Polícia

BNDES: Delação de Palocci detalha esquema mundial criminoso do PT; total de 489 milhões de reais

NEGÓCIO FECHADO – Celso Amorim, Lula e John Kufuor, em Gana, em 2008: acertos combinados nas missões no exterior  (Valter Campanato/Agência Brasil)

Homologada recentemente pela Justiça Federal e com detalhes antecipados pela coluna Radar, de VEJA, a delação de Antonio Palocci, ex-ministro da Fazenda e da Casa Civil nos governos Lula e Dilma, traz no capítulo 21 uma descrição completa do esquema de roubalheira internacional montado pelo PT para obras realizadas em países como Gana, Venezuela, Cuba e Angola. Lula fazia os acertos com as autoridades estrangeiras e mandava a conta para o BNDES. Em troca dos juros camaradas do banco e do acesso aos mercados de fora, as empreiteiras superfaturavam o trabalho para poder irrigar o caixa petista com o pagamento de propinas. Antes da assinatura dos contratos já se sabia que muitos dos governos amigos não pagariam a conta. E como essa fatura tem sido quitada até hoje? Com o seu, o meu, o nosso dinheiro. Alguns projetos nem foram finalizados. Ficaram no lucro as construtoras e, é claro, o PT.

Segundo pessoas que tiveram acesso à delação e foram entrevistadas por VEJA, embora careça de provas, o testemunho de Palocci contém as peças que faltavam no quebra-cabeça da pilhagem nas obras internacionais do BNDES, abrindo essa parte da caixa-­preta do banco. Ele mesmo uma peça importante no esquema, intermediando conversas com as construtoras envolvidas, o ex-ministro conta como as ordens de Lula chegavam, qual era a exata divisão do butim entre as empreiteiras e o porcentual de propina cobrado em cada projeto. Todas essas informações permaneciam inéditas, assim como a soma da roubalheira. Somente nesse pacote de contratos no exterior firmados entre 2010 e 2014, as empreiteiras nacionais faturaram mais de 10 bilhões de reais e pagaram propinas ao PT no valor total de 489 milhões de reais.

O CAMINHO DO COFRE – Estrada da Andrade Gutierrez, em Gana, e detalhe do documento de liberação: a obra rendeu ao PT cerca de 10 milhões de reais (Google Street View/Reprodução)

O esquema no BNDES era complexo e, diferentemente do que ocorria no mensalão e no petrolão, sua operação ficava restrita à alta cúpula do partido. Tudo começava com uma visita de Lula a um mandatário amigo, como o angolano José Eduardo dos Santos ou o ganês John Kufuor. O petista e os presidentes companheiros fechavam um compromisso de ajuda financeira e, ato contínuo, representantes do famoso clube das empreiteiras — Odebrecht, Queiroz Galvão, Andrade Gutierrez, OAS — visitavam os gabinetes dessas autoridades no exterior por meio de missões organizadas pelo Itamaraty e fechavam projetos a ser financiados pelo BNDES. O presidente do banco — primeiro Guido Mantega, depois Luciano Coutinho — aprovava o repasse da verba. Na sequência as construtoras entravam com processo a fim de obter os seguros necessários para tocar os trabalhos por meio do Fundo de Garantia à Exportação (FGE), os quais eram aprovados prontamente pelos ministros da Camex. As empreiteiras, então, pagavam ao PT e às autoridades dos países onde haviam conseguido o projeto. Parte do esquema já tinha sido revelado pelas delações de Marcelo Odebrecht e Otávio Marques de Azevedo, da Andrade Gutierrez.

Do total de 489 milhões de reais em propinas pagas à alta cúpula petista entre 2009, no fim do segundo mandato de Lula, e 2014, ano em que culminou a reeleição de Dilma Rousseff, 364 milhões vieram da Odebrecht. Mais 100 milhões de reais saíram dos contratos da Andrade Gutierrez, que pagava um “pedágio” de 1% em cada um deles. A Queiroz Galvão tinha um acordo diferente: superfaturava em 10% suas obras, que renderam 25 milhões de reais ao esquema petista. Nunca na história deste país havia se montado uma estrutura tão grande e complexa para arrecadar propinas com obras no exterior com a ajuda do BNDES.

