Política

Barroso dá 3 dias para Bolsonaro apresentar esclarecimentos sobre contas

Foto: Carlos Moura/SCO/STF

O ministro Luís Roberto Barroso, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), determinou que o presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) apresente dentro de 72 horas esclarecimentos e documentos complementares para sanear problemas na prestação de contas de sua campanha identificados pela área técnica da corte.

Um relatório da Assessoria de Exame de Contas Eleitorais e Partidárias (Asepa) do TSE apontou uma série de irregularidades e indícios de omissão de gastos eleitorais na prestação de contas. “São pertinentes as diligências propostas”, avaliou Barroso. “Diante do exposto, determino a intimação do candidato Jair Messias Bolsonaro, (…), para, no prazo de 3 (três) dias, complementar dados e documentação e/ou prestar esclarecimentos/ justificativas, com vistas ao saneamento dos apontamentos”, decidiu o ministro.

As falhas

A Asepa identificou problemas como indícios de recebimento indireto de doações de fontes vedadas, ausência de detalhamento na contratação de empresas e comprovação de serviços efetuados e até mesmo informações divergentes entre os dados de doadores constantes na prestação de contas e aquelas que constam do banco de dados da Receita Federal.

O relatório do TSE encontrou um total de 23 falhas na documentação, entre elas a falta de um cadastro prévio da empresa AM4, que não estaria habilitada para atuar na arrecadação de recursos via financiamento coletivo. Um dos contratos analisados diz respeito à instalação de uma plataforma desenvolvida pela empresa para recebimento de doações via internet. Procurada pela reportagem, a empresa não havia se manifestado até a publicação deste texto.

Veja

Opinião dos leitores

  1. Acho que o Ministro como todos seus colegas não tem autoridade moral nenhuma e quem os colocou lá ou está preso ou será. A autoridade que alegam ter perderam ao abusar da sociedade que os sustenta. A autonomia e independência que alegam não tem e só terão se autosustentarem, os BRASILEIROS cansaram de susterem incompetentes, injustos e vagabundos que trabalham contra os interesses de quem trabalha e produz, corporaçoes improdutivas estão com os dias contados. Nossa CF nos soubemos por que foi feita e em que circunstâncias e pertence aos 212 MILHÕES de brasileiros e a modificamos e refazemos de acordo com nossos interesses democráticos atuais. Somos donos do nosso destinos. Por outro lado lhes garanto que seria muito INTERESSANTE que vetassem o presidente, porque ai pela primeira vez na história fariamos uma revolução de VERDADE retirando todas as laranjas podres do PAÍS. Não se preocupem o ministro está só portando como um cusquinho vira latas, dando uma mijadinha aqui e lá para demarcar terreno como todos os outros tipo o do CNJ em relação ao Moro. São uns bostas sem moral e sem vergonha. Rejeitados por todos os BRASILEIROS se tivessem VERGONHA renunciaram.

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Brasil

Viagens do Conselhão custaram R$ 2,2 milhões ao governo Lula em 2 anos

Ricardo Stuckert/PR

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) gastou, nos últimos dois anos, R$ 2,2 milhões em viagens de membros do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, o chamado Conselhão.

Para onde foi o valor:

Dados obtidos pelo Metrópoles via Lei de Acesso à Informação, junto à Secretaria de Relações Institucionais da Presidência, apontam que, somadas 2023 e 2024, as viagens de conselheiros chegam a R$ 2,2 milhões.
Em 2023, foi desembolsado R$ 1,1 milhão, sendo que R$ 897 mil correspondem aos gastos com passagens e R$ 249 mil, em diárias.
Já no ano passado, as passagens somaram R$ 738 mil, enquanto as diárias ficaram em R$ 324 mil.
As viagens são pagas apenas aos membros do conselho que solicitam a verba de natureza indenizatória.
À reportagem, a SRI ressaltou que o conselho é composto por 249 membros, de diferentes unidades da federação e origens sociais diversas. Além disso, pontuou que, desde a recriação do colegiado, foram realizadas quatro reuniões plenárias, em Brasília, que demandam o deslocamento dos membros até a capital federal.

Em resposta ao pedido de acesso à informação, a SRI não detalhou quais membros do conselho fizeram uso do recurso, mas, de acordo com dados do painel de viagens do governo, conselheiros campeões de gastos passagens e diárias foram:

Ana Carolina Lima da Costa, advogada: R$27.026,23
Fernando Guimarães Rodrigues, coordenador da iniciativa Direitos Já!: R$20.047,49
Deyvid Souza Barcelar da Silva, coordenador da Federação Única dos Petroleiros (FUP): R$16.275,33
Elisa Vieira Wandelli, professora: R$15.897,03
João Carlos Nogueira, sociólogo: R$12.820,40

A SRI informou que, dentre os nomes mencionados, estão conselheiros que atuam no Comitê Gestor, responsável pela administração do Conselhão.”Suas reuniões acontecem de forma bimestral, tendo como consequência maior emissão de passagens nesses casos específicos”, diz a secretaria.

“Por último, faz-se necessário elucidar que a grande maioria das atividades do Conselhão, sobretudo no que se relaciona a seus grupos de trabalho e comissões, acontecem de modo remoto, sem qualquer tipo de impacto ao erário publico”, pontuou.

