destruição do avião ou helicóptero.

A estatística oficial obtida pelo Metrópoles mostra que, em 2020, houve 3.382 interceptações. O ano com maior número de ações do tipo foi 2021, com 1.147 casos. Já 2023 registrou o menor número de interceptações: 404. Em 2020, foram 984 interceptações. Os anos de 2022 (435) e 2024 (412) encerram o quinquênio.

“Considerando o período de 2020 a 2024, houve situações em que foi necessária a aplicação da Medida de Policiamento do Espaço Aéreo (MPEA) Tiro de Detenção. Contudo, ressalta-se que o fato de haver a aplicação da Medida de Destruição em face de uma aeronave não significa que a mesma foi abatida”, diz trecho da resposta da FAB ao Metrópoles.

Na interceptação mais recente divulgada pela FAB, houve a derrubada de um avião de pequeno porte. A instituição divulgou que a aeronave voava no Brasil, nas imediações da fronteira com a Venezuela, na terça-feira (11/2), quando houve a ação. Mesmo após uma série de avisos, houve desobediência, o que resultou no abatimento da aeronave. No caso, dois tripulantes do avião invasor morreram e foi constatada a carga de drogas com vistoria feita pela Polícia Federal (PF). A quantidade não foi informada pela FAB.

Metrópoles

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Brasil

Entidades ocultam pagamentos que rendem salário anual extra de até R$ 257 mil a ministros de Lula

Foto: WILTON JUNIOR/Estadão

Duas das mais proeminentes instituições do Sistema S, o Sesc e o Senac contam com ministros de Estado em seus conselhos fiscais. As duas entidades estão submetidas à Lei de Acesso à Informação (LAI), o que as obriga a fornecer dados abertos das suas atividades, porém ambas têm omitido os valores vultosos pagos a parte dos integrantes do primeiro escalão do governo Lula que integram os seus quadros.

O Sesc conta com os ministros Alexandre Padilha (Secretaria de Relações Institucionais) e Luiz Marinho (Trabalho e Emprego) em seu conselho fiscal, mas forneceu ao Portal da Transparência da União apenas os valores pagos ao titular da SRI .

Procurada, a instituição não se manifestou. O Senac também não retornou aos contatos do Estadão, assim como os ministros

Entre janeiro e outubro de 2024, Padilha participou de apenas duas reuniões na instituição, segundo informações da sua agenda oficial, mas recebeu R$ 28 mil por mês em honorários, também conhecidos como “jetons”. Ao final daquele ano, o ministro somou R$ 257 mil, o equivalente a R$ 128,5 mil por reunião, de acordo com os dados do Portal da Transparência. Já Marinho, que participou de seis encontros no mesmo período, não teve os seus pagamentos divulgados pelo Sesc.

O mesmo cenário se repetiu no Senac. Desta vez, com os ministros Marcio Macêdo (Secretária-geral da Presidência) e Camilo Santana (Educação). O ministro palaciano esteve presente em sete encontros do conselho fiscal do Senac e acumulou R$ 129 mil ao longo do último ano.

O Senac diz pagar R$ 5 mil por reunião do Conselho, mas Macêdo recebeu R$ 21 mil em seis meses de 2024. Santana, por sua vez, participou de ao menos um encontro de conselheiros, em junho do ano passado, segundo publicação da entidade, mas não teve os eventuais valores recebidos disponibilizados.

O Estadão questionou o Senac e o Sesc sobre o número de reuniões que contaram com a participação de ministros e os respectivos valores recebidos por eles para contrastar com as informações disponíveis no Portal da Transparência, porém ambas não retornaram ao contato.

Na avaliação da diretora de programas da Transparência Brasil, Marina Atoji, as entidades descumprem a Lei de Acesso à Informação. “É uma violação direta da lei, porque a LAI determina claramente que as informações a serem divulgadas têm que ser íntegras e atualizadas. Se não há informação completa, já tem a violação desse princípio da lei”, afirmou.