CALOTE – Fachada do Aeroporto de Nacala, em Moçambique: o país africano ainda não pagou a obra feita pela Odebrecht (Brunno Fernandes/VEJA)

A pedra fundamental da roubalheira foi lançada em 15 de dezembro de 2009, quando quatro ministros, um secretário e dois assessores especiais sentaram-se à mesa da sala contígua ao gabinete de Miguel Jorge, então chefe da pasta do Desenvolvimento. Além de Jorge, que comandava a Camex, estavam presentes os ministros Paulo Bernardo (Planejamento), Antônio Patriota (Itamaraty) e Reinhold Stephanes (Agricultura); o secretário Nelson Machado (Fazenda); e os assessores Laudemir Müller (Desenvolvimento Agrário) e Sheila Ribeiro (Casa Civil). Na tarde daquela terça-feira, os oito aprovariam financiamentos estapafúrdios para Odebrecht, Andrade Gutierrez e Queiroz Galvão em quatro países: Cuba, Gana, Moçambique e Nicarágua. O custo dos projetos discutidos naquele dia somava 1,2 bilhão de dólares — em valores atualizados, aproximadamente 4,8 bilhões de reais. Todos renderam depois propinas ao PT e nenhum deles possuía justificativa técnica para ser aprovado.

Para Gana, país que quatro anos antes fora visitado por Lula e agraciado com uma linha de crédito no BNDES, foi aprovado o financiamento de 250 milhões de dólares para uma hidrelétrica que, um mês depois, soube-se que era impossível construir. A área de alagamento da barragem ultrapassaria a fronteira com o vizinho Togo, que não havia sido consultado. O contratempo não atrapalhou os planos de ninguém. Alguns meses depois, a obra foi simplesmente substituída por uma estrada de terra de 100 quilômetros, com o custo reduzido em exíguos 10 milhões de dólares. Ou seja, o negócio custou apenas 4% do valor de uma usina. A roubalheira era descarada e desafiava a lógica.

VERGONHA – Rio Grande de Matagalpa, na Nicarágua, obra financiada pelo BNDES devido à intervenção do governo (no detalhe do documento oficial): a hidrelétrica que deveria ser feita ali pela Queiroz Galvão nunca saiu do papel (./.)

Como isso foi aprovado? A Andrade Gutierrez justificou o alto valor com dois tópicos: “benefícios e despesas indiretas”, o que correspondia a 33% do total, e “contingências e custos comerciais”, o equivalente a 7%. O corpo técnico do BNDES questionou a empresa sobre o que, exatamente, significavam as duas rubricas. A desculpa apresentada — e prontamente aceita pelos ministros da Camex — foi que os custos eram “compatíveis com as dificuldades com que as empresas estrangeiras podem se defrontar na operação em um novo mercado”. Na verdade, todas as reuniões e trocas de memorandos não passavam de jogo de cena. Já se sabia desde o começo que o negócio deveria ser autorizado, por mais absurdo que fosse. A prioridade, agora se confirma, era encher o caixa do PT.

A Odebrecht conseguiu aprovar um aditivo de 128 milhões de dólares para a construção da zona de desenvolvimento ao redor do célebre Porto de Mariel, em Cuba, e mais 300 milhões de dólares para duas obras em Moçambique: o Aeroporto de Nacala (entregue em 2014) e o Porto da Beira (que jamais saiu do papel). A hidrelétrica Tumarín, um projeto da Queiroz Galvão que contaria com a participação da Eletrobras para a construção na Nicarágua — uma promessa pessoal de Lula ao presidente Daniel Ortega —, não se materializou. O problema é que nem o regulamento do BNDES (por falta de garantias) nem a Eletrobras (por se tratar de um investimento no exterior) permitiam a empreitada, avaliada em 512 milhões de dólares. Mas um recado da Casa Civil, à época chefiada por Dilma Rousseff, destravou o negócio: “A Presidência da República tem todo o interesse nesse empreendimento”.