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Metrópoles

 

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Geral

Direita lidera pesquisas nas principais eleições no mundo em 2025


As eleições presidenciais marcadas para 2025 estão moldando um cenário global de migração política à direita. Pesquisas eleitorais nos 8 dos 9 principais países que vão às urnas este ano apontam para a vitória de candidatos conservadores. A ideologia do governo deve mudar em 5 destas nações.

Da América Latina à Europa e Oceania, os partidos conservadores e de direita mostram tendência de crescimento, impulsionados por incertezas econômicas e questões de imigração.

À medida que se aproximam as eleições, as preferências dos eleitores favorecem líderes deste espectro político, que, com promessas de segurança, estabilidade econômica e soberania, estão conquistando apoio significativo, superando candidatos de centro e de esquerda.

As tendências eleitorais apontam que:

Alemanha, Austrália, Noruega, Canadá e Chile estão vivenciando um movimento de direita, impulsionado por insatisfações com seus atuais governos de esquerda e de centro;
Dos 9 países analisados, somente Bolívia deve manter seu governo esquerdista;
Equador, Polônia e República Tcheca devem manter seus governos da direita.

Segundo o professor de Ciências Sociais José Pires Tupiná, especialista em Ciência Política, essa ascensão da direita é impulsionada por 2 principais fatores: insegurança econômica e preocupações com imigração.

Tupiná explica que uma das consequências da pandemia da covid-19 foi a redução das taxas de juros globalmente, o que resultou no aumento da inflação. “O nível de preços, é um dos fatores decisivos para a manutenção de um governo”, afirmou em entrevista ao Poder360.

Mesmo com o aumento da imigração no mundo, governos de esquerdas tendem a ser mais receptivos, “mas, isso pode gerar problemas, como crimes e conflitos culturais”, explicou. Com isso, muitos países estão optando por políticas mais restritivas sobre o tema.

A direita, então, mostra-se como uma resposta a esses desafios e apresenta promessas de ordem, segurança e nacionalismo.

IMPACTO NO G7

A mesma tendência à direita é esperada no G7. Em 2025 o grupo pode voltar a ter 5 líderes de direita. Seria o maior número desde 2011. Em relação ao ano passado, só a primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni (Irmãos da Itália, direita) e o presidente da França, Emmanuel Macron (Renascimento, centro) permanecem em seus respectivos cargos.

A mudança de 5 dos 7 líderes será a maior dança das cadeiras no grupo. Ainda não se sabe quem assumirá o governo na Alemanha e no Canadá. No entanto, os candidatos de centro-direita aparecem nas pesquisas como favoritos para ambos os pleitos.

Poder 360

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Política

Impasse por emendas pressiona votação do Orçamento e relação do Congresso em 2025

Bruno Spada/Câmara dos Deputados

Os desdobramentos ligados às emendas parlamentares, que ganharam espaço até durante o recesso do Legislativo, devem marcar o retorno de deputados e senadores em 2025. A menos de um mês para a volta, parte dos recursos indicados por comissões junto a estados e municípios segue bloqueada por decisão do ministro Flávio Dino, do STF (Supremo Tribunal Federal).

A posição do magistrado se manteve mesmo após pedidos do Senado para liberação dos recursos e protagoniza um novo capítulo entre a Corte e o Congresso. Discussões ligadas às emendas marcaram o segundo semestre de 2024, com impactos em votações e necessidade de negociação do próprio governo, e foram retomadas em dezembro.

A postura do Congresso em defender os envios parlamentares deve seguir ao longo dos próximos meses, sob comando dos futuros presidentes. A Câmara e o Senado trocam liderança a partir de fevereiro, em expectativas para eleição de Hugo Motta (Republicanos-PB), na Câmara, e Davi Alcolumbre (União-AP), no Senado.

O amplo consenso entre os nomes semanas antes do processo eleitoral é avaliado de forma positiva entre parlamentares, mas representa uma predominância do Centrão e pode aumentar a necessidade de negociações do governo, além da continuidade de embates com o Judiciário, conforme avalia o cientista político Lucio Rennó.

“O Legislativo vem sendo obrigado, através das ações da Suprema Corte e do ministro Flávio Dino, a deixar mais transparente o processo de tramitação, principalmente das emendas coletivas, de autor, bancada e comissão. Uma vez que se condiciona liberação de recurso, tanto Executivo quanto Legislativo ficam de mãos amarradas nesse processo”, afirma Rennó, que também é professor da UnB (Universidade de Brasília).

Orçamento de 2025

Ao serem confirmados, os novos nomes também terão a missão de concluir o Orçamento de 2025. A definição de recursos, que normalmente é estabelecida um ano antes, sofreu atrasos. A peça orçamentária só deverá ser aprovada entre fevereiro e março, como prioridade para garantir os gastos do ano. O governo alega não haver prejuízos com o atraso, mas deve pressionar para que o Orçamento seja prioridade após a eleição das mesas. Além dos recursos, há interesse político em definir futuros direcionamentos para emendas.

