Tribuna do Norte:
Os oito deputados federais do Rio Grande do Norte receberam nos seis primeiros meses deste ano R$ 737,6 mil por meio da chamada “cota mensal para exercício parlamentar”. O montante corresponde a uma média de R$ 15,3 mil de gastos/mês por representante potiguar. O cálculo é resultado de um levantamento divulgado pelo portal de notícias “UOL”, que alimentou os números por intermédio de dados da própria Câmara dos Deputados. As despesas relativas aos gabinetes dos senadores não foram computadas pelo site. A “cota parlamentar” é utilizada pelos membros do Congresso Nacional para ressarcimento de gastos com telefonia, passagens aéreas, alimentação, hospedagem, combustíveis, consultorias e divulgação.
A campeã de gastos entre os potiguares é a deputada federal Sandra Rosado (PSB). Durante o período de levantamento feito pelo UOL, ela foi reembolsada com R$ 105,6 mil. Com uma margem próxima está Fátima Bezerra, do PT. De janeiro à junho deste ano a petista foi ressarcida com R$ 102,7 mil. Em linha decrescente aparecem os deputados Fábio Faria (PMN), com uma despesa de R$ 101,4 mil; Felipe Maia (DEM), R$ 97,4 mil; João Maia (PR), R$ 90,9 mil; Rogério Marinho (PSDB), R$ 86,4 mil; Henrique Alves (PMDB), R$ 83,7 mil; e, por fim, Paulo Wagner, R$ 69,3 mil.
A divulgação dos mandatos foi prioridade para os três parlamentares com o maior saldo de despesa. Neste item, Sandra demandou gastos da ordem de R$ 43,5 mil; Fátima R$ 51,9 mil; e Felipe Maia, R$ 30 mil. No caso de Rogério Marinho, a locação de veículos consumiu R$ 27,5 mil do montante com o qual contava.
A cota para atividade parlamentar dos deputados é cumulativa e quem não utilizá-la integralmente a cada mês poderá fazê-lo nos meses subseqüentes. O crédito acumulado expira somente no final de cada ano. O deputado tem três meses para apresentar as notas fiscais com os gastos decorrentes da cota mensal para exercício parlamentar. Se não o fizer perde o direito ao reembolso e terá que se responsabilizar pelo pagamento das despesas.
Somando-se a cota para atividade parlamentar à verba de gabinete para contratação de funcionários (R$ 60 mil/mês) e os subsídios mensais de R$ 26,7 mil – janeiro a junho e o chamado 14º salário [recebido em também em fevereiro. O 15º é pago em dezembro] – os oito deputados federais potiguares custaram aos cofres públicos nos seis primeiros meses do ano R$ 5,1 milhões. O total aponta para uma média de R$ 639,1 mil por parlamentar.
Comente aqui