Forças de segurança em área isolada em frente à Basílica de Notre-Dame de Nice, na França, após ataque a faca — Foto: Eric Gaillard/Reuters
Um ataque a faca deixou três mortos e vários feridos na manhã desta quinta-feira (29) na Basílica Notre-Dame de Nice e arredores, na França.
O prefeito da cidade, Christian Estrosi, afirmou que um suspeito foi baleado e preso, classificou o ataque como terrorismo islâmico e disse que o homem gritou “Allahu Akbar” (Deus é grande).
Segundo a imprensa local, uma vítima foi decapitada e o suspeito está internado em estado grave.
Onda de ataques
Poucas horas depois, a polícia francesa matou um homem que ameaçou pessoas com uma arma em Montfavet, perto da cidade de Avignon, no sul do país. Ele também gritou “Allahu Akbar”, segundo uma rádio.
Na Arábia Saudita, a televisão estatal noticiou que um suspeito foi preso na cidade de Jeddah após atacar e ferir um guarda do consulado francês.
A embaixada francesa no país disse que o consulado foi alvo de um “ataque a faca contra um guarda” e informou que a vítima foi levada ao hospital e não corre perigo de vida.
A França tem sofrido uma onda de ataques desde a morte de Samuel Paty, professor que mostrou uma charge de Maomé em uma aula sobre liberdade de expressão (veja mais abaixo).
Após o incidente em Nice, a Assembleia Nacional da França interrompeu uma sessão que discutia medidas para combater a Covid e fez um minuto de silêncio pelas vítimas.
O prefeito de Nice afirmou que “é hora de a França se exonerar das leis da paz para erradicar definitivamente o islamo-fascismo de nosso território”.
A Procuradoria antiterrorismo do país abriu uma investigação sobre o incidente, que ocorreu por volta das 9 horas (6 horas no horário de Brasília).
O ministro do Interior francês, Gérald Darmanin, anunciou uma reunião de crise com a presença do presidente Emmanuel Macron, que depois deve ir para a cidade.
Ataques na França
A basílica fica no coração da cidade da Riviera Francesa, que já tinha sido alvo de um ataque terrorista com 84 mortos em 2016.
Na ocasião, um caminhão atropelou diversas pessoas que assistiam à queima de fogos em comemoração ao 14 de Julho, o Dia da Bastilha.
O Passeio dos Ingleses, onde ocorreu o ataque de 2016, fica a cerca de 1 quilômetro da basílica.
O ataque desta quinta ocorre 13 dias após a decapitação de Samuel Paty, mas ainda no está claro se há conexão entre ambos.
A charge mostrada por Paty era da revista satírica “Charlie Hebdo”, que também foi alvo de um atentado terrorista em 2015. Por questões de segurança, a redação do periódico mudou para um local não informado após o atentado.
Em setembro de 2020, um outro atentado terrorista deixou duas pessoas gravemente feridas perto do local onde funcionava a antiga redação do “Charlie Hebdo”. O ataque ocorreu na época do julgamento de 14 acusados de cumplicidade pelo atentado de 2015.
Caricaturas do profeta Maomé são considerados blasfêmia pelos muçulmanos.
A morte de Paty causou comoção em toda a França. Milhares saíram às ruas em Paris para homenagear o professor, que recebeu a maior honraria do governo francês, a “Legion d’Honneur”. No funeral, Macron afirmou que “não renunciaremos às caricaturas”.
“Nós continuaremos, professor. Nós defenderemos a liberdade que você ensinava tão bem e nós levaremos a laicidade. Nós não renunciaremos às caricaturas e aos desenhos”, afirmou Macron.
Reação muçulmana
A dura resposta da França, no entanto, levou a reações contrárias em diversos países de maioria muçulmana.
No fim de semana, o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, criticou duramente Macron e afirmou que o líder francês precisava de um exame de saúde mental. Em retaliação, a França convocou seu embaixador em Ancara.
Na segunda-feira (26), o presidente turco pediu um boicote aos produtos franceses. Macron rebateu dizendo que redobraria os esforços para impedir que as crenças islâmicas conservadoras subvertessem os valores franceses.
A declaração irritou muçulmanos, e diversos países registraram protestos contra a França.
Na quarta-feira (28), Erdogan afirmou que os países ocidentais que atacam o islamismo querem “relançar as cruzadas” e que permanecer contra os ataques a Maomé era “uma questão de honra para nós”.
