Judiciário

ARTIGO: A imperiosa necessidade de revisão normativa das pesquisas eleitorais!

Foto: Divulgação/TSE

A discrepância entre o resultado do primeiro turno das Eleições 2022 no Brasil e a contagem das intenções de votos dos eleitores enunciadas pelos institutos de pesquisas sinalizou significativas inconsistências de tais estudos estatísticos em retratar quantitativamente a vontade dos eleitores depositada nas urnas. E em nenhum momento se trabalhou a linha qualitativa, que de certo modo poderia minorar os equívocos constatados.

Sem replicar, neste texto, as diversas publicações de pesquisas de intenções de votos, que são notórias, constatou-se naquelas divergências acentuadas entre o resultado de tais pesquisas e a totalização da apuração das urnas, equívocos muito além das margens de erro apontadas nos estudos estatísticos, o que não pode ser admitido, levantando-se vários movimentos, sociais e até mesmo legislativos para que algo seja feito com objetivo de mudar esse quadro pernicioso, pois, indiscutivelmente, pode ter ocorrido estratégia de marketing para indução de voto, o que é vedado em nosso ordenamento jurídico.

Tão somente para ilustrar, na corrida presidencial, a Brasmarket Análise e Investigação de Mercado divulgou na Sexta-feira 30/09/2022 um levantamento realizado entre os dias 26 e 28 de setembro, com 1.600 entrevistas em 529 cidades das cinco regiões do país, no qual apontou os candidatos a presidente e a porcentagem de intenção de votos respectivamente, na pesquisa estimulada: Jair Bolsonaro (PL): 45,4% e Luiz Inácio Lula da Silva (PT): 30,9% e na pesquisa espontânea: Jair Bolsonaro (PL): 44,3% e Luiz Inácio Lula da Silva (PT): 27,6%.1 A diferença em relação ao real desempenho do candidato a presidente petista foi de quase 13%. A margem de erro era estimada em apenas 2,45 pontos percentuais para mais ou para menos.

A mencionada pesquisa Brasmarket dimensionou o candidato Ciro Gomes, do PDT, na terceira posição, com 6,2% das intenções de voto, enquanto a candidata emedebista Simone Tebet, em quarta colocação, com 5,2%. Efetuada a apuração dos votos, verificou-se a candidata do MDB na terceira posição entre a preferência dos eleitores ao revés da tentativa de premonição da Brasmarket.

Noutro eito, os levantamentos dos institutos Datafolha e do Ipec antes do pleito, divulgados no sábado, apontavam 14 pontos percentuais de diferença entre Bolsonaro e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, enquanto a apuração dos votos registrou diferença de cinco pontos percentuais.

E se formos mencionar os equívocos nas eleições para o Senado nas unidades federativas a situação piora sensivelmente, pois Senadores se elegeram que nas pesquisas estavam em terceiro ou até quarto lugar, o que inadmissível para uma ciência que é objetiva ao extremo e na qual se viu uma discrepância além do razoável.

No geral, os apontamentos feitos pelas pesquisas foram muitos destoantes do resultado das urnas, fato que fez emergir diversas justificativas, dentre as quais, que a referência populacional das pesquisas foi feita com base nos dados desatualizados, colhidos da população do censo de 2010, Sem um Censo atualizado os institutos de pesquisas estão trabalhando com informações de 12 anos atrás, ou seja, definindo as cotas sociais para preparar as sondagens eleitorais a partir de um retrato antigo da sociedade brasileira².

Cogita-se eventual boicote por partes de eleitores em responder os questionários dos institutos de pesquisa e até o abuso de poder político e econômico que é em regra intensificado no dia das eleições, que pode ter sido um fator importante para as discrepâncias observadas. Fala-se, ainda, que houve um movimento nos últimos dias não captados pelos institutos.

Levanta-se a hipótese, entrementes, da possibilidade de fraudes nas pesquisas eleitorais a transformá-las em peças publicitárias a serviço de determinadas candidaturas. Seja como for, restou evidente que a normatização das pesquisas eleitorais não se mostrou eficaz.

O arcabouço regulador das pesquisas e testes pré-eleitorais encontra situado nos artigos 33 e seguintes das Lei das Eleições:

Art. 33. As entidades e empresas que realizarem pesquisas de opinião pública relativas às eleições ou aos candidatos, para conhecimento público, são obrigadas, para cada pesquisa, a registrar, junto à Justiça Eleitoral, até cinco dias antes da divulgação, as seguintes informações:

I – quem contratou a pesquisa;

II – valor e origem dos recursos despendidos no trabalho;

III – metodologia e período de realização da pesquisa;

IV – plano amostral e ponderação quanto a sexo, idade, grau de instrução, nível econômico e área física de realização do trabalho, intervalo de confiança e margem de erro;

IV – plano amostral e ponderação quanto a sexo, idade, grau de instrução, nível econômico e área física de realização do trabalho a ser executado, intervalo de confiança e margem de erro; (Redação dada pela Lei nº 12.891, de 2013)

V – sistema interno de controle e verificação, conferência e fiscalização da coleta de dados e do trabalho de campo;

VI – questionário completo aplicado ou a ser aplicado;

VII – o nome de quem pagou pela realização do trabalho.

