Judiciário

Juiz Marcelo Bretas é acusado de negociar penas, orientar advogados e combinar com o MP, destaca reportagem Veja

Foto: Reprodução/Veja

Em outubro do ano passado, um advogado pouco conhecido em Brasília, mas famoso em algumas rodas do Rio de Janeiro, telefonou para o Supremo Tribunal Federal (STF). Havia muito se ouvia falar dele em gabinetes importantes da capital. Assustado, o criminalista acabara de ser alvo de mandados de busca e teve celulares e computadores apreendidos pela Polícia Federal. Nythalmar Dias Ferreira Filho, de 31 anos, queria uma audiência com o ministro Gilmar Mendes, um crítico ferrenho dos métodos considerados pouco ortodoxos empregados pelos investigadores da Lava-Jato. Ele se dizia vítima de perseguição e queria consultar o ministro sobre a possibilidade de obter um acordo de colaboração. Em troca de benefícios, se propunha a testemunhar e apresentar provas de graves ilegalidades que, segundo ele, foram cometidas pelo braço fluminense da operação. Sem saber exatamente do que se tratava, Mendes não o atendeu. O advogado, porém, não estava blefando e insistiu com outras autoridades. O que ele estava disposto a contar, afinal, tinha tudo para se transformar em mais um ruidoso escândalo judicial.

Cinco meses depois dessa primeira tentativa, Nythalmar assinou um acordo com a Procuradoria-Geral da República. VEJA teve acesso à íntegra dos anexos apresentados pelo advogado — os resumos dos segredos que o colaborador se compromete a revelar às autoridades. O alvo principal do delator é o juiz Marcelo Bretas, responsável pelos processos da Lava-Jato no Rio de Janeiro. O magistrado ganhou notoriedade pelo seu trabalho à frente da 7ª Vara Federal em processos que resultaram na prisão de políticos importantes, como o ex-presidente Michel Temer e o ex-governador Sérgio Cabral, e de empresários do porte de Fernando Cavendish, ex-do­no da construtora Delta, e Eike Batista, que já foi um dos homens mais ricos do país. Segundo o criminalista, Bretas não é imparcial. Muito pelo contrário. Ele se comporta como policial, promotor e juiz ao mesmo tempo: negocia penas, orienta advogados, investiga, combina estratégias com o Ministério Público, direciona acordos, pressiona investigados, manobra processos e já tentou até influenciar eleições — evidentemente tudo à margem da lei.

Arte diálogo entre Nythalmar e Bretas

Nythalmar promete apresentar provas de todas essas acusações. A principal delas é a gravação de uma conversa entre ele, o juiz e um procurador da República encarregado da Lava-Jato. Em 2017, os três discutiam uma estratégia para convencer o empresário Fernando Cavendish a confessar seus crimes mediante o oferecimento de algumas vantagens judiciais. No áudio, cuja transcrição faz parte do material obtido por VEJA, o juiz diz a Nythalmar, representante de Cavendish, que havia sondado o Ministério Público sobre um acordo e, caso tudo saísse como combinado, poderia “aliviar” a pena do empresário. “Você pode falar que conversei com ele, com o Leo, que fizemos uma video­conferência lá, e o procurador me garantiu que aqui mantém o interesse, aqui não vai embarreirar”, diz Bretas ao advogado. Leo é o procurador Leonardo Cardoso de Freitas, então coordenador da Lava-Jato no Rio de Janeiro. O procurador também participava da conversa, realizada através de videoconferência. Na se­quência, Bretas garante que a sentença do empresário será abrandada.

“E aí deixa comigo também que eu vou aliviar. Não vou botar 43 anos no cara. Cara tá assustado com os 43 anos”, diz o juiz. Conhecido pela rigidez de seus veredictos, Bretas, ao citar os tais “43 anos”, se referia ao pânico que se espalhou entre os investigados quando ele anunciou sua decisão de condenar por corrupção o almirante Othon Luiz Pinheiro da Silva, ex-presidente da Eletronuclear, a 43 anos de prisão logo no início da Lava-Jato, em 2016. A sentença imposta a Pinheiro, naquele momento a maior da operação, gerou um temor generalizado nos réus. “Foi boa então você ter colocado 43 no Othon, né?”, elogia o advogado no diálogo gravado. Entre risadas, Bretas confirma: “É, ooo”. A conversa produziu os resultados esperados pela trinca. Logo Cavendish começou a confessar seus crimes e mais tarde assinou um acordo de delação premiada com o Ministério Público. O empreiteiro, entre outras revelações, confessou o pagamento de milhões em propina a vários políticos e, em troca, ganhou o direito de responder ao processo em liberdade.

