O jornalista Rubens Lemos apresenta nesta quarta-feira(21), em seu Blog, o resultado de levantamento em borderôs de jogos das dez arenas da Copa. Como critério, foram consideradas todas as despesas, desde custos operacionais a descontos de federações estaduais. Na ocasião, foram usadas de três a cinco partidas por sede, com exceção do Itaquerão. A Arena das Dunas foi desconsiderada porque a maioria dos seus jogos dá prejuízo, o que causaria uma distorção. E a Arena da Baixada ainda não tem relatórios financeiros disponíveis.
O ponto mais alarmante levantado pelo jornalista diz respeito aos estádios geridos por empreiteiras ou por governos, que têm os maiores custos. Nas mãos de um consórcio formado pela Odebrecht e pela OAS, a Fonte Nova é o caso mais absurdo com despesas que mordem 69% das receitas em jogos do Bahia e Vitória. Em seguida, estão estádios como Maracanã (47%), Castelão (57%) e Mané Garrincha (53%). Os dois primeiros também são administrados por concessionárias com liderança de empreiteiras – a Odebrecht, no caso da praça carioca. Já a arena brasiliense é responsabilidade do governo do Distrito Federal.
Esses números chamam atenção quando confrontados com os percentuais pagos por Corinthians e Internacional. A estreia do Itaquerão teve um custo de 21,4% da renda total – R$ 650 mil de uma renda de R$ 3 milhões.
Confira quanto gasta percentualmente cada estádio da Copa-2014 com despesas em geral: Arena Amazônia: 43%; Arena Pantanal: 38%; Arena Pernambuco: 26,8%; Beira-Rio: 23,6%; Castelão: 57%; Fonte Nova: 69,2%; Itaquerão: 21,44%; Mané Garrincha: 53,2%; Maracanã: 46,8%; Mineirão: 26,8%.
OUTRO DADO
Pelas últimas contas, feitas às vésperas da abertura do Mundial de Futebol de 2014 no Brasil, a construção ou remodelação dos estádios onde os jogos vão decorrer custou cerca de 2.900 milhões de euros, um valor que representa uma derrapagem global de 66% a mais do que os gastos previstos em 2010. Com as obras concluídas ou à beira da conclusão, como alguns entregues recentemente ainda se encontram, (na realidade), o Brasil passa a ter metade dos 20 estádios mais caros do planeta, segundo um estudo realizado pela empresa KPMG. O ranking elaborado pela empresa coloca o Estádio Mané Garrincha em 3º lugar, atrás apenas do Wembley e do Emirates Stadium, ambos no Reino Unido. Cada lugar do estádio de Brasília custou 6.700 euros.
Com acréscimo de informações do Blog Rubens Lemos, no Portal No Ar
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