Foto: Werther Santana/Estadão Conteúdo
O Banco Central revisou a projeção para o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro em 2025, de 2,1% para 1,9%. Os números constam do Relatório de Política Monetária de março, publicado nesta quinta-feira (27) pela autarquia. A previsão está abaixo da mediana do último relatório Focus, que indicava crescimento de 1,98% para a economia este ano.
A mudança incorpora novas projeções para o PIB agropecuário (4% para 6,5%), de serviços (1,9% para 1,5%) e industrial (2,4% para 2,2%). Pelo lado da demanda, a autarquia ajustou as previsões para o consumo das famílias (2,4% para 1,5%), formação bruta de capital fixo (2,9% para 2%), além das importações e exportações (2,5% para 4% em ambos os casos). A projeção para o consumo do governo foi mantida em 1,9%.
“Dadas as projeções atualizadas, as contribuições da demanda interna e do setor externo para a evolução do PIB em 2025 são estimadas em 1,9 ponto porcentual e zero ponto, ante 5,2 ponto e -1,8 ponto em 2024″, informou o BC.
Inflação
No documento, o BC informou que não vê convergência do IPCA, a inflação oficial do país, para o centro da meta de 3% até pelo menos o terceiro trimestre de 2027. “Nas projeções do cenário de referência, a inflação continua acima do limite do intervalo de tolerância ao longo de 2025, começando a cair a partir do quarto trimestre, mas ainda permanecendo acima da meta”, considerou a autoridade monetária.
Nesse cenário, a inflação acumulada em quatro trimestres fica na faixa de 5,5% a 5,6% nos três primeiros trimestres de 2025, cai para 5,1% no final do ano 3,7% em 2026 e 3,1% no último período considerado, referente ao terceiro trimestre de 2027.
No horizonte relevante de política monetária, considerado como sendo o terceiro trimestre de 2026, a inflação projetada é 3,9%. A projeção para a inflação cheia de 2025, de 5,1%, já havia sido divulgada no comunicado do Copom (Comitê de Política Monetária) da semana passada.
Considerando as projeções mensais, o BC destacou que a inflação acumulada em 12 meses fica acima do limite superior do intervalo de tolerância da meta por seis meses consecutivos em junho deste ano. “No caso de concretização desse cenário, se caracterizará descumprimento da meta para a inflação e será necessária a publicação das razões desse descumprimento por meio de nota neste Relatório e de carta aberta ao Ministro da Fazenda”, lembrou a autoridade monetária.
O detalhamento das projeções do BC é a seguinte, sempre considerando o IPCA em 12 meses: 5,6% no fim do primeiro trimestre de 2025; 5,5% no segundo e 5,6% no terceiro. No primeiro trimestre do ano que vem a estimativa é de 4,3% e, do segundo, de 4,2%. Para o terceiro, a taxa esperada é de 3,9% e, para o fim do ano, de 3,7%. No primeiro trimestre de 2027, o IPCA deve ficar em 3,4%, cedendo para 3,3% no segundo e atingindo 3,1% no terceiro, que é o último número da série.
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