ACUSAÇÕES - A delação tem oito anexos que tratam de manobras, combinações, estratégias, acordos e negociações ilegais que teriam sido feitas pelo juiz e pelos procuradores da força-tarefa da Lava-Jato no Rio de Janeiro – ./. Foto: Veja

No anexo da delação, em que detalha a importância do áudio apresentado como prova da suposta atuação irregular de Marcelo Bretas na Lava-Jato, o advogado diz que a conversa “demonstra de forma inequívoca que o juiz responsável, juntamente com os membros da força-tarefa, montou um esquema paraestatal, ilegal de investigação, acusação e condenação”. “O diálogo demonstra claramente que o juiz não só tinha ciência das colaborações antes de serem fechadas, bem como participava, negociava e intermediava com a ciência, participação e cooperação do MPF nas investigações, fato este gravíssimo”, relata o delator. Para garantir o direito de qualquer cidadão a um juiz imparcial, a lei proíbe que julgadores se aliem a acusadores ou a advogados em busca de um resultado judicial comum, que participem da produção de provas ou integrem as negociações para a formalização de acordos de colaboração. Qualquer atitude nesse sentido fere o devido processo legal e torna-se uma afronta ao estado democrático de Direito. No ano passado, o STF anulou uma condenação no caso Banestado por considerar que o então juiz Sergio Moro atuou de forma ilegal ao colher o depoimento de um delator e anexar documentos ao processo sem avisar a defesa.

Desde 2016, Nythalmar Ferreira atuava na Vara comandada por Marcelo Bretas. A proximidade dele com o juiz sempre suscitou rumores de que o jovem advogado recebia tratamento privilegiado, especialmente devido à sua rápida ascensão profissional e à invejável carteira de clientes que conquistou, o que lhe rendeu, inclusive, a investigação por tráfico de influência que resultou nas buscas em seu escritório. No acordo de delação, o advogado faz um raio-X de suas relações com o juiz da Lava-Jato fluminense e relata que de fã incondicional de pautas lavajatistas passou a presenciar pressões para que réus confessassem crimes em troca de penas mais brandas ou, no caso de empresários, a sobrevivência de seus negócios. Em um dos episódios mais notáveis desse comportamento impróprio, revela o delator, o juiz intermediou um acordo informal com o ex-governador Sérgio Cabral em que a moeda de troca seria poupar a ex-primei­ra-dama Adriana Ancelmo das investigações de corrupção.

No Anexo II do acordo de colaboração, Nythalmar afirma que, por volta de maio de 2018, a pedido do filho de Cabral, procurou Bretas com a proposta de livrar Adriana. O juiz concordou, ajustou os detalhes com o procurador Eduardo El Hage, então chefe da Lava-Jato no estado, e deu orientações para que Cabral e a ex-primeira-dama redigissem uma carta de próprio punho “abrindo mão de todo o patrimônio”. Para dissimular a combinação, Nythalmar afirma que o MP recorreu da decisão — tudo acertado entre as partes. Preso em Bangu 8, Sérgio Cabral passou a confessar seus crimes a Bretas em junho de 2018. Em agosto do mesmo ano, o magistrado revogou a prisão domiciliar de Adriana Ancelmo e autorizou que ela respondesse às acusações em liberdade. O delator informou que tem guardada uma gravação que “demonstra a participação, ciência e aquiescência de acordo similar” ao do ex-governador.

