Polícia

Brasil registra queda de 25% nos assassinatos nos dois primeiros meses de 2019, e RN surge em 2º em redução

Brasil registra redução no número de mortes violentas no 1º bimestre — Foto: Rodrigo Sanches/G1

O Brasil teve uma queda de 25% no número de assassinatos nos dois primeiros meses deste ano em comparação com o mesmo período do ano passado. É o que mostra o índice nacional de homicídios criado pelo G1, com base nos dados oficiais dos 26 estados e do Distrito Federal. Essa é a primeira parcial divulgada no ano.

De acordo com a ferramenta, houve 6.856 mortes violentas no primeiro bimestre de 2019. O dado só não comporta o Paraná. O governo do estado informa que os números de janeiro e fevereiro ainda estão sendo tabulados para posterior divulgação. Tirando o Paraná, houve 9.094 assassinatos no mesmo período de 2018. Ou seja, uma queda de 25%.

A queda é puxada principalmente pelos estados do Nordeste, que, juntos, registram a redução mais significativa do número de mortes (34%) – somente no Ceará o índice diminuiu 58%.

O levantamento faz parte do Monitor da Violência, uma parceria do G1 com o Núcleo de Estudos da Violência da USP e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública.

O levantamento revela que:

houve uma redução de 2.238 vítimas no período
quatro estados apresentaram uma redução superior a 30%
o Ceará teve a maior queda no país: 58%
apenas dois estados (Amazonas e Rondônia) tiveram aumento no número de mortes violentas

A ferramenta criada pelo G1 permite o acompanhamento dos dados de vítimas de crimes violentos mês a mês no país. Estão contabilizadas as vítimas de homicídios dolosos, latrocínios e lesões corporais seguidas de morte. Juntos, estes casos compõem os chamados crimes violentos letais e intencionais.

Jornalistas do G1 espalhados pelo país solicitam os dados, via assessoria de imprensa e via Lei de Acesso à Informação, seguindo o padrão metodológico utilizado pelo fórum no Anuário Brasileiro de Segurança Pública.

Em março, o governo federal anunciou a criação de um sistema similar. Os dados, no entanto, não estão atualizados como os da ferramenta do G1. O último mês disponível é dezembro de 2018.

Os dados coletados mês a mês pelo G1 não incluem as mortes em decorrência de intervenção policial. Isso porque há uma dificuldade maior em obter esses dados em tempo real e de forma sistemática com os governos estaduais. O balanço ainda será realizado dentro do Monitor da Violência, separadamente, como em 2018.

Tendência de queda

Nem todos os estados possuem os dados de março. Até agora, só 16 têm a estatística. Com a exceção do DF, todos registraram queda em comparação com o mesmo mês do ano passado. Foram 2.190 mortes violentas, ante 2.969 de 2018, se forem contabilizadas apenas essas unidades da federação – uma queda de 26%.

Levando em conta esses dados, a queda no trimestre continua sendo de 25% no Brasil.

Os números mostram um declínio dos assassinatos. Em 2018, a queda foi a maior em 11 anos se for levada em conta a série histórica do Fórum Brasileiro de Segurança Pública.

Para Bruno Paes Manso, do Núcleo de Estudos da Violência da USP, apesar da tendência de queda, “os dados estão longe de apontarem para um quadro de redução ao longo do ano e apenas aumentam a responsabilidade dos novos governos estaduais e federal para a manutenção ou melhoria dos resultados”.

Samira Bueno e Renato Sérgio de Lima, do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, dizem que o país está diante de um “bom enigma”. “É preciso identificar com precisão o que provocou esta inflexão para que políticas públicas possam ser mais bem efetivas. E isso só será possível com o investimento contínuo em monitoramento e avaliação de programas e ações.”

Causas da redução

Bruno Paes Manso diz que é preciso lembrar que 2017 foi um ano atípico, em que o Brasil atingiu o ápice de mortes.

“A crise nos presídios acabou se desdobrando do lado de fora, criando problemas em vários estados. E ela produziu um tipo de intervenção mais concentrada e urgente, no centro nevrálgico desses conflitos. Uma intervenção decorrente de dez anos de discussões de uma rede de instituições criminais e da sociedade civil. Ou seja, não era necessário tirar medidas da cartola. Esse debate vinha sendo feito há muito tempo. E essas medidas acabaram cessando de algum modo a febre, fazendo com que a temperatura voltasse gradualmente a um patamar mais baixo”, afirma Bruno Paes Manso.

