Diversos

Brasileiros se veem menos tolerantes e mais divididos que há dez anos, diz pesquisa

Os brasileiros se veem mais divididos e menos tolerantes que há dez anos. E veem as divergências políticas como o principal foco de tensão polarizadora no país.

O Brasil, contudo, segue uma tendência mundial. É o que aponta uma pesquisa da Ipsos Mori feita para a BBC em 27 países com 19.428 mil pessoas.

Questionados se as pessoas estão mais ou menos tolerantes em relação a pessoas com diferentes origens, culturas e pontos de vista se comparado com a década passada, 45% dos participantes brasileiros disseram estar menos tolerantes e 29% mais (ainda havia opções como “igual como era antes” e “não sei”). A média global foi 39% e 30% respectivamente.

O porcentual de brasileiros, 62%, que acreditam que o país esteja mais polarizado hoje do que há 10 anos também é superior ao de pessoas no mundo, 58%, que acham que o planeta está mais dividido.

Apenas 16% dos brasileiros acham que o país está menos dividido – o mesmo percentual de pessoas no mundo que veem uma divisão menor na sociedade hoje do que há 10 anos.

Os entrevistados tinham ainda como opção, além de “mais dividido…” ou “menos dividido…”, as resposta “o mesmo que há dez anos” e “não sei”.

A região com a maior percepção de divisão nos países hoje (66%) é a Europa. A América Latina (59%) aparece em segundo – além do Brasil, foram ouvidas pessoas no México, Argentina, Chile e Peru.

Assim como no Brasil, a política é apontada como principal foco de tensão no mundo. Dos mais de 19 mil entrevistados, 44% apontaram visões conflitantes na política como maior foco de tensão em seus países. Esse item é também citado como o principal foco de tensão na América Latina.

No Brasil, foi citado por 54% dos entrevistados. Na Argentina, por sua vez, essa porcentagem chega a 70%.

“É uma porcentagem muito, muito alta”, disse Gottfried. “Com exceção da Malásia (74%), essa pesquisa coloca a Argentina no topo em termos de ver diferenças políticas como principal problema”, explica Glenn Gottfried, da empresa responsável pela pesquisa e que monitorou o trabalho de coleta de dados.

Na Europa, além de divergências políticas, muitos entrevistados optaram pelo item imigração (tensão entre imigrantes e pessoas nascidas no país) como foco de tensão polarizadora em seus países.

Mas, enquanto a tensão entre imigrantes e locais é citada como problema por 61% dos italianos, 50% dos britânicos e 46% dos alemães, apenas 8% dos brasileiros a veem como foco de tensão no país.

O terceiro item mais apontado no mundo como foco de inquietude é a tensão social entre ricos e pobres, escolhido por 65% dos russos e chineses que participaram da pesquisa. No Brasil, essa porcentagem é de 40%.

A pesquisa permitia mais de uma resposta para a pergunta sobre fontes de tensão. Além da tensão entre pessoas de visões políticas divergentes, entre ricos e pobres e entre imigrantes e locais, os entrevistados podiam escolher a tensão entre jovens e velhos, homens e mulheres, grupos religiosos e etnias diferentes.

Na Europa, foram coletados dados em 11 países: Bélgica, França, Alemanha, Hungria, Itália, Polônia, Rússia, Espanha, Suécia, Sérvia e Reino Unido.

“Toda a Europa mostra uma tendência muito similar, com pelo menos três entre quatro participantes dizendo que suas respectivas sociedades estão muito ou razoavelmente divididas”, diz Glenn Gottfried.

Para Gottfried, as divisões entre os europeus cresceram de forma mais proeminente. “Isso pode ser um reflexo do clima político e da guinada mais à direita que temos visto em algumas partes do continente; isso pode estar fazendo com que as pessoas sintam mais tensões. Os dois estão correlacionados”, explica.

Por isso, segundo ele, a questão da imigração aparece forte em países como Itália, França, Suécia e Reino Unido. Mas Gottfried diz que as percepções de divisões sociais mais tradicionais ainda persistem, como a entre ricos e pobres.