Desde o início da operação, os investigadores da Lava-Jato nunca esconderam suas desconfianças em relação à atuação dos juízes dos tribunais superiores de Brasília. No Anexo IV da delação, Nythalmar revela que Bretas e os procuradores se uniram numa manobra que constrangeria o ministro Gilmar Mendes, relator dos casos que envolviam o Rio de Janeiro. Em São Paulo, havia uma investigação que tinha como alvo o ex-presidente da empresa paulista de infraestrutura rodoviária (Dersa) Paulo Preto, apontado por delatores como operador financeiro do PSDB. Gilmar, como se sabe, tem ligações históricas com políticos do partido — ele foi indicado ao STF pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Na tentativa de pegar algum elo entre o investigado e o ministro, Bretas e os procuradores fluminenses tentaram transferir essa investigação para o Rio de Janeiro. Além do constrangimento, a mudança de jurisdição poderia ser usada como argumento para a escolha de um novo relator do caso. O objetivo da manobra era abrir “caminho, na visão deles, para a Lava-Jato de São Paulo ocorrer no Rio de Janeiro com mais tranquilidade, sem ser tolhida ou vigiada pelo ministro Gilmar Mendes”. O delator informou que é possível recuperar a troca de mensagens que existe entre ele e o juiz que detalham ponto a ponto essa estratégia.

Punido recentemente pelo Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2) por ter participado de atos políticos ao lado do presidente Jair Bolsonaro, Marcelo Bretas até há pouco tempo não escondia sua proximidade com detentores de mandatos eletivos. O mais notório deles, o ex-governador do estado Wilson Witzel (PSC), afastado do cargo após um processo de impeachment. Witzel e seu adversário nas eleições de 2018, o atual prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD), protagonizam um tormentoso anexo do acordo de delação de Nythalmar. Sob o título de “interferências nas eleições de 2018”, o terceiro capítulo da colaboração premiada do advogado acusa Bretas de ter atuado deliberadamente para influenciar o resultado das eleições que alçaram Witzel ao Palácio Guanabara. Às vésperas do primeiro turno da disputa de 2018, o juiz teria vazado o depoimento de um ex-assessor de Paes, então líder nas pesquisas de intenção de voto, acusando o candidato de envolvimento em fraude de licitações e recebimento de propina. O delator informou ter ouvido do próprio Bretas a revelação de que ele nutria antipatia pelo ex-­prefeito e que “foi importante que a população fluminense soubesse quem era Eduardo Paes antes da eleição”.

Ainda de acordo com o delator, em busca de um armistício, já no segundo turno, o candidato Paes teria se comprometido, caso eleito, a nomear uma irmã de Bretas para uma secretaria no futuro governo. Nesse mesmo período, Nythalmar afirma ter havido outra negociação incomum envolvendo o juiz, Eduardo Paes e Wilson Witzel. Segundo ele, após ser derrotado por Witzel, Paes fez um acordo informal com o magistrado, por meio de um advogado de sua campanha, garantindo que abandonaria a política “em troca de não ser perseguido”. Witzel, por outro lado, nomeou Marcilene Cristina Bretas, a irmã do juiz, para um cargo na Controladoria-Geral do Estado. A VEJA, o juiz Marcelo Bretas disse que não conhece o teor da delação de Nythalmar, mas afirmou que não há irregularidades no trabalho da 7ª Vara e desqualificou as acusações de que atua­ria com parcialidade na condução da Lava-Jato fluminense. “A pessoa pode falar o que quiser. Já há algum tempo querem achar alguma coisa para indicar (contra mim), mas vamos esperar que alguém demonstre alguma coisa, porque falar realmente é muito fácil”, disse. O áudio, no caso, atrapalha o raciocínio do magistrado.

Aprovado pela Procuradoria-Geral da República, o acordo de delação do advogado ainda precisa ser homologado pela Justiça. Se isso acontecer — e se ele efetivamente conseguir provar todas as graves acusações que fez —, estará aberto o caminho para um segundo capítulo da Vaza-Jato. Em 2019, a partir da divulgação de diálogos captados por criminosos virtuais, a atuação da força-tarefa da Lava-Ja­to em Curitiba foi posta em xeque, manchando a credibilidade da operação e a imparcialidade do ex-­juiz Sergio Moro. Com as revelações de Nythalmar, o braço carioca da operação passa a correr o mesmo risco.