“Parlamentares vão se articular para tentar que seja resolvido o quanto antes, porque emendas ficaram represadas. Foram muitas demandas das bases eleitorais que não foram atendidas e, provavelmente, haverá pressão para aprovação e pagamento”, avalia Rennó.

Como apurou o R7, o processo depende ainda da análise de vetos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à LDO (Lei das Diretrizes Orçamentárias). Em um dos pontos, o mandatário interferiu para que o Executivo possa bloquear o pagamento de emendas em caso de falta de recursos. Os parlamentares defendem que direcionamentos sejam cumpridos.

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R7

 

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Brasil

Dimensão do impacto de mudanças da Meta em cenário eleitoral é incerto

Reprodução

Ainda é bastante incerto o impacto que as medidas anunciadas por Mark Zuckerberg, CEO da Meta, podem ter no cenário eleitoral brasileiro. Há diversas lacunas sobre a forma de implementação e pouca transparência sobre como a empresa já aplicava suas regras vigentes.

Apesar de ele ter prometido voltar atrás na política de redução de alcance de postagens políticas (chamadas na empresa de “conteúdo cívico”), é difícil prever se isso resultará, por exemplo, numa radicalização ainda maior do debate digital ou se algum campo político pode acabar mais beneficiado por novas mudanças no algoritmo.

A Meta é dona do Facebook, Instagram e WhatsApp. Na última terça-feira (7), Zuckerberg divulgou um vídeo anunciando mudanças em políticas de moderação de conteúdo da empresa, no que foi visto como um aceno ao presidente eleito dos EUA, Donald Trump. A decisão inclui o fim do programa de checagem de fatos —agora serão os usuários que incluirão correções em postagens que possam conter informações falsas, à semelhança do que ocorre no X (ex-Twitter).

O impacto da implementação das notas da comunidade também dependerá muito de como ela será colocada em prática —caso isso ocorra no Brasil.

Entre os pontos em aberto sobre as mudanças, está a forma como esse novo sistema seria criado, quem o comporia e como vieses ideológicos seriam mitigados.

Para além disso, um outro aspecto é o tipo de conteúdos para os quais esse sistema valeria. Hoje, por exemplo, posts de políticos e candidatos não estão dentro do escopo que pode ser analisado pelas agências de checagem, por exemplo.

Outro aspecto relevante é que também não há transparência sobre quais figuras públicas estão em programa que dá espécie de ‘tratamento diferenciado na moderação.

Um cenário que, por ora, se desenha com maior concretude é que, frente à retirada de parte das regras sobre gênero, grupos vulneráveis enfrentem um ambiente digital e de campanha mais violento.

Uma das atualizações passou a permitir, por exemplo, que usuários associem transexualidade e homossexualidade a doenças mentais.

A resolução do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) sobre propaganda eleitoral, por outro lado, traz amarras, de modo mais específico do que no restante da legislação, prevendo, por exemplo, a obrigatoriedade de que as empresas adotem medidas eficazes para mitigar certos riscos, entre eles o de violência política de gênero. Também estabelece a necessidade de políticas de conteúdo que busquem diminuir a circulação de desinformação.

Outra medida anunciada pela Meta que pode ter impacto é a retirada da detecção automatizada de “violações de baixa gravidade”, que dependeria então de denúncias de usuários para análise. Não está claro, porém, o que entraria nessa categoria.

A decisão da empresa vai no caminho contrário do que dizem especialistas, que apontam não para a necessidade de diminuir a automatização, dado o volume de posts a cada segundo, mas o de aumentar as equipes humanas de revisão, com conhecimento da língua e do contexto de cada país –a empresa não revela quantas equipes do tipo tem hoje.

Viktor Chagas, que é professor de comunicação da Universidade Federal Fluminense, afirma que, por causa da falta de transparência das redes, é um grande desafio tentar medir como se dá a atuação na remoção de conteúdo e em políticas de redução de alcance.

“Sempre foi uma grande caixa-preta, sempre tivemos uma dificuldade extrema de mensurar como é que esse tipo de política de moderação é aplicada”, diz. “A própria definição do que é um conteúdo político, entre os próprios pesquisadores, certamente não seria um consenso assim tão simples.”

Mariana Carvalho, professora da FGV Comunicação Rio, avalia que ainda será preciso entender como as novas regras irão impactar a moderação, mas prevê que o combate à desinformação será mais difícil. Ela ressalta, por outro lado, a dificuldade em fazer estudos sobre o impacto de mudanças, com a crescente dificuldade no acesso a dados pelas plataformas.

Sobre a restrição a conteúdos sobre política, ela diz que é difícil mensurar o quanto a limitação fazia sentido no período eleitoral, em que há grande interesse sobre o assunto.

No ano passado, essa política chegou a ser elencada, com destaque para o aspecto da transparência, entre os motivos da abertura de uma investigação pela União Europeia contra a plataforma. Em 2022, quando ela já estava em vigor, o Brasil viveu uma campanha bastante radicalizada, que culminaria nos ataques de 8 de janeiro.

Um dos efeitos já anunciados nos EUA, e que deve ser replicado em outros lugares no mundo, é que mesmo conteúdos políticos de contas que um usuário não segue passarão a ser recomendados.