TENSÃO NA SOCIEDADE

Onde estão as maiores fontes de divisão no mundo, segundo entrevistados em 27 países

44% acreditam que a maior fonte de tensão está entre quem difere politicamente; no Brasil são 54%

36% dizem estar entre ricos e pobres; no Brasil são 40%

30% acham que há tensão entre imigrantes e pessoas que nasceram no país; no Brasil são 8%

27% acreditam que a maior divisão está entre diferentes grupos religiosos; no Brasil são 38%

25% acham que estão entre diferentes etnias; no Brasil também

11% vêem divisão entre idosos e jovens / homens e mulheres

(Ipsos-BBC. Pesquisa online em 27 países)

“As tensões baseadas na classe social e na renda ainda existem. No Reino Unido, por exemplo, cerca de um terço dos entrevistados vê tensões entre ricos e pobres. Na Hungria mais pessoas veem tensões entre ricos e pobres que em relações a imigrantes”, observa.

Na América Latina, pelo menos três quartos dos participantes se veem divididos, a maioria por causa de questões políticas, mas também pela tensão entre ricos e pobres.

No Brasil, as diferenças religiosas também são apontadas como um grande problema por 38% dos entrevistados. Na Argentina, o tema é visto por apenas 8% como motivo de divisão da sociedade.

Os argentinos, contudo, têm uma alta percepção de que o país está dividido. Mais de 90% dos participantes disseram que a Argentina é um país muito ou relativamente dividido e 40% disse que a situação piorou nos últimos dez anos.

Análise: Política rachada na Argentina

O presidente da Argentina, Maurício Macri, fez campanha em 2015 prometendo acabar com “la grieta”, termo usado para descrever a polarização que cresceu no país durante os governos dos Kirchner (2003-2015).

No entanto, esse racha, que ainda faz parte da retórica argentina e é mencionado de forma recorrente pela mídia, está longe de acabar durante a gestão de Macri. Na verdade, ela pode ter se aprofundado, já que mais de 40% das pessoas sugeriram que seu país estava mais dividido agora do que há 10 anos.

Para o sociólogo Martin Gendler, da Universidade de Buenos Aires, é “interessante ver como as pessoas percebem esse racha como um fenômeno recente”.

“Na verdade, este país foi fundado com base numa série de dualidades e rivalidades que estão lá desde os primórdios da nação, e são ainda mais agudas do que em outros países. Elas foram reinterpretadas e ganharam novos significados ao longo dos anos, mas sempre giraram, em grande parte, em torno do confronto entre populismo versus antipopulismo”.

Um mundo muito menos tolerante?

Gottfied, contudo, é otimista. Ele diz que a pesquisa revela alguns indicadores e tendências positivos.

Dois terços dos participantes afiram que as pessoas no mundo têm mais coisas em comum que diferenças.

“Apenas um pequeno número diz que misturar pessoas com diferentes origens, culturas e pontos de vista causa conflitos”, salienta Gottfried.

Além disso, um terço dos participantes disse que essas interações podem levar a mal-entendidos, mas que estes podem ser superados. Ainda segundo a pesquisa, 40% dos entrevistados acreditam ser possível alcançar um melhor entendimento e respeito mútuos.

O Canadá, por exemplo, aparece como um dos países com mais alta percepção de tolerância: 74% dos canadenses disseram que o país é muito ou razoavelmente tolerante com pessoas de diferentes origens ou pontos de vista, seguidos por 65% dos chineses e 64% dos malaios.

BBC Brasil

 

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Brasil

Congresso atende governo e aprova Orçamento com margem para negociar cortes

Foto: Pedro França/Agência Senado

Com três meses de atraso, o Congresso Nacional aprovou em votação simbólica, nesta quinta-feira (20), o Orçamento de 2025.

Agora, o texto segue para sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Mais cedo, o texto foi aprovado pela Comissão Mista de Orçamento (CMO), sob relatoria do senador Angelo Coronel (PSD-BA). As negociações finais, feitas horas antes da votação, garantiram a capacidade de o governo ampliar o espaço para remanejar recursos, por meio do cancelamento de despesas.