VII – nome de quem pagou pela realização do trabalho e cópia da respectiva nota fiscal. (Redação dada pela Lei nº 12.891, de 2013)

§ 1º As informações relativas às pesquisas serão registradas nos órgãos da Justiça Eleitoral aos quais compete fazer o registro dos candidatos.

§ 2º A Justiça Eleitoral afixará imediatamente, no local de costume, aviso comunicando o registro das informações a que se refere este artigo, colocando-as à disposição dos partidos ou coligações com candidatos ao pleito, os quais a elas terão livre acesso pelo prazo de trinta dias.

§ 2o A Justiça Eleitoral afixará no prazo de vinte e quatro horas, no local de costume, bem como divulgará em seu sítio na internet, aviso comunicando o registro das informações a que se refere este artigo, colocando-as à disposição dos partidos ou coligações com candidatos ao pleito, os quais a elas terão livre acesso pelo prazo de 30 (trinta) dias. (Redação dada pela Lei nº 12.034, de 2009)

§ 3º A divulgação de pesquisa sem o prévio registro das informações de que trata este artigo sujeita os responsáveis a multa no valor de cinquenta mil a cem mil UFIR.

§ 4º A divulgação de pesquisa fraudulenta constitui crime, punível com detenção de seis meses a um ano e multa no valor de cinquenta mil a cem mil UFIR.

§ 5o É vedada, no período de campanha eleitoral, a realização de enquetes relacionadas ao processo eleitoral. (Incluído pela Lei nº 12.891, de 2013)

Art. 34. (VETADO)

§ 1º Mediante requerimento à Justiça Eleitoral, os partidos poderão ter acesso ao sistema interno de controle, verificação e fiscalização da coleta de dados das entidades que divulgaram pesquisas de opinião relativas às eleições, incluídos os referentes à identificação dos entrevistadores e, por meio de escolha livre e aleatória de planilhas individuais, mapas ou equivalentes, confrontar e conferir os dados publicados, preservada a identidade dos respondentes.

§ 2º O não-cumprimento do disposto neste artigo ou qualquer ato que vise a retardar, impedir ou dificultar a ação fiscalizadora dos partidos constitui crime, punível com detenção, de seis meses a um ano, com a alternativa de prestação de serviços à comunidade pelo mesmo prazo, e multa no valor de dez mil a vinte mil UFIR.

§ 3º A comprovação de irregularidade nos dados publicados sujeita os responsáveis às penas mencionadas no parágrafo anterior, sem prejuízo da obrigatoriedade da veiculação dos dados corretos no mesmo espaço, local, horário, página, caracteres e outros elementos de destaque, de acordo com o veículo usado.

Art. 35. Pelos crimes definidos nos arts. 33, § 4º e 34, §§ 2º e 3º, podem ser responsabilizados penalmente os representantes legais da empresa ou entidade de pesquisa e do órgão veiculador.

Art. 35-A. É vedada a divulgação de pesquisas eleitorais por qualquer meio de comunicação, a partir do décimo quinto dia anterior até as 18 (dezoito) horas do dia do pleito. (Incluído pela Lei nº 11.300, de 2006) (Vide ADIN 3.741-2)

Ainda a respeito da matéria, o Tribunal Superior Eleitoral editou a Resolução n° 23.600/2019, que sofreu atualizações operadas pela Resolução do TSE n° 23.676/2021, trazendo inovações como a integração do instituto da federação partidária e dispositivos, destacando que a Justiça Eleitoral não realiza controle prévio sobre resultado de pesquisa, nem gerencia ou cuida da divulgação. Esclarece, ainda, que o registro da pesquisa não obriga a divulgação do resultado.

A norma preconiza que o registro da pesquisa na Justiça Eleitoral deverá conter informações como: quem contratou a pesquisa e quem pagou, com os respectivos números no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) ou no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ), valor e origem dos recursos, metodologia usada e período de realização do levantamento. Obriga ademais a apresentação do plano amostral e ponderação quanto a gênero, idade, grau de instrução, nível econômico do entrevistado, assim como o questionário completo aplicado ou a ser aplicado, e nome do estatístico responsável pela pesquisa.

Quanto à divulgação dos resultados, o texto afirma que serão obrigatoriamente informados: o período de realização da coleta de dados, a margem de erro, o nível de confiança, o número de entrevistas, o nome da entidade ou da empresa que a realizou e, se for o caso, de quem a contratou, bem como o número de registro da pesquisa.

Pontifique-se que, segundo a regulamentação, os partidos, candidatas e candidatos, coligações, federações partidárias e o Ministério Público também são partes legítimas para impugnar o registro ou a divulgação de pesquisas eleitorais, quando detectarem eventual descumprimento das regras sobre o assunto, contudo, na prática, muitas vezes, entre os legitimados não se costuma questionar nada, justamente porque como não há qualquer controle substancial por parte de nenhum órgão, eventuais desacordos ou até mesmo má-fé acabam ficando por isso mesmo pelo interesse de uso das pesquisas como estratégia de marketing eleitoral, o que é pernicioso.