O presidente do Egito, Abdel-Fattah al-Sisi, afirmou que a liberdade de expressão deveria parar de ofender mais de 1,5 bilhão de pessoas, mas ressaltou que rejeitava qualquer forma de violência ou terrorismo, de qualquer pessoa, em nome da defesa da religião, de símbolos religiosos ou de ícones.
Defesa à França
Em meio à escalada de tensão, o chanceler da Grã-Bretanha, Dominic Raab, pediu aos aliados da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) que se posicionem do lado dos valores da tolerância e da liberdade de expressão.
A declaração foi uma repreensão velada à Turquia, que é membro da Otan. “O Reino Unido se solidariza com a França e o povo francês após o terrível assassinato de Samuel Paty”, disse Raab em um comunicado. “O terrorismo nunca pode e nunca deve ser justificado.”
“Os aliados da Otan e a comunidade internacional em geral devem estar ombro a ombro com os valores fundamentais da tolerância e da liberdade de expressão, e nunca devemos dar aos terroristas o presente de nos dividir”, afirmou Raab.
Nesta quinta-feira (29), o presidente do Parlamento europeu, David Sassoli, disse estar “profundamente comovido” com o ataque em Nice, afirmou que “a dor é sentida por todos na Europa” e pediu unidade “contra a violência e quem incita e propaga o ódio”.
‘Respeito mútuo’
Já o Alto Representante da ONU para a Aliança das Civilizações, o espanhol Miguel Ángel Moratinos, fez um apelo na quarta-feira (28) “respeito mútuo por todas as religiões e crenças”.
Em comunicado, a agência da ONU disse que Moratinos “acompanha com grande preocupação as crescentes tensões e casos de intolerância desencadeados pela publicação de caricaturas satíricas do profeta Maomé, que os muçulmanos consideram um insulto e profundamente ofensivo”.
“Insultar religiões e símbolos religiosos sagrados provocam ódio e extremismo violento, levando à polarização e fragmentação da sociedade”, afirmou Moratinos, que já foi ministro de Relações Exteriores da Espanha.
G1
Tem de proibir o comércio de facas tá ok?
Islâmico matando cristão – CRISTOFOBIA.
Mas segundo os democratas da esquerda, isso não existe, é radicalismo, só porquê 01 islamita matou 03 cristãos.
Mas se fosse 01 cristão causando algum mal a 01 islamita, estariam na mídia berrando contra a "islamofobia". Triste mundo invertido que está sendo criado pela minoria da esquerda e a maioria da direita omissa e calada.
O Sr. Se revoltou quando Bush invadiu o Iraque, matou centenas de civis inocentes, com pretesto mentiroso que eles tinham armas de destruição em massa?
O Sr. Se revolta quando o ESTADO de Israel oprimi e mata civis e crianças palestinas que querem suas terras de volta?
A conta chega infelizmente em forma de terrorismo.
A França está colhendo o que plantou….recebeu centenas de refugiados da África , todos do Islã ,
ja existem bairros inteiros em Paris , onde cristão não entra , polícia não entra …A Xaria , lei severa do islamismo é utilizada.
Quanto a invasão dos USA no Iraque , foi uma retaliação contra o ataque ao KUWAIT e ao solo americano em 11-09…..e Israel , defendo o seu território dos ataques dos terroristas do HAMAS que ficam instalados na Palestina e utiliza o povo como escudo.
Vendo vcs defendendo o islã vejo que não sabe de nada, Só por não ser mulçumano vc para eles merecem morrer. Todos que não se converterem ao islã são considerados infies e a morte é punição. Abram os olhos. Não sou eu que falo. São eles que falam isso.
Querem fazer chacota de religião dos outros, chacota essa que nunca teve a MENOR graça, agora aguente. Quem fala o que quer…
Chacote de Cristo tá liberado né? Mas se faz chacota de Mohammed vc acha justo a reação de violência.
Quem defende o islamismo ainda não percebeu que onde eles mandam as mulheres têm que andar com o rosto coberto por uma burca, sob pena de serem chicoteadas. Vão aprender na prática quando eles estiverem mandando aqui.
Quando é o escárnio com Jesus Cristo no carnaval carioca, é liberdade de expressão. Quando desfilam nas paradas e simulam sexo com o Crucifixo é engraçadinho, não tem nada demais……será que mereceriam um ataque com facas, também?
É curioso que esse povo muçulmano faz isso na Europa, mas não se atreve a fazer na Arábia Saudita ou no Irã. Mácron está certo em detonar os radicais islâmicos.