Após acordo costurado a pedido do Executivo, o relator apresentou uma complementação de voto com mudanças que envolvem os limites das despesas discricionárias (não obrigatórias).

No relatório inicial, o limite de remanejamento era de 10%, mas a complementação elevou para 30%. No Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o percentual, que também havia sido reduzido para 10%, voltou ao original de 25%.

Entre outros pontos, a peça prevê corte de R$ 7,7 bilhões no Bolsa Família e superávit primário de R$ 15 bilhões.

Críticas

O Orçamento de 2025 deveria ter sido aprovado pelo Congresso no ano passado, mas a análise foi atrasada devido ao impasse entre os Três Poderes sobre a execução de emendas parlamentares.

Como a peça orçamentária ainda não havia sido analisada, o governo teve de iniciar o ano podendo gastar somente 1/12 avos dos recursos previstos na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2025.

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Brasil

Glenn Greenwald relembra reportagem em que assessor de Moraes fala em ‘pegar o Eduardo Bolsonaro’

Foto:reprodução

O jornalista Glenn Greenwald compartilhou link de reportagem que escreveu em agosto do ano passado na qual expõe uma conversa de assessores do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), sobre o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), agora licenciado.

Na reportagem, escrita em parceria com Fabio Serapião e publicada no jornal Folha de S.Paulo, consta que o juiz auxiliar de Moraes no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Marco Antônio Vargas, afirmou ao então assessor de Moraes no TSE, Eduardo Tagliaferro, que a intenção do ministro era “pegar o Eduardo Bolsonaro”.

O assessor também chamou o filho de Bolsonaro de “bandido”.

A reportagem voltou a ser mencionada depois que Eduardo Bolsonaro decidiu ficar nos Estados Unidos e se licenciar do cargo de deputado. Havia contra ele um pedido de deputados do PT de apreensão de passaporte e de investigação pelas denúncias que o parlamentar fez sobre supressão de garantias legais e constitucionais no Brasil contra a direita.

Horas depois do anúncio de que Eduardo não voltaria ao Brasil e pediria asilo aos EUA, a Procuradoria-Geral da República (PGR) deu parecer contrário à apreensão do passaporte, e Moraes arquivou o pedido do PT.

“Esta é a reportagem que fizemos na Folha mostrando que os principais assessores de Moraes teriam discutido como o ministro do STF queria pegar Eduardo Bolsonaro”, escreveu Greenwald ao compartilhar o link e um print de parte do texto.

O conjunto de mensagens transcrito pela Folha mostra que Moraes teria pedido aos assessores para associar Eduardo ao argentino Fernando Cerimedo, acusado de disseminar desinformação sobre fraudes nas eleições.

O pedido foi repassado pelo juiz auxiliar Marco Antônio Vargas a Tagliaferro. Cerimedo foi investigado por afirmar que cinco modelos de urnas em que Luiz Inácio Lula da Silva recebeu mais votos não passaram por testes de segurança.

Em 4 de novembro, o juiz auxiliar de Moraes escreveu a Tagliaferro: “Ele quer pegar o Eduardo Bolsonaro. A ligação do gringo com o Eduardo Bolsonaro.” O assessor, por sua vez, respondeu: “Será que tem?”

Em conversas posteriores, Tagliaferro mencionou um vídeo de Eduardo Bolsonaro com a bandeira do jornal que promoveu as teorias de Cerimedo, afirmando que isso poderia estabelecer uma ligação.

“Tem um vídeo do Eduardo Bolsonaro com a bandeira do jornal que fez a live de ontem, conseguimos aí relacionar ele aquilo”, escreveu Tagliaferro. ” Que beleza”, respondeu o juiz auxiliar de Moraes.