Veja

Opinião dos leitores

  1. Foi criado uma quadrilha dentro do sistema judiciário brasileiro para dá o golpe, tirar direitos do povo, entregar o pré sal e entregar nosso patrimônio. Todos devem pagar pelo que fizeram com o país, começando pelo moro e o dallagnol.

  2. Nada demais em dar um “incentivo” para que um criminoso cobfesse seus malfeitos. Delação premiada funciona assim. Ao que parece, o juiz não obteve vantagem pessoal. Então, segue o jogo.

    1. As pessoas nem sabem ou entendem as relações do judiciário e já começam a criticar o juiz. Lembre-se que TUDO Isso é uma narrativa da esquerda comprada pela direita para dar voz a apenas dois candidatos: Lula e Bolsonaro e de quebra vem Cabral, Cunha e sua turma. Aprendam pensar. Depois critiquem os Juízes.

  3. Calígula inalador de ozônio acusou o golpe. Ruminante fraco que nem o chefe miliciano dele…

  4. Lembro no inicio da lava jato, uma programa da veja hospedado no youtube com Guilherme Boulos e um jornalista chamado Demetrio Magnoli. Nesse programa o sr. Demetrio ja dizia que o PT, ao perder o poder, iria criar inúmeras narrativas que pudessem creditar o retorno de toda a quadrilha. Dão a entender que toda a corrupção, comprovada através de delações, documentos e horas de interrogatórios, não passaram de “perseguição” de um grupo de juízes. E o pior é que tem um bando de toPTeras que acreditam.

  5. Não vi nada demais. A suposta negociação foi apenas para convencer o cara a confessar seus crimes. Por que um criminoso iria confessar seus delitos se não obtiver alguma vantagem? Aliás, a tal “delação premiada” baseia-se nisso. E o juiz, ao que parece, não auferiu vantagem pessoal com isso. No Brasil, muitas vezes o poste quer mijar no cachorro. Segue o jogo.

  6. Não esperava nada diferente vindo de um juuzeco que vai para palanque dançar com Crivella e o Genocida “em nome de Deus”, fazendo política tacanha.

    1. Eu só vi um caçador de bandido no trecho em destaque. Leu alguma coisa além da manchete, amigo? Mexer com gente poderosa é isso mesmo, gravar um juiz… tem que respeitar esses mafiosos. E tem analfabeto funcional que ainda se deixa levar pelas narrativas encharcadas de interesses.

    1. Criança, vc saiu de qual sarjeta? Beijos de Luz do Calígula kkkk

  7. Aqui juntou a manada de zebu guzerá mugindo: Calígula (biba), Direita (des)honesta, dentre outros puxa-sacos pagos. Este blog virou uma estrebaria… mas nessa matéria aqui, o gado num solta nem peido…

    1. Calma criança, cuide do coração para não infartar, ainda quero tiver por aqui na Vitória do Bozo kķkkk bjs de Luz do Calígula

    2. O interessante é que aqui, ” no comentários do leitor”, o juiz já foi condenado . kkkkkkk Mil vezes canalhas . Seres desprezíveis que são sanguessugas do erário público e comedores de pão com mortadela. Estamos de olho!!!

  8. Hô BG, veja, Globo, UOL, foice de São Paulo e Estadão, aqui não. Não rebaixe ou se iguale a esses jornalecos escrôtos, sem credibilidade.

  9. Normal demais isso nos tribunais. O que está errado é uma revista que hoje presta um desserviço a população querer denegrir um juiz que mostrou ao brasileiro quem são os políticos que eles elegeram. Os juizes só mostraram a todos que para se ganhar dinheiro e ficar rico feito essas empreiteiras ou ao Eike tem que pagar propina a político.

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Geral

Lula visitará o RN em março para inauguração da Barragem de Oiticica


A governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra, anunciou na noite desta quarta-feira 5 que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva visitará o estado no dia 19 de março para a entrega oficial da Barragem de Oiticica. O comunicado foi feito por meio de suas redes sociais, logo após um encontro com o presidente durante a cerimônia de transmissão da presidência do Consórcio Nordeste.

“Alegria imensa”, escreveu Fátima ao compartilhar a confirmação da visita de Lula.