Em 2024, essa possibilidade já estava disponível nas configurações. Mas ficou restrita no Brasil durante o período eleitoral devido a uma regra do TSE, prevendo que contas de candidatos não poderiam ser recomendadas.

Carlos Affonso Souza, diretor do ITS (Instituto de Tecnologia e Sociedade) e advogado, considera que ainda é cedo para entender o quanto o que foi anunciado vai afetar o debate eleitoral. Ressalta, por outro lado, que, com as resoluções do TSE, já há um caminho mais bem traçado para lidar com a empresa.

Entre as incertezas, ele destaca que não se sabe se violações de baixa gravidade —e que passariam a depender de denúncias de usuários para moderação— incluiriam conteúdos sobre integridade eleitoral e produzido por inteligência artificial. E aposta que, para 2026, o TSE deve criar regras sobre o uso de notas de comunidade para moderação, assim como tratou de inteligência artificial no ano passado.

Um ponto de atenção é qual será a postura sobre o tema do ministro Kassio Nunes Marques, indicado por Jair Bolsonaro (PL) para o STF (Supremo Tribunal Federal) e que será o próximo relator do processo de atualização das resoluções eleitorais e presidente do TSE durante o pleito de 2026.

Também eventual finalização do julgamento no STF sobre a responsabilidade das plataformas pode vir a colocar mais barreiras ao que Zuckerberg promete alterar.

Questionada quanto à aplicação das medidas no Brasil, se as restrições de posts de políticos para checagem seriam repetidas no modelo de notas da comunidade e sobre a existência de relatórios sobre como vem aplicando sua política sobre conteúdo político, a Meta se restringiu a enviar o link do anúncio da última semana.

Folha de São Paulo

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Mundo

Governo Lula ‘lamenta’ prisão de opositores na Venezuela, mas também saúda ‘gestos de distensão’ de Maduro

ZURIMAR CAMPOS / Presidência Venezuelana / AFP

No texto, o Itamaraty também fala em reconhecer “os gestos de distensão pelo governo Maduro” e cita a liberação de 1.500 detidos nos últimos meses e a reabertura do Escritório do Alto Comissário de Direitos Humanos das Nações Unidas em Caracas.

“O governo brasileiro deplora os recentes episódios de prisões, de ameaças e de perseguição a opositores políticos”, afirma o texto. “O Brasil registra que, para a plena vigência de um regime democrático, é fundamental que se garantam a líderes da oposição os direitos elementares de ir e vir e de se manifestar pacificamente com liberdade e com garantias à sua integridade física”, acrescenta.

A fronteira por terra entre Brasil e Venezuela está fechada por decisão de Caracas. A passagem entre os dois países fica na cidade de Pacaraima, em Roraima. O Itamaraty recomendou que “em caso de emergência, cidadãos brasileiros poderão acionar os plantões consulares da Embaixada do Brasil em Caracas”.

Nota foi discutida desde a quinta-feira

A nota do Itamaraty já vinha sendo discutida pelo governo desde quinta-feira, quando assessores da líder da oposição, María Corina Machado, denunciaram que ela foi detida por forças de segurança enquanto participava de protestos. Ela foi solta em seguida.

O governo tentou primeiro buscar informações sobre a detenção, e acabou decidindo divulgar a nota após a posse de Nicolás Maduro, apesar de evidências confiáveis de que seu oponente, Edmundo Gonzàlez Urrutia, venceu as últimas eleições e em meio a protestos contra o objetivo do chavista de permanecer mais seis anos no poder. A posse foi organizada pela Assembleia Nacional, também controlada pelo partido governista, no Palácio Federal Legislativo, em Caracas.

O governo brasileiro considera que o debate sobre a ilegalidade da gestão de Maduro vai perder a força a partir da posse do ditador. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), aliado antigo de Maduro, ainda não reconheceu a vitória do venezuelano, e enviou à posse a embaixadora do Brasil no país, Glivânia Maria de Oliveira.

O gesto é tido como protocolar e o suficiente para manter a relação diplomática entre os dois países, mas sem legitimar o governo venezuelano. A relação entre os dois países ficou abalada em meio ao processo eleitoral. O estopim foi quando o país ameaçou tornar o assessor especial da presidência da república Celso Amorim “persona non grata”. Desde então, a Venezuela tem tentado colocar panos quentes e promover uma reaproximação. A avaliação agora é que é preciso esperar para ver como será o novo mandato.

A posse de Maduro ocorre apenas horas após centenas de manifestantes contrários ao governo tomarem as ruas da capital — e de assessores da líder da oposição, María Corina Machado, denunciarem que ela foi brevemente detida por forças de segurança enquanto participava do protesto. Após meses sem aparições públicas, a popular ex-deputada, proibida pelo governo de se candidatar a cargos públicos, esteve nas ruas para exigir que o candidato da oposição, o ex-diplomata Edmundo González Urrutia, assuma a Presidência.

Oposição qualificou posse como golpe de Estado

A oposição qualificou a posse do governante como “golpe de Estado”. Em comunicado, a principal coalizão opositora, a Plataforma Unitária, disse: “Com a usurpação do poder por parte de Nicolás Maduro (…), apoiado pela força bruta e desconhecendo a soberania popular expressa de forma contundente em 28 de julho passado, consumou-se um golpe de Estado. González Urrutia é quem deve ser empossado”.