A Controladoria-Geral da União (CGU), que mantém o Portal da Transparência e fiscaliza o cumprimento da LAI, afirmou em resposta ao Estadão que as entidades do serviço social autônomo (Sistema S) estão submetidas à lei, “o que alcança as obrigações de transparência ativa a partir dos próprios sítios eletrônicos”.

Uma portaria conjunta editada pela CGU e pelo antigo Ministério da Economia durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) obriga as instituições a divulgarem em seus sites os “valores efetivamente pagos a título de remuneração ou ‘jetons’ para os membros dos conselhos fiscais, de administração ou similares, quando houver”.

Na resposta ao Estadão, a CGU também afirmou que a “obrigação primária” de divulgação é do Sistema S. No entanto, Atoji pondera que, embora a CGU não seja a autoridade responsável pelo monitoramento dessas entidades, é dever da instituição garantir que as informações fornecidas no Portal da Transparência sejam “o mais fidedignas e completas possível”.

Além de Sesc e Senac, as empresas Itaipu Binacional, Apex Brasil e Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) também têm ministros entre os seus conselheiros. A Apex e a ABDI não remuneram os membros dos seus respectivos conselho. A Itaipu, por outro lado, historicamente não divulga os valores pagos aos membros do seu conselho de administração. Mas, como mostrou o Estadão, a remuneração prevista em 2024 era de R$ 34 mil para cada integrante.

Integram o conselho da Itaipu os ministros Fernando Haddad (Fazenda), Rui Costa (Casa Civil), Esther Dweck (Gestão) e Alexandre Silveira. O vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, fazem parte do conselho fiscal da Apex, totalizando dez titulares de Ministérios com acentos em conselhos de instituições.

A Segunda Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu em maio de 2023 que as verbas recebidas por ministros de Estado pela participação em conselhos fiscais ou de administração em instituições estatais não estão sujeitas ao teto remuneratório do serviço público, que atualmente é de R$ 46 mil.

Isso significa que os beneficiários dos jetons, como Padilha e Macedo, que acumularam respectivamente R$ 257 mil e R$ 129 mil, receberam esse valor adicional em suas contas como uma espécie de salário extra.

Estadão

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Polícia

Um ano após fuga de detentos, penitenciária federal de Mossoró passou de quatro para seis agentes por preso

Reprodução

Um ano depois da fuga de dois detentos, a penitenciária federal de Mossoró (RN) tem, em média, seis agentes de execução penal para cada preso. Em 14 de fevereiro de 2024, quando Rogério da Silva Mendonça, de 35 anos, e Deibson Cabral Nascimento, de 33, escaparam do local, o índice era de quatro profissionais por detento, como mostrou o R7. O episódio foi a primeira fuga do sistema penitenciário federal, que existe desde 2006.

A unidade de Mossoró tem 45 presos, o menor números entre as prisões de segurança máxima do país. À época da fuga, eram 68 internos, e o número só era inferior ao da unidade de Brasília, que tinha 46. Atualmente, a prisão da capital federal abriga 53 detentos.

Em fevereiro do ano passado, a penitenciária de Mossoró tinha 249 agentes de execução penal; agora, são 262.

Os dados, que são do Painel Estatístico de Pessoal do governo federal e da Senappen (Secretaria Nacional de Políticas Penais), foram coletados e cruzados pela reportagem. O Brasil têm cinco presídios federais, prisões consideradas de segurança máxima — além de Mossoró, há unidades em Brasília (DF), Catanduvas (PR), Campo Grande (MS) e Porto Velho (RO).

Os dois presos fugiram da unidade de Mossoró pelo buraco de uma luminária que ficava em uma parede lateral da cela. Após atravessar a abertura, os fugitivos escalaram o shaft — vão interno para passagem de tubulações e instalações elétricas — até o teto, onde quebraram uma grade metálica e chegaram ao telhado da prisão. Os detentos tiveram acesso a ferramentas usadas na reforma pela qual a unidade passava.

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R7

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Mundo

Israel recebe carregamento de bombas pesadas dos EUA

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Israel recebeu um carregamento de bombas pesadas MK-84 dos EUA na noite de sábado, logo após Donald Trump suspender um bloqueio imposto à exportação de munições pelo governo de seu antecessor, Joe Biden.