O evento ocorreu na tarde de ontem, quando Fátima Bezerra passou a presidência do Consórcio Nordeste para o governador do Piauí, Rafael Fonteles. Na ocasião, Lula garantiu que a inauguração da barragem acontecerá na data prevista, que coincide com o Dia de São José, símbolo de esperança de chuvas para o sertão nordestino.

Localizada no município de Jucurutu, a Barragem de Oiticica é uma das principais obras de infraestrutura hídrica do Rio Grande do Norte e integra o Projeto de Integração do Rio São Francisco.

Agora RN

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Mundo

EUA emitem alerta para norte-americanos que vão passar o Carnaval no Brasil

Taba Benedicto/Estadão Conteúdo

O governo dos Estados Unidos divulgou um comunicado aos cidadãos norte-americanos que vão passar o Carnaval no Brasil. O documento orienta a todos que “permaneçam vigilantes” e considerem uma série de medidas de segurança.

Entre as recomendações estão evitar andar sozinho, especialmente à noite; e manter janelas fechadas quando estiver dentro de um veículo.

O texto também orienta a não usar joias caras ou carregar grandes quantias de dinheiro. E mais: evitar “favelas” em todos os momentos, mesmo no contexto de festas de rua e blocos.

“Fique atento a golpes de drogas em encontros. Criminosos visam estrangeiros através de aplicativos de namoro ou em bares antes de drogar e roubar suas vítimas. Não aceite bebidas de estranhos”, completa.

O comunicado pede ainda que os cidadãos norte-americanos “confiem em seus instintos”, priorizem a segurança e viajem em pares ou grupos.

“Não resista fisicamente a qualquer tentativa de roubo. Os criminosos geralmente estão armados. Sua vida é muito mais valiosa do que seus bens pessoais”, orienta o material.

CNN Brasil

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Brasil

Correios já começam 2025 dando prejuízo: R$500 milhões somente em janeiro

Foto: Agência Senado

A derrocada financeira dos Correios segue firme em janeiro. A empresa não conseguiu lucrar o suficiente para cobrir o custo mensal de R$1,9 bilhão para funcionar. A coluna teve acesso a documentos internos da estatal que mostram que a receita do primeiro mês do ano ficou em R$1,42 bilhão, portanto, não atingiu o valor mínimo de custeio. É mais um prego no caixão de Fabiano Silva dos Santos, com a demissão da presidência dos Correios encaminhada e o cargo prometido ao centrão.

Ladeira abaixo

Os minguados resultados iniciais deste ano foram um banho de água fria. Em janeiro de 2024, a receita dos Correios foi de R$1,81 bilhão.

Tudo em queda

O volume de encomendas registrou queda de 19,42%, apontam documentos internos. Passou de 201,59 milhões para 162,43 milhões.

Meu pirão

Apesar da estatal no vermelho, a diretoria dos Correios fez despesas de mais de R$6,1 milhões, entre janeiro e setembro de 2024.

Como explica?

“As demonstrações financeiras serão aprovadas e publicadas na página dos Correios”, foi o que disse à coluna a estatal para explicar o rombo.

Diário do Poder

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Geral

Presidentes de câmaras da região central declaram apoio à candidatura de Eriko Jácome para a FECAM

Na tarde desta quinta-feira (6), 11 presidentes de Câmaras Municipais da região central se reuniram no Vale do Açu para declarar apoio à candidatura de Eriko Jácome à presidência da Federação das Câmaras Municipais do Rio Grande do Norte (FECAM). O encontro foi marcado por discursos de apoio e reafirmação de compromisso com a união das Câmaras em prol de uma gestão mais representativa e inclusiva.

Eriko Jácome destacou a importância desse apoio e reforçou sua visão de integração para todo o estado.
“Nossa campanha segue firme e unida, com uma agenda voltada para atender todas as regiões do Rio Grande do Norte. Fico muito feliz em ver esses encontros se transformarem em declarações de apoio tão significativas, mostrando que os presidentes de Câmaras acreditam no nosso projeto. Logo mais estaremos em Mossoró, fortalecendo ainda mais esse movimento que busca o melhor para o municipalismo do nosso estado”, afirmou Eriko.