O governo brasileiro foi representado por sua embaixadora em Caracas, Gilvânia Maria de Oliveira — uma delegação de nível inferior à enviada para a posse do ultraliberal Javier Milei na Argentina.

A administração Lula continuará sem reconhecer Maduro ou González Urrutia como presidente, embora resista romper completamente as relações diplomáticas com o país vizinho, com quem divide enorme fronteira em região estratégica da Amazônia.

Ao lado dos presidentes colombiano e mexicano, o petista investiu capital político em uma saída diplomática negociada com a oposição, mas o líder chavista rejeitou qualquer concessão.

Apesar da nota do Itamaraty, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva manteve o silêncio sobre a posse do ditador Nicolás Maduro para seu terceiro mandato na Venezuela. O vice-presidente, Geraldo Alckmin, e ministros de partidos de centro e centro-direita criticaram mais um mandato do presidente que assumiu sob suspeitas de fraude nas eleições. Já setores do PT e do Movimento sem Terra (MST) foram prestigiar o venezuelano.

Entre os petistas presentes estavam o historiador Valter Pomar e Mônica Valente, ambos secretários-executivos do Foro de São Paulo. O também PT enviou outros dois filiados: Camila Moreno e Vera Lúcia Barbosa. Dois dias antes eles haviam participado do “Festival Mundial Internacional Antifascista”.

O governo Lula não reconheceu a vitória de Maduro sobre o opositor Edmundo González Urrutia, porque as atas eleitorais que comprovariam o resultado jamais foram apresentadas. Na avaliação do governo Lula, Maduro não cumpriu o que prometeu no Acordo de Barbados, quando representantes do governo e da oposição venezuelana se comprometeram, no fim de 2023, com eleições livres, justas, transparentes e aceitas por todos.

O Brasil também barrou a entrada da Venezuela no Brics, bloco formado por nações em desenvolvimento, que inclui países como China, Rússia e Brasil.

O chanceler Mauro Vieira vem reforçando que “o Brasil não reconhece governos, reconhecemos Estados”. Motivo pelo qual Lula teria decidido permitir a ida da embaixadora do Brasil em Caracas, Glivânia Oliveira, para a cerimônia de posse de Nicolás Maduro. Ela já fica na cidade.

O vice-presidente, Geraldo Alckmin, lamentou a posse de Maduro, mesmo sem as provas de que ele tenha sido de fato eleito.

— Lamentável, né. O Brasil não reconheceu a vitória de Maduro. A democracia civilizatória precisa ser fortalecida — disse em um café no Palácio do Planalto.

O ministro dos Transportes, Renan Filho, afirmou, em publicação no X, que “a tomada do governo pela força bruta e sem legitimidade precisa ser condenada por todos defensores da democracia”, e que repudia o “truculento regime que se impõe mais uma vez hoje” com a posse de Maduro, a quem chamou de “ditador incansável”.

Já o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, também usou as redes para repudiar a posse do venezuelano, afirmando que o evento é “um ataque aos princípios democráticos”, e que o povo do país “merece liberdade e um futuro de paz e prosperidade”.

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), também se manifestou nas redes sociais e disse que “a posse de Nicolás Maduro afronta a vontade do povo venezuelano e deve ser repudiada, com medidas políticas e econômicas, para que ditaduras não se sintam legitimadas”.

“O governo brasileiro acompanha com grande preocupação as denúncias de violações de direitos humanos a opositores do governo na Venezuela, em especial após o processo eleitoral realizado em julho passado.

Embora reconheçamos os gestos de distensão pelo governo Maduro – como a liberação de 1.500 detidos nos últimos meses e a reabertura do Escritório do Alto Comissário de Direitos Humanos das Nações Unidas em Caracas, o governo brasileiro deplora os recentes episódios de prisões, de ameaças e de perseguição a opositores políticos.

O Brasil registra que, para a plena vigência de um regime democrático, é fundamental que se garantam a líderes da oposição os direitos elementares de ir e vir e de manifestar-se pacificamente com liberdade e com garantias à sua integridade física.

O Brasil exorta, ainda, as forças políticas venezuelanas ao diálogo e à busca de entendimento mútuo, com base no respeito pleno aos direitos humanos com vistas a dirimir as controvérsias internas.”

O Globo

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Polícia

Polícia Civil de SP prende suspeito de chefiar ataque a tiros a assentamento no MST que deixou dois mortos

Foto: Jorge William/ 14-08-2018

A Polícia Civil de São Paulo informou ter prendido, neste sábado, um homem suspeito de chefiar um ataque a tiros a um assentamento do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) no acampamento Olga Benário, em Tremembé (SP). O crime ocorrido na noite de sexta-feira deixou pelo menos dois mortos e outros seis feridos.

O homem preso é conhecido como “Nero do Piseiro”, e já tinha passagem por porte ilegal de arma de fogo. Ele foi reconhecido por testemunhas. Segundo nota da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, a motivação teria sido um desentendimento sobre a negociação de um terreno dentro da área de assentamento.

Os criminosos teriam adentrado o local por volta das 23h da noite desta sexta-feira, utilizando cinco carros e duas motos, e dispararam contra as vítimas, que estavam em um espaço coletivo.