Samira Bueno acredita que alguns fatores, como a criação do Ministério da Segurança Pública na gestão passada, ajudam a explicar essa queda. “Por mais que dinâmicas do crime organizado ajudem a explicar parte da redução, há outros fatores que precisam ser levados em conta. Pode existir, claro, uma relação com o Susp (Sistema Único de Segurança Pública), já que sua implementação ocorreu num contexto de muita mobilização dos estados, pressionados pelos índices de criminalidade e pelo período eleitoral”, diz.

“Também houve a aplicação de mais dinheiro federal, apesar da crise fiscal. Houve o descontingenciamento de R$ 2,8 bilhões do Funpen (Fundo Penitenciário Nacional) e uma mudança na lei pra que parte do recurso do fundo fosse utilizado em ações na área segurança. Foi criado também na gestão Temer o Ministério da Segurança Pública, que teve um papel muito importante nisso tudo. Ou seja, houve uma tentativa do governo federal de liderar o processo e coordená-lo minimamente”, diz Samira Bueno.

‘Regime de não conflito’ no Ceará

O Ceará teve a maior queda no número de mortes violentas do país: 58%. O estado, que teve 844 assassinatos no primeiro bimestre de 2018, registrou 355 nos primeiros dois meses deste ano. A redução é significativa. Em janeiro, o Ceará teve centenas de ataques coordenados por facções criminosas por conta de medidas anunciadas no governo para tornar a fiscalização nos presídios mais rígidas.

Para o pesquisador Luiz Fábio Paiva, do Laboratório de Violência da Universidade Federal do Ceará (UFC), o que houve no Ceará foi o estabelecimento de “um regime de não conflito” entre as facções criminosas.

“Os eventos de janeiro, quando Fortaleza ficou sob ataques de grupos armados, demonstram que esses grupos continuam existindo e atuando, e exercendo o domínio territorial nas periferias urbanas. O que nós estamos experimentando agora é a reacomodação das forças”, diz Luiz Fábio Paiva, da Universidade Federal do Ceará.

Por isso, Paiva não considera a situação como “uma pacificação, mas sim uma acomodação”.

“Quando o Ceará estava sob forte ataque, era observado que havia situações que demonstravam um certo nível de cooperação desses grupos, sobretudo permitindo que determinados membros de uma facção passassem pelo território do outro sem sofrer alguma ação violenta”, diz Paiva.

Ainda segundo o especialista, “dizer isso não é desqualificar os serviços de segurança pública, as forças policiais e o sistema de Justiça, mas reconhecer que eles não têm como serem os responsáveis por um processo que é muito maior”.

De acordo com o secretário da Segurança Pública do estado, André Costa, a redução do número de homicídios ocorre desde o ano passado devido a um “conjunto de ações” elaboradas em 2017. Entre as estratégias, segundo Costa, estão o combate à “mobilidade do crime”, evitando furto e roubo de veículos e recuperando automóveis roubados; investimento em ciência e tecnologia para estudar a atuação de criminosos; e ações da Secretaria da Administração Penitenciária, que dificultam a comunicação de presidiários que comandam facções criminosos e ordenam crimes de dentro das prisões.

“Os resultados vão acontecendo porque, à medida que o tempo passa, [com] as inovações que a gente trouxe, os policiais passam a confiar, acreditar, e leva tempo também para ter todo o aprendizado cultural de trabalhar com novas ferramentas”, afirma.

Embora os números deste ano sejam menores que os de 2018, ainda há casos de repercussão no estado. A vendedora Lidiane Gomes da Silva, de 22 anos, por exemplo, foi assassinada pelo ex-companheiro dentro de um shopping em Maracanaú. Antes do assassinato, ela relatou a um amigo, em conversa pelo WhatsApp, que sofria ameaças após a separação. O homem se matou após o crime.

Nordeste em queda

Assim como o Ceará, todos os outros estados do Nordeste registraram uma queda no período analisado. Rio Grande do Norte e Pernambuco também tiveram quedas expressivas, de 42% e de 33%, respectivamente.

Segundo o coronel Francisco Canindé de Araújo Silva, secretário de Segurança Pública e da Defesa Social do Rio Grande do Norte, uma maior integração entre os órgãos públicos é um dos fatores por trás da queda.

“A redução dos índices de criminalidade (…) deve-se a um melhor planejamento das ações das instituições de segurança pública, uma maior integração – tanto das instituições do estado, como das instituições federais que estão aqui no Rio Grande do Norte, como a Polícia Federal, a Polícia Rodoviária Federal e as próprias Forças Armadas –, o apoio do Ministério Público e do Poder Judiciário, a abnegação dos policiais nessas ações, um maior controle do sistema prisional e, também, o apoio inconteste do governo do estado a todas essas ações de nossas instituições”.