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Geral

[VÍDEO] Andréia Sadi critica fala de Lula sobre preços dos alimentos: “governo tem o diagnóstico, mas não têm a solução”

A jornalista Andréia Sadi, da GloboNews, analisa mudança na comunicação do governo e destaca “falta de temperatura” de Lula após fala sobre o preço dos alimentos: “É óbvio que, se a pessoa entra no mercado e não consegue comprar, é porque não tem dinheiro. Uma coisa é ela saber disso, outra é ouvir isso do presidente da República, a liderança máxima do país. A pessoa quer algo a mais: o que esse governo tem a dizer? O que tem a oferecer? Qual é a sugestão, a solução? Como vamos sair dessa? Eles têm o diagnóstico, mas não têm a solução. Realmente, não há marqueteiro que dê jeito.

GloboNews

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Geral

Ciro Nogueira critica fala de Lula sobre alta dos alimentos: “Para o governo, basta que os brasileiros parem de comer e beber que os preços caem”

O senador e presidente nacional do partido Progressistas Ciro Nogueira fez críticas e ironizou a fala do presidente Lula sobre responsabilizar o próprio povo pelo controle de preços. Em entrevista às rádios Metrópole e Sociedade, da Bahia, nesta quinta-feira (6), o petista afirmou que, se os brasileiros deixarem de adquirir os alimentos caros, os supermercados vão diminuir os preços.

“Tenho dito que uma das pessoas mais importantes para a gente controlar os preços é o próprio povo. Se você vai num mercado aí em Salvador e você desconfia que tal produto está caro, você não compra. Se todo mundo tivesse a consciência e não comprar aquilo que está caro, quem está vendendo vai ter que baixar para vender, senão vai estragar. Isso é da sabedoria do ser humano. Esse é um processo educacional que nós vamos ter que fazer com o povo brasileiro”, afirmou o petista.

Ciro Nogueira ironizou a fala de Lula: “Se o arroz está caro, é só não comer. Se o gás está caro, é só não cozinhar. Se a gasolina está cara, é só ficar em casa.”

E ainda fez críticas à falta de ações do Governo: “Nada de cortar gastos nos ministérios, colocar gente competente nas estatais ou gerir melhor a economia. Para o governo, basta que os brasileiros parem de comer, beber e se deslocar que os preços caem.”

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Geral

Policial resgata mãe e duas crianças em veículo parcialmente submerso em Macau

Foto: PMRN

Um policial militar salvou uma mulher e duas crianças que estavam em um veículo parcialmente submerso durante a quarta-feira (5) na zona rural do município de Macau, no Rio Grande do Norte. De acordo com a PM, o caso ocorreu às margens da BR-406.

Ainda de acordo com a PM, o policial SD M. Alexandre retornava para casa após cumprir sua jornada de serviço quando ouviu gritos de socorro vindos de uma área alagada. Ao parar sua motocicleta para averiguar a situação, percebeu que um carro estava parcialmente submerso, com os ocupantes presos e clamando por ajuda.

O militar entrou na água e conseguiu retirar a mulher e as duas crianças em segurança.

O soldado pertence a 1ª Companhia Independente de Polícia Militar (1ª CIPM), incorporado à corporação em 2023 e atualmente em serviço na cidade de Pendências, no Vale do Açu, salvou uma mulher e duas crianças em situação de perigo.

Tribuna do Norte

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Geral

Argentina proibirá cirurgias de transição de gênero e tratamento hormonal a menores de 18 anos

Foto: Magali Druscovich/NYT

O governo do presidente argentino Javier Milei anunciou na quarta-feira, 5, que vai mudar a Lei de Identidade de Gênero para “proibir os tratamentos de hormonização e as cirurgias de adaptação do corpo em menores de 18 anos”, informou o porta-voz presidencial Manuel Adorni.

“Essas intervenções a que as crianças estão expostas constituem grave risco para sua saúde física e mental, pois implicam uma interrupção no seu processo de amadurecimento”, afirmou o funcionário em um breve comunicado da Casa Rosada, a sede do governo.

A lei, sancionada em 2012, permite que menores de 18 anos tenham acesso a esses tratamentos sempre que contarem com autorização de seus responsáveis legais ou com a conformidade de uma autoridade judicial.