Valdir do Nascimento, conhecido como Valdirzão, 52 anos, e Gleison Barbosa de Carvalho, de 28 morreram no local. Os demais atingidos, com idades entre 18 e 49 anos, receberam atendimento no pronto-socorro de Tremembé e no Hospital Regional de Taubaté, municípios da região do Vale do Paraíba.

De acordo com MST, entre os feridos, um recebeu alta hospitalar. Dos cinco na unidade de saúde, Denis Barbosa de Carvalho, de 29 anos, atingido na cabeça, está em coma induzido.

O Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) determinou hoje que a Polícia Federal (PF) instaure um inquérito para investigar o ataque. No ofício enviado à PF, segundo o Palácio do Planalto, o ministro em exercício, Manoel Carlos de Almeida Neto, cita a violação a direitos humanos. Uma equipe da PF, com agentes, perito e papiloscopista foi deslocada para o local.

O MST de São Paulo classificou a ação como um “massacre” e criticou a “falta de políticas públicas de segurança nos territórios da reforma agrária”. O ministro de Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira (PT), por sua vez, declarou nas redes sociais que o crime é “gravíssimo” e cobrou providências. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva repostou a publicação de Teixeira.

Comandado por Teixeira, o Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar publicou nota oficial de repúdio sobre o acontecimento.

“O MDA repudia o crime e manifesta solidariedade e apoio aos assentados da reforma agrária, especialmente às famílias de Valdir do Nascimento e do jovem Gleison Barbosa Carvalho, brutalmente assassinados neste caso”, destaca publicação no site oficial do órgão.

Políticos de diversas legendas, especialmente de esquerda, se manifestaram sobre o ataque nas redes sociais. Presidente do PT, a deputada Gleisi Hoffmann postou em seu perfil no X: “Violência inadmissível que não pode ficar impune. Toda solidariedade às famílias do Olga Benário.”

O Globo

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Geral

RN ultrapassa marca de mil doadores de medula óssea

Imagem: reprodução/REDOME

O transplante de medula óssea é um procedimento essencial que pode salvar vidas de pessoas acometidas com cerca de 80 doenças, como leucemias, linfomas e síndromes de imunodeficiência. No Brasil, o número de doadores registrados tem crescido significativamente, refletindo um aumento na conscientização sobre a importância desse ato.

Segundo dados do Ministério da Saúde, apenas no Rio Grande do Norte, o estado passou de 572 doadores em 2023 para 1.074 cadastrados no Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (REDOME) até o primeiro semestre de 2024. No país, o quantitativo alcança mais de 5,5 milhões.

A médica hematologista Valquíria Bandeira destaca que, mesmo diante do avanço no número de doadores, a busca por um doador compatível ainda representa um grande desafio para os pacientes. “A maior dificuldade que o paciente oncológico enfrenta é encontrar o doador ideal, seja entre os familiares ou através do banco de doadores, como o REDOME”, explica a médica. Atualmente, mais de 650 pessoas no Brasil aguardam por um doador. “Quanto mais doadores cadastrados, mais chances um paciente tem de encontrar a compatibilidade necessária para o transplante”.

A medula óssea é o tecido esponjoso encontrado no interior de alguns ossos, responsável pela produção das células sanguíneas (glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas). Quando a medula não consegue produzir essas células devido a doenças como leucemia, anemia aplástica ou linfoma, o transplante de medula óssea pode ser a única esperança para a cura. Este procedimento consiste na substituição da medula doente ou deficiente por uma saudável, doada.

“A busca de um doador compatível geralmente começa com os familiares, que se inicia com irmãos e pode também ser feita com os pais. Não tendo o doador aparentado ideal, ou seja, fazendo o exame de compatibilidade e não tendo esse doador na família possível, a gente vai para o banco de doadores brasileiro e também mundial, que é o REDOME, com os doadores não aparentados”, explica a médica hematologista especialista em transplante de medula óssea.

Como se tornar um doador?

Para se tornar um doador de medula óssea, basta ter entre 18 e 35 anos, estar em boas condições de saúde e realizar um simples exame de sangue para verificar a compatibilidade genética com pacientes que necessitam do transplante. O cadastro pode ser feito diretamente nos hemocentros ou por meio do aplicativo REDOME, que facilita o processo de inscrição e o acompanhamento das etapas.

Em Natal, dois hemocentros são cadastrados pelo REDOME para a doação voluntária de medula óssea. O Hemonorte, localizado na Avenida Almirante Alexandrino de Alencar, 1800, no bairro Tirol, funciona de segunda a sábado, das 7h às 18h. Já o outro ponto é a Hemovida, localizada na Avenida Nilo Peçanha, 199, no bairro Petropólis, com atendimentos de segunda a sexta-feira, das 8h às 16h.

Tribuna do Norte

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Geral

Lula manda ministro acompanhar investigação sobre mortes em acampamento do MST

Foto: Júlia Dolce

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) enviou o ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, para acompanhar as investigações do ataque ao assentamento Olga Benário do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) em Tremembé, no Vale do Paraíba, interior de São Paulo, ocorrido na noite da última sexta-feira (10).

