Contando com a artilharia do Palácio do Planalto, o deputado Leonardo Picciani (PMDB-RJ) sonha em reassumir a liderança do PMDB o mais rápido possível. Ele, que normalmente chega a Brasília somente às terças-feiras, já estava em seu gabinete nesta segunda articulando a retomada do posto. O peemedebista foi destituído do cargo após excluir a ala rebelde e acomodar na comissão que discute o impeachment da presidente Dilma Rousseff apenas deputados governistas. Para voltar ao trono, ele agora fala até em ceder vagas a parlamentares favoráveis à queda da petista.
Picciani conta com o voto flutuante de deputados para conseguir atingir o apoio necessário para voltar ao cargo de líder. Criticado por não unificar a bancada peemedebista, tradicionalmente rachada, ele agora busca uma aproximação com pelo menos um conhecido adversário de Dilma Rousseff, como o deputado Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE), com quem conversou na última semana e, apesar das divergências políticas, a quem declarou admiração. “Se o Supremo Tribunal Federal (STF) anular a sessão que elegeu a comissão, evidentemente que nós discutiremos a composição”, disse o peemedebista ao site de VEJA. “Eu gostaria de colocar o Jarbas Vasconcelos na comissão, mas ele não me pediu. Se essa questão for retomada, esse assunto pode ser rediscutido”, continuou. Vasconcelos também é um algoz do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e chegou a ser cotado para assumir o comando da Casa se ele for cassado.
O agora ex-líder mantém sua posição contrária ao afastamento de Dilma e ressalta que “não há fundamentos” para a retirada da presidente do cargo. Ele conta com uma ofensiva do Planalto para voltar ao posto e barrar a ação de alguns de seus correligionários em derrubar a petista. “Esta terça-feira será decisiva para eu concretizar os apoios para voltar à liderança. Está tudo caminhando bem e consigo essas assinaturas até o fim da semana”, afirma Picciani. Para reassumir o posto, o peemedebista precisa angariar o apoio de pelo menos metade mais um deputado da bancada.
Considerado uma “cria” de Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o deputado fluminense não esconde a irritação por ter sido tirado do cargo, ato classificado por ele como uma “violência”, e critica as investidas do presidente da Câmara e do vice-presidente Michel Temer para barrar a filiação de parlamentares ao PMDB para engordar as assinaturas. “Isso é uma tentativa de intimidar os que me apoiam. Ninguém vai se constranger com isso. É desespero”, avaliou. “É justamente essa tática do constrangimento que tem envergonhado a Câmara”, destacou, alfinetando Cunha. O peemedebista, no entanto, destaca apreço por Temer e diz ter problemas com o presidente da Câmara apenas no âmbito político.
Se o recesso estiver mantido, a vida de Picciani na liderança pode ser breve, já que esta deve ser a última semana antes das férias parlamentares e em fevereiro costumam ser feitas novas eleições. O seu substituto, Leonardo Quintão (PMDB-MG), afirma que o ex-líder quebrou um acordo e já trabalhava para permanecer no cargo por mais um cargo. “A eleição já estava marcada e eu posso disputá-la. A decisão será no voto”, pondera Picciani.
Fonte: Veja
Isso dá nojo, é muita sujeira, nem o povo do rio das quintas fazia tanta fofoca, esses deputados conseguem ser pior que RAPARIGAS!!!