Geral

“Às vezes, o cara não vê o vídeo pela música, mas pela menina rebolando. É difícil competir com a bunda”, diz Kiko Zambianchi, que celebra 35 anos de carreira

Kiko Zambianchi celebra 35 anos de carreira com show nesta terça (31), às 21h, no Teatro Porto Seguro, em São Paulo – Foto: Bob Sousa – Blog do Arcanjo – UOL

Por Miguel Arcanjo Prado

Fotos Bob Sousa

Compositor de sucessos como “Rolam as Pedras”, “Eu te Amo Você” e “Primeiros Erros”, Kiko Zambianchi é um dos grandes ídolos da geração Rock Brasil dos anos 1980. Ele celebra em São Paulo seus 35 anos de carreira com o show especial “Bem Bacana Demais” nesta terça (31), às 21h, no Teatro Porto Seguro (al. Barão de Piracicaba, 740) com ingressos entre R$ 20 (meia balcão) e R$ 60 (inteira plateia).

O músico de 57 anos nascido em Ribeirão Preto conversou com exclusividade com o Blog do Arcanjo no UOL. Falou sobre sua chegada na efervescente capital paulista em 1983, de como foi se tornar uma estrela do rock e dá sua opinião sobre a música que faz sucesso atualmente no Brasil: “A gente ainda luta contra a sacanagem, a bunda. Às vezes o cara não vê o vídeo pela música, mas pela menina rebolando. É difícil competir com bunda”.

Miguel Arcanjo Prado – O que você prepara para este show de 35 anos de carreira?

Kiko Zambianchi — O público verá nossas músicas que fizeram sucesso comigo, outras que fizeram sucesso com outras pessoas e coisas novas também. Vamos ter participações especiais também, entre elas da minha filha Ana Julia Zambianchi. Vão ter vários estilos, porque nem tudo que faço é rock. Eu já compus pra Zizi Possi.

Miguel Arcanjo Prado – Você é de Ribeirão Preto e veio para São Paulo no auge do começo da cena do rock?

Eu vim para São Paulo em 1983, aos 23 anos. Fiquei sofrendo, porque eu era superpopular em Ribeirão Preto, conhecia todo mundo. Aqui, entrava nos lugares, e não conhecia ninguém. Foi um sofrimento! Aí eu fui morar em uma casa que tinham oito mulheres.

Miguel Arcanjo Prado – Era ‘A Casa das Oito Mulheres’ [risos]?

Kiko Zambianchi — Isso mesmo. Uma delas namorava o Rui Mendes, que virou o maior fotógrafo dos anos 1980 do rock’n’roll. E o Paulo Ricardo também ia muito lá. Ele nem era músico ainda. Ele era crítico da revista SomTrês. Comecei a conhecer o pessoal. Com oito mulheres na casa é claro que ia chover de homens, então, acabei conhecendo muita gente do rock’n’roll e conhecendo coisas novas. Passei a ir muito no Madame Satã, no Rose Bom Bom, no Radar Tantan.

Miguel Arcanjo Prado – Mas você já tinha a experiência de Ribeirão.

Kiko Zambianchi – Antes de eu vir para São Paulo, o primeiro show que toquei foi com o João Bosco, lá em Ribeirão. Teve uma festa da USP e o pessoal me falou que tinha o João Bosco. A gente ficou tocando até quatro e meia da manhã. Aí no outro dia ele me chamou para ir tocar com ele em Barretos. Eu fui e acabei tocando no meu primeiro show ao lado de uma grande figura, tocando percussão para o João Bosco.

Miguel Arcanjo Prado – O que você fazia lá em Ribeirão?

Kiko Zambianchi – Eu fazia som nas festas universitárias. Comecei a fazer festivais com 14, 15 anos. Eu ganhava vários festivais. Desde moleque o que eu gostava de fazer era música. Eu sempre fiz música.

Miguel Arcanjo Prado – Por que veio para São Paulo?

