O trabalho e a capacidade de Miguel Nicoleli ninguém e louco de discutir, a importância do instituto, ainda mais no estado do Rio Grande do Norte é motivo de orgulho e de aplausos seja lá de quem for, gostando ou não do Cientista. Agora acredito que fique uma lição disso tudo para Nicolelis, que maior do que qualquer um aqui, só tem ele. DEUS.
Na minha opinião a entrevista do Cientista aumentou o buraco entre ele e a equipe que está deixando o IINN, se o interesse era colocar panos quentes, o resultado vai ser o inverso. Só aguardarmos. Segue reportagem da Tribuna do Norte:
O neurocientista Miguel Nicolelis deu a sua versão sobre a saída de oito pesquisadores da UFRN do Instituto Internacional de Neurociências de Natal, em entrevista coletiva realizada ontem à tarde. Nicolelis confirmou que a parceria foi interrompida porque as pesquisas realizadas pelo grupo da UFRN não estavam de acordo com as áreas pesquisadas pelo Instituto e por discordâncias sobre as regras de uso dos equipamentos de pesquisa. Segundo o cientista, o fim da parceria não traz nenhum prejuízo para o Instituto de Neurociências.
As pesquisas capitaneadas por Sidarta Ribeiro e demais professores concursados da UFRN estavam “fora do foco” pretendido pelo Instituto de Neurociências, na visão de Miguel Nicolelis. O foco do Instituto é o desenvolvimento de terapias para pacientes com problemas neurológicos. “Parte do nosso problema é que as linhas de pesquisa desenvolvidas por esse grupo não vinham de acordo com as desenvolvidas pelo Instituto de Neurociências”, disse Nicolelis. E complementou: “Fazemos pesquisas que vão levar a resultados clínicos, beneficiando milhões de pessoas. Então, isso não se coadunava com as linhas do outro grupo”.
Durante a coletiva, Miguel Nicolelis também explicou o funcionamento da parceria com a UFRN. A presença dos professores da Universidade fazia parte de um convênio entre as duas instituições, originalmente válido até setembro desse ano. “Essa é apenas uma das muitas parcerias entre a UFRN e a Aasdap”, disse, em referência à Associação Alberto Santos Dummont de Apoio à Pesquisa, uma organização social de interesse público (Oscip), presidida por Nicolelis e mantenedora do Instituto de Neurociências e dos projetos sociais em Natal e Macaíba.
O convênio, inviabilizado pelo fim da parceria entre os dois grupos científicos, consistia na realização de pesquisas por parte dos professores da UFRN dentro do prédio do Instituto de Neurociências porque a Universidade não tinha um local próprio para abrigar os seus professores concursados, de acordo com Nicolelis. Esse “local” está sendo construído em Macaíba: o Campus do Cérebro. No campus, coexistirão o Instituto do Cérebro, formado por professores UFRN, e prédios do Instituto de Neurociências, geridos pela Aasdap.
O acesso ao prédio do Instituto e aos equipamentos, enquanto a parceria funcionou, possuía regras, com as quais os agora dissidentes não concordavam. “Toda entidade privada tem normas. Nós somos uma empresa privada e temos questões como segurança e propriedade intelectual. Somos um instituto privado com parcerias públicas”, enfatizou. Um terço do orçamento do IINN é de verbas públicas. Em seguida, o professor acrescentou: “As pessoas têm toda a liberdade para ir trabalhar em outro ambiente. Se acham que as regras são estritas ou muito “caretas”, é um direito delas sair”.
As tais “regras” dizem respeito à necessidade de cadastramento prévio para acesso aos equipamentos do Instituto. Noventa e cinco pessoas tinham acesso irrestrito. As demais precisavam marcar com antecedência para usarem os equipamentos. Com o fim da parceria, equipamentos pertencentes à UFRN foram devolvidos pelo Instituto de Neurociências. Eram centrífugas, estufa, câmeras e outros itens no valor de R$ 232.483,58. Esses itens, segundo Nicolelis, não estavam em uso.
Miguel Nicolelis reiterou que a saída dos cientistas da UFRN não traz prejuízo ao trabalho científico do Instituto, já que as pesquisas desenvolvidas pelo grupo “dissidente” não estavam no foco pretendido pelo IINN. “Nós temos nossa própria equipe científica, com colaboradores do Brasil e do mundo. Desejamos toda a sorte para os pesquisadores que estão saindo, até porque são cientistas talentosos com capacidade de fazer muito pela ciência do Brasil”, encerrou. O neurocientista não soube informar quantos pesquisadores restavam no IINN e nem o número exato de parcerias em vigor com a UFRN.
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