Em Pernambuco, segundo o secretário de Defesa Social do Estado, Antônio de Pádua, uma série de investimentos foi feita no estado nos últimos anos, principalmente na área de pessoal. Segundo ele, novas contratações possibilitaram aumentar a presença da polícia no interior e criar cinco novas unidades da Polícia Científica.

“[O investimento em pessoal] também possibilitou uma melhora na qualidade de resolução do inquérito policial. Tivemos um índice de mais de 50% de resolução em 2018. No primeiro bimestre de 2019, estamos chegando a quase 60% dos inquéritos. (…) Isso significa que a polícia está encontrando os autores dos crimes e representando pela prisão”, diz Antônio de Pádua, do governo de Pernambuco.

José Nóbrega, doutor em ciência política pela UFPE e coordenador do Núcleo de Estudos da Violência da Universidade Federal de Campina Grande, destaca que os dados do primeiro bimestre deste ano ainda são provisórios e podem ser ajustados, mas que há uma tendência de queda desde 2018. Determinar o que está por trás dos números e da queda, porém, é difícil por conta da falta de informações.

“Não temos informação de qualidade para atribuir a redução a algum fator, seja ele referente às tomadas de decisão do estado ou a fatores socioeconômicos. Precisamos analisar o nível do impacto do governo na redução de crimes e, por exemplo, o quanto o Produto Interno Bruto influenciou nisso, qual a taxa de desocupação das pessoas. Sem isso, fica tudo muito lacunar”, diz.

Já no Amapá, que também teve uma queda superior a 30% no número de mortes, a Secretaria de Estado da Justiça e Segurança Pública atribui o fato a políticas de segurança pública implementadas pelo governo, “como a contratação de novos policiais, aquisição de novas viaturas, operações policiais rotineiras, treinamento das forças de segurança e o serviço de inteligência das polícias”.

Leve aumento

Apenas dois estados tiveram aumento no número de mortes violentas nos primeiros dois meses deste ano: Rondônia (3,9%) e Amazonas (3,3%). Os aumentos foram leves e não chegaram a dois dígitos em nenhum dos casos, mas, mesmo assim, mostram um movimento contrário ao resto do país.

Apesar de estar entre os estados que apresentaram alta, o governo do Amazonas destaca que, considerando os dados do trimestre e não do bimestre, os números de morte violenta caíram em comparação com o mesmo período do ano passado.

“O número de homicídios registrado em janeiro, período de transição, quando a nova administração estava começando a implantar as novas diretrizes de segurança, influenciaram nesse resultado [de queda no bimestre]. Contudo, a partir de fevereiro, houve redução da criminalidade, tanto em casos de homicídio, latrocínio, como nos casos de roubos”, afirma a Secretaria de Segurança Pública do estado. “Vale destacar que, somente em março, o número de homicídios na capital amazonense (58) foi o menor desde 2011.”

Entre as medidas adotadas pela gestão, a secretaria destaca a realização de nove operações policiais. Em fevereiro, também foi feita uma operação específica para combater homicídios, chamada de “Pronta Resposta”. Na ocasião, foram presos 52 suspeitos de envolvimento em homicídios, latrocínios, roubos e tráfico de drogas.

Os dados

Quatro estados registraram uma redução superior a 30% no número de mortes violentas. Veja a relação completa (a ordem está da maior redução para a menor; os dois estados com alta, assim como o Paraná, que não enviou os dados, estão no fim da tabela):

Colaboraram G1 AM, G1 AP, G1 CE, G1 PE, G1 RN e G1 RO

G1

Opinião dos leitores

  1. Nao vao admitir jamais que já é efeito Bilsonaro. Imagina quando aprovarem o pacote anticrime. Só isso já valew a eleição.

  2. Mas a queda na taxa de homicídios eh mérito somente do governo Fátima do PT… No mínimo, foi por causa do governo dela que o Brasil está reduzindo essa taxa, certeza! (Ironia)

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Geral

MP quer que TCU apure possíveis irregularidades na compra milionária de prédio para sede da ANTT

Sede da Agência Nacional de Transportes Terrestres, em Brasília(ANTT), em Brasília. Foto: ANTT/Reprodução

O subprocurador-geral do Ministério Público junto ao TCU, Lucas Rocha Furtado, apresentou nesta segunda-feira uma representação para que o tribunal apure “possíveis irregularidades” na milionária compra da sede da Agência Nacional de Transportes Terrestres, em Brasília.