Revista Oeste 

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Geral

Mulher queima o pênis do marido com acetona ao suspeitar de traição

Foto:reprodução

Uma mulher é suspeita de queimar o pênis do marido e de atacá-lo com um facão após desconfiar de que foi traída. O crime foi cometido na tarde dessa terça-feira (18/3), em Boa Esperança do Sul, interior de São Paulo.

De acordo com a Polícia Militar de São Paulo (PMSP), a mulher chegou à própria casa mais cedo e flagrou o marido nu. Ao verificar o celular dele, a mulher encontrou mensagens comprometedoras enviadas para a irmã dela, além de fotos da outra mulher nua.

Tomada pela fúria, ela pegou acetona, jogou sobre o órgão genital do marido e ateou fogo.

O caso é investigado pela Polícia Civil de São Paulo.

METRÓPOLES 

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Polícia

Lojista é esfaqueado dentro do próprio comércio e morre

Foto: reprodução

O lojista Christian Noronha Lopes dos Santos, de 42 anos, morreu na tarde desta quinta-feira (20), no Hospital Wilson Rosado, em Mossoró. Ele foi esfaqueado em sua loja de material esportivo, localizada na Rua Meira e Sa, no centro da cidade.

O autor do crime, segundo versão inicialmente divulgada, é um morador de rua, conhecido por “Pernalonga.” A Polícia Militar foi muito diligente e prendeu o suspeito.

Christian Noronha teria o abordado por estar desarrumando peças da loja e, revoltado, o agressor o feriu mortalmente. Campanha para doação de sangue ainda foi desencadeada, mas o lojista acabou falecendo.

Christian deixa mulher e três filhos (um ainda bebê).

Blog Carlos Santos 

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Geral

Após declaração de Lewandowski, entidades que representam policiais afirmam que ministro da Justiça é “desconhecedor da realidade institucional das forças policiais”

Após o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski afirmar que a a Justiça é ‘obrigada a soltar’ porque a ‘polícia prende mal’, entidades que representam policiais e delegados no país fizeram um manifesto contrário à declaração do ministro.

As entidades classificaram as falas de Lewandowski como ‘desprovidas de embasamento’. No manifesto, as entidades afirmam que “o Brasil tem um Ministro da Justiça e Segurança Pública absolutamente alheio e desconhecedor da realidade institucional das forças policiais, desqualificado para o tema de segurança pública, totalmente indiferente às prioridades de enfrentamento à criminalidade e tragicamente incapaz de compreender a dinâmica do trabalho das instituições policiais brasileiras”.

Leia a íntegra abaixo:

Para a perplexidade e repúdio da imensa maioria da sociedade brasileira, das instituições policiais e de centenas de milhares de seus integrantes que diuturnamente laboram em prol do interesse público e da defesa social diante de uma criminalidade com indicadores alarmantes decorrentes de múltiplas causas, deparamo-nos em contexto tão lamentável com uma absurda declaração do Sr. Ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, que desta vez categoricamente afirma que:
“a polícia prende mal” e por tal pretexto o “Judiciário solta”.

Além de desprovidas de embasamento e mínima capacidade empírica, tais declarações apenas constatam que, de forma inaudita, o Brasil tem um Ministro da Justiça e Segurança Pública absolutamente alheio e desconhecedor da realidade institucional das forças policiais, desqualificado para o tema de segurança pública, totalmente indiferente às prioridades de enfrentamento à criminalidade e tragicamente incapaz de compreender a dinâmica do trabalho das instituições policiais brasileiras.

Indiferente aos alertas inúmeros de descontinuidade de vários programas implementados no próprio Ministério da Justiça e Segurança Pública (como o próprio Programa Nacional de Enfrentamento às Organizações Criminosas) e de descompasso com o ordenamento jurídico vinculado à segurança pública no Brasil (como a própria Lei nº 13.675/2018, que instituiu o Sistema Único de Segurança Pública), o Ministério da Justiça e Segurança Pública e a Secretaria Nacional de Segurança Pública – SENASP se pautam por narrativas enviesadas, declarações equivocadas, sem fundamento técnico e científico e implementação de medidas políticas de impacto midiático que só prejudicam a motivação e legitimidade das instituições policiais.