O Ministério da Justiça e Segurança Pública determinou neste sábado (11) que a Polícia Federal (PF) instaure um inquérito para investigar o ataque.

No ofício enviado à PF, o ministro em exercício, Manoel Carlos de Almeida Neto, cita a violação a direitos humanos. De acordo com a pasta, uma equipe da PF, com agentes, perito e papiloscopista foi deslocada para o local.

“O Ministério da Justiça e Segurança Pública determinou, neste sábado, 10 de janeiro, que a Polícia Federal instaure um inquérito para investigar o ataque ao assentamento Olga Benário, do MST, em Tremembé, no interior de São Paulo”, disse Lula em publicação no X.

Em publicação no mesmo aplicativo, o ministro Paulo Teixeira afirmou que está a caminho de Tremembé.

“Indo a Tremembé, a pedido do presidente Lula, para acompanhar as investigações do atentado que levou a óbito três agricultores do assentamento Olga Benário. No total foram oito atingidos”, afirmou o ministro.

O ataque

O ataque, segundo o MST, deixou três pessoas mortas e outras cinco feridas.

Gleison Barbosa, de 28 anos, Denis Carvalho, de 29 e Valdir Nascimento, de 52, morreram. As demais vítimas estão hospitalizadas no Hospital Regional de Taubaté e no Pronto Socorro de Tremembé.

De acordo com o MST, 10 criminosos entraram no Assentamento Olga Benário com cinco carros e duas motos, atirando contra os assentados.

Um homem foi abordado no local e preso em flagrante por porte ilegal da arma, informou a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo.

Em nota, o MST afirma que “o local enfrenta uma intensa disputa com a especulação imobiliária voltada para o turismo de lazer, devido à sua localização estratégica na região do Vale do Paraíba”.

O movimento informou também que as famílias assentadas sofrem ameaças constantes, mesmo após denúncias às autoridades.

CNN Brasil

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Geral

Exército de Israel autoriza plano de retirada em Gaza, e Netanyahu envia delegação ao Catar para negociar cessar-fogo

Foto: Sergey Ponomarev/The New York Times

As Forças Armadas de Israel aprovaram planos para a rápida retirada de tropas de grandes áreas da Faixa de Gaza, informou o jornal israelense Haaretz neste sábado. A divulgação ocorre no mesmo dia em que o primeiro-ministro do Estado judeu, Benjamin Netanyahu, anunciou que uma delegação de altos funcionários liderada pelos chefes do Mossad, a agência de inteligência israelense, e do Shin Bet, o serviço de segurança interna israelense, viajará ao Catar para negociações sobre um cessar-fogo e a libertação dos reféns mantidos no enclave.

Segundo o Haaretz, o Exército examinou “várias opções” para a retirada de tropas de Gaza, incluindo por meio do corredor de Netzarim, que divide o território em dois. As Forças Armadas de Israel explicaram que têm capacidade para evacuar os soldados da área, apesar das numerosas infraestruturas e posições que estabeleceu lá. O órgão também esclareceu que está pronto para implementar qualquer acordo feito pelo governo, inclusive um que faria o Exército precisar retirar rapidamente suas tropas da Faixa de Gaza, acrescentou o veículo israelense.

O anúncio de Netanyahu sobre o envio da delegação ocorreu após o premier se reunir em Jerusalém com Steve Witkoff, o enviado especial do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, para o Oriente Médio. Antes de chegar a Israel, Witkoff esteve em Doha, onde se encontrou com o primeiro-ministro Mohammed al-Thani. A viagem do americano tem como objetivo pressionar Israel, o grupo terrorista Hamas e os países mediadores a avançarem nas negociações em direção a um acordo, reiterando os apelos de Trump para alcançar um cessar-fogo antes de retomar ao cargo, em 20 de janeiro.

“Ao final da reunião [com Witkoff], o primeiro-ministro instruiu o chefe do Mossad, o chefe do Shin Bet, o general da reserva Nitzan Alon e seu conselheiro de política externa, Ophir Falk, a viajar para Doha para promover um acordo para a libertação de nossos reféns”, assinalou o gabinete de Netanyahu em comunicado.

A decisão foi bem recebida pelo Fórum das Famílias dos Reféns, organização civil criada para auxiliar as vítimas do atentado.

Apenas um breve cessar-fogo foi alcançado em 15 meses de guerra, e isso nas primeiras semanas de combate. As conversas, mediadas pelos EUA, Egito e Catar, têm enfrentado repetidos impasses desde então. Conforme publicado pela agência Associated Press, está em discussão um cessar-fogo em fases, com Netanyahu sinalizando estar comprometido apenas com a primeira delas, uma libertação parcial de reféns em troca de uma pausa de várias semanas nos combates.

As negociações indiretas entre Israel e o Hamas foram retomadas no último fim de semana no Catar e têm o objetivo de estabelecer um cessar-fogo em Gaza. Até então, porém, o Estado judeu não foi representado por altos funcionários. As conversas se concentram na libertação dos reféns sequestrados durante o ataque sem precedentes do grupo palestino ao território israelense em 7 de outubro de 2023, que desencadeou a guerra atual. Na ocasião, cerca de 1,2 mil pessoas foram mortas e outras 250 foram feitas reféns. Desses, 96 ainda estão mantidos no enclave, das quais 34 foram declaradas mortas pelo Exército israelense.

