Foto: Alex Kraus/Bloomberg
A BYD emprestou por dois anos ao STJ 20 carros zero quilômetro do seu modelo mais caro, o Seal. Serão entregues este mês para serem usados pelos ministros. No mercado, sai por R$ 300 mil cada (total de R$ 6 milhões).
Dadivosa, a montadora chinesa ofereceu os veículos por dois anos. O STJ topou — imagine se é o caso de dizer não a um oferecimento desses. Não é só para a corte que a BYD está gentilmente emprestando automóveis. Também o fez para a Presidência da República, TCU, Câmara dos Deputados e até para jornalistas.
Entre as justificativas da Corte para aceitar a oferta, há essa: “o teste dos carros elétricos se mostra uma oportunidade de incentivar a inovação tecnológica, de demonstrar o compromisso do STJ com a sustentabilidade e de contribuir para a redução dos impactos climáticos uma vez que esses veículos não produzem emissão direta de dióxido de carbono”.
*”Com o ingresso de modelos elétricos no mercado brasileiro, há montadoras que têm ofertado a opção de comodato não oneroso de veículos a órgãos da administração pública. Possivelmente uma estratégia de marketing da montadora para ganhar visibilidade nacional, difundindo seus veículos na imprensa que registra o acordo estabelecido entre o ente público e a montadora, bem como é uma forma de aproximar seus veículos de possíveis compradores, sejam eles servidores dos órgãos ou usuários do serviço público.”
*”Para a montadora interessada, o comodato é uma forma de promover a marca ou uma nova tecnologia, especialmente quando se está ingressando no mercado brasileiro. Como os exemplos citados, é uma estratégica de marketing. É importante destacar que o comodato não oneroso não ensejará nenhuma remuneração direta ou indireta ou qualquer outro benefício indireto do STJ à montadora ou representante interessada.”
(Atualização, no dia 3 de fevereiro. ABY enviou a seguinte nota: “O STJ abriu para todas as montadoras um chamamento público para cessão, sob o regime de comodato, de 20 veículos elétricos. A BYD participou do processo para ceder os veículos do modelo Seal pelo prazo de 24 meses. A participação da empresa foi realizada com total transparência e dentro das regras vigentes, com o objetivo de promover o uso dos veículos elétricos no país.”)
O Globo
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