Como se observa o regramento suprarreferido não se mostrou suficiente para afastar a possibilidade da utilização das pesquisas eleitorais como verdadeiras peças publicitárias em prol de dadas candidaturas, sendo necessário o empenho do Poder Legislativo no aperfeiçoamento das regras atinentes a tal matéria, criando além de limitação da quantidade de institutos que possam nacionalmente e regionalmente realizar pesquisas eleitorais, uma forma mínima de controle substancial, de modo que as demais pesquisas continuem servindo tão somente para consumo interno e as que realmente forem publicadas, sejam dentro dos critérios rígidos que a estatística delimita, o que com toda certeza não se terá doravante erros além da margem do aceitável pela própria ciência.

Desta forma, propõe-se uma ampla revisão normativa dos parâmetros atuais, prevendo-se licitações públicas rigorosas para que entidades que desejem realizar pesquisas eleitorais sejam submetidas antes do próprio período eleitoral, e eventual CPI que possa ser instaurada no Senado ou na Câmara ou até mesmo mista, infelizmente, constatará a situação aqui delineada, logo talvez seja mais pragmático já se partir para soluções normativas a curto prazo, evitando discussões que muitas vezes potencializará ainda mais todo o quadro que ora se vive, o que não é recomendável.

Um dos autores desse texto chamou atenção desse quadro quinze dias antes do resultado do primeiro turno na Rádio Justiça (https://drive.google.com/file/d/1s4bOIxbSl60JiGt2DhjHYMKkk6rcSi6C/view) e logo após reforçou (https://drive.google.com/file/d/1BxbXdhJLUHbIkmX901rwH8mCsU6qDW7A/view?usp=sharing), sendo patente a necessidade de revisão proposta.

Portanto, não se pode querer, mais uma vez, transferir ao Poder Judiciário, em especial ao TSE tal encargo, devendo os legisladores agirem rapidamente para que o instituto das pesquisas eleitorais não caiam em uma desgraça irreversível, pois, indiscutivelmente, as pesquisas eleitorais podem cumprir, dentro do processo eleitoral e em todo o sistema democrático um papel relevante, mas nunca induzindo os eleitores de forma tendenciosa a votarem em candidatos que estejam nas pesquisas e de certa forma fraudando a própria intenção que se busca aferir.

É chegada a hora de se revisitar todo o arcabouço normativo para que as pesquisas eleitorais ocupem o verdadeiro espaço institucional que lhe são próprios, já que hodiernamente estão deturpando o processo eleitoral e democrático de uma forma inaceitável, sendo esdrúxulas como visto as desculpas apontadas, logo mesmo não se podendo, por enquanto, apontar dolo ou má-fé de muitas empresas que trabalham com tais pesquisas, em não ocorrendo a revisão proposta, veremos o caminho natural da responsabilização de muitas pessoas além do campo cível e administrativo, o que será muito ruim imaginar a punição penal dentro do quadro de polarização vivido no momento.

Concluindo em arremate final, as pesquisas eleitorais sempre serão um instrumento interessante dentro da democracia, desde que cumpram substancialmente os elementos aqui trazidos, sob pena de termos que abandonar um método legítimo de se aferir as intenções de voto, não só para guiar os candidatos, mas de certa forma balizar a própria sociedade em cada momento do processo eleitoral e estes precisam ser melhor dimensionados, já que hoje se viu infelizmente pesquisas saindo quase que diariamente, o que não se pode mais tolerar. Enfim, a revisão normativa proposta é para ontem!

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1. Pesquisa Brasmarket: Bolsonaro está com 45,4%; Lula tem 30,9%. Correio Braziliense, Brasília, 30/09/2022. Disponível em: <https://www.correiobraziliense.com.br/politica/2022/09/5040710-pesquisa-brasmarket-bolsonaro-esta-com-454-lula-tem-309.html>

2. Casado, José. O mistério da disparidade dos resultados de Lula e Bolsonaro nas pesquisas. Veja, 12/05/2022. Disponível em <https://veja.abril.com.br/coluna/jose-casado/o-misterio-da-disparidade-dos-resultados-de-lula-e-bolsonaro-nas-pesquisas/>

3. Aprovada resolução sobre pesquisas eleitorais para as Eleições 2022. Tribunal Superior Eleitoral, 2022. Disponível em<https://www.google.com/search?q=como+citar+mat%C3%A9ria+de+site&oq=como+citar+mat%C3%A9ria+de+site&aqs=chrome..69i57j0i512j0i22i30l3.11296j0j15&sourceid=chrome&ie=UTF-8>

Gláucio Tavares Costa
Assessor Jurídico do TJRN

José Herval Sampaio Júnior
Juiz de Direito TJRN e Professor da UERN

Opinião dos leitores

  1. Na verdade as pesquisas são boas, evidentemente que feitas com seriedade e não do jeito que são feitas hoje, resultados totalmente tendenciosos a serviço de uma organização criminosa.
    Todo mundo sabe disso, não é nem somente os brasileiros.
    Tá na cara, não deixa nenhuma dúvida.
    Sistema todo, totalmente contrário ao presidente Jair Bolsonaro.
    Desde o dia da sua posse que não param, mas se Deus Quiser, vamos vencer, mesmo assim, contra tudo e contra todos.
    Bozo 22.
    Pra desespero do sistema.
    Quero só vê a cara de velório desses viciados no dinheiro público .
    Principalmente a globo lixo.