O Ministério da Defesa israelense confirmou a informação neste domingo (16).

A MK-84 é uma bomba não guiada de aproximadamente 907 kg, que pode rasgar concreto e metais espessos, criando um amplo raio de explosão.

A administração de Biden se recusou a liberá-las para exportação para Israel devido à preocupação com o impacto em áreas densamente povoadas da Faixa de Gaza.

O governo antecessor ao de Trump enviou milhares de bombas para Israel após o ataque de 7 de outubro de 2023, por militantes palestinos do Hamas de Gaza, mas depois reteve um dos carregamentos. O bloqueio foi derrubado por Trump no mês passado.

“O carregamento de munições que chegou a Israel hoje à noite (sábado), divulgado pelo governo Trump, representa um recurso significativo para a Força Aérea e as IDF e serve como mais uma evidência da forte aliança entre Israel e os Estados Unidos”, disse o ministro da Defesa, Israel Katz, no sábado à noite.

Israel Katz, ministro da Defesa de Israel
O carregamento chegou após dias de preocupação sobre o cessar-fogo em Gaza, depois que ambos os lados se acusaram mutuamente de violar os termos do acordo para interromper os combates e permitir a troca de reféns mantidos em Gaza por prisioneiros palestinos e detidos em prisões israelenses.

Washington anunciou assistência a Israel no valor de bilhões de dólares desde o início da guerra.

CNN Brasil

 

 

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Brasil

Preço do ovo dispara no atacado e preocupa supermercados

Getty Images via BBC

A disparada no preço dos ovos, que tem registrado alta diária no atacado nas regiões produtoras, preocupa supermercados, feirantes e consumidores. A Abras (Associação Brasileira de Supermercados) diz que a valorização se intensificou desde a segunda quinzena de janeiro.

Uma combinação de fatores contribui para o aumento. Muitos consumidores têm recorrido aos ovos de galinha para driblar as carnes mais caras, segundo a associação. Além disso, o período da Quaresma, , que neste ano ocorre entre 5 de março e 17 de abril, tradicionalmente tem uma demanda maior, já que algumas famílias evitam o consumo de carne vermelha.

Custos altos com ração também contribuem.

“As empresas iniciaram a programação de abastecimento das lojas para atender à demanda sazonal da Quaresma, mas a restrição na oferta e os aumentos sucessivos de preços preocupam os supermercados. Além disso, os consumidores também têm recorrido mais aos ovos de galinha devido à alta dos preços das demais proteínas”, afirmou, em nota, o vice-presidente da Abras, Marcio Milan.

O preço dos ovos no atacado, divulgado nesta sexta-feira (14) pelo Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada) da USP, atingiu o maior patamar diário em termos nominais da série histórica iniciada em maio de 2013.

Na cidade capixaba de Santa Maria de Jetibá, a maior produtora de ovos do Brasil, o valor médio alcançou o maior nível da série em termos reais, considerando a inflação.

O preço de uma caixa com 30 dúzias de ovos brancos chegou a R$ 233,55, um aumento de 37,9% em relação aos R$ 169,33 registrados em fevereiro de 2024. Já a caixa de ovos vermelhos passou a custar R$ 264,21, um acréscimo de 40,8% em comparação ao mesmo período do ano passado, que era de R$ 187,57.

Na Grande São Paulo, o ovo branco 18% de fevereiro de 2024 até agora, de R$ 172,49 para R$ 203,57. O vermelho subiu 14,7%, de R$ 200,25 para R$ 229,78.

Na Grande Belo Horizonte, o aumento foi de R$ 173,91 para R$ 212,07 no caso do ovo branco (21,9%) e de R$ 199,81 para R$ 232,21 (16,2%) para o vermelho.