Kiko Zambianchi – Eu vim porque percebi que estava rolando uma cena do rock. Pensei: se essas pessoas estão acontecendo, eu posso acontecer também. Já estava com 23 anos e com quase dez anos de carreira [risos]. Então, eu vim. Em Ribeirão, com 17 anos era apresentado como o “veterano” em festivais.

Miguel Arcanjo Prado – Então você já veio confiante.

Kiko Zambianchi – Cheguei e fui contratado em um mês pela gravadora EMI. Mandei uma fita K7 C120, com os dois lados cheios de música inédita que eu tinha composto. Quando o cara da gravadora viu aquilo me contratou. Voltei para Ribeirão e contei para meu pai e ele não acreditava.

Miguel Arcanjo Prado – Como foi viver de música tão jovem?

Kiko Zambianchi – Quando me senti totalmente autônomo financeiramente foi antes de São Paulo, ainda em Ribeirão, com 16, 17 anos. Lembro que falei um dia: pai, estou indo para o Rio. Ele falou que não ia dar dinheiro, que eu não ia. Eu falei: não, pai, só estou avisando, vou com meu dinheiro. Eu tinha um primo no Rio e gostava muito de ir para lá, curtir a praia.

Miguel Arcanjo Prado – E em São Paulo logo você entrou na cena do rock?

Kiko Zambianchi – Foi rápido. Através dos amigos que fiz aqui que frequentavam a cena do rock’n’roll fui conhecendo todo mundo. Vi show do Ira, vi show do Titãs quando eles foram contratados, lembro do Paulo Ricardo parando no jornalismo e começando no RPM.

Miguel Arcanjo Prado – Quando você ficou famoso?

Kiko Zambianchi – Foi no final de 1984. Fiz “Rolam as Pedras” e não esperava tanto sucesso. Achei a música cabeça demais para o que estava rolando. Titãs era “Sonífera Ilha”, o Ultraje a Rigor era “Inútil”, o Paralamas era “Óculos e eu com “Rolam as Pedras”: “Vejo os sonhos livres, pais, irmãos e filhos, corpos tão estranhos aos meus…”. Na época até tive uma discussão com meu produtor, falando que a música era muito cabeça e não tinha a ver com o cenário. Mas, na verdade, a música refletia muito o que estava acontecendo no mundo em termos de rock’n’roll, porque o punk já estava caindo lá fora. O “Rolam as Pedras” tocou muito na rádio.

Miguel Arcanjo Prado – Como foi viver este momento de se tornar um ídolo do rock?

Kiko Zambianchi – Nunca me senti um rock star. Ainda hoje não tenho essa certeza que eu sou alguma coisa. Mas foi demais ouvir a primeira vez no rádio no final de 1984. Começou a tocar em Ribeirão Preto, todo mundo falando que viu minha música, aí começaram a rolar muitos shows . Até que eu fui para o Chacrinha, onde encontrei todos os caras que eu perturbava quando iam a Ribeirão.

Miguel Arcanjo Prado – Que encontro no Chacrinha foi marcante?

Kiko Zambianchi – Encontrei o Gilberto Gil no Chacrinha, e ele falou: Kiko, o que você está fazendo aqui? Eu falei, eu lancei uma música aí [risos]. O Gilberto Gil eu conhecia de Ribeirão. Quando ele tocou lá, fui no hotel dele e fiquei tocando com ele a tarde inteira. Ele depois falou no show dele de mim, que o povo devia me conhecer. Essas coisas que acabaram me dando, não a certeza, mas uma vontade de seguir na música.

Miguel Arcanjo Prado – Você falou do Chacrinha, que tinha essa característica genial de misturar tudo no programa dele. Você acha que falta esse espaço para a música hoje na TV, para deixar surgir coisas novas?