  2. Percebemos que durante o governo do PT. Se pregou muito a questão da pátria educadora. Leciono no estado do RN. E realmente eu fui prejudicado por uma péssima gestão. Que não teve a decência de me entregar um simples notebook. A maioria dos professores receberam notebook da rede estadual de ensino do Rio Grande do Norte. E eu fiquei sem receber esse notebook.

  3. Aprendi que uma pesquisa para ser séria tem que perguntar antes de iniciar as perguntas do questionário se o eleitor está apto a.votar ou não. Parece que vou morrer e não vejo isso. Não v. o PR atual derrubar a divulgação de nenhuma pesquisa, sendo assim, as pesquisas estão pelo menos cumprindo os requisitos legais. Se foram entrevistados 2000 eleitores e 1500, disseram que votavam em LULA13, a pesquisa só acertará na mosca se no dia da eleição a 2000 eleitores, 1500, votarem em LULA13. Um Instituto de pesquisa não tem uma bola de cristal. LULA13

    1. Porco vagabundo , quer a volta do maior ladrao da história da humanidade Lula? Deus existe , e o Deus que eu CREIO , Satanás NAO reina , chora comunista barato , na primeira oportunidade você cachorro , visita ORLANDO USA , porco imundo

    2. Mininuuu….mimimiiii violento vc heimm!?
      Não leu a matéria na íntegra e acabou vomitando asneiras Bruno Galiasssuuuu.
      Leia a matéria e faça um comentário inteligente já que não consta sequer uma linha que denote qualquer viés político!
      Deve ser da Classe D (DEPENDENTE).

  4. Já que se sabe que há interferências, oq não fazem algo?
    Vai deixar aquele nove dedos tomar conta denovo?

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Geral

Retirada de rodolitos na praia deve começar nesta semana, diz Semurb

Foto: Reprodução 

A retirada dos rodolitos na praia de Ponta Negra, surgidos durante a obra da engorda da praia, deve começar ainda nesta semana, segundo previsão do secretário de Meio Ambiente e Urbanismo de Natal, Thiago Mesquita. O contrato com a empresa que fará o processo de peneira na praia foi assinado nesta terça-feira (25). Com isso, a empresa aguarda trâmites legais para poder iniciar os trabalhos. O investimento é da ordem de R$ 67 mil/mês e será pago com recursos do Fundo Municipal de Meio Ambiente (Funam), com previsão até setembro de 2025.

“A empresa apresentou o menor lance, R$ 67 mil, ou seja, o preço médio que colocamos que era de R$ 109 caiu para esse valor por causa da concorrência eletrônica. Declaramos a empresa vencedora, que apresentou documentação jurídica, certidões negativas e aptidão técnica, já tendo exercido atividades similares ou iguais a essa. Assinamos o contrato e agora precisa passar pelo trâmite normal: ir para a Controladoria do Município, Conselho de Governança do Município e sendo homologado por essas instâncias é devolvido para a Semurb para emissão da ordem de serviço. Queremos até no máximo, quinta à noite, já percorrer essas instâncias para começarmos quinta ou estourando sexta-feira a limpeza mecanizada em Ponta Negra”, explica Thiago Mesquita.

O processo de contratação da empresa para remoção dos rodolitos e fragmentos calcários foi iniciado nas últimas semanas após a conclusão das obras da engorda de Ponta Negra, com um aterro hidráulico que ampliou a faixa de areia em 100m na maré seca e 50 m na maré cheia. A empresa vencedora foi a M. Construções e Serviços LTDA.

No termo de referência para viabilização do processo de contratação da empresa, a Secretaria de Meio Ambiente e Urbanismo (Semurb) reconheceu que os rodolitos comprometem a segurança dos banhistas, a estética do local e a acessibilidade da praia.

A intervenção será realizada utilizando uma máquina saneadora de praia, a qual realizará o beneficiamento dos sedimentos depositados na faixa de praia em até 20 cm de profundidade, peneirando e aerando a areia para melhorar sua qualidade para os usuários e trabalhadores da praia.

O processo de limpeza será realizado ao longo dos 4,6 km de extensão da faixa de areia. As atividades ocorrerão diariamente, em regime noturno, preferencialmente entre 18h e 5h da manhã, de forma a não interferir nas atividades turísticas, comerciais e de lazer realizadas durante o dia. Todo o material recolhido será devidamente armazenado e destinado, seguindo as normas ambientais vigentes.
“O nosso objetivo é trabalhar para que a praia esteja a cada dia mais agradável e sustentável para todos”, concluiu Thiago Mesquita.

Tribuna do Norte

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Brasil

Lula diz que “extrema-direita” tornou Petrobras símbolo de corrupção

Foto: Reprodução/YouTube

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta 2ª feira (24.fev.2025) que a Petrobras “virou símbolo de corrupção” e que a percepção popular é de que a estatal é “um antro de ladrão” por culpa do “inimigo de extrema-direita”, que “destrói imagens”.