Revelada pelo portal Metrópoles no último dia 31 de dezembro, a aquisição se deu por meio da formalização do oitavo termo aditivo ao Contrato Administrativo 01/2010 por parte da ANTT. Originalmente, o contrato em questão foi firmado entre a agência e a empresa J.N. Venâncio Administração de Imóveis Ltda, por dispensa de licitação, para a locação de um imóvel com área privativa de 24.400 metros quadrados.

O prazo inicial de vigência era de 75 meses, com o primeiro valor do aluguel fixado em 1.170.467,07 mensais, mas foram realizadas sucessivas prorrogações. Ocorre que o contrato original continha cláusula que permitia a compra do imóvel pela locatária.

“Recentemente, contudo, houve a formalização do Oitavo Termo Aditivo ao Contrato Administrativo 01/2010, que alterou significativamente as cláusulas relativas à opção de compra do imóvel por parte da ANTT”, apontou Rocha Furtado.

O representante do MP destacou que o aditivo prevê a prorrogação do contrato de locação do imóvel por mais 22 anos e 11 meses, até setembro de 2046, e que a parcela mensal a ser paga pela ANTT contemplará não apenas o valor da locação (de 1.741.766,56 reais), mas também uma “parcela relativa à aquisição do imóvel (reversão patrimonial)”, de 758.233,44 reais.

“Levando em consideração toda a vigência adicional do contrato prorrogado, de 22 anos e 11 meses, será realizado o pagamento de mais 275 parcelas pela ANTT. Considerando apenas os valores mensais relativos à citada ‘parcela relativa à aquisição do imóvel (reversão patrimonial)’, estará obrigada a agência reguladora a realizar pagamentos de valores de, no mínimo, mais de R$ 200 milhões para que esta tenha o direito à reversão do imóvel ao fim do contrato prorrogado em 2047”, anotou o subprocurador-geral.

“Causa preocupação a relevante monta desses valores e as alterações procedidas ao longo da vigência contratual. Se está diante de um contrato de locação realizado por dispensa no ano de 2010 e que, após sucessivas prorrogações, se tornou ao final um contrato de compra de um imóvel por mais de R$ 200 milhões. Ademais, também se garantiu à empresa originalmente contratada por dispensa um contrato de locação a ser adimplido pela administração pública que ao final vigerá de 2010 a 2047, com valores também de sobremaneira relevantes e materialmente elevados”, complementou.

Ele apontou ainda que há farta jurisprudência no TCU quanto à dispensa de licitação, que não deve ser utilizada como regra pela administração, “mas sim em situações excepcionais e tida como específicas pela própria legislação”. E afirmou que é “injustificável” que “não tenha havido qualquer pesquisa de mercado ou que não tenham sido realizados os procedimentos necessários para que outros interessados na locação ou na venda de um imóvel à ANTT não tenham sido possibilitados de participar de um processo competitivo”.

“O que se tem, em minha visão, é um possível descumprimento de normas de licitação, além de prejuízos ao princípio da moralidade e à necessidade de controle a ser exercida por esta Corte de Contas. Se está diante da compra de um imóvel de mais de R$ 200 milhões por uma autarquia no âmbito de um termo aditivo de um contrato de locação originalmente firmado por dispensa”, concluiu.

Rocha Furtado pediu que que o plenário do TCU ou o relator da representação determine, em caráter cautelar, à ANTT que se abstenha de realizar novos pagamentos das obrigações fixadas no aditivo até que haja deliberação do tribunal quanto aos atos praticados no âmbito do procedimento de prorrogação contratual. E também solicitou que a representação seja encaminhada à Procuradoria-Geral da República para adoção das medidas cabíveis.

Radar – Veja

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Geral

Mulher morre afogada na praia de Graçandu e dois homens são resgatadas com vida após ajuda de praticantes de kitesurf

Foto: Kleber Teixeira/Inter TV Cabugi

Uma mulher morreu afogada nesta segunda-feira (6) na praia de Graçandu, em Extremoz, na Grande Natal. De acordo com o Corpo de Bombeiros, a vítima tinha aproximadamente 40 anos. A identidade dela não havia sido confirmada até a atualização mais recente desta reportagem.

Outras duas pessoas que também se afogaram foram resgatadas com vida com a ajuda de praticantes de kitesurf que estavam na região.

