Por Bruno Araújo Natal / Globoesporte.com
O surfista potiguar Aldemir Calunga, de 38 anos, está de volta ao Brasil após o acidente sofrido enquanto surfava uma onda gigante na praia de Puerto Escondido, no México. O atleta está recuperado e, em entrevista por telefone ao GLOBOESPORTE.COM, promete o retorno ao mar já na próxima semana.
Calunga desembarcou na tarde desta quarta-feira em Fortaleza , cidade onde mora com a esposa e o casal de filhos. Ele garante estar bem após o tratamento recebido e pronto para voltar a surfar. Recebido por dezenas de amigos e familiares no aeroporto e feliz por voltar ao convívio familiar, afirma que já voltou à água poucos dias depois de ter despertado do coma induzido.
– Já estou nadando. Posso dizer que vai ser do mesmo jeito de antes. É bem provável que na semana que vem, eu volte a surfar. Já estou liberado, posso dizer que vou me precaver um pouco mais, mas não vou deixar de surfar – afirma.
Liberado pelos médicos para voltar a praticar o esporte, Calunga afirma estar bem depois do tratamento recebido no hospital em que ficou internado na Cidade do México. Para ele, a velocidade com que recebeu atendimento foi fundamental para que pudesse sobreviver.
– Fiquei quase sete minutos debaixo da água. Me disseram que a possibilidade de sobreviver em situações como essa é de 30%. Mas havia dois amigos, que são salva-vidas, o Greg Long e o Marcos Monteiro, que conseguiram junto com outras pessoas me resgatar. Foi difícil segurar a barra, mas agora a cabeça está tranquila. Estou feliz por estar junto da família e dos amigos – conta.
O potiguar revela ter surfado em outras oportunidades na praia de Puerto Escondido, local onde chegou a morar por algum tempo. No dia do acidente, entretanto, ele conta que o vento estava muito forte e, quando tentou sair da onda, acabou perdendo o equilíbrio e foi acertado pela prancha.
– Não lembro direito nem quando estava descendo para ir à praia pegar onda. Só lembro quando acordei no hospital. Tive alguns sonhos malucos, em situações estranhas durante o coma, acho que foram delírios, mas não lembro de nada direito – revela o surfista, que confirma ter sofrido outros acidentes enquanto surfava, mas nenhum deles foi tão grave como o do último dia 2.
Com a volta para cima da prancha sendo apenas uma questão de tempo, o surfista de ondas gigantes garante não ter previsão para encerrar a carreira e que a natureza será a responsável por colocar fim às aventuras de Calunga.
– Só paro se Deus me tirar o desejo ou a capacidade de estar na água – encerrou.
Comente aqui