“E quando eles querem destruir uma coisa, a 1ª coisa que eles fazem é tentar tornar a história daquela pessoa que eles querem destruir uma história negativa. E vocês sabem quantos tentaram destruir a história da Petrobras. A Petrobras virou símbolo da corrupção. Foi jogado em cima das costas dos trabalhadores também a responsabilidade de que a Petrobras era um antro de ladrão”, disse Lula.

Durante a campanha eleitoral de 2022, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) utilizou-se do argumento de que a administração petista “endividou a Petrobras em mais de R$ 900 bilhões”, fruto da “corrupção e dos desmandos do governo Lula” na estatal.

Nas redes sociais, o perfil oficial do partido Novo repudiou a fala do presidente Lula:

INDÚSTRIA NAVAL

O evento na cidade de Rio Grande (RS) era para o presidente entregar sua promessa de campanha de retomar investimentos na indústria naval brasileira, interrompidas desde a Operação Lava Jato.

A cerimônia celebrou a compra de 4 navios do tipo handy, com capacidade de 15 a 18 mil TPB (toneladas de porte bruto). Cada unidade custa US$ 69,5 milhões. Os cascos serão construídos em Rio Grande e finalizados no estaleiro da Ecovix Mac Laren, em Niterói (RJ).

A licitação foi lançada em julho do ano passado e faz parte do programa de renovação e ampliação da frota da estatal. No total, serão investidos R$ 23 bilhões para a construção de 44 embarcações até 2029.

“Desde 2016 nós paramos a construção dos cascos. E passamos 8 anos em uma situação bastante difícil, como todo mundo sabe”, diz José Antunes Sobrinho, da Ecovix.

Segundo ele, o estaleiro deve retomar os postos de trabalho para os níveis pré-2016 de forma gradual. “Potencialmente, em Rio Grande, nós temos cerca de 5.000 empregos sem estressar. Boa parte daqui ou relacionada com a região”, disse.

Poder 360

Opinião dos leitores

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Geral

VÍDEO: Nísia é 3ª mulher substituída por homem no Ministério de Lula

Vídeo: Reprodução/Globonews

Com a demissão de Nísia Trindade do comando do Ministério da Saúde, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva reduziu mais uma vez a representatividade feminina no primeiro escalão do governo. Agora, serão nove mulheres na Esplanada, ficando atrás dos seus dois primeiros mandatos e do governo de Dilma Rousseff (PT).

O número pode voltar a dez caso Gleisi Hoffmann seja nomeada para a Secretaria-Geral no lugar de Márcio Macêdo, outra troca que pode acontecer nos próximos dias.

Lula assumiu o governo com 11 mulheres, batendo o recorde de Dilma Rousseff, que tinha nove auxiliares na largada da gestão, em 2011. Na busca por apoio do Centrão, no entanto, Lula demitiu as ministras do Esporte, Ana Moser, e do Turismo, Daniela Carneiro, e nomeou dois homens: André Fufuca e Celso Sabino, respectivamente. Além disso, decidiu substituir a presidente da Caixa, Rita Serrano, por Carlos Vieira.

Dilma, por sua vez, assumiu o Palácio do Planalto com nove mulheres e, entre idas e vindas, terminou o governo com 14 mulheres passando pela Esplanada. Nos dois primeiros mandatos, Lula teve ao todo dez ministras. Na largada da primeira gestão, em 2003, eram cinco.

Quem são as ministras de Lula

Com a saída de Nísia, as mulheres do governo Lula passam a ser:

  • Simone Tebet, ministra do Planejamento e Orçamento;
  • Marina Silva, ministra do Meio Ambiente;
  • Sônia Guajajara, ministra dos Povos Indígenas;
  • Margareth Menezes, ministra da Cultura;
  • Anielle Franco, ministra da Igualdade Racial;
  • Cida Gonçalves, ministra das Mulheres;
  • Esther Dweck, ministra da Gestão;
  • Luciana Santos, ministra de Ciência e Tecnologia.
  • Macaé Evaristo, Direitos Humanos

O Globo

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Geral

VÍDEO: Familiares e amigos de Dr. Araken Britto fazem homenagem e protesto, cobrando medidas de segurança das autoridades

Vídeo: Via Certa Natal

Vários ciclistas foram as ruas de Natal na noite desta terça-feira (25), para prestarem homenagem ao médico oftalmologista, Dr. Araken Britto, que faleceu na última segunda-feira (24), vítima de um atropelamento enquanto pedalava.

Além das homenagens, os ciclistas, amigos e familiares, reivindicaram mais segurança para os que pedalam e trafegam nas vias de Natal.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Brasil

Lula participa da primeira reunião de sherpas da presidência brasileira do Brics

Foto: Ricardo Stuckert / PR

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participa, nesta quarta-feira (26), da primeira reunião de sherpas da presidência brasileira do Brics. Em 2025, o Brasil assumiu a presidência rotativa do grupo, formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, pelos membros recém-admitidos – Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia e Irã.

Os sherpas são representantes enviados pelos chefes de Estado dos integrantes do grupo. Eles serão responsáveis por conduzir discussões até a Cúpula de Líderes, marcada para 6 e 7 de julho, no Rio de Janeiro.

Além de Lula e dos representantes dos países integrantes do grupo, a reunião contará com a presença de embaixadores de países parceiros (Belarus, Bolívia, Cazaquistão, Cuba, Malásia, Nigéria, Tailândia, Uganda e Uzbequistão). A reunião está marcada para 11h30 no Palácio do Itamaraty.