A guerra de retaliação de Israel contra o grupo palestino em Gaza, por sua vez, já matou mais de 45,8 mil palestinos, de acordo com o Ministério da Saúde do território. Ele não diz quantos eram combatentes, mas afirma que mulheres e crianças constituem mais da metade das fatalidades. Por sua vez, o Exército israelense diz, sem fornecer evidências, que matou mais de 17 mil membros do grupo.

O Globo com AFP

Opinião dos leitores

  1. Até que enfim, o campo de concentração de Gaza, será devolvido aos palestinos, 50 mil mortos depois do criminoso ato do Hamas. Um erro não justifica um extermínio de uma nação. Já basta para os palestinos viverem em uma prisão a céu aberto. Israel, mantém Gaza como um campo de concentração, semelhante aos que eles viveram na segunda guerra, e com certeza eles não gostaram, mas hoje em pleno século XXI, fazem o mesmo com os palestinos, e com apoio de grande parte dos países “civilizados” ocidentais.

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Geral

VÍDEO: Engorda da praia de Ponta Negra atinge 90% de conclusão e se aproxima do Morro do Careca

Imagens: Canal ‘Live Cam Natal’ no YouTube

A obra de engorda da Praia de Ponta Negra, em Natal, está 90% concluída, o que representa 4,05 km, segundo o titular da Secretaria de Meio Ambiente e Urbanismo (Semurb), Thiago Mesquita. A expectativa é que a obra seja finalizada até o dia 31 de janeiro. “A previsão é que iremos finalizar 100% da obra até o final de janeiro. Já foram colocados um pouco mais de 1 milhão de m³ de areia transportados por meio de aterro hidráulico”, disse o secretário da Semurb.

De acordo com o secretário da Semurb, Thiago Mesquita, o serviço avançou de forma constante desde a retomada, em setembro, após uma breve paralisação. “O aterro hidráulico já está muito próximo do Morro do Careca. Faltam cerca de 600 metros para chegarmos até lá”, afirmou. O ponto de referência atual do aterro está localizado próximo à descida da rua Erivan França, um dos acessos mais utilizados pelos frequentadores da praia.

Concluída a obra de engorda, o próximo plano da Prefeitura de Natal será a urbanização da orla de Ponta Negra. Segundo Mesquita, o projeto de um novo calçadão já está nos planos, mas dependerá do tempo necessário para que o solo do aterro hidráulico se consolide. “Precisamos de aproximadamente dois anos para que o material colocado na praia estabilize, garantindo que a estrutura não ceda com o tempo”, explicou.

Nesse período, a Prefeitura pretende avançar na elaboração dos projetos executivos e obter as licenças necessárias para iniciar as obras de urbanização. “Nossa ideia é promover um concurso público para selecionar o melhor projeto para a nova orla, garantindo que a intervenção seja feita de forma moderna, sustentável e que respeite as características naturais da região”, destacou o secretário.

Segundo Thiago Mesquita, enquanto a urbanização não é iniciada, o município continuará investindo na manutenção da nova faixa de areia e no ordenamento das atividades na praia. “As ações envolvem a limpeza diária do local, especialmente do aterro hidráulico, e a continuidade da fiscalização para garantir que as regras sejam cumpridas. Estamos sendo muito elogiados pelo processo de ordenamento. Conseguimos organizar a praia sem prejudicar quem depende dela para trabalhar e, ao mesmo tempo, oferecendo mais segurança e conforto para os frequentadores”, afirmou Mesquita.

A manutenção da infraestrutura da orla após a conclusão da obra também está no radar da Prefeitura. Segundo a secretária da Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seinfra), Shirley Menezes, o contrato de manutenção da orla já existe e está sendo adequado para atender a nova demanda decorrente do aumento do fluxo de pessoas na praia.

‘Nós já temos um contrato de manutenção. Ele abrange calçadas, escadarias, o deck e a parte da areia. Esse contrato já está sendo adequado justamente para atender essa nova demanda após engorda, com aumento do fluxo de pessoas. Então, nós já estamos tomando essas providências. A previsão é de que até a conclusão do aterro hidráulico, agora no final do mês, nosso contrato com essa abrangência já esteja vigente”, afirmou.

Além da intervenção para ampliar a faixa de areia, a Prefeitura de Natal já iniciou o processo de ordenamento da orla. Segundo Thiago Mesquita, o reordenamento de Ponta Negra vem sendo realizado de forma gradual nos últimos anos e envolve várias etapas, como o cadastro de trabalhadores, o zoneamento da praia e a fiscalização contínua. “Primeiro, fizemos o cadastro de todos os profissionais que atuam na praia, divididos em quatro categorias: ambulantes, locadores, quiosqueiros e rendeiras. Esse cadastro foi congelado, ou seja, novos trabalhadores não podem entrar sem autorização do município”, explicou.

Tribuna do Norte

Opinião dos leitores

  1. Sensacional!!!
    Ponta negra de volta a os braços dos Natalenses.
    Vamos voltar aos bons tempos com certeza.
    Vamos revitalizar a nossa ponta negra, linda e maravilhosa.

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