Foto: Edilson Dantas / Agência O Globo
O Instituto Butantan solicitou à Anvisa nesta sexta-feira o início dos testes em humanos da Butanvac. A informação foi divulgada pelo diretor do Butantan, Dimas Covas, em entrevista coletiva.
O Instituto submeteu o protocolo para as fases 1 e 2 do estudo clínico do imunizante, compostas por estudos controlados com placebo que avaliarão a segurança e eficácia da vacina em adultos no Brasil.
— É um estudo que tem uma duração prevista máxima de 20 semanas, mas que a partir da 16ª ou 17º semana nós vamos poder ter já os resultados de análise primária e, com isso, solicitar o uso emergencial pela Anvisa. A vacina será muito rapidamente produzida aqui no Brasil integralmente. Não depende de nenhuma importação de matéria-prima, com uma capacidade enorme de produção — disse Covas.
O Butantan divulgou ainda que, a partir da próxima semana, começará a produção de 40 milhões de doses da nova vacina. Essas doses devem ficar prontas até julho e aguardarão então a aprovação de seu uso pela Anvisa:
— Já estamos preparados. Quando ocorrer essa aprovação, vamos divulgar amplamente quais serão os centros onde os estudos serão realizados e como os voluntários poderão se inscrever — explicou Covas, ressaltando as diferenças entre este estudo e o da Coronavac. — Não é um estudo clínico clássico. A ideia é comparar a resposta de segurança e de imunogenicidade [capacidade de provocar uma resposta do sistema imunológico] dessa nova vacina com as demais e, com isso, demonstrar a sua eficiência.
O imunizante, segundo Covas, será feito na fábrica do Butantan que produziu as 80 milhões de doses da vacina contra gripe aplicadas na campanha atual de imunização.
A ButanVac é uma vacina candidata contra a Covid-19 produzida por um consórcio internacional que pretende ampliar e baratear a produção desses imunizantes usando fábricas que trabalham com ovos de galinha como base para a criação das doses. O anúncio da existência do projeto da ButanVac foi feito em 26 de março.
Naquela data, o Butantan e o governo estadual informavam uma expectativa mais otimista para o final dos testes clínicos. No dia, Covas e o governador João Doria (PSDB) apresentaram a ideia de que os testes em humanos poderiam ser finalizados até julho e, se aprovada, a vacina poderia ser aplicada já no segundo semestre deste ano. Nesta sexta, porém, Dimas Covas citou setembro como um mês provável para o pedido do uso emergencial.
Queda de óbitos, internações e casos
O governo de São Paulo divulgou também que, pela primeira vez em dois meses, o estado apresentou redução no número de casos (-14,3%), internações (-6%) e óbitos (-23,6%) pela doença. Embora o estado viesse apresentando queda nas internações nas últimas quatro semanas, é a primeira queda no número de óbitos registrada no período.
A taxa de ocupação de UTI no estado está em 81,1% e, na Grande São Paulo, 79,2%.
— Gosto muito de reforçar que, no dia 1º de abril, nós tínhamos 92,3% de ocupação nas UTIs. Esses dados nos trazem alento e esperança — disse Jean Gorynchteyn, secretário da Saúde, lembrando ainda que, em abril, 13.120 pacientes estavam internados em leitos intensivos. Agora, são 10.808.
Reabertura de serviços
O setor de serviços da cidade será reaberto a partir de amanhã, 24, como parte da segunda etapa da fase de transição. Voltam a funcionar bares, restaurantes, academias, salões de beleza e similares. Parques, clubes e museus também poderão reabrir.
O comércio e setor de serviços deverão funcionar das 11h às 19h. Academias poderão funcionar das 7h às 11h e das 15h às 19h. A ocupação nestes setores deve respeitar o limite de 25% da capacidade.
— É um voto de confiança para que possamos ter um retorno gradual, mas lembrando que ainda temos um patamar elevado de casos e internações e precisamos fazer esse trabalho de transição com muita cautela e responsabilidade em todos setores — disse Patrícia Ellen, secretária de Desenvolvimento Econômico do estado.
Serão mantidos em todo o estado o toque de recolher das 20h às 5h, teletrabalho para atividades administrativas e escalonamento da entrada e saída de trabalhadores do comércio, serviço e indústria.
O Globo
Tomo tranquilo. Butantan é sinônimo de ciência e a Fiocruz também. Os maconheiros das universidades também. Tenho nojo de negacionistas e do presidente GENOCIDA.