As declarações estereotipadas do Ministro Ricardo Lewandowski revelam a total inação e falência da política nacional de segurança pública do Governo, que desconsidera vários (bons) programas da gestão anterior e alavanca uma constante polarização política e tensões com as instituições policiais do Brasil.

Ademais, ofendem indelevelmente a honra dos policiais deste país.

Para apenas exemplificar o nível de inverdade da manifestação do Sr. Ministro da Justiça e Segurança Pública em relação às alegadas “falhas” de prisões por parte dos policiais no Brasil como justificativa para a “soltura” de criminosos e infratores, devemos recordar que foi justamente o Sr. Ministro Ricardo Lewandowski quem advogou explicitamente a implementação das audiências de custódia sem normatização infraconstitucional e promoveu teses além do garantismo penal para legitimar liberações de criminosos.
Destacamos que o Sr. Ministro da Justiça, há mais de 1 ano no cargo, não utilizou a sua experiência como jurista da mais alta corte do País quando analisou os recursos advindos de condenações em primeiro, segundo e terceiro grau, em que revogou diversas condenações penais por ter observado inúmeras falhas (segundo a sua tese e convencimento) não somente das polícias, mas também do Ministério Público e do juiz nos processos criminais que levaram à condenação de criminosos, podendo, pois, prestar um melhor serviço para a Nação ao defender projetos de lei e programas para aperfeiçoar as prisões, as denúncias e as sentenças em tramitação no Congresso Nacional e apoiados pelas entidades subscritoras.

Convidamos inclusive o Sr. Ministro Lewandowski, natural do Estado de São Paulo, antes que venha a deixar o cargo, a fazer uma pedagógica visita ao mausoléu dos policiais mortos em serviço naquele Estado ou que compareça a enterros de policiais quase que diariamente mortos em decorrência do cargo, para refletir um pouco mais antes de fazer declarações infelizes que ofendem a honra e a história das instituições policiais e de seus integrantes que garantem a paz social e a governabilidade do país.

Ademais, novamente reiteramos à sociedade brasileira e à classe política que a intitulada “PEC da Segurança Pública” tão defendida pelo Sr. Ministro da Justiça e Segurança Pública como “a marca de sua gestão”, não tem qualquer apoio das entidades representativas das categorias policiais que subscrevem este manifesto, por ser redundante, inepta e criar mais problemas institucionais, além de desviar a atenção dos reais problemas da segurança pública no Brasil – notadamente decorrentes da inação do Estado brasileiro em cumprir a própria legislação em vigor e efetivar políticas públicas transversais.

Que a sociedade brasileira se levante democraticamente contra tamanha crise institucional e política que vivenciamos na segurança pública do Brasil.

Brasília, 20 de março de 2025.

FENEME – Federação Nacional das Entidades Militares Estaduais

ANERMB – Associação Nacional das Entidades Representativas dos Militares Brasileiros

ADEPOL DO BRASIL – Associação dos Delegados de Polícia do Brasil

FENADEPOL – Federação Nacional dos Delegados de Polícia Federal

FENDEPOL – Federação Nacional dos Delegados de Polícia Civil

AMEBRASIL – Associação Nacional dos Militares Estaduais

Opinião dos leitores

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Saúde

Médicos da UTI do Walfredo Gurgel ameaçam paralisar atividades após seis meses de salário atrasado

Foto: MPRN

Médicos que trabalham na UTI do Hospital Walfredo Gurgel, maior hospital de traumas do Estado, ameaçam paralisar os atendimentos. A categoria reclama que está com seis meses de salário atrasado. Em assembleia no Sindicato dos Médicos (Sinmed-RN), os profissionais decidiram que vão interromper a prestação do serviço caso o repasse não seja regularizado até 25 de março (terça-feira).

De acordo com a categoria, contratada através da empresa de Serviço de Assistência Médica e Ambulatorial (Sama), os repasses financeiros não são feitos pelo Estado desde o mês de outubro de 2024.