A primeira reunião dos sherpas começou nessa terça-feira (25). O encontro é presidido pelo embaixador Mauricio Carvalho Lyrio, secretário de Assuntos Econômicos e Financeiros do Itamaraty e sherpa do Brasil no Brics.

Temas discutidos

Entre os temas discutidos nos dois dias estão a cooperação em saúde global, mudança do clima, comércio, investimento e finanças, governança da inteligência artificial e desenvolvimento institucional do Brics.

Na abertura do encontro, o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, destacou a importância da expansão do Brics — de cinco para onze membros — e chamou o Sul Global a se unir em torno de uma nova visão de governança global.

“O mundo está em uma encruzilhada, e as escolhas que fizermos hoje moldarão o futuro da governança global pelas próximas gerações. Os Brics foram fundados com base nos princípios de cooperação, equidade e respeito mútuo. Ao iniciarmos esta jornada juntos, reafirmemos nosso compromisso de construir uma ordem internacional mais justa, inclusiva e sustentável. Ao fortalecer a cooperação do Sul Global, promover parcerias para o desenvolvimento social, econômico e ambiental, e defender o multilateralismo, podemos ajudar a forjar um futuro que reflita as aspirações dos bilhões de pessoas que representamos”, disse.

R7

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Geral

Milei receberá prêmio de Economista do Ano no Brasil

Foto: REUTERS/Agustin Marcarian

A Ordem dos Economistas do Brasil (OEB) escolheu o presidente da Argentina, Javier Milei, como “Economista do Ano” de 2025. O comunicado oficial foi entregue a Milei durante um encontro realizado nesta terça-feira (25) na Casa Rosada, em Buenos Aires. A cerimônia oficial de outorga do prêmio será realizada no Brasil, prevista para agosto deste ano.

O encontro, na sede do governo argentino, contou com a presença da ministra do Capital Humano da Argentina, Sandra Pettovello. Participaram ainda o presidente da OEB, Manuel Enríquez García, que é professor da FEA-USP, e o professor de Direito Econômico Ricardo Sayeg, presidente do Instituto do Capitalismo Humanista (ICapH).

A escolha de Milei, segundo a OEB, se dá pela atuação do chefe do Executivo argentino, que também é economista, à frente da política monetária do país. “Vossa Excelência vem atuando com sabedoria e determinação nas políticas monetárias e reguladoras, as quais têm desempenhado um papel crucial na estabilização da economia argentina em meio a tantos desafios”, disse Garcia.

A Ordem dos Economistas do Brasil (OEB) escolheu o presidente da Argentina, Javier Milei, como “Economista do Ano” de 2025. O comunicado oficial foi entregue a Milei durante um encontro realizado nesta terça-feira (25) na Casa Rosada, em Buenos Aires. A cerimônia oficial de outorga do prêmio será realizada no Brasil, prevista para agosto deste ano.

O encontro, na sede do governo argentino, contou com a presença da ministra do Capital Humano da Argentina, Sandra Pettovello. Participaram ainda o presidente da OEB, Manuel Enríquez García, que é professor da FEA-USP, e o professor de Direito Econômico Ricardo Sayeg, presidente do Instituto do Capitalismo Humanista (ICapH).

A escolha de Milei, segundo a OEB, se dá pela atuação do chefe do Executivo argentino, que também é economista, à frente da política monetária do país. “Vossa Excelência vem atuando com sabedoria e determinação nas políticas monetárias e reguladoras, as quais têm desempenhado um papel crucial na estabilização da economia argentina em meio a tantos desafios”, disse Garcia.

“Tínhamos a missão de encontrar com o presidente Javier Milei e estreitar os vínculos com o Brasil. Para nossa grande honra, o presidente aceitou estar conosco e receber a láurea de Economista do Ano de 2025. Nossa nação não pode se isolar”, afirmou Sayeg.

A Argentina encerrou 2024 com uma taxa de inflação de 117,8%, uma redução histórica em relação aos 211,4% registrados no ano anterior.

O número, divulgado pelo Instituto Nacional de Estatística e Censos (Indec) nesta terça-feira, 14, reflete a primeira desaceleração consistente do índice em quase uma década e é uma vitória política para o presidente Javier Milei, que assumiu a Casa Rosada em dezembro de 2023 prometendo controlar a inflação descontrolada.

Entre as medidas mais impactantes adotadas pelo governo Milei, destaca-se a austeridade fiscal. O presidente reduziu o número de ministérios pela metade, suspendeu a maioria das obras públicas e cortou repasses para saúde, educação e províncias.

Apesar de controversas, as ações começaram a produzir resultados econômicos concretos já no terceiro trimestre de 2024, quando o país saiu da recessão, registrando um crescimento de 3,9% no PIB.