CARTÃO-POSTAL – Porto de Mariel, em Cuba: obras na ilha integraram pacote de propinas da Odebrecht fechado com Lula (Yamil Lage/AFP)

Digitais da negociata foram detectadas pela primeira vez por uma investigação iniciada nos Estados Unidos, onde a Eletrobras teve a transação de seus papéis na bolsa de Nova York interrompida justamente por suspeita de fraude. A empresa perdeu mais de 600 milhões de reais devido aos esquemas criminosos em que se envolveu. Para se livrar do imbróglio, a companhia precisou contratar, ao custo de mais de 400 milhões de reais, o escritório Hogan Lovells, que detectou mais de 200 milhões de reais em propinas — só na construção-fantasma de Tumarín foram 25 milhões de reais.

Mas por que esses financiamentos eram liberados na Camex, e não dentro do próprio BNDES? A explicação: quem aprova ou reprova a liberação de verbas do banco a projetos internacionais é o Comitê de Financiamento e Garantia das Exportações (Cofig), formado por representantes técnicos e políticos. No entanto, as regras do órgão dizem que a aprovação dos repasses precisa ser unânime, e seus integrantes, quando deparavam com projetos, digamos, suspeitos, jogavam os processos para a Camex. Nas trinta atas obtidas por VEJA com exclusividade, que cobrem as reuniões entre 2007 e 2011, nenhum financiamento foi recusado.

NO ESQUEMA – Guido Mantega e Antonio Palocci: a roubalheira era comandada pela alta cúpula do governo petista (Ueslei Marcelino/Reuters)

O caso mais famoso envolve um dos grandes filões internacionais da Odebrecht: Angola. O país, que era comandado por José Eduardo dos Santos desde 1979, absorvia 19% de todas as exportações de engenharia feitas pelo Brasil até 2009 — um valor que já superava 1 bilhão de dólares. A Odebrecht era dona de 85% dessa carteira — e queria mais. O Cofig teimava em dizer que Angola não dispunha mais de crédito perante o Brasil, pois o país estava inadimplente com o BNDES. Lula não queria saber. Ele receberia o ditador angolano em Brasília e pretendia, no final do encontro, anunciar a extensão da linha de crédito. Em agosto de 2010, há a aprovação de mais 200 milhões de dólares em crédito para o país africano, e Lula recebeu um forte abraço de seu amigo.

O apetite da Odebrecht era tão grande que já incomodava Palocci. Apesar de ser ele o arrecadador oficial da campanha de Dilma Rousseff, foi Paulo Bernardo, ministro do Planejamento de Lula, quem procurou Marcelo Odebrecht em 2011 para cobrar os 64 milhões de reais devidos pelo negócio realizado com Angola. Palocci se dizia cansado de ver a Odebrecht monopolizar os contratos naquele país e havia prometido a outras construtoras pedaços maiores do bolo de obras angolanas. Palocci, na verdade, não sabia que essa batalha estava perdida. Nos últimos dias de dezembro de 2010, quando Lula já se retirava do Palácio do Planalto, Emílio Odebrecht recebeu do filho, Marcelo, uma pauta com assuntos para tratar com o presidente. Emílio deveria abordar diversos contratos e discutir a continuidade do apoio à empreiteira. Emílio garantiu que seria mantida a “amizade”. Naquela mesma noite, fechou o acordo de 300 milhões de reais para as eleições de Dilma. A maior parte via caixa dois. As propinas internacionais, como se sabe agora, foram importantes para tornar essa amizade mais sólida — e lucrativa.