“Dois homens foram salvos pelo rapaz do kite, Jorge, que dá aula aqui na região, e a mulher não conseguiu ser salva. Ela acabou sumindo na água, se afogando”, contou o estudante Rhuan Silva, que estava no local.

Segundo o Corpo de Bombeiros, a vítima foi arrastada por uma correnteza entre as praias de Barra do Rio e Genipabu e desapareceu no mar, sendo encontrada pouco depois em Grançadu, distante cerca de 1 km.

O helicóptero da Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social do RN (Sesed) auxiliou nas buscas.

Testemunhas contaram que as três pessoas tentavam fazer a travessia de Genipabu para Barra do Rio pelo rio quando foram levadas pela correnteza.

Após ser resgatada do mar, a vítima recebeu os primeiros atendimentos do Corpo de Bombeiros, mas não resistiu e morreu no local.

O estudante Rhuan Silva, morador da região, contou que são raros os afogamentos na praia, mas o trecho onde a vítima e os outros dois homens estavam é mais perigoso por conta das correntezas.

“Ali na parte em que eles se afogaram é realmente perigoso, é um canal, puxa muito. A correnteza é forte, e a maré cheia fica muito perigosa”, contou.

A Polícia Civil foi acionada para investigar o caso, com o auxílio do Instituto Técnico-Científico de Perícia (Itep), que recolheu o corpo para necropsia.

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Geral

VÍDEO: Vitória de Trump na eleição presidencial é certificada pelo Congresso dos EUA em sessão conduzida por Kamala Harris

A Câmara e o Senado dos Estados Unidos certificaram e validaram, em sessão conjunta nesta segunda-feira (6), a vitória do presidente eleito Donald Trump nas eleições realizadas em novembro de 2024.

A cerimônia começou por volta das 15h (horário de Brasília) e foi realizada no Capitólio, edifício sede do Congresso americano, em Washington D.C., capital dos Estados Unidos. Ela durou cerca de 30 minutos.

JD Vance, companheiro de chapa de Trump e vice-presidente eleito, também estava presente. Ele é senador do estado de Ohio.

Certificação foi comandada por Kamala Harris

Comandada pela atual vice-presidente Kamala Harris, candidata democrata derrotada pelo republicano no pleito, a certificação é a última etapa do processo eleitoral antes da posse de Trump, marcada para o dia 20 de janeiro, também em Washington D.C..

Nessa cerimônia, dois senadores e dois integrantes da Câmara foram selecionados como “escrutinadores”. Eles se sentaram na frente do Salão da Câmara e contabilizaram os votos dos delegados – figura do sistema eleitoral dos EUA.

O evento aconteceu com segurança reforçada, tendo em mente a invasão do Capitólio na última certificação, em janeiro de 2021, quando apoiadores de Trump tentaram impedir a validação da vitória de Joe Biden.

O Secretário de Segurança Interna dos EUA determinou que esse é um Evento Nacional de Segurança Especial — essa é a primeira vez que essa designação é concedida para a certificação, seguindo uma solicitação do prefeito de D.C..

Por que Kamala Harris teve papel-chave na certificação de Trump?

Ao final da contagem dos votos dos delegados, o presidente do Senado anuncia os resultados. Quem lidera o Senado americano é o vice-presidente do país, por determinação da Constituição.

Assim, neste caso, quem presidiu a sessão de certificação foi Kamala Harris, candidata derrotada por Trump no último pleito.

Ela não foi a primeira vice-presidente a confirmar a própria derrota. Em 2001, por exemplo, o vice-presidente democrata Al Gore presidiu a contagem da eleição de 2000, na qual ele perdeu para o republicano George W. Bush.

Capitólio foi invadido na última certificação em 2021

Após a última eleição presidencial, o Capitólio foi invadido por apoiadores de Donald Trump, que queriam impedir a certificação da vitória de Joe Biden.

O democrata derrotou o republicano nas eleições presidenciais de 2020, mas Trump não reconheceu o resultado e afirmou, sem provas, que houve fraude.

A invasão aconteceu no dia 6 de janeiro de 2021, e a sessão do Congresso era presidida por Mike Pence, então vice-presidente de Trump e companheiro de chapa do republicano.

A sessão de certificação precisou ser interrompida. Os congressistas conseguiram retornar ao Capitólio e retomar a certificação apenas na madrugada do dia seguinte.

CNN Brasil

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Geral

Balança comercial tem superavit de US$ 74,6 bilhões em 2024; resultado representa queda de 24,6% em relação a 2023

Foto: Arquivo/Agência Brasil

A balança comercial brasileira registrou superavit de US$ 74,6 bilhões em 2024. O resultado representa uma queda de 24,6% ante 2023, quando o saldo positivo foi de US$ 98,9 bilhões.