Diante do descumprimento do acordo, os médicos decidiram em assembleia apresentar um prazo para pagamento dos meses de outubro e novembro de 2024 até o dia 25 de março, às 16h. Caso o pagamento dos dois meses não seja efetuado, uma nova assembleia da categoria será realizada no mesmo dia para decidir sobre a possibilidade de uma paralisação a partir do dia 26 de março.

O presidente do Sinmed-RN, Geraldo Ferreira, lembra que existe um acordo pré-processual feito em audiência de conciliação, realizada pela Justiça Federal, com a participação do sindicato, do Conselho Regional de Medicina (Cremern), da Secretaria Estadual de Saúde (Sesap) e da Sama. O acordo prevê que os atrasos salariais não podem ultrapassar três meses.

Além das UTIs do Walfredo Gurgel, os hospitais da Polícia, Santa Catarina, Giselda Trigueiro e Deoclécio Marques (todos em Natal, sendo apenas o último localizado em Parnamirim) também podem ter os atendimentos paralisados, totalizando 9 UTIs, caso o repasse financeiro do Estado não seja efetuado até o dia 25.

O que diz a Sesap

Em nota, a Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sesap) disse que “mantém negociações” com a empresa prestadora de serviço médico e busca efetuar o pagamento até a próxima terça-feira (25), evitando assim a paralisação. “A gestão está adotando todas as medidas cabíveis e urgentes para garantir a continuidade dos serviços essenciais”, diz a nota.

A Secretaria enfatiza que “segue enfrentando dificuldades financeiras decorrentes da queda significativa na arrecadação do ICMS em 2024”, proveniente das leis federais 192 e 194, de 2022, que reduziram a cobrança do imposto dos estados sobre combustíveis, telecomunicações e energia elétrica.

“O efeito do reajuste da alíquota do ICMS, aprovado para 2025, só acontecerá a partir de abril, quando a gestão estadual iniciará gradativamente o reequilíbrio das contas”, afirmou a pasta.

98 FM Natal

Opinião dos leitores

  1. Quero ver um empresário atrasar 6 meses o ICMS e continuar funcionando. O governo é bom cobrador e péssimo pagador.

    1. isto tem sido comum para todos os fornecedores do estado em todas as secretarias.
      A única coisa em dia até o presente momento é o salário dos servidores

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Geral

Ministério da Justiça divulga nota para tentar explicar fala polêmica de Lewandowski sobre polícia ‘prender mal’

Foto: Wilton Junior/Estadão

O Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) divulgou nota para tentar explicar uma declaração considerada polêmica feita pelo ministro Ricardo Lewandowski na quarta-feira, 19. Ele afirmou que o Judiciário é obrigado a soltar detentos que tiveram suas prisões conduzidas de forma errada pela polícia, e que “a polícia tem que prender melhor”.

“É um jargão que foi adotado pela população, que a polícia prende e o Judiciário solta. Eu vou dizer o seguinte: a polícia prende mal e o Judiciário é obrigado a soltar”, afirmou Lewandowski durante abertura da reunião do Conselho Deliberativo da Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB), em Brasília.

A declaração repercutiu mal entre associações policiais e a oposição ao governo Lula, e a pasta agiu para suavizar a fala. Em nota, o MJSP informou que “a manifestação ocorreu em um contexto da falta de integração das informações das polícias e as audiências de custódia”.

“Nesse cenário, ele falou que, hoje, há uma dificuldade de troca de informações entre as forças de segurança do país e o Poder Judiciário, o que se pretende solucionar a partir da PEC da Segurança Pública –cujo um dos objetivos é o de padronizar e uniformizar os dados produzidos pelas autoridades policiais em todo o Brasil, qualificando as ações de segurança pública”, diz a nota.

“Na resposta do ministro, foi citado que, em muitos casos, o detido é apresentado ao juiz na audiência de custódia, mas, por falta de padronização e de compartilhamento no registro de informações, o magistrado não tem acesso a dados importantes, como, por exemplo, os antecedentes do suspeito”.