Veja

 

Opinião dos leitores

  1. E o FHC mentor e pai da corrupção, quando será denunciado?
    Deveria estar preso com o comparsa Luladrao…
    Ele entregou à Lula todas as maracutaias engatilhadas… A Lula e sua gang coube executar e aumentar a roubalheira.
    #fhcnacadeia

  2. No currículo da honestidade dos recentes governos brasileiro, vendo a voto de 02 ex ministros da casa civil, um foi condenado e faz delação premiada o outro foi decretada a prisão e converteram em uso de tornozeleira eletrônica – como nunca antes na história desse país.
    Existem 02 ex presidentes condenados;
    Uma ex presidente denunciada;
    Tem ainda um caminhão de parlamentar denunciados, salvos temporariamente pelo vergonhoso foro privilegiado, cujo presidente da câmara não leva o tema a votação. Lembrando, o mesmo presidente da câmara que votou em caráter de urgência a lei contra abuso de autoridade. Assim ele se diz um parlamentar que trabalha pelo país.
    Pense numa cambada de gente honesta… Por isso e muitas outras esse país dá um passo a frente e dois para trás!

  3. BG
    Esses MAFIOSOS eram para terem pego prisão PERPETUA, cambada de criminosos mentirosos e canalhas.

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Cidades

Parque das Dunas está entre os parques mais visitados do Brasil, aponta pesquisa

Foto: Rodrigo Sena

Uma nova pesquisa lançada nesta segunda-feira (17) pelo Instituto Semeia revela pela primeira vez um panorama de visitação dos parques com áreas de preservação do Brasil e revela um total de 4,1 milhões de visitas em 2023. No mesmo ano de análise, os parques nacionais juntos receberam 11,8 milhões de pessoas. O Parque das Dunas aparece na lista como o nono mais visitado.

Com a nova pesquisa, foi possível atualizar a lista dos 10 parques mais visitados do Brasil. São eles: Tijuca (RJ), Iguaçu (PR), Jericoacora (CE), Bocaina (RJ, SP), Noronha (PE), Cocó (CE), Jaraguá (SP), Utinga (PA), Dunas (RN) e Lençóis Maranhenses (MA). Destes, quatro incluidos são estaduais: Cocó, Jaraguá, Utinga e Dunas.

Entre os estaduais, São Paulo e Ceará apresentaram o maior fluxo de visitas: 1,1 milhão e 636 mil, respectivamente. Já o bioma mais visitado foi a Mata Atlântica (10,4 milhões), seguido pela Caatinga (2,5 milhões).

“Ficamos muito felizes em ver o Parque das Dunas entre os parques estaduais mais visitados do Brasil. Esse dado reforça a relevância da nossa Unidade de Conservação não só para o lazer e o turismo sustentável, mas também para a educação ambiental e a qualidade de vida da população”, disse a gestora do Parque das Dunas, Mary Sorage.

Tribuna do Norte

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Brasil

VÍDEO: Funcionária da Petrobras reclama de trabalho presencial: “Estresse”

O Sindipetro-RJ (Sindicato dos Petroleiros do Rio de Janeiro) divulgou nesta 4ª feira (19.mar.2025) um vídeo em que uma funcionária da Petrobras identificada como Luciana Frontin diz estar preocupada com a exigência de retorno ao trabalho presencial. Ela afirma que a mudança tem causado “estresse” e “sintomas físicos” que ela nunca havia sentido antes em 17 anos na estatal.

No vídeo publicado no Instagram, Frontin lê uma carta à Diretoria Executiva da Petrobras. Ela critica o aumento no número de dias de trabalho presencial para 3 por semana (atualmente são 2) e afirma que só a ideia de voltar já estaria afetando sua saúde e produtividade. Ela defende a manutenção do modelo híbrido e pede que qualquer alteração seja negociada com os trabalhadores.

Opinião dos leitores

  1. Que exemplo, essa é a legitima brasileira raiz da atualidade. sugestão: mandar deixar o almoço dela em casa e o salário também.

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Brasil

VÍDEO: Ministro do STJ faz piada com baianos em sessão

O ministro do STJ (Superior Tribunal de Justiça) João Otávio de Noronha fez uma piada com baianos durante sessão de julgamento da 4ª Turma da Corte na 3ª feira (18.mar.2025).

Durante a reunião dos integrantes do colegiado, o ministro Raul Araújo, que é natural de Fortaleza, no Ceará, comentou que estava com um problema no menisco. Ele disse, em tom de brincadeira, que esse tipo de lesão é “comum a nós atletas“.