A forte alta dos preços no atacado ainda não aparece nos números do varejo que calculam os preços em 12 meses até dezembro. De acordo com o relatório da Abras, nesse período o preço do ovo em supermercados teve uma queda de 4,53% em 12 meses, enquanto outras proteínas registraram aumentos expressivos, como cortes traseiros de carne (20,05%), dianteiros (25,25%) e pernil (20,05%).

Entretanto, a forte alta em janeiro superou os maiores valores nominais até então registrados, que haviam sido alcançados em maio de 2023.

De acordo com a Ceagesp (Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo), a baixa oferta de ovos no mercado atacadista é um fenômeno sazonal, com séries históricas indicando retração entre dezembro e fevereiro, seguida por recuperação em março.

A expectativa é que os preços continuem pressionados até o período da Quaresma. A Ceagesp apontou um leve aumento, de 0,66% para ovos brancos e 0,38% para ovos vermelhos no entreposto de São Paulo.

Outro desafio enfrentado pelos consumidores é a mudança nas categorias de peso dos ovos. Segundo a Abras, a portaria nº 1.179 do do Ministério da Agricultura publicada em setembro reduziu o peso médio dos ovos em aproximadamente 10 gramas por unidade.

Pelos critérios atuais, um ovo médio pesa entre 38 g e 47 g, enquanto, na regra anterior, deveria ultrapassar 50 g. De acordo com a associação supermercadista, a mudança impacta o custo-benefício do alimento. Procurado, o ministério não respondeu até a publicação deste texto.

A portaria também estabeleceu que ovos devem vir com a data de validade carimbada na casca a partir do dia 4 de março.

A alta no preço dos ovos não é um problema exclusivo do Brasil. Nos Estados Unidos, o produto enfrenta uma crise, com aumento de 15% em um mês e prateleiras vazias e o temor com novos casos de gripe aviária. A escalada ao longo de 2024 foi um dos principais argumentos do então candidato Donald Trump para criticar a inflação e a condução econômica do governo Joe Biden. No entanto, desde que assumiu a presidência em 20 de janeiro, o republicano ainda não conseguiu conter o avanço.

Folha de São Paulo

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Brasil

Servidores do Ibama fizeram 10.000 viagens em 2024, às custas de quem paga impostos

Reprodução

Acusados por Lula de “lenga-lenga” pela demora em liberar até pesquisa da Petrobras na incrível reserva de petróleo no litoral norte do Brasil, servidores do Ibama foram ligeiros para viajar exatas 10.000 vezes, por conta de quem paga impostos, durante 2024. Está tudo registrado no Portal da Transparência. A despesa milionária do vai-e-vem bateu no céu: R$45,7 milhões. Além voar pelo Brasil, a turma adora destinos como Suíça, Canadá, França, Noruega e Japão com dinheiro alheio.

Tamanho da fatura

A viagem mais cara durou mais de seis meses: Yanka Laryssa Almeida Alves nos empurrou a amarga fatura de R$73.877,93.

Prata na gastança

A viagem de Manolo Trindade, entre 3 de março e 31 de agosto, também nos custou um caminhão de dinheiro: R$71,3 mil.

Gastança liberada

O próprio presidente do Ibama não parece se importar, até porque é um deles: levou R$39,8 mil em diárias em 2024. Desde a posse, R$89,1 mil.

Bico fechado

A coluna pediu ao Ibama alguma explicação sobre os R$45 milhões gastos pelo presidente Rodrigo Agostinho e subordinados. Boca de siri.

Diário do Poder

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Geral

Bolsonaro confirma presença em manifestação no dia 16 de março pela anistia e contra Lula

Foto: Fábio Vieira/Metrópoles

Parlamentares de oposição ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) estão anunciando nas redes sociais que farão uma manifestação, em 16 de março, no Rio de Janeiro, em prol da anistia aos condenados pelos atos extremistas do 8 de janeiro de 2023 e do impeachment de Lula. Nas plataformas digitais, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) confirmou presença na manifestação.

“Eu devo estar no Rio de Janeiro. [A pauta] Vai ser o que? Anistia e as questões nacionais. Outros vão ser impeachment, outros vão ser outro assunto qualquer”, declarou Bolsonaro, neste sábado (15).