A Secretaria de Comércio Exterior do Mdic (Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços) divulgou dados sobre a balança nesta segunda-feira (6).

No ano passado, as exportações totalizaram US$ 337 bilhões (queda de 0,8% ante 2023). Já as importações somaram US$ 262,5 bilhões (alta de 9% em relação a 2023).

A corrente de comércio, por sua vez, foi de US$ 599,5 bilhões. Representa crescimento de 3,3% na comparação com 2023. O número diz respeito à soma das exportações e importações.

Em dezembro, o superavit foi de US$ 4,8 bilhões. Trata-se de um recuo de 48,5% ante o mesmo período em 2023, quando o saldo positivo atingiu US$ 9,3 bilhões.

Poder 360

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Geral

Prazo para justificar ausência nas eleições 2024 termina nesta terça (7)

Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

Eleitores que não foram às urnas no segundo turno das eleições municipais, que ocorreu no dia 27 de outubro, precisam justificar a ausência até esta terça-feira (7). O protocolo é necessário porque o voto no Brasil é obrigatório para cidadãos entre 18 e 69 anos de idade.

Aqueles que não justificarem ficarão em débito com a Justiça Eleitoral e não poderão, por exemplo, emitir documentos como RG ou passaporte, dentre outras sanções.

Como cada turno equivale a um pleito, quem deixou de votar nos dois turnos da eleição deve apresentar duas justificativas.

Eleitores que estavam no exterior no dia da votação também são obrigados a justificar em até 60 dias após cada turno ou até 30 dias contados da data do retorno ao Brasil.

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) disponibiliza quatro opções para justificar ausência. Sendo elas:

  • Aplicativo e-Título;
  • Autoatendimento Eleitoral;
  • Sistema Justifica;
  • Formulário de Requerimento de Justificativa Eleitoral presencial.

E-Título

Para realizar a justificativa através do aplicativo e-Título, é necessário seguir o passo a passo abaixo:

  • Baixar o aplicativo e-Título no celular;
  • Após o login, o eleitor deve preencher os seguintes dados: CPF, nome completo, data de nascimento e os nomes dos pais;
  • Em seguida, é necessário responder as perguntas solicitadas pelo sistema para verificação da identidade;
  • Após a validação da identidade, o eleitor deve voltar à página inicial do aplicativo e acessar “mais opções”;
  • Em seguida, deverá acessar a opção “justificativa de ausência”;
  • Por último, deve escolher a eleição a ser justificada, explicar o motivo da ausência e adicionar um endereço de e-mail.

O requerimento é analisado por um juiz. Caso ele não seja deferido, será necessário pagar uma multa no valor de R$ 3,51 por turno ausente.

Quem deixar de votar por três eleições consecutivas, considerando cada turno como uma eleição, terá a inscrição cancelada.

CNN Brasil

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Geral

Moraes absolve e manda soltar morador de rua que foi preso no 8 de Janeiro

Foto: Reuters

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, expediu alvará de soltura e absolveu o morador de rua Jeferson Figueiredo, preso por suspeita de envolvimento nos atos de 8 de Janeiro.

O ministro considerou que não havia provas suficientes de que Figueiredo teve a intenção de agir contra o Estado Democrático de Direito.

“Não há provas de que o denunciado tenha integrado a associação criminosa, seja se amotinando no acampamento erguido nas imediações do QG do Exército, seja de outro modo, contribuindo para a incitação dos crimes e arregimentação de pessoas”, escreveu Moraes na decisão.

Figueiredo foi preso preventivamente por ordem do próprio Alexandre de Moraes, em 09 de janeiro de 2023, em frente ao Quartel General do Exército, em Brasília. Ele estava acampado no local desde o dia 06.

Ele foi solto dias depois, para responder em liberdade condicional, mas retornou à prisão em dezembro daquele ano, após descumprir medidas cautelares.

A defesa de Figueiredo argumenta que ele é morador de rua e andarilho, e teria ido ao acampamento, no Quartel General do Exército, para se alimentar, já que eram oferecido abrigo e comida gratuitos.

No interrogatório policial, o réu também afirmou que foi “apenas pegar comida, pois reside na rua”.

Após a prisão preventiva, Figueiredo foi acusado, pela Procuradoria-Geral da República, pelos crimes de incitação ao crime, associação criminosa e concurso material de crimes, ou seja, quando um agente comete dois ou mais crimes distintos, por meio de mais de uma ação.