O presidente da 4ª Turma, Noronha, devolveu a ironia: “Vossa Excelência com esse corpo atlético deve ser jogador de basquete“.

Depois de Araújo responder, entre risadas, que havia se machucado jogando basquete, Noronha fez a seguinte piada: “Você já sabe, né? Baiano que joga basquete. Dizem que o baiano é tão ágil, tão ágil que, quando joga basquete, ele arremessa a bola na cesta [sexta] e ela só cai no sábado”.

Logo depois da fala, que arrancou risadas de alguns dos presentes, o ministro, mineiro nascido em Três Corações, pediu desculpas. “Os baianos que me perdoem. Eu tenho uma simpatia enorme pela Bahia. Não me expulsem de lá, porque eu adoro acarajé“, afirmou.

Assista ao vídeo:

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Jornalismo

VÍDEO: Moradores de Monte Alegre realizam protesto e interditam rodovia RN-002

Vídeo: Reprodução

Moradores do município de Monte Alegre realizam, desde as 6h da manhã desta quinta-feira (20), um protesto na região conhecida como Quatro Bocas. A manifestação tem como objetivo chamar a atenção das autoridades para a falta de manutenção da rodovia estadual RN-002, que apresenta inúmeros buracos e dificulta o tráfego de veículos.

No local, os manifestantes atearam fogo em pneus e ergueram barricadas com galhos de árvores, bloqueando completamente a passagem na rodovia. Imagens registradas por pessoas que passavam no local da manifestação mostram a barricada feita no meio da rodovia.

Policiais militares estão no local para fazer o controle da manifestação e evitar o escalonamento da ocorrência.

Acionada pela imprensa, a assessoria do Governo do Estado se manifestou sobre o protesto, afirmando que a RN-002 está em manutenção. No entanto, segundo a nota oficial, os serviços foram temporariamente interrompidos devido às chuvas que atingiram a região recentemente.

Novas informações dão conta de que mais pneus foram levados ao local, indicando que os manifestantes pretendem prolongar o ato até que uma solução concreta seja apresentada pelas autoridades.

98 FM

Opinião dos leitores

  1. Se essa moda pegar, o RN vai parar! Porque 90% das RNs estão nessas mesmas condições!!!

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Polícia

Motorista esconde placa de carro com papelão e acaba preso em Natal

Foto: Reprodução

Após estacionar em um local proibido e esconder a placa do veículo com um pedaço de papelão, um motorista acabou preso pela Polícia Militar. O caso aconteceu na tarde desta quarta-feira (19), na avenida Presidente Quaresma, conhecida como Avenida 1, no Alecrim.

“Isso é um crime de trânsito. Artigo 311 do Código Penal. Acionei a polícia para fazer a condução do condutor”, relatou o agente da Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana de Natal (STTU), que fez o flagrante.

Portal da Tropical

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Economia

Preço médio da refeição em Natal é R$ 82,78 (kg); variação chega a 132%

Foto: Adriano Abreu

Uma pesquisa inédita do Instituto Municipal de Proteção e Defesa do Consumidor de Natal (Procon/Natal) mapeou o mercado de preços de restaurantes na capital potiguar e apontou um preço médio de R$ 82,78 na refeição self-service por quilo. O maior preço encontrado foi de R$ 115,90 e o menor de R$ 49,90, com variação de 132,26%. Ao todo, foram pesquisados 76 estabelecimentos nas quatro regiões de Natal. A pesquisa também apontou os preços médios de quentinhas, pratos executivos e prato do dia em restaurantes da capital.

A pesquisa revelou os preços médios do self-service por quilo nas diferentes regiões da capital, destacando a zona Leste com o maior valor (R$ 91,45) e a zona Oeste com o menor preço (R$ 76,45). As outras regiões registraram preços médios de R$ 80,85 na zona Sul e R$ 80,72 na zona Norte. Especificamente no Centro de Natal, a média é de R$ 78,90.