“Vale destacar que o ministro iniciou sua manifestação sobre o assunto exaltando a necessidade de valorizar as polícias, inclusive com melhores salários, e de equipar melhor as forças policiais para, entre outros pontos, qualificar todo o processo probatório e robustecer os processos judiciais”, finaliza.

Deputados federais, especialmente da bancada da bala — formada por políticos ligados às forças policiais — articulam a convocação de Ricardo Lewandowski na Câmara dos Deputados.

O deputado federal Delegado Palumbo (PL-SP), integrante da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado da Câmara, criticou a fala de Lewandowski e afirmou que há articulações na Casa para colher assinaturas com o objetivo de convocar o ministro a prestar esclarecimentos sobre o tema perante os parlamentares.

Delegados de Polícia Federal se disseram “indignados” com as declarações do ministro. Em nota divulgada nesta quinta-feira, 20, a Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF), maior entidade da classe, disse que “críticas públicas não respaldadas em evidências e dados concretos enfraquecem o esforço conjunto de enfrentamento à criminalidade”.

“Só é possível falar em prisão ‘mal realizada’ quando se detecta alguma ilegalidade e certamente essa não é a realidade diuturna das audiências de custódia realizadas no Brasil”, diz a manifestação dos delegados.

Estadão Conteúdo

Opinião dos leitores

  1. Concordo com o MINISTRO, A POLICIA TRABALHA MAL, E ESTUPIDA, MAL EDUCADA, VIOLENTA, ESCRUPULOSA E AINDA USA DO TERMO ABUSO DE AUTORIDADE, QUANDO NA VERDADE,NAO PASSAM DE FUNCIONÁRIOS PAGOS PELA POPULAÇÃO.
    MUITOS NUNCA FORAM A UMA UNIVERSIDADE.
    PARABÉNS MINISTRO, A VERDADE DOI A QUEM NAO SABE TRABALHAR

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Geral

OAB diz que tratará com imparcialidade reclamação da defesa de Bolsonaro e Braga Netto contra Moraes


Beto Simonetti, presidente da OAB  Foto: RAUL SPINASSÉ/NOVO SELO COMUNICAÇÃO

A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) afirmou nesta quinta-feira, 20, que tratará com “seriedade e imparcialidade” a representação feita à entidade pelas defesas do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), do general Walter Braga Netto e do coronel Marcelo Câmara contra supostas “ilegalidades” do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Conforme antecipou a Coluna do Estadão, os advogados dos bolsonaristas alegaram “violação das prerrogativas” no processo que tramita no STF.

Todos os pedidos relacionados a eventuais violações do livre exercício profissional são tratados com a seriedade e a imparcialidade que sempre pautaram a atuação da entidade, sem distinção de parte ou contexto. Portanto, como de praxe, a Ordem dará ao pedido o devido processamento ordinário, com a análise técnica e objetiva dos fatos apresentados”, disse a entidade. O documento apresentado pelas defesas, endereçado ao presidente da OAB, Beto Simonetti, começou a tramitar nesta quinta-feira, 20.

Os advogados pediram que a OAB faça uma intervenção “urgente” e “tome as providências que entender cabíveis e necessárias para garantir que as prerrogativas profissionais dos advogados postulantes sejam restabelecidas e garantidas”. “Os advogados postulantes se encontram de mãos atadas frente às diversas negativas de pleitos que são necessários ao exercício de sua profissão”.

“Uma manifestação cirúrgica, pontual, assertiva do Conselho Federal da OAB irá abraçar essa tese nossa do cerceamento de defesa. Eu acho que é fundamental. Quando você viola a prerrogativa de um advogado, na verdade, você está violando o direito da sociedade civil. Porque alguém outorgou um mandato para um advogado para que ele possa exercer a sua atividade na plenitude. E infelizmente, isso não vem ocorrendo nesta ação penal [no STF]”, disse o advogado.