Kiko Zambianchi – Nos anos 1980, a TV brasileira tinha muita abertura para o rock e em um lugar muito popular, como o Chacrinha. Eu vejo que na época tinha uma cena de rock. Quase todas as novelas tinham rock’n’roll. A gente tinha o pai do Cazuza, o João Araújo, chefe da Som Livre. Isso foi primordial. O pai de um roqueiro estava na direção de uma empresa que era a única sócia da Rede Globo, o único sócio dos Marinho era o João Araújo. Ele começou a colocar o rock’n’roll nas novelas. As rádios passaram a tocar e se criou uma cena de rock no Brasil.

Miguel Arcanjo Prado – E as músicas do rock diziam coisas muito interessantes.

Kiko Zambianchi – A ditadura começou a deixar as pessoas falarem. A gente podia falar o que não estava gostando, era final da ditadura. Tivemos ainda discos censurados, como o da Blitz, que vinha riscado, uma coisa ridícula. Estava começando a abertura. Então, era um período de efervescência, de um novo rumo para a música, onde se procurava novos artistas para criar essa cena de rock. E essa era a diferença: a mídia apoiava. Estava tudo favorável. Lá fora teve o punk, depois o new wave. E foi a primeira vez que na história das rádios que se tocou mais música brasileira que estrangeira. Acho até que esse sucesso aqui preocupou lá fora.

Miguel Arcanjo Prado – Como você vê a atual cena musical?

Kiko Zambianchi – Os brasileiros colocaram as bananas de novo na cabeça, enquanto os gringos são os chiques. Voltou a ter o apelo folclórico, regional, na música brasileira. O rock brasileiro dos anos 1980 era uma música internacional. O Rock in Rio foi um exemplo disso, fazendo um intercâmbio entre o rock daqui e o de lá de fora. Muitos bons artistas estão aqui até hoje surgiu por essa busca por artistas de qualidade que houve nos anos 1980. Hoje está diferente, temos uma coisa mais imediatista.

Miguel Arcanjo Prado – Como você vê o domínio atual na música brasileira do sertanejo e do funk carioca?

Kiko Zambianchi – Se fosse sertanejo ainda estava bom. Mas são pessoas da capital e até cariocas que fazem sertanejo visando única e exclusivamente estourar e ganhar dinheiro. Tem gente que se propõe a fazer para sobreviver. Você vê muito sertanejo que gosta de rock’n’roll, está ali fazendo aquilo para sobreviver e ganhar dinheiro. Por outro lado vemos artistas que estão ali e de uma hora para outra podem desaparecer. Nos anos 1990 tivemos uma leva de artistas que tivemos de engolir todos os sábados e domingos, do mais baixo nível, que depois desapareceram e, junto deles, os fãs. O que não faltam são artistas bons de qualidade, compondo e fazendo coisas legais, não só no rock, como na MPB e em outros estilos, mas falta espaço, sobretudo na mídia.

Miguel Arcanjo Prado – Falta um João Araújo, um Boni, que banque novos artistas bons na TV e os transforme em ídolos da massa?

Kiko Zambianchi – Talvez. Uma coisa que nunca achei que fosse sentir falta é de um diretor artístico, que faça a seleção de quem é o quê. Nos anos 1980 a gente tinha a Gretchen e a Xuxa, mas não se esquecia de artistas como Caetano Veloso e Gilberto Gil. Sempre tivemos esse lado popularesco, mas a gravadora tinha uma noção do que era um músico de carreira e o que era a música do momento. Tinha uma diferença grande neste sentido de perceber o que é uma coisa, o que é outra. Hoje em dia está tudo meio jogado. Você vê falar que alguns artistas são gênios e você vai ver o que são e acha meio estranho.

O músico Kiko Zambianchi conversa com o jornalista Miguel Arcanjo Prado – Foto: Bob Sousa – Blog do Arcanjo – UOL

Miguel Arcanjo Prado – O que acha do YouTube?

