

O inquérito conduzido pela Polícia Civil foi encerrado e remetido à Justiça com pedido de novos prazos. Hoje, o documento está sob responsabilidade do Ministério Público Estadual. O promotor Wendell Bethoven Ribeiro Agra esclareceu qual a tramitação que se seguirá. “Estou examinando toda a investigação que foi feita. Pretendo devolver para que a Polícia Civil realize novas diligências”, informou. Para ele, a investigação avançou bastante, mas ainda não se chegou a autoria do crime.
Antes de solicitar novas diligências, o promotor de Justiça aguarda o recebimento das informações relativas ao andamento das investigações no âmbito da Polícia Federal. “Estou aguardando as informações. Pode ser que as diligências que pedirei já tenham sido realizadas pela PF e aí não há mais a necessidade”, esclareceu. Ele disse que não é costumeiro que a PF investigue homicídios, e possa ser que tenha sido alcançadas novas informações.
Ainda não há prazo para que o MP devolva o inquérito à Polícia Civil, cujo responsável pela investigação é o delegado Marcos Vinícius Santos. Há a possibilidade de que novas pessoas sejam ouvidas para prestar esclarecimentos. Os investigadores também aguardam o recebimento de alguns resultados de laudos e perícias solicitados.
O conteúdo específico do que está sendo apurado não foi divulgado em virtude do segredo de justiça decretado ao inquérito. O promotor Bethoven reforçou a complexidade que cerca o caso. “O crime é de difícil elucidação, uma vez que a vítima apresentava diversos envolvimentos, como na política, com agiotagem e também relativo à Operação Hígia”, destacou.
O MP ainda estabelecerá novo prazo para a conclusão da investigação, após a solicitação de diligências. Mesmo não estando com o inquérito em mãos, o delegado Marcos Vinícius Santos afirmou que não parou de trabalhar. “A equipe envolvida não parou, estamos trabalhando”, afirmou Santos. Passado um ano do crime, o delegado vê a situação cada vez mais difícil. “Quando mais tempo passa, pior fica para investigar. Mas estamos correndo atrás e sempre em sintonia com o que a Polícia Federal também está realizando”.
O promotor Bethoven compartilha dessa visão de Santos. “Falando genericamente, as investigações costumam ficar mais difíceis de se resolver quanto mais tempo passa. Esse caso apresenta as suas peculiaridades, mas vejo a PF e a Polícia Civil muito ativas buscando a solução”.
Fonte: Tribuna do Norte
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