A denúncia considerava que ele tinha “absoluta consciência e vontade” de aderir ao grupo de acampados e teria “incitado as Forças Armadas contra os Poderes Constitucionais”.

CNN Brasil

Opinião dos leitores

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Política

Justin Trudeau anuncia renúncia ao cargo de primeiro-ministro do Canadá

Foto: AP

O primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, anunciou nesta segunda-feira (6) sua renúncia ao cargo Executivo e à liderança do Partido Liberal. Trudeau afirmou ainda que ficará no poder até que seu partido encontre um substituto para ele.

Em pronunciamento no início da tarde desta segunda, Trudeau também adiou a volta do Parlamento canadense em 2025, para 24 de março.

O Canadá tem 38,7 milhões de habitantes, inferior ao estado de São Paulo, distribuídos em mais de 9,9 milhões de metros quadrados —o segundo maior território do mundo, atrás apenas da Rússia.

O sistema de governo canadense é parlamentarista. O Partido Liberal, de Trudeau, não obteve maioria nas eleições de 2021 e precisa compor com outros partidos para governar.

“Os canadenses merecem um candidato ‘real’ nas próximas eleições. Ficou óbvio para mim que, pelas batalhas internas no partido, eu não serei a melhor opção nesta eleição”, afirmou Trudeau.

Trudeau sai de cena para tentar “salvar” as chances de vitória de seu partido, os liberais, nas próximas eleições legislativas, marcadas para 20 de outubro. Há mais de um ano pesquisas de intenção de voto mostram os conservadores à frente na corrida eleitoral. A permanência do premiê no cargo até a escolha de um substituto também é encarada como importante para reverter esse cenário.

A suspensão do Parlamento dá tempo para os liberais “respirarem”. Até então, o Parlamento canadense retomaria as atividades em 27 de janeiro, e os partidos de oposição planejavam derrubar o governo de Trudeau assim que pudessem, provavelmente no final de março. Com a volta programada para 24 de março, uma moção de desconfiança –o instrumento para contestar o governo atual– seria levada adiante provavelmente em maio.

Com a renúncia, novos apelos devem ocorrer pelo adiantamento do pleito para instituir um governo capaz de lidar com a administração do presidente eleito dos EUA, Donald Trump, pelos próximos quatro anos.

Trudeau, de 53 anos, chegou ao poder em 2015 após 10 anos de governo do Partido Conservador. Inicialmente, recebeu forte apoio, mas se tornou impopular entre os eleitores nos últimos anos devido a uma série de questões, incluindo o aumento vertiginoso dos preços dos alimentos e da habitação, e diante da imigração crescente.

g1

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Esporte

Arena vai sediar jogo do Flamengo válido pelo Campeonato Carioca no dia 19 de janeiro; Ingressos já estão à venda

Foto: divulgação

O Flamengo tem partida confirmada na Casa de Apostas Arena das Dunas pelo Campeonato Carioca de 2025. O confronto escolhido para a capital potiguar será entre Flamengo e Nova Iguaçu, marcado para o dia 19 de janeiro, um domingo, às 21h. O jogo será válido pela 3ª rodada da Taça Guanabara. Portões abrem às 18h.

Os ingressos já estão à venda no site da Arena, através do link https://www.casadeapostasarenadasdunas.com.br. As vendas físicas iniciarão a partir da próxima semana, nos já tradicionais pontos de venda físicos: nas unidades da Gol Mania Store de Lagoa Nova (Av. Prudente de Moraes) e Zona Norte (Partage Norte Shopping).

No dia do jogo, os torcedores poderão adquirir os ingressos na bilheteria 1, no Portão T, e na Bilheteria 2, no Portão L, que iniciará as vendas às 16h, com previsão de encerramento às 21:45h.

No setor de arquibancada Leste, com acesso pelos portões M, N, O, P e Q, os ingressos estão sendo vendidos pelo valor de R$ 150,00 (inteira) e 75,00 (meia estudante e meia solidária).

Para as arquibancadas do Anel Sul (portões J, K e G), os preços são R$ 100,00 (inteira) e R$ 50 (meia estudante e meia solidária). No 1.o Anel Sudoeste, os valores são R$ 80,00 (inteira) e R$ 40,00 (meia estudante e meia solidária)

Para as cadeiras Premium (zona mista), serve a mesma dinâmica de precificação das arquibancadas, com alteração apenas nos valores: 250,00 (inteira) e R$ 125 (meia estudante e meia solidária), com acesso pelos portões A, D e E.