O Antagonista

Opinião dos leitores

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Geral

Bolsonaro diz que Cid “foi torturado” para delatá-lo

Foto: Reprodução/YouTube

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) disse nesta 3ª (25.fev.2025) que o seu ex-ajudante de ordens Mauro Cid “foi torturado” para delatá-lo no inquérito que apura uma suposta tentativa de golpe de Estado em 2022, que visava a impedir a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

“Ele foi torturado […] Meus advogados pediram os vídeos na íntegra dos depoimentos, sem cortes, sem esses trechos que estão por aí. Em todos esses vídeos, você vê o ‘dono do inquérito’ falando: ‘Você tem um pai, uma mãe, uma filha’, [é] tortura, tortura psicológica”, afirmou Bolsonaro em entrevista ao Léo Dias TV.

O ex-presidente disse entender a situação em que Cid foi colocado e afirmou que o tenente-coronel “foi obrigado a falar certas coisas”. Questionado, afirmou não ter tido contato com o militar desde a viagem aos EUA, em 30 de dezembro de 2022.

DELAÇÃO PREMIADA

O sigilo da delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid foi derrubado pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes em 19 de fevereiro.

A decisão de torná-los públicos veio 1 dia depois da PGR (Procuradoria Geral da República) denunciar Bolsonaro e mais 33 no inquérito que apura um plano de golpe de Estado em 2022.

Cid deu o 1º depoimento no processo de delação premiada à PF (Polícia Federal) em agosto de 2023. Este documento foi obtido pelo jornal Folha de S. Paulo e divulgado pelo colunista Elio Gaspari em 25 de janeiro, quando ainda era mantido sob sigilo. Agora, foi disponibilizado oficialmente.

Em 21 de novembro de 2024, o ex-ajudante de ordens prestou um novo depoimento por causa de “contradições” em suas falas e as investigações da PF sobre plano de matar Moraes. O novo conteúdo, inclusive, embasou a prisão do general Walter Braga Netto, que foi ministro da Defesa e candidato a vice na chapa de Bolsonaro em 2022.

A PF informou que um dos primeiros indicativos de que Moraes estava sendo monitorado no pós-eleições de 2022 foram obtidos a partir de dados do celular de Mauro Cid. A colaboração e os materiais apreendidos com ex-ajudante de ordens basearam novas investigações contra Bolsonaro.

Poder 360

Opinião dos leitores

  1. Jair Messias Bolsonaro, o mito libertador do povo brasileiro, o resto é esquerdista mequetrefes das escolas de Venezuela e Cuba.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Mundo

Israel e Hamas chegam a acordo para nova troca de reféns

Foto: Ramadan Abed / Reuters

Israel e o Hamas chegaram a um acordo para trocar os corpos de quatro reféns pela libertação de centenas de prisioneiros palestinos, disse uma fonte israelense à CNN nesta quarta-feira (26), indicando que o cessar-fogo em Gaza permanece intacto por enquanto.

Israel atrasou a libertação de centenas de prisioneiros e detidos palestinos desde sábado (24) em protesto contra o que disse ser o tratamento cruel de reféns durante sua libertação pelo Hamas e exigindo garantias de que futuras libertações de reféns ocorreriam sem “cerimônias humilhantes”.

O Hamas libertou seis reféns israelenses de Gaza no sábado em duas cerimônias públicas e uma transferência privada, no que foi o retorno final de reféns vivos na primeira fase do cessar-fogo, que começou no mês passado.

Esperava-se que Israel libertasse 620 prisioneiros e detidos palestinos, incluindo 23 crianças e uma mulher, mas autoridades israelenses atrasaram essa libertação.

O Hamas acusou Israel de violar a trégua com o atraso, levantando incertezas sobre a continuidade do acordo, e disse que as negociações sobre uma segunda fase não seriam possíveis até que eles fossem libertados.

Nesta quarta-feira, uma fonte israelense familiarizada com as negociações disse que um novo acordo foi alcançado para transferir os restos mortais de quatro reféns mantidos em Gaza em troca da libertação de 620 prisioneiros e detidos palestinos.

O Hamas confirmou que um acordo com Israel foi feito por meio de mediadores egípcios, mas não especificou quantos reféns israelenses e prisioneiros e detidos palestinos seriam libertados.

A autoridade israelense confirmou à CNN que a libertação dos restos mortais de quatro reféns mantidos em Gaza poderia acontecer já na noite desta quarta-feira, no horário local.

O Hamas e seus aliados continuam mantendo 63 reféns israelenses em Gaza. Acredita-se que pelo menos 32 deles estejam mortos, segundo o governo israelense, sendo um deles o soldado Hadar Goldin, preso desde 2014.

A trégua de 42 dias entre Israel e o Hamas deve expirar neste fim de semana, a menos que um acordo seja fechado para estendê-la. Os dois lados deveriam começar as negociações sobre o fim permanente da guerra no início do mês, mas essas discussões ainda não começaram.

CNN

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Brasil

Café, mensalidade escolar e conta de luz: veja itens que ficaram mais caros em fevereiro

Foto: Evandro Matheus/Estadão Conteúdo

A prévia da inflação, medida pelo IPCA-15 (Índice de Preços ao Consumidor Amplo 15), acelerou para 1,23% em fevereiro. Os resultados, divulgados na terça-feira (25), mostram que a alta foi a maior para o mês desde 2016. Os preços de itens como o café, a mensalidade escolar e a conta de luz pesaram mais no bolso do consumidor nos últimos 30 dias.