“Nós sempre colaboramos e participamos de forma civilizada, tanto é que o aconteceu no 8 de Janeiro não é do nosso lado, aquilo foi quebrado antes do pessoal chegar ali perto”, prosseguiu o ex-mandatário.

Os opositores deram tração à convocação em meio à previsão de que a PGR (Procuradoria-Geral da República) pode apresentar nos próximos dias uma denúncia contra o ex-presidente por tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. Além disso, a recente queda de popularidade do governo Lula deu impulso aos chamados.

O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) também usou as redes em prol das manifestações. “O Lula quer gente na rua pedindo o impeachment dele? Pois é, é exatamente por isso que temos que ir”, escreveu.

R7

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Geral

62% acham que Lula não deve tentar reeleição, diz Ipec

Foto: REUTERS/Adriano Machado

Pesquisa Ipec (ex-Ibope) divulgada neste sábado (15) pelo Uol mostra que 62% dos brasileiros acham que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não deveria concorrer à reeleição em 2026, contra 35% que avaliam que o petista deveria tentar um 4º mandato.

Eis as respostas:

  • Lula não deveria tentar a reeleição – 62% (eram 58% em novembro de 2024);
  • Lula deveria tentar a reeleição – 35% (eram 39%).
  • não sabe ou não respondeu – 3% (eram 3%)

O Ipec também perguntou aos entrevistados que acham que Lula não deveria se candidatar em 2026 por que elas deram essa resposta. O levantamento é espontâneo, ou seja, as pessoas não foram estimuladas com opções de respostas e também puderam dar mais de uma resposta.

Eis os 5 motivos mais citados:

  • não está fazendo um bom trabalho – 36%;
  • porqueécorrupto/ladrão/desonesto – 20%;
  • pela idade/está coma idade avançada – 17%;
  • teve a suachance/jáfoi presidente 3 vezes – 11%;
  • por não confiar nele/não gostar dele/não simpatizar com ele – 9%.

O Ipec entrevistou 2.000 pessoas em 131 municípios do Brasil de 6 a 10 de fevereiro de 2025. O grau de confiança do levantamento é de 95%. A margem de erro é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos.

Poder 360

Opinião dos leitores

  1. Não se preocupem. Lula é um homem digno e de caráter. Se ele perder (algo improvável) ele passará a faixa ao novo presidente como fez com Dilma. Não irá fugir do país.

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Geral

ÁUDIO: Motociclista com CNH vencida é preso ao tentar subornar policiais rodoviários federais no RN

Um motociclista foi preso por corrupção ativa ao tentar subornar policiais rodoviários federais durante uma fiscalização de trânsito no interior do Rio Grande do Norte. A tentativa foi gravada por um dos agentes. Veja no vídeo acima.

O caso aconteceu tarde desta sexta-feira (14), no km 5 da BR-406, em Macau, na região da Costa Branca potiguar.

Durante a abordagem, os policiais constataram que o condutor estava com a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) vencida. Além disso, o veículo estava com o licenciamento atrasado.

Ao perceber que seu veículo seria removido, o motociclista tentou oferecer dinheiro ao policial rodoviário federal em troca da liberação da ocorrência.

A conversa foi gravada pelo policial rodoviário, que deu voz de prisão ao condutor pelo crime de corrupção ativa.

“De acordo com o artigo 333 do Código Penal, oferecer ou prometer vantagem indevida a um funcionário público para que ele pratique, omita ou retarde ato de ofício é crime, com pena prevista de 1 a 8 anos de reclusão, além de multa”, informou a PRF.

Diante dos fatos, o homem foi encaminhado à Delegacia de Polícia Civil de Macau, onde ficará à disposição da Justiça.

g1-RN

Opinião dos leitores

  1. Se forem apreender motoristas e motocicletas nos interiores por terem CNH vencidas, por não terem CNH, documentação atrasada, multas vencidas, por não usarem capacete, e outros descumprimentos das leis de trânsito, não haverá lugar para guardar tantos veículos e o RN vai parar.

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