Torcedores que adquirirem a meia solidária deverão levar 2kg de alimento não perecível ao estádio. O objetivo da ação social é incentivar a presença do torcedor ao estádio, já que os valores ficam mais acessíveis. Já a meia entrada para estudantes respeitará o benefício da lei 12.933/2012, sendo indispensável a apresentação da Carteira de Estudante vigente e documento de identificação na entrada do estádio.

Crianças até dois anos não pagam ingressos. Idosos pagam meia entrada.

Campeonato Carioca 2025 – Taça Guanabara

O Campeonato Carioca é a principal divisão do futebol do Rio de Janeiro. A fase inicial desta edição – Taça Guanabara – acontecerá em pontos corridos entre 12 equipes, em 11 rodadas. Os quatro primeiros colocados da Taça Guanabara decidirão as semifinais do Campeonato, em partidas de ida e volta. Nas partidas finais (entre os vencedores das semifinais), não haverá vantagem para nenhuma equipe, porém a melhor classificada pode escolher o mando de campo. Em caso de empate, haverá disputa por pênaltis.

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SUCUPIRA PERDE: Vereador Daniel Valença destina emenda impositiva municipal para secretaria do Estado

Foto: reprodução

O vereador Daniel Valença (PT) destinou emenda impositiva municipal no valor de R$ 44 mil para reformar o laboratório da Farmácia Viva, gerido pela Secretaria de Estado da Saúde Pública do RN, como descreve o documento datado de 13 de dezembro de 2024. (veja aqui)

O detalhe é que o orçamento do Governo do Estado para 2025 é de R$ 23 bilhões, enquanto a Prefeitura de Natal possui orçamento de R$ 5 bilhões para o mesmo período.

Opinião dos leitores

    1. Nada demais? kkkkk Acho engraçado esses puxa saco que comenta os absurdos aqui.

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Geral

Governo vai aguardar eleição da presidência do Congresso para discutir reforma da renda, diz Haddad

Foto: Diogo Zacarias/MF

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, informou que o governo vai aguardar a eleição da presidência da Câmara dos Deputados e do Senado Federal para iniciar a discussão da reforma da renda no Congresso Nacional. A declaração foi realizada após reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

O encontro com o presidente foi realizado para tratar da agenda econômica de 2025 e da votação do Orçamento deste ano. Segundo Haddad, a votação da Lei Orçamentária Anual é a prioridade do governo neste início de ano.

No final de 2024, Haddad havia informado que pasta econômica identificou uma “inconsistência” no projeto da reforma da renda que vem sendo elaborado pelo governo. Ao ser questionado se a inconsistência foi solucionada, Haddad respondeu: “Vou saber hoje”.

“A Receita Federal ainda não rodou o novo modelo porque nós estávamos terminando o ano com muitas coisas. Mas isso já deve ficar pronto nos próximos dias”, disse a jornalistas nesta segunda (6).

Orçamento

O Congresso Nacional não aprovou o Orçamento de 2025 em dezembro do ano passado. Apesar disso, a União poderá pagar normalmente as despesas obrigatórias ou essenciais, como salários, aposentadorias e estoques dos serviços de saúde. Em geral, outras despesas poderão ficar limitadas a 1/12 do valor previsto por mês.

“No começo do ano, é sempre uma discussão mais lenta mesmo ordinariamente. Temos que falar com o relator [senador Angelo Coronel] para ajustar o orçamento às perspectivas do arcabouço fiscal e das leis que foram aprovadas no final do ano passado”, disse Haddad.

O relator do Orçamento de 2025, senador Angelo Coronel, optou por adiar a votação do Orçamento para que pudesse haver mais tempo na incorporação das medidas fiscais apresentadas pelo governo no seu relatório final.

Alta do dólar

Haddad descartou a possibilidade de aumentar o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para conter a saída do dólar. Segundo o ministro, haverá um processo de “acomodação natural” no preço da moeda norte-americana.

“Não existe discussão de mudar regime cambial no Brasil nem de aumentar imposto com esse objetivo. Estamos recompondo a base fiscal por meio das propostas que estão sendo endereçadas ao Congresso Nacional”, afirmou.

“Sobre a questão do dólar, há um processo de acomodação natural. Nós tivemos um estresse no final do ano passado no mundo todo e também no Brasil. Hoje o presidente eleito nos Estados Unidos [Donald Trump] deu declarações moderando determinadas propostas feitas ao longo da campanha. É natural que as coisas se acomodem”, disse.

CNN Brasil

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