O porta-voz presidencial afirmou que, “em muitos casos, os efeitos desses tratamentos e cirurgias são irreversíveis”, e acrescentou que “países pioneiros [em questão de gênero]” como Reino Unido, Suécia, Finlândia e Estados Unidos “estão voltando atrás, proibindo que os menores possam se submeter a esses procedimentos”.

O anúncio de Adorni não foi o único vinculado a questões de diversidade, pois ele também confirmou que o governo “decidiu proibir as transferências de prisões devido a mudanças de gênero”.

“Isso significa que se uma pessoa condenada estiver em uma prisão masculina, deixará de solicitar a transferência para uma ala feminina só porque se considera como tal”, afirmou o porta-voz. Segundo ele, essa medida “garante a segurança de todas as detentas”.

As palavras de Adorni não demoraram para provocar a reação de grupos argentinos de diversidade sexual, que indicaram que podem “recorrer à Justiça”. “O presidente não pode modificar uma lei por decreto. E se ele tentar isso vamos recorrer à Justiça e à Corte Interamericana, caso seja necessário”, publicou na rede X a Federação Argentina LGBT+.

Os anúncios chegam quatro dias depois de uma marcha multitudinária de protesto em Buenos Aires e outras cidades argentinas, convocada por grupos feministas e LGBTQIA+, em rejeição às declarações do presidente ultraliberal Milei no Fórum de Davos, na Suíça.

Em seu discurso de 23 de janeiro e em linha com sua “batalha cultural”, Milei investiu contra a chamada ideologia “woke”, assegurou que o “feminismo radical” busca “privilégios”, criticou o conceito de “feminicídio” e o que chama de “ideologia de gênero”.

AFP

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Geral

VÍDEO: Seinfra controla erosão próxima ao Morro do Careca e diz que vai investigar quem abriu valas para água da chuva escoar para o mar

A Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seinfra) acionou máquinas para conter o processo de erosão próximo ao Morro do Careca.

De acordo com a secretaria, valas foram abertas manualmente para que a água da chuva pudesse escoar para o mar e quando isso é feito sem planejamento, a água ganha força e leva todo sedimento.

A pasta também informou que vai investigar quem abriu as valas.

Opinião dos leitores

  1. BG, mostre as fotos reais do problema que ocorreu na praia, não foi essa valinha que abriu foi uma enorma cratera.

  2. Eu gostaria de saber se essa obra não tem garantia!!!???
    A empresa tem sanar os erros imediatamente.

    1. Deixa ser Burro cara, isso foi causado por terceiros que abriram a vala, só pode um doente esquerda pra dizer tanta merd…

  3. Este meio de noticiar informações tortas é uma piada, não se noticia o principal, a obra porcamente construída, sem previsão de drenagem, a qual está empossando e gerando verdadeiras partes movediças. “investigar quem abriu valas…” palhaçada.

  4. Hahaha a culpa agora é exclusiva da população, essa areia deve tá bem contaminada isso sim, botar os pés ai e já ganha uma lombriga no bucho, água cheia de coliformes fecais, um mal cheiro danado e os secretários encastelado no Palácio Felipe Camarão a falar bobagens, e a realidade lá fora batendo na porta.

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Geral

Inmet renova alerta de chuvas intensas para todas as cidades do Rio Grande do Norte

Imagem: reprodução/Inmet

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) renovou o alerta laranja de chuvas intensas para todas as cidades do Rio Grande do Norte. O novo aviso foi divulgado nesta quinta-feira (6) e é válido até às 10h da sexta-feira (7).

No alerta laranja, segundo o Inmet, as chuvas variam entre 30 e 60 mm/h ou 50 e 100 mm/dia, além de ventos intensos entre 60 e 100 km/h. Nesse caso, há risco de corte de energia elétrica, queda de galhos de árvores, alagamentos e de descargas elétricas.

As recomendações são, em caso de rajadas de vento:

  • não se abrigar debaixo de árvores, pois há risco de queda e descargas elétricas;
  • não estacionar veículos próximos a torres de transmissão e placas de propaganda;
  • se possível, desligar aparelhos elétricos e quadro geral de energia.

g1-RN

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