Coluna do Estadão

 

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Geral

Lewandowski diz que polícia ‘prende mal’ e o Judiciário é ‘obrigado a soltar’

Foto: Robson Alves/MJSP

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski disse que a polícia executa prisões de forma equivocada e, por isso, o Judiciário é obrigado a soltar os presos.

“É um jargão que foi adotado pela população, que a polícia prende e o Judiciário solta. Eu vou dizer o seguinte: a polícia prende mal e o Judiciário é obrigado a soltar”, afirmou o ministro, nesta quarta-feira (19).

Lewandowski rebateu críticas sobre o papel do poder Judiciário em uma palestra sobre o impacto da PEC da Segurança Pública nos setores de comércio e serviços.

O chefe da Justiça, que foi ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) entre 2006 e 2023, disse que a instituição policial, às vezes, prende sem provas e dados concretos. Segundo Lewandowski, se as prisões fossem de forma técnica, apresentando dados e indícios probatórios para o juiz, dificilmente os infratores seriam soltos.

“É claro que nós temos que aperfeiçoar isso, nenhum juiz soltará um criminoso. Ele não está lá para soltar, ele está lá para fazer justiça. […] A polícia tem que prender melhor”, finalizou.

Em nota, a Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF) repudiou a fala do ministro Lewandowski.

“Só é possível falar em prisão ‘mal realizada’ quando se detecta alguma ilegalidade e certamente essa não é a realidade diuturna das audiências de custódia realizadas no Brasil”, afirmou a associação.

A nota traz ainda que a qualidade da prova produzida pelas Polícias Judiciárias “não pode ser medida pelo número de liberdades provisórias concedidas em audiências de custódia”.

A ADPF ainda cobra o Ministério da Justiça e afirma que a pasta deveria “estar atuando para valorização da polícia judiciária e dos Delegados de Polícia” e focar “no que realmente importa”.

CNN Brasil

Opinião dos leitores

  1. Esse é um mentiroso contumaz, defensor da bandidagem, nada do que esse cara faz beneficia a população do bem.

  2. Agora pronto. Esse tipo de comentário só faz incintar mais violência. Como é que pode. Esse povo tá doido.

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Geral

Restaurante culpa Bolsa Família e cervejinha por falta de funcionários

Foto: reprodução/redes sociais

Uma unidade do restaurante Freshouse, localizada no Shopping Market Place, na zona sul de São Paulo, justificou a falta de funcionários pelo “pessoal do Bolsa Família e da cervejinha não querer trabalhar”, após reclamações de clientes por atrasos do serviço. Com um comunicado colado no balcão de atendimento, o estabelecimento pediu paciência aos consumidores.

No papel, o Freshouse pede paciência aos clientes e admite a falta de profissionais. Fotos do aviso foram compartilhadas por consumidores e viralizaram nas redes sociais.

“Srs. clientes, por favor, tenham paciência, o pessoal do bolsa família e da cervejinha não quer trabalhar, estamos com muita falta de funcionários. Obrigado”, dizia o alerta.

Além do Shopping Market Place, a franquia, focada em opções de comidas frescas e nutritivas, também possui lojas no Mercado Municipal de Pinheiros, em Perdizes e no Shopping SP Market, todos na capital.

Em resposta às críticas, o restaurante publicou uma nota nas redes sociais alegando que a comunicação foi feita sem a autorização da diretoria. Na publicação, a marca afirma ainda que a mensagem não reflete os valores da Freshouse.

“Reconhecemos que uma notificação foi colocada indevidamente em nossa unidade do Shopping Market Place, contendo uma mensagem inapropriada e que não reflete os valores da Freshouse. Essa comunicação foi feita sem a autorização da diretoria e, infelizmente, transmitiu uma mensagem equivocada sobre a situação”, diz o texto.

Metrópoles

Opinião dos leitores

  1. Já um supermercado local quando abriu vagas em fevereiro, lotou o estacionamento de gente. Ganhar 1500 em Natal ou 2000 em SP?

  2. No Brasil do PT daqui a pouco ninguém quer trabalhar. Anotem, daqui 4 anos estaremos IMPORTANDO MÃO DE OBRA.

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