Kiko Zambianchi – O YouTube é muito legal para divulgar o trabalho, mas ao mesmo tempo, junto com o cara bom vem 400 mil ruins. Então, para você achar um cara legal vai ter de insistir e procurar muito. E geralmente o público procura o que é mais fácil, rápido e engraçado e aquilo ali toma espaço de muita gente boa, que poderia ser descoberta. A gente tinha de tomar cuidado porque hoje em dia qualquer um é repórter, qualquer um é artista, qualquer um é apresentador. E alguns levam a sério como se fossem famozaços. É uma faca de dois gumes, ajuda, mas também atrapalha. Tem de peneirar. É preciso procurar para achar artistas bons. E a gente ainda luta contra a sacanagem, a bunda. Às vezes o cara não vê o vídeo pela música, mas pela menina rebolando. É difícil competir com a bunda.

Miguel Arcanjo Prado – Qual sua visão das eleições neste ano? Quem você quer que ganhe e quem você quer que não ganhe?

Kiko Zambianchi – Antes eu até questionava bastante e achava isso, achava aquilo. Eu sinceramente agora acho que estamos ferrados. A solução seria não votar em nenhum político que está aí. É preciso procurar uma pessoa que nunca esteve na política. Mesmo se não for legal, pelo menos é novo, não já vai estar ainda fazendo parte daquela quadrilha. Eu acredito nisso: temos de tirar todo mundo que está lá e botar gente nova. Adoraria que o pais tivesse uma regra que, para ser político, você tivesse que ter pelo menos uma faculdade, uma especialização, porque é muita gente ignorante sendo colocada na política para depois virar manobra e moeda para pessoas de má índole e má intenção.

Miguel Arcanjo Prado – Qual a cara da sua música?

Kiko Zambianchi – Eu gosto de tudo. Eu não consigo me definir como isso ou aquilo. Gosto de compor principalmente, é o meu forte. Componho vários tipos de música e gosto disso. Você pode dizer que eu sou mais compositor do que cantor. Eu vou fluindo no que vem aparecendo. Eu tenho uma ideia e parto dela para fazer a música, não tenho preconceito nesse sentido. Eu tenho uma coisa meio espiritual, talvez, com a composição. Eu passo um pouco mal quando vou compor e não tenho uma composição igual. Componho reggae, rock, clássico, trilha. Eu gosto de várias coisas. Claro que tem gêneros que não são minha praia, não faço axé, sertanejo, pagode, mas faço MPB.

Miguel Arcanjo Prado — E funk?

Kiko Zambianchi – Esse funk que está aí para mim não é funk, é funk carioca. Não é minha praia também. O outro funk, tipos Motown, James Brown, eu gosto. Isso pra mim é funk.

https://blogdoarcanjo.blogosfera.uol.com.br/2018/07/27/kiko-zambianchi-faz-35-anos-de-carreira-e-dificil-competir-com-a-bunda/

 

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Esporte

ABC Futebol Clube entra com pedido de Recuperação Judicial

Foto: reprodução

O ABC Futebol Clube protocolou, no dia 23 de abril de 2025, seu pedido de Recuperação Judicial junto ao Poder Judiciário do Rio Grande do Norte.

A solicitação foi aceita em 28 de abril pela 23ª Vara Cível da Comarca de Natal, iniciando oficialmente o processo de reorganização econômica do clube. A medida visa superar a crise financeira que se agravou nos últimos anos, marcada por dívidas e bloqueios judiciais.

Com o deferimento, o clube ganha proteção contra execuções e atos contra seu patrimônio, possibilitando a renegociação estruturada com credores.

O Clube divulgou a informação em um comunicado oficial nas redes sociais.

Confira a nota completa abaixo:

O ABC Futebol Clube informa que, no dia 23 de abril de 2025, protocolou junto ao Poder Judiciário do Rio Grande do Norte o seu pedido de Recuperação Judicial, nos termos da Lei n.° 11.101/2005. O processamento do pedido foi deferido em 28 de abril de 2025 pelo Juízo da 23ª Vara Cível da Comarca de Natal, permitindo o início do processo de reorganização econômica e financeira do Clube sob supervisão judicial.