Em fevereiro, alimentos e bebidas ficaram 0,61% mais caros, uma alta menor do que a observada em janeiro (1,06%). Apesar da perda de ritmo, chamam atenção os preços do pepino (37,02%), abobrinha (20,54%) e cenoura (17,62%).

O café moído, bebida queridinha dos brasileiros, subiu 11,63% de janeiro para fevereiro. O grupo bebidas e infusões, do qual ele faz parte, também ficou mais caro e teve alta de 3,64%.

O preço dos alimentos continua sendo um fator preocupante. No acumulado de 2024, o setor registrou uma alta de 7,7%, sendo o grupo que mais pressionou a inflação.

Para especialistas, a tendência é de que os valores permaneçam elevados, especialmente para itens como carne, azeite e frango. Além do cenário externo, as mudanças climáticas são apontadas como um dos principais fatores que impactam os preços.

Em entrevista concedida na última quarta-feira (14), o ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, afirmou que o governo estuda medidas para conter a alta dos preços.

“O que está muito fora de propósito hoje é o ovo, e nós estamos agora fazendo um estudo desses alimentos que estão fora da curva. As carnes e o ovo. O açúcar ainda está fora da curva. O café ainda está fora da curva. E a laranja. Então, estamos analisando para ver quais medidas podem ser adotadas”, declarou o ministro.

Conta de luz mais cara e reajustes da mensalidade escolar

Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a energia elétrica residencial foi o subitem com o maior impacto positivo no índice, ao avançar 16,33% em fevereiro, após a queda observada em janeiro (-15,46%), em função da incorporação do bônus de Itaipu.

Os reajustes das mensalidades escolares também pesaram no bolso do consumidor de janeiro para fevereiro. No grupo educação (4,78%), a maior contribuição veio dos cursos regulares (5,69%), em razão dos aumentos habitualmente praticados no início do ano letivo.

As maiores variações vieram do ensino fundamental (7,5%), do ensino médio (7,26%) e do ensino superior (4,08%). Os preços das mensalidades de creches e pré-escolas também tiveram alta e ficaram 5,09% e 7,1% mais caros, respectivamente.

Alta nos preços do combustível

No grupo dos transportes (0,44%), os combustíveis aumentaram 1,88%. Houve alta nos preços do etanol (3,22%), do óleo diesel (2,42%) e da gasolina (1,71%), enquanto o gás veicular teve resultado negativo de 0,41%. As passagens aéreas mostraram redução de 20,42%.

R7

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Geral

Aliados avaliam ser erro Lula colocar petista na vaga de Padilha

Foto: Lula Marques/Agência Brasil

A ideia de substituir o ministro Alexandre Padilha (PT) na SRI (Secretaria de Relações Institucionais) por outro petista divide aliados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Enquanto uma ala de ministros e congressistas avalia ser um erro do governante manter o cargo com o PT, outros veem como única opção viável.

Com a demissão de Nísia Trindade da Saúde e a ida de Padilha para o seu lugar, o presidente precisa escolher rapidamente quem será o responsável pela articulação política do governo com o Legislativo.

Os preferidos até o momento são correligionários de Lula, os petistas José Guimarães (PT-CE), deputado e Líder do Governo na Câmara, e Gleisi Hoffmann (PT-PR), deputada e atual presidente da legenda.

Uma ala do governo, entretanto, avalia ser um erro colocar qualquer um destes na SRI. Isso porque o presidente vai precisar de apoio no Congresso para garantir a governabilidade e a aprovação de projetos de interesse do Planalto no Congresso até 2026. E os petistas tem aderência limitada na Câmara e no Senado, com bancadas enfraquecidas em relação ao Centrão.

A solução seria trazer um político alinhado com o Planalto, mas que represente esses partidos mais ao centro. Seria o caso de Isnaldo Bulhões (MDB-AL), o nome preferido da política mais pragmática na Esplanada e no Congresso. Outro nome que representa esse grupo é o do ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho (Republicanos-PE).

Líder do MDB na Câmara, Bulhões corre por fora por não ter proximidade pessoal com Lula, algo que aliados afirmam que ser valorizado pelo presidente. Já com Costa Filho o problema é seu partido. A sigla é também a do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, cotado para disputar a Presidência. O partido já indicou que não pretende se comprometer com apoio ao petista tão cedo.

No governo e em parte da base de apoio no Congresso, avalia-se que o presidente não deveria cobrar apoio eleitoral agora. Este deveria focar em garantir a governabilidade para o Executivo e fazer com que seu 3º mandato deslanche. Caso isso aconteça, os apoios de partidos do Centrão viriam naturalmente.

No Planalto, entretanto, começa-se a admitir que a SRI pode ficar com o PT mesmo, desde que seja alguém “menos petista” e que consiga ter alguma ascendência sobre o ministro da Casa Civil, Rui Costa, para neutralizar parte de seu poder no Planalto.

Em certo momento do governo, com a escalada do atrito entre o então presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e Padilha, Costa assumiu o papel de articulador, ficando ainda mais fortalecido com Lula.

A análise de quem defende essa saída é que o único nome seria o de Jaques Wagner (BA), líder do Governo no Senado. O congressista, entretanto, já teria sinalizado que não topa assumir o ministério.

Poder 360

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *