A partida desta quarta-feira, às 17h30m (de Brasília), com o Raja Casablanca, em Marrakech, pode ser a mais importante até agora na história do Atlético-MG. Se vencer, o time vai à final do Mundial de Clubes contra o poderoso Bayern de Munique, que venceu ontem o Guangzhou Evergrande, da China, e do argentino Conca, por 3 a 0, na primeira semifinal. Se perder, e adiar o sonho de ir à decisão de sábado, poderá ser o último jogo do técnico Cuca à frente da equipe, já que ele recebeu proposta milionária de um clube da China.
Desde 2011 no clube, Cuca foi mantido mesmo após pedir demissão no fim daquele ano. Foi uma aposta da diretoria que deu certo. Com ele, o Atlético virou protagonista do Brasileiro e da Libertadores, com o inédito título este ano, e poderá dar o maior passo de sua história hoje. No meio disso tudo, Cuca recuperou Ronaldinho Gaúcho, confirmado na partida, e deixou para trás a fama de baixo-astral e azarado, adquirida nas passagens pelos 19 clubes anteriores ao Atlético-MG.
— Ele (Cuca) está tendo o trabalho reconhecido. Tomara que coisas boas aconteçam — declarou Ronaldinho.
Craque responde e desafia
No ano seguinte à permanência, Cuca ganhou o Campeonato Mineiro de 2012 e começou a montar o time que chega à final hoje com certo favoritismo, mesmo diante da torcida local por uma equipe do Marrocos. Favoritismo que Ronaldinho faz questão de levar a campo. Ao responder as críticas de Vivien Mabide, jogador do Raja, Ronaldinho disse um “vamos jogar”, em tom de desafio.
Apesar de ter treinado pênaltis ontem, Cuca mostra confiança numa classificação sem sustos. E, contrariando todo o histórico de sua carreira, o treinador mostrou excesso de confiança. Sinal de que Cuca mudou.
— A vontade de todos é ser campeão. Temos que transferir toda a vontade para o campo. A motivação se transformará nos ingredientes para a gente ser campeão — disse Cuca.
O Globo
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