A recuperação judicial é um instrumento legal destinado a viabilizar a superação de uma situação de crise econômico-financeira, a qual permitirá que o ABC renegocie suas obrigações com credores de forma estruturada, preservando suas atividades, empregos e sua função social.

Com o deferimento do processamento, o ABC passa a contar com importantes mecanismos legais, como a suspensão imediata das execuções contra o Clube, além da proibição de qualquer forma de atos constritivos ao seu patrimônio, conferindo o fôlego e a previsibilidade necessária para a reorganização e viabilização de um plano de pagamento sustentável a seus credores.

A decisão de ingressar com o pedido de recuperação judicial se deve ao fato de que, ao longo dos últimos anos, o clube vem enfrentando dificuldades financeiras, marcadas por diversos bloqueios judicias, acúmulo de dívidas e dificuldades que comprometeram consideravelmente a sua capacidade operacional e de investimento.

O ABC reitera seu compromisso com a transparência, com a reestruturação responsável e com o seu maior patrimônio: sua torcida. Acreditamos que, com este passo, será possível construir um novo ciclo de estabilidade e crescimento para o Clube.

Blog do BG 

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Brasil

Hugo Motta diz que PEC da Segurança Pública será alterada na Câmara

Foto:VINÍCIUS SCHMIDT/METRÓPOLES

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, afirmou, nesta terça-feira (29/4), que a Câmara dos Deputados vai realizar alterações na Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Segurança Pública.

O recado de Motta foi dado ao Palácio do Planalto por meio de uma publicação na conta dele na rede social X, nesta terça. “A Câmara vai alterar a PEC da Segurança. É um direito do Executivo encaminhar uma proposta de emenda constitucional e direito do Congresso alterá-la”, frisou.

Do que trata a PEC

  • O texto propõe constitucionalizar o Sistema Único de Segurança Pública (Susp) e definir a responsabilidade da União sobre a matéria.
  • A proposta enfrenta resistência dos governadores, que veem tentativa de interferência nas atribuições dos estados.
  • Atualmente, a gestão da segurança pública compete aos estados. Em janeiro, o governo fez uma alteração no texto para afastar a possibilidade de ingerência.

Ainda na mensagem no X, Motta pontuou que não deseja que o assunto seja politizado, pois o “tema é urgente para os brasileiros”. “O único apelo que faço é que a gente não permita a politização da discussão sobre Segurança Pública, porque quando nós politizamos, estamos dizendo que essa pauta vai sofrer uma grande intervenção para que ela não prospere”, afirmou o presidente da Câmara.

A PEC é uma bandeira encampada pelo ministro da Segurança Pública, Ricardo Lewandowski. O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, entregou o texto aos presidentes da Câmara e do Senado Federal, Davi Alcolumbre (União-AP) no último dia 23.

Metrópoles 

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Turismo

Feriado: Natal está entre destinos mais procurados; ocupação hoteleira deve chegar a 66% no RN

Foto: Magnus Nascimento

Classificada entre os destinos mais procurados do Brasil por turistras para passar o feriado do Dia do Trabalhador, comemorado nesta quinta-feira (1º), Natal registrou mais de 15 milhões de buscas na plataforma da empresa Omnibees até o dia 22 de abril. O Rio Grande do Norte registra agora uma expectativa de ocupação hoteleira de 66% para o feriado, segundo projeções da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis no RN (ABIH-RN).

Para o secretário Municipal de Turismo (Setur), Sanclair Solon, o resultado é importante para a cidade, pois reforça o papel de Natal como referência no turismo nacional e movimenta diretamente a economia local, gerando emprego e renda para os natalenses.

“Recebemos com grande satisfação a notícia de que Natal está entre os destinos mais procurados para o feriado do Dia do Trabalhador. Esse destaque é fruto de um trabalho contínuo da Prefeitura, que tem investido fortemente em infraestrutura turística desde o início da gestão do prefeito Paulinho Freire, qualificando nossos equipamentos, promovendo a cidade e melhorando a experiência de quem nos visita. Seguiremos empenhados em tornar Natal cada vez mais atrativa para os turistas e acolhedora para os natalenses”, destacou o titular da Setur.

Segundo Edmar Gadelha, presidente da ABIH-RN, esses números representam a confiança do turista no nosso destino e o fortalecimento de toda a cadeia produtiva do turismo potiguar. “Cada ponto percentual de crescimento significa mais empregos, mais desenvolvimento e maior visibilidade para nosso estado”, enfatiza Gadelha.

Segundo a pesquisa, as projeções de ocupação para os destinos mais procurados são:

  • São Miguel do Gostoso (77%);
  • Natal (65%);
  • Tibau do Sul (59%).

Tribuna do Norte

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Brasil

Deputado apresenta projeto que visa proibir camisa vermelha na Seleção

Foto: reprodução

O deputado federal Zé Trovão (PL-SC) apresentou um projeto de lei, nesta terça-feira (29), que torna obrigatório o uso das cores oficiais da Bandeira Nacional (verde, amarelo, azul e branco), para todas as entidades públicas ou privadas que representem oficialmente o Brasil.

A ação do parlamentar ocorre após ser ventilada a possível troca do uniforme azul da Seleção Brasileira por um vermelho para a Copa do Mundo de 2026. Com isso, apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), jogadores e comentaristas tem se posicionado contra a mudança.
De acordo com o PL, a exigência se aplica às seguintes categorias:

  • Delegações esportivas
  • Missões diplomáticas e consulares
  • Delegações científicas, tecnológicas ou culturais;
  • Entidades participantes de exposições internacionais ou eventos oficiais;
  • Organizações da sociedade civil que atuem mediante convênio, parceria ou contrato com a administração pública federal.

Em caso das normas não serem cumpridas, sansões serão aplicadas e elas poderão ir desde advertências até o impedimento de representar o país por até quatro anos.

Zé Trovão justifica que o projeto de lei  busca fortalecer a identidade nacional e reforçar o patriotismo.

“O presente projeto de lei  visa fortalecer a identidade nacional e promover o sentimento de pertencimento e orgulho entre os brasileiros, ao exigir que entidades públicas ou privadas, quando em representação oficial do país, utilizem as cores da Bandeira Nacional em suas vestimentas, materiais e comunicações institucionais”, diz trecho da justificação do projeto.

“Além de reforçar a coesão e o patriotismo, essa medida contribui para a valorização da imagem do Brasil no exterior. A presença constante das cores nacionais transmite uma mensagem clara de unidade, compromisso com os valores nacionais e respeito à nossa história.

Mudança na camisa

De acordo com o site especializado em camisas Footy Headlines, a Seleção Brasileira terá uma nova cor de camisa para participar da Copa do Mundo de 2026.

As cores não devem ser as mesmas da bandeira do Brasil, e a previsão é de que a camisa seja lançada em março do próximo ano.

Segundo o estatuto da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), a Seleção Brasileira só poderá usar uniformes com as cores existentes na bandeira da entidade, com exceção apenas para eventos comemorativos.

CNN Brasil

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Política

Justiça cassa mandato de vereador e anula votos da chapa do PP por fraude a cota de gênero em Poço Branco

Foto: reprodução

A Justiça Eleitoral reconheceu a prática de fraude a cora de gênero do partido PP no município de Poço Branco e determinou a cassação do vereador eleito Rodrigo Marques Lucas de Araújo e inelegibilidade por 8 anos, além de anular os votos do partido.

Segundo denúncia do MP, o Partido Progressistas utilizou candidaturas femininas fictícias para cumprir formalmente o percentual mínimo de 30% exigido pela legislação eleitoral.

As candidatas Juliana Gonçalo e Maria da Conceição da Silva são apontadas como laranjas, sem campanha própria e com votações inexpressivas. Segundo o MP, as duas participaram apenas de eventos organizados por Rodrigo Marques Lucas de Araújo, apontado como mentor da fraude.

Ainda de acordo com o parecer, houve desvio de recursos públicos da campanha de Maria da Conceição em favor de Rodrigo Lucas, configurando não só fraude eleitoral, mas possível crime de falsidade e improbidade administrativa.

Justiça Potiguar 

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Brasil

Edinho Silva, candidato a presidente do PT, é condenado por improbidade

Foto: Ricardo Stuckert / PR

Candidato a presidente do PT, o ex-prefeito de Araraquara Edinho Silva, foi definitivamente condenado por ato de improbidade administrativa doloso.

Apoiado por Lula na disputa interna do partido, ele foi considerado culpado por assumir obrigações de despesas sem possuir disponibilidade financeira para tanto nos últimos oito meses de seu mandato em 2004.

A decisão foi proferida pelo Tribunal de Justiça em março.

Lei de Responsabilidade Fiscal

O artigo 42 da Lei de Responsabilidade Fiscal proíbe a contratação de despesas nos dois últimos quadrimestres do mandato que não possam ser integralmente cumpridas dentro do mesmo período, ou que gerem parcelas a serem pagas no exercício seguinte sem a devida disponibilidade de caixa, em detrimento da responsabilidade e da transparência na gestão dos recursos públicos.

O Ministério Público de São Paulo comunicou na segunda-feira, 28, a execução da multa civil prevista na condenação, superior a 500 mil reais, além de apurar a reiteração dessa conduta ao término do mandato de 2024.

Prefeito de Araraquara acusa Edinho Silva por rombo

O prefeito de Araraquara, Dr. Lapena (PL), acusou a gestão de seu antecessor, Edinho Silva (PT), de deixar dívidas que somam 1,1 bilhão de reais.

Os números foram apresentados pelo secretário de Administração, Roberto Pereira, durante audiência na Câmara Municipal em 21 de fevereiro.

A dívida, segundo a prefeitura, inclui 212 milhões de reais em obrigações de curto prazo, 562 milhões de reais em débitos de longo prazo, 60 milhões de reais em serviços contratados ainda não executados, 195 milhões de reais em processos judiciais e 42 milhões de reais em despesas não empenhadas, as chamadas “pedaladas fiscais”.

A maior parte dessas pedaladas fiscais, 75%, seria referente à área da Saúde, comandada pela então secretária Eliana Honain.

O antagonista 

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Geral

(VÍDEO) Aposentada questiona Lupi na Câmara: “Nós não merecemos respeito?”

Em meio ao escândalo em que está envolto o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), o ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, foi questionado por uma das supostas vítimas do esquema que desviou dinheiro de aposentados e pensionistas. “E nós, aposentados, não merecemos respeito?”, questionou.

A mulher, identificada como Ezimar Vieira dos Santos, estava na audiência Comissão de Previdência da Câmara, em que Lupi foi questionado sobre o escândalo. Segundo o deputado federal Marcel van Hattem (Novo-RS), a mulher é uma entre milhões de vítimas.

“Ela, senhor ministro Carlos Lupi, foi à agência do INSS quando soube que estava sendo roubada para informar que R$ 77,86 estavam sendo tirados do seu benefício. E lhe disseram, simplesmente, que essa era uma entidade de São Paulo e não haveria o que fazer”, relatou Van Hattem. “Dona Ezimar é uma de 6 milhões de vítimas.”
Ao questionamento, o ministro afirmou: “Nenhum aposentado pode falar nada de mim porque não tem ninguém que mais defenda aposentados que eu”.

Metrópoles 

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Brasil

Governo publica suspensão dos acordos do INSS com entidades

Foto: VINÍCIUS SCHMIDT/METRÓPOLES

Dias após a operação da Polícia Federal (PF) contra o esquema de descontos indevidos em aposentadorias, o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) publicou nesta terça-feira (29/4) despacho suspendendo todos os acordos de cooperação técnicas firmados com entidades para interromper um esquema que desviou bilhões de aposentados.

A suspensão dos Acordos de Cooperação Técnica (ACT) celebrados com o INSS, que envolvam descontos de mensalidades associativas em folha de pagamento de benefícios previdenciários, foi assinada pela diretora substituta do INSS, Débora Floriano. O ex-presidente do instituto, Alessandro Stefanutto, foi afastado pela PF na quarta-feira passada (23/4) e, posteriormente, demitido pelo presidente Lula (PT).

O ACT é o convênio com o INSS que permite os descontos de mensalidade associativa de aposentados e pensionistas, mecanismo que está no centro de um escândalo no governo federal.

Os acordos serão suspensos até reavaliação de sua regularidade e conformidade com as normas vigentes, bem como de quaisquer repasses às entidades partícipes dos ajustes.

Também foi determinada a realização de análise criteriosa dos referidos acordos, por parte das Diretorias de
Benefícios e Relacionamento com o Cidadão (Dirben) e de Governança, Planejamento e Inovação (Digov) e da Auditoria-Geral (Audger), com a verificação da regularidade do cumprimento dos ajustes celebrados e propondo, se necessário, medidas corretivas ou a rescisão definitiva dos instrumentos.

Metrópoles 

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Geral

VÍDEO: Governo Fátima faz ‘perversidade’ com servidores ao não repassar consignados aos bancos, diz sindicalista

A presidente do Sindicato dos Servidores da Administração Direta do Governo do Estado (Sinsp), Janeayre Souto, classificou como “perversidade” o fato de o governo estadual ter voltado a atrasar o repasse aos bancos de parcelas de empréstimos consignados contraídos por servidores, apesar de ter feito o desconto nos contracheques.

Por causa do atraso nos repasses, bancos suspenderam a concessão de novos empréstimos e estão debitando valores das contas dos servidores para quitar o débito. O problema ocorre desde 11 de abril.

Em entrevista à 98 FM nesta terça-feira (29), Janeayre disse que a gestão da governadora Fátima Bezerra (PT) faz “apropriação indébita” dos salários dos servidores públicos estaduais. “Esse governo, o da professora Fátima, desde 1º de janeiro de 2019, tem escolhido fazer a gestão com o recurso, o salário dos servidores. E tem sequestrado, retirado parte dos salários”, declarou.

De acordo com a sindicalista, o atraso nos repasses por parte do Governo do Estado para os bancos está fazendo com que muitos trabalhadores tenham o valor do empréstimo debitado duas vezes: primeiro na folha, e depois diretamente em suas contas bancárias, já que, segundo cláusula contratual comum nos consignados, os bancos estão autorizados a fazer a cobrança caso o repasse não seja efetivado pelo Estado.

98 FM Natal

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Geral

Pesquisa aponta 84% de aprovação à gestão da prefeita Aize em João Câmara

A administração da prefeita Aize Bezerra em João Câmara alcançou um expressivo índice de 84,58% de aprovação popular, segundo levantamento do Instituto CENPOP, que avaliou os primeiros 100 dias de governo. O estudo também revelou que 83,26% da população considera a atual gestão melhor do que a anterior.

Os principais pontos positivos destacados pelos entrevistados foram a limpeza urbana, a saúde e a educação — áreas tratadas como prioridade pela administração municipal. Além disso, a pesquisa incluiu uma projeção eleitoral: se a eleição para prefeito fosse hoje, Aize lideraria com 61,45% das intenções de voto, contra 6,61% de Maurício Caetano. Outros 31,72% disseram não saber em quem votariam.

Eleita em 2024, Aize foi considerada uma surpresa nas urnas ao derrotar a união de forças tradicionais da política local. Enfrentou o ex-prefeito Manoel Bernardo (PP) e o grupo liderado por Maurício Caetano (União Brasil), que esteve próximo de conquistar uma vaga na Assembleia Legislativa nas eleições de 2022.

A pesquisa foi realizada no dia 22 de abril de 2025, com 454 entrevistas nas zonas urbana e rural do município. A margem de erro é de 4,5%, com nível de confiança de 95%.

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