Já com relação ao prato executivo, o preço médio verificado foi de R$ 25,47, e o prato do dia, R$ 16,21. O estudo analisou também o segmento do comércio alimentício de vendas para entrega, as quentinhas. De acordo com a pesquisa, a quentinha tipo 2 tem preço médio de R$ 15,92; já a tipo 1 registra preço médio de R$ 13,36; e a tipo 3, preço médio de R$ 18,53. O maior preço encontrado da número 2 foi de R$ 22,00, e o menor, R$ 12,00, com variação de 83,33%. A pesquisa foi realizada no mês de fevereiro e março no comércio de Natal, sendo pesquisados 76 estabelecimentos ao todo. A pesquisa abrangeu o centro da cidade, shopping centers e comércio de bairros residenciais.

“O consumidor deve estar atento com relação ao preço, a questão da balança, se ela está equilibrada, aquela troca de pratos, se há o deságio no prato naquela tela. Fora isso tem a questão da qualidade do produto e, além da parte do consumidor, tem a parte do direito à saúde em si”, explica a diretora-geral do Procon Natal, Dina Pérez, que alega que a pesquisa é inédita.

Tribuna do Norte

 

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Geral

Após desgastes, Lula quer sindicalista fora da Previ

Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pretende tirar o sindicalista João Fukunaga do comando da Previ, o fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil, por causa de desgastes em sua gestão.

De acordo com interlocutores do presidente, ele está insatisfeito com Fukunaga desde o ano passado. Lula se incomodou com as “polêmicas” envolvendo a Previ e com o comportamento de Fukunaga no cargo.

Entre os desgastes está a investigação de um déficit bilionário no fundo, alvo de uma auditoria pelo Tribunal de Contas da União (TCU), que teve relatório preliminar concluído na semana passada pela área técnica.

Lula também foi alertado das relações de Fukunaga com o advogado Tiago Cedraz, filho de Aroldo Cedraz, ministro do TCU — que se aposenta compulsoriamente em 2026.

O advogado, que já foi alvo de investigações na Lava Jato por suposto tráfico de influência junto ao tribunal de contas, teria viajado com o presidente da Previ para o exterior.

Auxiliares de Lula chegaram a alertar o sindicalista de que ele deveria evitar Cedraz.

As viagens de Fukunaga para fora do país causaram estranheza também em círculos petistas, que acreditam que as agendas não eram compatíveis profissionalmente com suas funções.

Ao saber da insatisfação de Lula, auxiliares de Fukunaga têm procurado pessoas próximas do presidente, em uma articulação para tentar mantê-lo no cargo.

Um desses articuladores a favor de Fukunaga é o também sindicalista e ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto.

CNN

Opinião dos leitores

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Geral

TCU arquiva pedido para investigar viagens de Janja

Foto: O Antagonista

O Tribunal de Contas da União (TCU) arquivou nesta quarta-feira, 19, um pedido do deputado federal Gustavo Gayer (PL) para investigar os gastos da primeira-dama, Janja da Silva, em viagens internacionais, segundo o jornal Folha de S.Paulo.

No requerimento, o congressista alegava que Janja passou 103 dias fora do Brasil, 16 a mais do que o presidente Lula (PT). Gayer, então, solicitou uma auditoria sobre os custos das viagens, que foi negada por unanimidade pelos ministros do TCU.

“Os elevados custos das viagens internacionais da pirmeira-dama, que não ocupa cargo público”, dizia trecho do pedido.

O relator da ação no TCU foi o ministro Bruno Dantas, aliado do presidente Lula (PT), que esteve no jantar de lançamento da campanha do petista ao lado do então candidato à vice-presidente, Geraldo Alckmin.

Esta semana, Janja viajou para o Japão cinco dias antes de Lula, mas não divulgou sua agenda nas redes sociais.

PGR arquiva pedidos

Na semana passada, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, também arquivou todos os pedidos de investigação envolvendo os gastos da primeira-dama Janja.

Na decisão, o PGR alegou que os relatos feitos nos pedidos “não contêm elementos informativos mínimos, que indiquem suficientemente a realidade de ilícito cível ou penal, justificadora da atuação investigativa do Ministério Público”.

