Uma escuta telefônica divulgada ontem, dentro da investigação Assepsia, criou uma polêmica hoje nas redes sociais. Problemas conjugais de uma mulher identificada como Rose Bravo, a proprietária da Marca, foram expostos.
De acordo com o Ministério Público, na ligação em que Rose faz para um amigo da família, Prego, ela teria confirmado ser, juntamente com Antonio Carlos Oliveira Jr (Maninho) os proprietários da Associação Marca e que fizeram acordo empresarial com Tufi Soares Meres Salute Sociale. Mas isso só acontece no final da gravação. Os primeiros 45 minutos de conversa são apenas sobre o relacionamento conturbado dela com o esposo.
Transcrição de alguns trechos que justificam a polêmica:
“Aí na terça-feira, ontem, ele me pede pra ir na igreja com ele, aí beija, aquela coisa toda, ‘vamos tentar mais uma vez?’ E eu, ‘tá bom. Vamos tentar’. Mas eu disse ‘olha, não espera muita coisa de mim não. Não mesmo’. “
“Pra ele é muito fácil. Acorda no dia seguinte como se nada tivesse acontecido. E eu? Eu não sei fazer isso. Como é que eu apago tudo o que estou sentindo? Como é que eu apago tudo o que passou?”
“Eu sou uma pessoa, o pouco do meu temperamento que você conhece já te diz que eu sou uma pessoa que não ficaria jamais marcando passo se não fosse isso que eu queria. Eu sou independente demais pra ficar casada por conveniência.”
“Desde janeiro, virada do ano novo, que não tá sendo fácil. E eu venho superando, venho superando. E ao mesmo tempo, eu venho mostrando, conversando, dizendo pra ele: Olha só, não dá. São 45 dias que a gente teve um racha feio.”
“O episódio aconteceu na terça. Na quinta, agente conversou. Foi a conversa mais pesada que a gente já teve nestes vinte e tantos anos e na sexta-feira eu falei pra ele assim: ‘na sexta-feira, você chegar em casa e vai tormar chopp com os amigos? Aí depois já chega meio altinho, me leva pra um motel e acha que está tudo resolvido? Que é isso?”
“Nesta hora sabe o que ele fala? Que eu tenho ciúme dos amigos dele!”
CLIQUE AQUI e ouça toda a gravação.
A divulgação da gravação levou o Ministério Público a ser alvo de duras criticas na internet. Através do twitter, as pessoas manifestaram seu repúdio à divulgação.
@anapcossil: É fato que não deveriam ter sido divulgados certos áudios da Operação Assepsia. Mas era preciso divulgar para a crítica…
@Carlyle_RN: Assepsia: creio que faltou “filtro” na divulgação dos áudios, inclusive na publicação. Alguns trechos não dizem respeito…
@mineiropt: Nada “asséptica” a exposição da intimidade (fatos extremamente pessoais) dos envolvidos em qlq ação na esfera pública.
E em sua opinião, houve excesso ou não?
O foco da investigação não era esse, não vejo sentido tornar
público conteúdo de conversas íntimas que tratam de assunto diverso do
investigado.
Isso no mínimo só mostra a falta de ética e de respeito do órgão que investigou
e deixou vazar tais conversas.