Para Gonet, a participação da esposa de Lula em eventos oficiais “não caracteriza indevida ingerência na administração do Executivo, nem tampouco, decerto, na soberania do país”.

Além disso, o PGR também minimizou os questionamentos sobre os custos das viagens, alegando que eles não trazem informações de desvios de recursos ou de qualquer outro tipo de ilícito.

“As representações oferecidas não expõem elementos de desvio de recursos públicos, mas juízos de inconformismo com custos de atividades, ao que se nota, tornados públicos, como devido. Não se tem aqui tema de legalidade apurável no âmbito da competência do Ministério Público.”

O Antagonista

Opinião dos leitores

  1. Será que se essas viagens fossem realizadas por Michelle Bolsonaro, o TCU é o procurador geral da República daria o mesmo tratamento dado a Janja?

    1. Dariam o mesmo tratamento…a amiga de Michelle “emprestava” o cartão (pago com dinheiro público) e não teve investigação.

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Geral

CAOS NA SAÚDE DO RN: Hospital Regional da Mulher vai suspender serviços de cirurgia pediátrica por falta de pagamento

Foto: Sandro Menezes

Na tarde desta quarta-feira (19), foi comunicado a paralisação dos serviços médicos de cirurgia pediátrica prestados no Hospital Regional da Mulher Parteira Maria Correia, em Mossoró.

Em um ofício enviado à Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap), o direção da unidade hospitalar, justifica a decisão pela falta de pagamento correspondente à produção do mês de dezembro de 2024.

A empresa T3 Serviços Médicos LTDA, responsável pelo serviço, informou que a fatura no valor de R$ 119.850,00 deveria ter sido quitada até março deste ano, mas segue em aberto há mais de 75 dias.

O documento destaca que, mesmo após tentativas de contato, a SESAP não apresentou nenhuma previsão para a regularização do débito, descumprindo o prazo de 60 dias estabelecido em reunião anterior. Como consequência, os profissionais que atuam no hospital, muitos deles vindos de outros estados, ficam sem garantia financeira para continuar prestando atendimento.

Caso o pagamento não seja efetuado até esta sexta-feira (21), os serviços de cirurgia pediátrica serão interrompidos a partir das 7h do sábado (22). A empresa ressaltou que está aberta ao diálogo, mas reforçou que a paralisação se dá com base na legislação, que permite a suspensão dos serviços diante do inadimplemento da administração pública.

Opinião dos leitores

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Geral

Bolsonaro repassou mais verba para o RN que Lula

Foto: Ricardo Stuckert

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez um comentário curioso sobre a governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra, ao inaugurar a Barragem de Oiticica nesta quarta-feira (20). Em tom descontraído, disse que “quando ela aparece no Palácio do Planalto, já sei que vem atrás de dinheiro.” A fala do petista revela uma realidade que os números comprovam: os repasses federais que dependem apenas do governo – as chamadas transferências discricionárias – despencaram no RN desde que Lula voltou ao poder.

O levantamento feito pelo Blog do Dina na Secretaria do Tesouro Nacional, mostra que, corrigidos pela inflação, os valores enviados ao RN de forma discricionária eram maiores até mesmo antes da pandemia. O auge desse tipo de repasse aconteceu em 2020, no contexto da COVID-19, quando estados e municípios receberam auxílio financeiro emergencial. Mas se compararmos 2019 (antes da pandemia) com 2023 e 2024, a queda é ainda mais expressiva.

Em 2019, o governo federal mandou R$ 205,4 milhões em transferências discricionárias para o RN. Em 2023, esse valor caiu para R$ 163,7 milhões (-20%). E, em 2024, despencou para R$ 51,4 milhões (-75%). O recado de Brasília ficou claro: a torneira fechou para o dinheiro que depende exclusivamente da caneta do presidente. Para entender o que está por trás dessa dinâmica detalhamos nesta reportagem os impactos desses números e as razões pelas quais aconteceram. Este não pretende ser um texto dono da verdade, mas trazer para o debate público números objetivos que contam uma história.

A matéria completa no https://blogdodina.com/lula-queda-repasses-discricionarios-rn/2/.

Blog do Dina

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